21 de janeiro de 2017

Questões sobre fontes de energia


1) (CESPE/UnB) A produção de combustíveis oriundos da biomassa faz parte das políticas de governo de vários países, entre os quais se inclui o Brasil. A respeito desse tema, julgue os itens subsequentes.
1. O aumento da produção de etanol no Brasil tem reduzido a concentração da posse de terras e incentivado a diversificação agrícola.
2. No setor de transportes, o uso de biocombustíveis tem sido considerado uma solução para a redução de gases de efeito estufa, o que atende aos propósitos do Protocolo de Quioto.
3. Atualmente, a agroindústria açucareira, tal como ocorreu no período colonial, fornece matéria-prima energética e promove a interiorização da população brasileira.

2 ) O uso de combustíveis está diretamente relacionado a sua origem, se renovável ou não. No caso dos derivados do petróleo e do álcool de cana de açúcar, essa diferenciação se caracteriza:
a) Pelo tempo de reciclagem do combustível utilizado. Neste caso, o tempo maior seria para o álcool.
b) Pela diferença na escala de tempo de formação das fontes: período geológico para o petróleo e ciclo anual para a cana.
c) Pelo tempo gasto no processo de refinamento do petróleo.
d) Pelo tempo de combustão para uma mesma quantidade de combustível. Neste caso, o tempo maior seria para os derivados do petróleo.
e) Pela quantidade de partículas lançadas no ar. Os derivados do petróleo lançam bem mais partículas.

20 de janeiro de 2017

A importância dos rios

Imagem: Salto Yucumã/RS - Vanderlei Debastiani - Domínio público
Um rio é um curso de água que flui da parte mais alta do relevo para a parte mais baixa.
Os rios foram e são até hoje um dos mais importantes recursos de sobrevivência da humanidade.
São eles que fornecem a maior parte da água que consumimos, com que preparamos os alimentos, para a irrigação de terras em atividades agrícolas e para a sustentabilidade da vegetação natural.

15 de janeiro de 2017

Recursos hídricos do Brasil

A maior parte da água do mundo é salgada e o percentual de água potável pronta para o consumo é muito pequeno. Porém, esse percentual de água doce não está disponível para consumo, a maior parte está em forma de geleiras ou neves eternas (68,9%), uma parte é de água doce presa no subsolo (29,9%), uma outra parte (0,9%) é de água salobra dos pântanos e apenas uma parte mínima (0,0002%) é de água potável pronta para o consumo.
Apenas alguns poucos países do mundo detém a maior parte da água do planeta. São eles: Brasil, Rússia. Estados Unidos, Canadá, China, Índia, Indonésia, Colômbia, Peru, Zaire e Papua Nova Guiné.

O Brasil é um dos países mais bem servidos de recursos hídricos do planeta, possui 12% dos recursos hídricos mundiais, porém esse recurso é muito mal distribuído e muito mal aproveitado. É na Região Amazônica que se concentram 80% dos recursos hídricos e há falta de água no Agreste e no Sertão nordestinos. Poluição dos rios e nascentes, ocupação irregular do solo, falta de esgotos, degradação ambiental e desperdício são os grandes problemas existentes no nosso país e que afetam o nosso abastecimento de água. Em metrópoles como São Paulo o problema atinge dimensões catastróficas, uma prova é a poluição do rio Tietê, quadro terrível que dificilmente poderá ser revertido, a não ser à custa de muito dinheiro. Por causa da abundância de água no nosso país, ela sempre foi gratuita e usada sem critério. Somente o tratamento da água é cobrado e, por isso, o desperdício é imenso.
Imagem: Reprodução
Fonte: Tese de Doutorado do Prof. Maurício Waldman. Recursos hídricos e a rede urbana mundial: dimensões global da escassez,
Fonte internet:  ANA - Agência Nacional de Águas, Conpet, Asfagro.

13 de janeiro de 2017

A importância da mata ciliar

Imagem: Reprodução
Mata ciliar é a vegetação que cerca margens e encostas. Essas são muito importantes para a manutenção do meio ambiente.Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária.
A razão é que essa mata tem o papel fundamental de reter e filtrar resíduos dos rios, processo que evita a poluição e protege as margens contra assoreamentos que provocam enchentes. Além disso, conserva o solo, o que ajuda no controle biológico das pragas.
A manutenção da mata ciliar diminui a população dos borrachudos, mosquitos sugadores de sangue, pois aumenta a população de seus inimigos naturais, como pássaros e peixes. É muito importante para a preservação da mata não deixar animais de médio e de grande porte, como gado, cabras e cavalos, circularem no local. O excesso de pisoteio compacta o solo, além deles se alimentarem das plantas em desenvolvimento.
A lei nº 4.771/65 no Código Florestal define a mata ciliar como área de preservação permanente, que deve ser mantida intocada.
Em caso de degradação, é necessário uma recuperação imediata, com o plantio de espécies adequadas. As melhores espécies são as nativas da própria região que se adaptam mais rapidamente e suas mudas são encontradas com mais facilidade.
A mata ciliar é responsável por:
* Reter/filtrar resíduos de agroquímicos, evitando a poluição dos cursos d’água
* Proteger contra o assoreamento dos rios e evitar enchentes
* Formar corredores para a biodiversidade
* Recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares
* Conservar o solo
* Auxiliar no controle biológico das pragas
* Equilibrar o clima
* Melhorar a qualidade do ar, água e solo
* Manter a harmonia da paisagem
* Melhorar a qualidade de vida
A mata ciliar protege os rios do acúmulo de terra, areia e outros sedimentos e evita as enchentes.
A margem de um rio ou riacho jamais poderia ficar desmatada.
Como deveria ser: margens protegidas.

Fonte: Revista Natureza, edição 229, fevereiro de 2007 (Clube dos amantes da Natureza), Fundação Verde, Educação Ambiental Dois Córregos.

11 de janeiro de 2017

Biomas brasileiros


Introduzimos o nosso estudo sobre os biomas do Brasil localizando-os no mapa, que mostra a sua distribuição no território do país.
Por High source - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0
Bioma é conceituado, segundo o IBGE, como um "conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria".
Como a vegetação é um dos componentes mais importantes da biota, seu estado de conservação e de continuidade definem a existência ou não de habitats para as espécies, a manutenção de serviços ambientais e o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência de populações humanas. Para a perpetuação da vida nos biomas, é necessário o estabelecimento de políticas públicas ambientais, a identificação de oportunidades para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade.(https://www.mma.gov.br/biomas.html)
O Brasil é formado por seis biomas de características distintas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal.

Nós, brasileiros (as), moramos em um país com uma diversidade climática enorme. Em consequência, temos uma gigantesca diversidade vegetal e animal em nossos biomas, Algumas espécies da Amazônia nem foram descobertas e catalogadas. No entanto, os nossos biomas estão sofrendo degradação ambiental desde que essas terras foram colonizadas por portugueses a partir de 1500. E continua até hoje.

Temos a Amazônia gigantesca, que já perdeu parte de seu território e, ainda assim, é o bioma com maior área no Brasil. Temos o cerrado, com uma riqueza que não percebemos em um primeiro olhar, com uma diversidade vegetal e animal que não temos ideia. O pampa com tantas espécies animais, no entanto, com um solo extremamente fragilizado pela pecuária. E o bioma pantanal, patrimônio natural mundial, degradado pela expansão das monoculturas, pelo garimpo, pela pesca e caça predatórias. A caatinga, outro bioma com tanta riqueza não percebida, também castigado pela pelo rápido processo de desertificação.

Cada um desses biomas tem um conjunto de organismos vivos que vivem nesses ambientes, que fornecem as condições de vida adequada para cada espécie, seja animal ou vegetal. Qualquer interferência humana pode romper com esse equilíbrio tão importante e levá-los à extinção.

Para saber mais sobre o assunto, é só clicar em cima do nome do bioma para ir nas postagens feitas anteriormente.
Pampa  


Abaixo tabela elaborada pelo IBGE com a área aproximada de cada bioma.



Vídeo Biomas Brasileiros - USP CDCC

Fonte:
https://ibge.gov.br/
https://www.mma.gov.br/

10 de janeiro de 2017

Bioma Pampa

Iniciamos nosso estudo sobre o bioma Pampa através do mapa com a localização no território do Brasil.

Por Jjw - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0
O pampa é também chamado de campos do sul ou campos sulinos e ocupa uma área de 176.496 Km² correspondente a 2,07% do território nacional e que é constituído principalmente por vegetação campestre.No Brasil o pampa só esta presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho. Além das fronteiras do país, ele se estende por terras do Uruguai e da Argentina O bioma caracteriza-se pela grande riqueza de espécies herbáceas e várias tipologias campestres, compondo em algumas regiões, ambientes integrados com a floresta de araucária.

Nos campos do sul já foram encontradas 102 espécies de mamíferos, 476 de aves e 50 de peixes.

São chamados de pampas os campos mais planos que estão localizados ao sul do estado do Rio Grande do Sul. Neles existe uma vegetação campestre, que parece um imenso tapete verde. Nos pampas predominam espécies que medem até um metro de altura. São comuns as gramíneas, que às vezes transformam os campos em grandes capinzais.

Na região dos pampas o solo é fértil. Por isso, estes campos são normalmente procurados para desenvolvimento de atividades agrícolas.

O relevo nos campos sulinos é suavemente ondulado. Predominam planícies, mas podem ser encontradas algumas colinas, na região conhecidas como “coxilhas”. Além das coxilhas existem também alguns planaltos onde cavernas e grutas são comuns.

Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o Uruguai, o Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em duas bacias hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Tratam-se de rios que apresentam boas condições para navegação.
Próximo ao litoral existem muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos, localizada no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a segunda maior da América Latina, com 265 km de comprimento.

O clima da região é o subtropical úmido. O que isso significa que nos campos sulinos, os verões são quentes, os invernos são frios e chove regularmente durante todo o ano.

A região geomorfológica do planalto de Campanha é a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul.

A vocação da região de Campanha está na pecuária de corte. As técnicas de manejo adotadas não são adequadas para as condições desses campos, e a prática artesanal do fogo ainda não é bem conhecida em todas as suas consequências. As pastagens são, em sua maioria, utilizadas sem grandes preocupações com a recuperação e a manutenção da vegetação. Os campos naturais no Rio Grande do Sul são geralmente explorados sob pastoreio contínuo e extensivo.

Outras atividades econômicas, baseadas na utilização dos campos, são as culturas de arroz, milho, trigo e soja, muitas vezes praticadas em associação com a criação de gado bovino e ovino. No alto Uruguai e no planalto médio a expansão da soja e também do trigo levou ao desaparecimento dos campos e à derrubada das matas. Atualmente, essas duas culturas ocupam praticamente toda a área, provocando gradativa diminuição da fertilidade dos solos. Disso também resultam a erosão, a compactação e a perda de matéria orgânica.
Imagem: Eduardo Amorim
Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017
Fonte (internet):
https://www.mma.gov.br/biomas/pampa.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pampa
https://www.todamateria.com.br/pampa/
https://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/pampas

9 de janeiro de 2017

Bioma Pantanal

Vamos iniciar o nosso estudo localizando no território brasileiro o bioma Pantanal, considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.
Imagem: Observatório Socioambiental
O complexo do pantanal é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros, situado no sul de Mato Grosso e no noroeste do Mato Grosso do Sul, além de englobar o norte do Paraguai e o leste da Bolívia.
Localizado próximo à Amazônia e ao cerrado, o pantanal  guarda espécies de fauna e flora desses outros dois biomas, além de apresentar espécies endêmicas, ou seja, que só podem ser encontradas naquela área. Nas matas ciliares, que ficam nas margens dos rios, cresce uma floresta mais densa, com jenipapos, figueiras, ingazeiros, palmeiras e o pau-de-formiga. Nas áreas alagadas raramente aparecem tapetes de gramíneas, como o capim-mimoso. Em locais nunca alagados, aparecem árvores grandes, como o carandá, o buriti e os ipês. Nos terrenos alagados constantemente são encontrados vegetais aquáticos flutuantes, como o aguapé e a erva-de-santa-luzia, além de vegetais fixos com folhas imersas, como a sagitária, e plantas que permanecem submersas, como a cabomba e a utriculária. Existem ainda na paisagem pantaneira matas conhecidas como paratudais, onde crescem árvores com cascas espessas, rugosas e com galhos retorcidos.

A planície é o tipo de relevo predominante do pantanal. Quando a planície está alagada, no meio da água podem ser vistas elevações arenosas conhecidas como cordilheiras. Cercando a planície existem alguns terrenos mais altos, como chapadas, serras e maciços. O maciço mais famoso é o do Urucum, no Mato Grosso.

O solo é pouco permeável, resultado das constantes inundações. Como há excesso de água, a decomposição de matéria orgânica se dá de forma lenta e difícil, o que diminui a fertilidade.
O clima do pantanal é o tropical, caracterizado por temperaturas elevadas. A região apresenta duas estações bem definidas: o verão chuvoso, de outubro a março, quando a temperatura fica em torno de 32° C e o inverno seco, de abril a setembro, quando a média de temperatura é de 21° C.

Os impactos ambientais e socioeconômicos no pantanal são decorrentes da inexistência de um planejamento ambiental que garanta a sustentabilidade dos recursos naturais desse bioma. A expansão desordenada e rápida da agropecuária, com a utilização de pesadas cargas de agroquímicos, a exploração de diamantes e de ouro nos planaltos, com a utilização intensiva de mercúrio, são responsáveis por profundas transformações  regionais, como a contaminação de peixes  e jacaré por mercúrio. 

A remoção da vegetação nativa nos planaltos para implementação de lavouras e de pastagens sem considerar a aptidão das terras e a adoção de práticas de manejo e conservação do solo além da destruição de habitats, acelerou os processos erosivos nas bordas do pantanal.

A caça e pescas clandestinas e a introdução de espécies exóticas também são graves ameaças  à preservação dos recursos dessa região.

O turismo é desorganizado, a falta de controle quanto ao número de turistas que visitam as diversas regiões geram sérios problemas, como o lixo deixado pelas embarcações.

Imagem: Galeria de Venturist
Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.
Fonte (internet):
https://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/biomas/pantanal_-_flora_e_fauna.html
https://www.embrapa.br/pantanal
http://www.folhadomeio.com.br/fma_nova/index.php
http://www.observatoriosocioambiental.org/2011/06/biomas-do-brasil-pantanal.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pantanal

8 de janeiro de 2017

Bioma Cerrado

Nosso estudo pelo bioma Cerrado inicia por sua localização no território brasileiro. Segundo o IBGE, é o segundo em extensão territorial.
O cerrado se caracteriza por diversas fisionomias, são formações que variam desde o cerradão, que se assemelha a uma floresta, passando pelo cerrado mais comum no Brasil central, com árvores baixas e esparsas, até o campo cerrado, campo sujo e campo limpo com uma progressiva redução da densidade arbórea. Ali encontram-se as florestas de galeria que seguem os cursos dos rios.

O cerrado é uma formação de arbustos e campos que também apresenta algumas espécies de árvores. É uma formação vegetal caducifólia com raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa.

Este bioma já cobriu 25% do território do país, principalmente no Brasil Central. As árvores caracterizam-se por serem mais baixas que as da floresta tropical, com troncos tortuosos, folhas grossas e raízes profundas que atingem o lençol d'água, elementos importantes para resistir a secas e incêndios.

A paisagem não releva a sua riqueza em um primeiro olhar. No entanto, trata-se de um conjunto de ecossistemas dos mais ricos do país. Concentra aproximadamente 6 mil espécies de plantas, 200 espécies de mamíferos, 800 espécies de aves e cerca de 1,2 mil espécies de peixes.

A forte urbanização, grandes projetos agropecuários, produção de ferro-gusa (consumo de lenha), hidrelétricas fazem desse bioma um dos mais ameaçados. Dos 2 milhões de quilômetros quadrados originais, restam 350 mil.
Imagem: Galeria de jvc


Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.
Fonte (internet):
http://www.educacao.go.gov.br/documentos/nucleomeioambiente/Caderno4_terra.pdf
http://www.caliandradocerrado.com.br/2010/05/vegetacao-tipica-do-cerrado.html
https://www.estudopratico.com.br/cerrado-brasileiro-fauna-flora-e-outras-caracteristicas/
https://aquelemato.org/plantas-do-cerrado/

6 de janeiro de 2017

Bioma Caatinga

Nosso estudo sobre o bioma Caatinga inicia com a análise do mapa abaixo com a localização no território brasileiro.

A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte de seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Possui uma extensão de 734.478 quilômetros quadrados, o que corresponde a cerca de 10% do território nacional. Está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais. 

As temperaturas médias anuais oscilam entre 25° C e 29° C, o clima é semiárido. São características desse tipo de clima a baixa umidade e o pouco volume pluviométrico. São longos os períodos de ausência de chuvas, podendo chegar a oito ou nove meses de seca por ano.

O solo em geral é raso, rico em minerais e pobre em matéria orgânica, já que a decomposição desta matéria é prejudicada pelo calor e luminosidade, intensos durante todo o ano. Esse solo com muitas pedras dificilmente armazena a água que cai no período de chuvas.

