12 de dezembro de 2020

Relevo

O conceito de relevo segundo Guerra  (2006, p. 526-536):

Diversidade de aspectos da superfície da crosta terrestre, ou seja, o conjunto dos desnivelamentos da superfície do globo: microrrelevo, mesorrelevo e macrorrelevo. Compreende as formas do relevo emerso e as formas do relevo submerso, com dimensões muito variadas. Assim, os pequenos sulcos e pequenas formas com um metro ou menos constituem as microformas do relevo, enquanto as extensas cadeias de dobramentos fazem parte das macroformas.

Em topografia o relevo é sempre definido como a diferença de cota ou altitude existente entre um ponto e outro, porém na geologia e morfologia é um termo descritivo sujeito a explicação e interpretação. Usa-se a expressão como sinônimo de diferentes tipos de paisagens.[...]

O relevo é o resultado da atuação de dois grupos de forças que podem ser sucessivas ou simultâneas: endógenas (dobras, falhas, mantos de charriage, vulcões, terremotos) e exógenas (desgastes e acumulação). [...]

Os autores Terra, Araujo e Guimarães explicam que as formas de relevo criadas pelas forças do interior da Terra (endógenas) são constantemente modificadas pela atuação de agentes externos do relevo (exógenos). Também destacam que os principais agentes externos do relevo são a água (rios, mares, chuvas, geleiras), o vento e os seres vivos; que esses processos envolvem a destruição do relevo e a construção de novas formas de relevo.

Imagem: ADAS, Melhem. Panorama geográfico do Brasil.

Considerando elementos como a dinâmica tectônica, os processos erosivos, a estrutura geológica (constituição das rochas, a idade de formação) e a altitude, entre outros, podemos classificar as formas de relevo mais comuns em: montanhas, planaltos, planícies e depressões

Imagem: Domínio público - NASA/USGS (Wikipédia)

Fonte:
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

Agricultura - Exercícios

01. (UNIOESTE) Sobre a agricultura no Brasil, leia as assertivas abaixo:
I. A mecanização agrícola e a liberação de mão de obra na agricultura foram importantes fatores de migração da população do campo para as cidades.
II. A concentração fundiária, que se observa, entre outros estados, no Paraná e no Mato Grosso do Sul, é fator de expropriação de camponeses que passam a buscar áreas da fronteira agrícola da Amazônia ou se direcionam aos centros urbanos.
III. Os boias-frias são trabalhadores sazonais característicos da implantação de relações capitalistas modernas no campo.
IV. O avanço da pecuária extensiva na Amazônia e a ocupação das áreas de Cerrado visando à cultura de grãos resultaram na redução da taxa de urbanização dos Estados do Mato Grosso e de Rondônia.
Assinale a alternativa cujas as afirmativas estão corretas.
a) I, III e IV.
b) II, III e IV.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, II e III.

02. (UNIFENAS) O meeiro constitui, no Brasil, um tipo característico de trabalhador rural:
a) de cuja terra é coproprietário.
b) que recebe em pagamento metade do salário pago na região.
c) que recebe em pagamento metade dos lucros do proprietário.
d) que paga ao proprietário metade do aluguel da terra ocupada.
e) que entrega ao proprietário metade do que produziu.

03. (UNISA) Chamamos de sistemas agrícolas:
a) As formas de divisão de glebas, em relação às culturas desenvolvidas.
b) O sistema de distribuição dos cultivos, em relação ao solo e todos produtos agrícolas.
c) As formas de financiamento da produção e da comercialização dos produtos agrícolas.
d) Aos sistemas planejados de produção agrícola.
e) Ao conjunto de técnicas empregadas para obtenção da produção agropastoril.

04. (OSEC) “Nas encostas montanhosas, onde a erosão é mais intensa devem-se cultivar (de preferência em cima de terraços) produtos permanentes, como a arboricultura; os vales e as planícies ficam reservados para as culturas temporárias.”
A principal ideia contida no texto é o fato de que:
a) As técnicas agrícolas variam de acordo com os tipos de cultivo.
b) As culturas, para defesa dos solos, devem-se distribuir de acordo com o relevo.
c) As técnicas agrícolas estão na dependência dos tipos de relevo.
d) O relevo não pode interferir na escolha dos cultivos.
e) A erosão é mais intensa nas áreas montanhosas do que nas planas.

05. A Reforma Agrária é fruto de um amplo debate no Brasil desde a década de 1950. Sobre Reforma Agrária, pode-se afirmar que:
a) foi implantada com sucesso no Brasil na década de 1990 e teve como resultado a igualitária distribuição das terras no Brasil, bem como o fim dos latifúndios.
b) O INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) foi criado para a sua implantação, porém foi extinto em 1998.
c) O MST, Movimento dos Sem Terra, é um movimento camponês fundado para impedir a execução da reforma agrária no país.
d) A Reforma Agrária no Brasil fracassou devido à grande influência dos grandes produtores rurais no meio político brasileiro.

06. (CECIERJ) À época da colonização europeia na América, um sistema agrícola amplamente utilizado era baseado na grande propriedade monocultora, com produção de gêneros tropicais, voltada para a exportação. Esse sistema, na atualidade, persiste em países como Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, Índia e Malásia, dentre outros. O sistema agrícola descrito acima refere-se à
a) Agricultura de subsistência.
b) Agricultura de jardinagem.
c) Plantation.
d) Agroecologia.

07. (UFG) Os movimentos de luta pela terra no Brasil, oriundos da concentração da propriedade da terra, intensificaram-se na década de 1980 na porção sul do país, por causa      
a) do grande número de minifúndios.
b) do intenso processo de modernização da agricultura.
c) da expansão da fronteira agrícola.
d) da tradição camponesa dos imigrantes europeus.
e) das ações organizadas pelas Ligas Camponesas.

08. (Fatec) Considere o texto apresentado a seguir para responder a questão.
"O grupo móvel do Ministério do Trabalho encontrou 421 trabalhadores em condições consideradas degradantes, em Quirinópolis (GO), sul do estado. O ministério diz ter resgatado os trabalhadores. Originários na maioria de outros estados, eles atuavam no plantio e no corte da cana-de-açúcar, em frentes de trabalho da empresa Agropecuária Campo Alto, sociedade anônima dirigida por um conselheiro da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar)". 
Situações como a descrita no texto têm sido comuns pelo menos desde a década de 1970 e estão relacionadas ao crescimento, no campo brasileiro:
a) das relações de meação em áreas de agricultura familiar.
b) da prática do arrendamento capitalista, por cooperativas de trabalhadores.
c) do trabalho assalariado temporário, nas áreas de monoculturas.
d) do sistema de colonato, nas áreas de culturas tradicionais.
e) da agricultura orgânica, baseada no uso intensivo da mão-de-obra.

09. (ENEM)

O gráfico representa a relação entre o tamanho e a totalidade dos imóveis rurais no Brasil. Que característica da estrutura fundiária brasileira está evidenciada no gráfico apresentado?
a) A concentração de terras nas mãos de poucos.
b) A existência de poucas terras agricultáveis.
c) O domínio territorial dos minifúndios.
d) A primazia da agricultura familiar.
e) A debilidade dos plantations modernos.

10. O sistema mais produtivo da agricultura brasileira, em termos de rendimento e produção por hectare, apresenta as seguintes características:
a) trabalho familiar, adubação orgânica e policultura.
b) monocultura, mecanização e adubação química.
c) trabalho temporário e produção de abastecimento para o mercado interno.
d) pequenas propriedades, produção para exportação, permacultura.
e) grandes propriedades, sistema de colonato, monocultura.

11. Apesar da miséria de grande parcela dos trabalhadores rurais brasileiros, há outra face da agropecuária brasileira pautada pela modernização, pela alta produtividade e pela capacidade competitiva no mercado internacional.
Por trás dessa face moderna, estão as cadeias produtivas formadas por dezenas de elos ou agentes econômicos, integrados por diversos mecanismos, que constituem o que é denominado de
a) agronegócio.
b) associativismo.
c) cooperativismo.
d) parcerias contratuais.
e) integração comercial.

12. Leia nos quadros abaixo, alguns aspectos da situação agrária no Brasil.
Com base no exposto, a análise e comparação dos padrões espaciais gerados pela produção agropecuária e pelas cadeias produtivas industriais exigem o reconhecimento essencial de que
a) a produção agropecuária gera padrões espaciais homogêneos e com equilíbrio bastante perceptível na sua distribuição.
b) a reflexão da questão urbana não deve ser desvinculada da questão agrária, da qual faz parte a luta pela terra.
c) a concentração de população nas periferias das cidades tem como causa o fascínio pela oferta de empregos no setor terciário.
d) os padrões espaciais das cadeias produtivas industriais dependem apenas da capacidade tecnológica das fábricas.
e) as novas formas de gestão no campo geram o aumento da produtividade e a adequada convicção de que os problemas sociais foram resolvidos.

13. Dentre muitas visões sobre a questão da Reforma Agrária, há aquela que defende, com ênfase, uma forte ação voltada para alterar as bases do atual modelo de desenvolvimento porque seus adeptos o consideram destrutivo e equivocado.
A principal perspectiva dessa visão é a de que a Reforma Agrária deve ser encarada como o instrumento de caráter 
a) distributivo, garantindo a retomada da produtividade no meio rural.
b) estratégico, eliminando as invasões de terra nas médias propriedades.
c) social, contribuindo na construção da cidadania da classe trabalhadora.
d) favorável ao modelo de estrutura fundiária vigente, privilegiando a produção familiar.
e) compensatório, não defendendo uma ampla reformulação do setor agrário.

14. (URCA)

CANÇÃO DOS SEM-TERRA
A enxada sobe e desce na terra encharcada
Sobe e desce
A vontade do homem que a sustenta,
de ser dono da terra lavrada,
da terra tratada.
A enxada sobe e desce no massapé moreno,
Desde o nascer do sol ao cair do sereno.
A enxada cortando e a terra cavando
vai no homem plantando
a noção da injustiça que faz dele um escravo.
E a noção da injustiça lhe traz outra noção,
Que a ele pertence o tesouro maior,
A força do braço, a vontade do bravo,
Os caminhos da terra.
Então vai percebendo e daí entendendo
uma nova noção, que os caminhos da terra conduzem eles a libertação.

Extraído do Livro – Crônicas do Milênio - Olival Honor de Brito – Membro do Instituto Cultural do Cariri – Coleção Itaytera – Nº 25

No texto acima, verificam-se tanto um alerta quanto à necessidade de uma reforma agrária quanto um fato evidenciado nos últimos anos, que é o da necessidade dos trabalhadores se organizarem para conquistar seus objetivos.
As alternativas abaixo expressam corretamente os processos que envolvem as relações de trabalho e produção no campo brasileiro, EXCETO:
a) O processo de modernização na agropecuária brasileira somente foi possível a partir da promulgação da “Lei de Terras” de 1850, onde a mesma permitiu uma lenta mas efetiva reforma agrária ao longo dos anos.
b) Estudos da pastoral da Terra denunciam que o aumento dos conflitos no campo vêm crescendo de forma vertiginosa, e que os mesmos são decorrentes, por um lado, da ação histórica arbitrária e opressiva do Estado e, de outro, da ofensiva dos trabalhadores rurais sem-terra na ocupação dos latifúndios.
c) O modelo agrícola de exportação brasileira é baseado na monocultura e apoia-se na concentração da propriedade rural, como por exemplo o cultivo da monocultura soja.
d) Mesmo com a mecanização e o avanço tecnológico, as atividades agrícolas estão sujeitas à forte influência dos fatores naturais. A interferência pode-se dar de várias maneiras, destacando-se, porém, os limites impostos pelo clima e solo.
e) Uma política consistente de soberania alimentar no Brasil passa, necessariamente, por uma Reforma Agrária ampla e massiva e por uma política agrícola de apoio às pequenas unidades de produção.

15. (UFRN) Leia a charge a seguir.

Disponível em: <www.fernandaprofessorageografia.blogspot>. 


A charge coloca em evidência um conflito que está presente no espaço rural brasileiro. Esse conflito envolve duas lógicas: a preservação da floresta e a expansão do agronegócio. No Brasil, o desenvolvimento do agronegócio
a) requer grandes extensões de terra para o cultivo de monoculturas, degradando áreas de floresta nativa.
b) baseia-se no uso intensivo do solo para a prática da policultura, provocando desmatamento em reservas florestais.
c) favorece a desconcentração de terras para a produção agrícola, provocando a erosão de solos em áreas de floresta.
d) fundamenta-se na diversificação do uso do solo para fins agrícolas, degradando o ecossistema florestal.


16(UNISC) Leia as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.

I- A agricultura de subsistência é caracterizada pelo baixo investimento em recursos técnicos e pela baixa produção. Ela é praticada em pequenas propriedades rurais e visa a contemplar as necessidades do agricultor e de sua família.
II- A agricultura de produção progressiva é praticada em pequenas e médias propriedades. Frequentemente é desenvolvida pelo proprietário da terra e por sua família. A produtividade inicia baixa e vai se tornando alta em função do investimento em novas técnicas de plantio.
III- O plantation é caracterizado por ser praticado em grandes latifúndios que visam a exportar um determinado tipo de cultura. Historicamente é caracterizado pelo trabalho escravo ou pela baixa remuneração dos agricultores que trabalham para os donos dos latifúndios. Nos dias de hoje ainda é praticado, especialmente, em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente a afirmativa III está correta.
c) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

17. (UEL) Leia o texto a seguir.


É possível identificar no Brasil vários municípios cuja urbanização se deve diretamente à expansão da fronteira agrícola moderna, formando cidades funcionais ao campo denominadas de “cidades do agronegócio”.
(Adaptado de: ELIAS, D.; PEQUENO, R. Desigualdades socioespaciais nas cidades do agronegócio. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais. 2007. v.9. n.1. p.25-29.)

Sobre a expansão da fronteira agrícola moderna e o surgimento das “cidades do agronegócio”, assinale a alternativa correta.
a) A expansão da fronteira agrícola moderna e a criação das cidades do agronegócio ocorreram a partir de 1970, com a incorporação das terras do cerrado, impulsionada por políticas públicas voltadas à ocupação de terras e ao desenvolvimento local.
b) A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cidades do agronegócio estão associados às políticas do governo Vargas direcionadas à agricultura, com a criação, em 1951, do Sistema Nacional de Crédito Rural.
c) A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cidades do agronegócio ocorreram após investimentos dos Estados Unidos, na década de 1950, em território brasileiro para produção destinada à exportação.
d) As cidades do agronegócio estão localizadas predominantemente no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estados onde ocorreu a expansão da fronteira agrícola moderna a partir da década de 1960.
e) Por intermédio da expansão da fronteira agrícola moderna e da criação das cidades do agronegócio, a partir da década de 1950, houve uma difusão do meio técnico-científico-informacional em todo o território nacional.

18. (ACAFE) Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.
(     ) Uma das fontes da concentração de terras no Brasil nas mãos de poucos está na Lei de Terras de 1850.
(     ) A expansão do agronegócio no meio rural brasileiro tem aumentado a produção e provocado o êxodo rural.
(     ) O agrobusiness tem levado o conflito para o campo brasileiro, principalmente com o Movimento dos Sem Terras.
(     ) A questão agrária brasileira está praticamente resolvida com a distribuição de terras através da Reforma Agrária.
(     ) Um dos graves problemas do meio rural é o uso intensivo de produtos químicos e de se- mentes geneticamente modificadas.

 

A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) F V F V F
b) V F V F V
c) F F V F V
d) V V V F V

19. (IFBA) A problemática decorrente da relação que a sociedade urbano-industrial estabelece com a natureza, no modelo de desenvolvimento capitalista, também se expressa espacialmente no campo. Em particular, no campo brasileiro, considerando o papel estratégico que historicamente a agricultura capitalista desempenha para a inserção produtiva do Brasil na economia mundial.

Assim, considerando a relação estabelecida entre a agricultura e o meio ambiente, no Brasil, é correto afirmar que
a) a prática da monocultura agroexportadora em grandes extensões de terras favorece o desequilíbrio ecossistêmico pelo desenvolvimento de pragas nocivas ao solo, como ocorre no cultivo da soja, algodão e do milho.
b) a utilização de insumos químicos na agricultura capitalista possibilita a correção natural dos solos, aumentando a fertilidade da camada orgânica e, consequentemente, elevando a produtividade na safra agrícola.
c) os problemas ambientais na agricultura se acentuam nas áreas de fronteiras agrícolas do agronegócio em função da utilização de técnicas extensivas no manejo agrícola que degradam a capacidade produtiva da terra.
d) o plantio direto de forrageiras entre as plantações perenes e o terraceamento em curvas de nível são práticas de manejo agrícola que contribuem para o agravamento dos problemas ambientais rurais.
e) o agronegócio é um modelo sustentável de produção agrícola, tanto do ponto de vista ambiental, como social e econômico, contribuindo de forma significativa com a geração de emprego em larga escala e de renda no campo brasileiro.

20.  (UFSC) Sobre a agricultura e a estrutura fundiária brasileiras, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

01. A reforma agrária realizada pelo regime militar (1964-1985) erradicou os problemas de grilagem de terras, principalmente na região amazônica.
02. Historicamente, a falta de políticas agrárias que favorecessem os pequenos produtores rurais criou uma situação de violência no campo.
04. Um dos fatores que explicam as lutas dos movimentos sociais no campo é o elevado incentivo aos grandes proprietários de terra, voltados a produtos para exportação, em detrimento dos pequenos produtores rurais, que produzem basicamente para o mercado interno.
08. O domínio da técnica sobre a natureza por parte dos pequenos produtores rurais brasileiros trouxe a possibilidade de aumentar a produção e a produtividade relativa a produtos alimentícios e com maior demanda interna, como o feijão e a mandioca.
16. A agricultura brasileira pode ser caracterizada como uma produção capitalista, na qual a indústria se inseriu de maneira a comandar a produção agrícola.
32. As lavouras do Nordeste e do Sudeste brasileiros tiveram grande desenvolvimento durante os anos 1960 a 1980, direcionando sua produção para o mercado interno, mas na atualidade não conseguem repetir os mesmos desempenhos.

Fonte: 
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-agricultura-brasileira.htm
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-agricultura.htm
http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=captulo_13_espaco_agrario_no_mundo_subdesenvolvido_e_no_brasil

Gabarito:
1.E; 2.E; 3.E; 4.B; 05.D; 06.C; 07.B; 08.C; 09.A; 10.B; 11.A; 12.B; 13.C; 14.A; 15.A; 16.C; 17.A; 18.D; 19.A; 20. (2 + 4 + 16 = 22).

11 de dezembro de 2020

Agricultura camponesa

 A expansão das cadeias produtivas agroindustriais e o controle do mercado mundial de alimentos por grandes grupos empresariais provocaram uma expressiva transformação: a padronização do cardápio alimentar. É comum encontrar nas prateleiras dos supermercados ou das redes de fast-food os mesmos tipos e marcas de alimentos em diferentes países. Apenas quatro grãos - arroz, milho, trigo e soja - concentram quase a totalidade dos alimentos consumidos pela população mundial.

A padronização alimentar modifica a forma de preparar a comida, empobrece o perfil alimentar da população e compromete os diferentes modos de viver e a preservação da cultura local.

Para que haja soberania alimentar, é preciso valorizar os produtores agrícolas locais, especialmente as famílias e as comunidades rurais de diferentes regiões da Terra que preservaram nas lavouras de subsistência imensa diversidade de culturas alimentares, peculiares em cada região.

São esses trabalhadores rurais, os camponeses, que aprenderam a manter a fertilidade do solo nos sistemas agrícolas de florestas e savanas tropicais, nos cultivos irrigados das regiões desérticas e semidesérticas, na rizicultura dos campos irrigados das regiões tropicais úmidas, nos cultivos associados à criação de animais das regiões temperadas, nas atividades de pastoreio das regiões herbáceas frias ou semidesérticas. Da mesma forma, são os camponeses que estabeleceram laços de vizinhança em mutirões de trabalho ou o consumo de bens e serviços em localidades próximas para a manutenção de ferramentas e suprimentos de produtos não produzidos por eles, favorecendo o mercado local.

Por essas razões, a agropecuária camponesa é considerada uma alternativa ao empobrecimento da dieta alimentar e ao controle absoluto do setor agrícola pelas cadeias agroindustriais, que utilizam cada vez mais as sementes transgênicas. Ao manejarem sistemas agrícolas muito antigos, os camponeses produziram as próprias sementes, chamadas de sementes crioulas, preservando a diversidade genética das plantas agrícolas e de raças e mudas adaptadas a condições ambientais das comunidades locais.

Imagem: Reprodução

Fonte: TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

Slow Food

 Para impedir que o patrimônio cultural gastronômico de várias regiões do mundo seja destruído pela ação dos alimentos industrializados, enlatados, congelados e sem personalidade, em 1986 surgiu na Itália o movimento Slow Food (em inglês "comida lenta"). O movimento e a organização não governamental fundados por Carlo Petrini tem como objetivo promover uma maior apreciação da comida, melhorar a qualidade das refeições e uma produção que valorize o produto, o produtor e o meio ambiente. O movimento é mais uma reação à massificação e globalização da culinária representada pelas cadeias industriais de fast-food.

 O Slow Food valoriza o processo cultural que determinou a receita de cada alimento, de cada prato, dissemina o respeito pela qualidade dos ingredientes e desenvolve nos consumidores a percepção de que cada ambiente natural deixa sua marca nos produtos alimentícios. O símbolo do movimento Slow Food é o caracol, um bichinho lento, porém determinado.

Imagem: Reprodução
Fonte:
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
SLOW Food. Wikipédia a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Slow_food

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa