As voçorocas são uma das mais desastrosas consequências do rompimento dos elos naturais, causando o enfraquecimento biológico do solo e, posteriormente, a inevitável desagregação física. As voçorocas são feridas da terra e podem engolir grandes extensões do solo
As chuvas fortes podem originar sulcos na terra em um solo não protegido pela vegetação. Se não forem controlados, esses sulcos se aprofundam a cada nova chuva e podem, com o escoamento que ocorre no subsolo, resultar em sulcos de enormes dimensões, chamados voçorocas (ou boçorocas), que podem atingir dezenas de metros de largura e profundidade, além de centenas de metros de comprimento. As áreas com voçorocas ficam impossibilitadas tanto para uso agrícola como urbano.
Para impedir a formação das voçorocas, a primeira ação deve ser o desvio do fluxo de água. Se a topografia do relevo não permitir esse desvio, deve-se controlar a velocidade e o volume da água que escoa sobre o sulco. Isso pode ser feito com o plantio de grama (se a declividade das paredes do sulco não for muito acentuada) ou com a construção de taludes, que são degraus responsáveis pela diminuição da velocidade do escoamento da água, recurso usado em rodovias brasileiras.
Outra solução bastante utilizada e difundida é a construção de uma barragem e o consequente represamento da água que escoa tanto pela superfície quanto pelo subsolo. Esse represamento faz com que a voçoroca fique submersa e receba pela água sedimentos, que a estabilizam.
Pudemos comprovar que as voçorocas podem engolir grandes extensões do solo, como foi o caso da voçoroca das imagens, onde visualizamos o desastre provocado pela água da chuva em um solo não protegido pela vegetação. São quilômetros de solo que poderia ser agricultável, mas o que víamos era um solo rasgado, como se fosse uma ferida aberta que provavelmente nunca será curada.
Nosso grupo fazendo estudo de campo
Professora Ana Lucia.
Fonte:
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil. São Paulo, Scipione, 2005.
Estudo de campo como parte da aula da disciplina de Gerenciamento dos Recursos Naturais, professora Ana Lucia de Paula Ribeiro, curso de Pós-Graduação em Educação Ambiental e Gestão de Recursos Naturais. 2008