A vegetação é composta por plantas xerófitas, espécies que acabaram desenvolvendo mecanismos para sobreviverem em um ambiente com poucas chuvas e baixa umidade.Os cactos são muito representativos da vegetação da caatinga, mas existem outras espécies como o madacaru, a coroa-de-frade, o xique-xique, o juazeiro, o umbuzeiro e a aroeira.

A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação.Os ecossistema desse bioma se encontram bastante alterados pela substituição de espécies nativas  por cultivos e pastagens.O desmatamento e as queimadas ainda são práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo.

Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela caatinga. Quando não chove, o sertanejo e sua família precisam caminhar quilômetros em busca de água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida de quem vive nessa área.
Imagem: Galeria de Glauco Umbelino

Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017
Fonte (internet):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caatinga
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/caatinga.htm
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/bioma_caatinga/
https://www.mma.gov.br/biomas/caatinga

5 de janeiro de 2017

Bioma Mata Atlântica

O Brasil, pela sua localização geográfica e seu tamanho continental (8.514.876.599 km²), abriga seis biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Pampa.
Iniciamos o nosso estudo analisando o mapa abaixo, que mostra a área original e o que resta atualmente, segundo dados do SOS Mata Atlântica.
                                                                             Imagem: SOS Mata Atlântica
A Mata Atlântica originalmente estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só comparável a Floresta Amazônica.

A Mata Atlântica é uma floresta tropical plena, associada aos ecossistemas costeiros de mangues nas enseadas, foz de grandes rios, baías e lagunas de influência de marés, matas de restingas nas baixadas arenosas do litoral, às florestas de pinheirais no planalto, do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, e ainda aos campos de altitude nos cumes das Serras da Bucaina, da Mantiqueira e do Caparaó.

Essa floresta já cobriu 15% do território brasileiro. Segundo o SOS, Mata Atlântica, o bioma abrange uma área de cerca de 15% do total do território brasileiro que inclui 17 Estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe), dos quais 14 são costeiros. Hoje, restam apenas 12,4% da floresta que existia originalmente e, desses remanescentes, 80% estão em áreas privadas.

A Mata Atlântica, juntamente com a Amazônia, compreende um terço da área de florestas tropicais do planeta.

Este bioma se formou sobre uma extensa cadeia montanhosa que acompanha quase todo litoral brasileiro. Ele possui formações diversificadas, com três tipos principais de florestas (florestas ombrófilas densas, semideciduais e deciduais), além de áreas de cerrados, campos e manguezais.
Floresta tropical, com presença de árvores de médio e grande porte, formando uma floresta fechada e densa. Espécies vegetais: palmeiras, bromélias, begônias, orquídeas, cipós e briófitas, pau-brasil, jacarandá, peroba, jequitibá-rosa, cedro. tapiriria, andira, etc

A destruição do período colonial começou com a extração do pau-brasil e o ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste do país. Chegou-se ao século XX com o ciclo do café e forte crescimento econômico. A urbanização, a industrialização, grandes projetos agropecuários e rodovias geram os maiores impactos.

Atualmente cerca de 80 milhões de pessoas vive nessa área que, além de abrigar a maioria das cidades e regiões metropolitanas do país, sedia também os grandes polos industriais, químicos, petroleiros e portuários do Brasil, respondendo por 80% do PIB do Brasil.

Apesar de sua história de devastação, a Mata Atlântica ainda possui remanescentes florestais de extrema beleza e importância que contribuem para que o Brasil seja considerado o país  de maior diversidade biológica do planeta.
Imagem:  Glauco Umbelino

Vídeo O Caminho da Mata Atlântica
e a biodiversidade - WWW - Brasil


Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.Fonte (internet):
http://www.educacao.go.gov.br/documentos/nucleomeioambiente/Caderno4_terra.pdf
https://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/biomas/mata_atlantica.html
https://www.bonde.com.br/educacao/passado-a-limpo/desmatamento-da-mata-atlantica-chegou-a-92--85763.html
https://www.ibflorestas.org.br/bioma-mata-atlantica
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/bioma_mata_atl/bioma_mata_atl_ameacas/
https://www.suapesquisa.com/geografia/vegetacao/mata_atlantica.htm
https://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/mata/terra/terra.htm
https://www.sosma.org.br/nossas-causas/mata-atlantica/
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa