26 de janeiro de 2021

Rio de Janeiro


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O Rio de Janeiro é um município brasileiro, capital do estado de mesmo nome, situado no Sudeste do país. É o maior destino turístico internacional no Brasil, da América Latina e de todo o Hemisfério Sul. É a segunda maior metrópole do Brasil (depois de São Paulo), a sexta maior da América e a trigésima quinta do mundo. Sua população estimada pelo IBGE para 1.º de julho de 2020 era de 6.747.815 habitantes. É conhecida como Cidade Maravilhosa e aquele que nela nasce é chamado de carioca.

É um dos principais centros econômicos, culturais e financeiros do país, sendo internacionalmente conhecida por diversos ícones culturais e paisagísticos, como o Pão de Açúcar, o morro do Corcovado com a estátua do Cristo Redentor, as praias dos bairros de Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca, entre outras. Em 18 de janeiro de 2019, a cidade foi eleita pela UNESCO como a primeira Capital Mundial da Arquitetura.

O Rio de Janeiro é a cidade com o segundo maior PIB no Brasil, superada apenas por São Paulo.

A cidade foi, sucessivamente, capital da colônia portuguesa do Estado do Brasil (1763-1815), depois do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), do Império do Brasil (1822-1889) e da República dos Estados Unidos do Brasil (1889-1968) até 1960, quando a sede do governo foi transferida para a recém-construída Brasília. Neste ano, o Rio foi transformado em uma cidade-estado com o nome de Guanabara e somente em 1975 torna-se a capital do estado do Rio de Janeiro, após a fusão deste com a Guanabara.

Com cerca de 1200 quilômetros quadrados (km²) de área, o município se estende desde a margem ocidental da baía de Guanabara até parte da Restinga da Marambaia e ocupa ilhas como Governador e Paquetá.

A cidade se desenvolveu sobre estreitas planícies aluviais comprimidas entre montanhas e morros e está assentada sobre três grandes maciços: Pedra Branca, Gericinó e o da Tijuca, com picos de interesse turístico como o Bico do Papagaio, Andaraí, Pedra da Gávea, Corcovado, o Dois Irmãos e o Pão de Açúcar. O Rio de Janeiro conta ainda com parques e reservas ecológicas, como o Parque Nacional da Tijuca, considerado "Patrimônio Ambiental e Reserva da Biosfera" pela UNESCO; o Complexo da Quinta da Boa Vista; o Jardim Botânico; o Jardim Zoológico do Rio; o Parque Estadual da Pedra Branca e o Passeio Público.
Imagem: Wikipédia


Fonte: RIO DE JANEIRO. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro

25 de janeiro de 2021

São Paulo

Imagem: Reprodução

São Paulo é a capital do estado de São Paulo e é a cidade brasileira mais influente no cenário global, portanto é uma cidade global por ser  o maior centro financeiro do Brasil e um dos maiores do mundo. É a cidade mais populosa do continente americano, sendo considerada uma megacidade.

A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi criada no ano de 1973 e atualmente é constituída por 39 municípios, sendo a maior aglomeração urbana do Brasil e a terceira maior das Américas, com 20 820 093 habitantes. Seu Produto Interno Bruto (PIB) somava em 2009 cerca de 613 bilhões de reais.

A cidade, fundada em 1554 por padres jesuítas e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Ipiranga, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista.

São Paulo atualmente passa por uma transformação em sua economia. Durante muito tempo a indústria constituiu uma atividade econômica bastante presente na cidade, porém nas últimas três décadas uma mudança em seu perfil econômico: de uma cidade com forte caráter industrial, o município tem cada vez mais assumido um papel de cidade terciária, polo de serviços e negócios para o país.

O município situa-se a uma latitude de  23°33'01'' sul e a uma longitude de 46°38'02'' oeste. A área total do município é de 1 521,11 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o nono maior do estado em extensão territorial. De toda a área do município, 949,611 km² são de áreas urbanas (2015), sendo a maior área urbana do país.

São Paulo tem altitude média de 760 metros. O ponto culminante do município é o Pico do Jaraguá, com 1 135 metros de altitude acima do nível do mar, localizado Parque Estadual do Jaraguá, na serra da Cantareira, onde se encontra também a segunda maior floresta urbana do mundo, no Parque da Cantareira.

Imagem: Wikipédia

Fonte: 
SÃO PAULO. Wikipédia. Disponível em:https://pt.wikipedia.org/wiki/São_Paulo

24 de janeiro de 2021

Porto Alegre

Imagem: Reprodução
Porto Alegre é um município brasileiro e a capital do estado mais meridional do Brasil, o Rio Grande do Sul. Com uma área de quase 500 km² e uma população de 1.488.252 habitantes (estimativa 2020), possui uma geografia diversificada, com morros, baixadas e um grande lago: o Guaíba. Está a 2.027 km da capital nacional, Brasília.

Porto Alegre tem como data oficial de fundação 26 de março de 1772, com a criação da Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, um ano depois alterada para Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre. Entretanto, o povoamento começou em 1752, com a chegada de 60 casais portugueses açorianos trazidos por meio do Tratado de Madri para se instalarem nas Missões, região do Noroeste do Estado que estava sendo entregue ao governo português em troca da Colônia de Sacramento, nas margens do Rio da Prata. A demarcação dessas terras demorou e os açorianos permaneceram no então chamado Porto de Viamão, primeira denominação de Porto Alegre.

Em 24 de julho de 1773, Porto Alegre se tornou a capital da capitania, com a instalação oficial do governo de José Marcelino de Figueiredo. A partir de 1824, passou a receber imigrantes de todo o mundo, em particular alemães, italianos, espanhóis, africanos, poloneses, judeus e libaneses. Este mosaico de múltiplas expressões e origens étnicas, religiosas e linguísticas, faz de Porto Alegre uma cidade cosmopolita e multicultural.

A área de Porto Alegre, de 496,684 km2 , é um ponto de encontro de distintos sistemas naturais que imprimem uma geografia diversificada à cidade. Um anel de morros graníticos com 730 milhões de anos emoldura a região de planície onde está o grande centro urbano da cidade, ocupando 65% de seu território. Os morros fazem parte de uma plataforma originada de rochas que se fundiram sob pressão e calor intensos no interior da terra e depois emergiram, elevando-se à altura de montanhas. Hoje, desbastadas e fendidas pela erosão de milhões de anos, formam pequenos morros de cume arredondados que dominam a paisagem da capital. O Morro Santana, com 311 m de altura, é o ponto mais alto, com matas e campos nativos, cachoeiras, banhados, charcos, lagos, córregos e cascatas.

Esta formação geológica foi uma espécie de contenção natural para a ocupação do município em direção à zona sul, e contribuiu para que Porto Alegre conserve 30% de seu território como área rural, a segunda maior entre as capitais brasileiras.

Outros dados:
Localização: Latitude – 30° / Longitude W – Greenwich 51°. Capital mais meridional do Brasil
Altitude: 10 m
Área: 496,684 km2
Relevo: A cidade ocupa uma área de planície circundada por 40 morros que abrangem 65% da sua área. É limitada pela orla fluvial do lago Guaíba, de 72 quilômetros de extensão.
Imagem: Reprodução

Fonte: 
CONHEÇA Porto Alegre. Prefeitura de Porto Alegre. Disponível em: https://prefeitura.poa.br/gp/projetos/conheca-porto-alegre
PORTO ALEGRE. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_Alegre

19 de janeiro de 2021

A existência da ética

 Muitas vezes tomamos conhecimento de movimentos contra a desigualdade social. Ficamos sabendo que, em outros países e no Brasil, milhões de pessoas estão desempregadas e foram prejudicadas pelas crises econômicas e pela concentração da riqueza nas mãos de poucos. Sentimo-nos enganados e, por isso, ficamos indignados.

Outras vezes, movidos pela solidariedade, engajamo-nos em campanhas contra a desigualdade social, a pobreza e a corrupção. Esses sentimentos e as ações desencadeadas por eles exprimem a maneira como avaliamos nossa situação e a de nossos semelhantes. Mas como distinguimos o certo e o errado, o justo e o injusto? De onde se originam nossas ideias de bem e de mal, de vício e virtude?

Senso moral e consciência moral

O senso moral é a maneira como avaliamos condutas, situações e comportamentos segundo ideias como as de justiça e injustiça, certo e errado, mérito, grandeza de alma, etc. Ele é exprimido como um sentimento - piedade, indignação, vergonha, remorso, culpa, comoção, etc. - diante dessas situações, condutas e comportamentos.

A consciência moral é a capacidade de, com base em uma avaliação fundamentada nos valores de justiça, correção, mérito, grandeza, etc., decidirmos livremente como agir e justificarmos as razões de nossas ações, condutas e comportamentos diante dos outros e de nós mesmos, assumindo  suas consequências. A consciência moral se manifesta quando temos que tomar decisões diante de um impasse moral.

Os constituintes do campo ético

Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre o bem e o mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício. A consciência moral não só conhece tais diferenças, mas também se reconhece como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais. Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética.

A consciência moral manifesta-se na capacidade para deliberar diante de alternativas possíveis. Tem a capacidade para avaliar e pesar as motivações pessoais, as exigências feitas pela situação, as consequências para si e para os outros, a conformidade entre meios e fins, a obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo (se o estabelecido for imoral ou injusto).

A vontade é esse poder deliberativo e decisório do agente moral. Para que exerça esse poder sobre o sujeito moral, a vontade deve ser livre, isto é, não pode estar submetida à vontade de outro nem pode estar submetida aos instintos e às ¹paixões, mas, ao contrário, deve ter o poder sobre eles.

1. Paixão: no dia a dia falamos paixão para dizer 'amor'. Eticamente, porém, o amor é uma entre muitas paixões, pois paixão significa todo desejo, emoção ou sentimento causado em nós ou por uma força irracional interna ou pela força incontrolável de alguma coisa externa que nos domina. Alegria, tristeza, amor, ódio, medo, esperança, cólera, inveja, avareza, orgulho são paixões.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.

15 de janeiro de 2021

Atitudes mentais opostas à razão

 As atitudes mentais opostas à razão são:

  1. o conhecimento ilusório, isto é, o conhecimento da mera aparência das coisas que não alcança a realidade ou a verdade delas. Ele se opõe à razão porque se contenta com a coisa como dada imediatamente, sem compreender suas causas, e também porque varia entre pessoas e sociedades, contradizendo-se;
  2. as emoções, sentimentos e paixões. Opõem-se à razão porque são cegos, desordenados e contraditórios;
  3. a crença religiosa, em que a verdade nos é dada pela fé numa revelação divina. Ela opõe-se à razão porque não depende do trabalho de conhecimento realizado pela nossa inteligência ou pelo nosso intelecto, dispensando a determinação de suas causas.
  4. o êxtase místico, no qual o espírito acredita entrar em relação direta com o ser divino. Ele opõe-se à razão porque acredita que isso ocorre sem nenhuma intervenção do intelecto ou da inteligência, nem da vontade.
Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.

Razão

Na cultura da sociedade ocidental, a palavra razão origina-se de duas fontes: a palavra latina ratio e a palavra grega logos. Ambas são substantivos derivados de dois verbos que têm sentido muito parecido.
Que fazemos quando medimos, juntamos, separamos, contamos e calculamos? Pensamos de modo ordenado. E que meios usamos para falar sobre essas ações? Usamos palavras. Por isso, lógos, ratio ou razão significam pensar e falar ordenadamente, com medida e proporção.

Desde seus primórdios, a filosofia considerou que a razão opera segundo princípios que ela própria estabelece e que estão em concordância com a realidade, mesmo quando não os conhecemos explicitamente. Nós respeitamos  esses princípios porque somos seres racionais e porque eles garantem que a realidade possa ser conhecida pela nossa razão.

Que princípios são esses?

O princípio da identidade afirma que uma coisa, seja ela qual for (um ser da natureza, uma figura geométrica, um ser humano, uma obra de arte, uma ação) só pode ser conhecida e pensada se for percebida e conservada com sua identidade. Ele é condição para podermos definir uma coisa e pensá-la com base em sua definição: a partir do momento em que temos a definição de um triângulo (figura de três lados e de três ângulos internos cuja soma é igual à soma de dois ângulos retos), sabemos que outra figura é um triângulo se ela for idêntica à definição. Em outras palavras, "o que é, é", ou  A=A. Exemplo: numa investigação criminal, por um lado, temos um suspeito e, por outro, temos uma amostra de DNA que sabemos ser do criminoso, que ainda não conhecemos. Sabemos que o nosso suspeito é o criminoso se uma amostra de DNA desse suspeito for idêntica àquela que sabemos ser do criminoso.

O princípio da  contradição (ou princípio da não contradição) enuncia que uma coisa não pode ser e não ser essa mesma coisa ao mesmo tempo e na mesma relação. Ou seja, se A é A, é impossível que A seja não A, ao mesmo tempo e na mesma relação. Sem esse princípio, o princípio da identidade não funciona. Tomemos como exemplo uma relação entre mãe e filha. Eu até posso ser mãe e filha ao mesmo tempo, mas não na mesma relação: sou filha de Maria e mãe de Renata, por exemplo. Mas não posso ser, ao mesmo tempo, filha e mãe de Maria, nem mãe e filha de Renata. Dentro dessa relação, podemos dizer que a filha é a não mãe (não M), de maneira que a mãe (M) não pode ser ao mesmo tempo, M e não M.

O princípio do terceiro excluído, cujo enunciado é: "Ou A é x ou não é x, e não há terceira possibilidade". Por exemplo: "Ou este homem é Sócrates ou não é Sócrates"; "Ou faremos a guerra ou faremos a paz". Esse princípio define a decisão de um dilema - "ou isto, ou aquilo" -, no qual as duas alternativas são possíveis, e a solução exige que apenas uma delas seja verdadeira. Mesmo quando temos um teste de múltipla escolha, escolhemos na verdade apenas entre duas opções - "ou está certo, ou está errado" -, e não há terceira possibilidade.

Já o princípio de razão suficiente afirma que tudo o que existe e tudo o que acontece tem uma razão (causa e motivo) para existir ou para acontecer, e que nossa razão pode conhecer tal causa ou tal motivo. Ou seja, afirma a existência de relações ou conexões internas entre as coisas, entre fatos ou entre ações e acontecimentos. Se uma maçã, ao se desprender da macieira vai ao chão, isso significa que há uma força que a impulsiona de sua posição para baixo. Essa força, sabemos, é a gravidade.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.


O que é ser racional?

Podemos dizer que a filosofia se constitui quando os seres humanos começam a exigir provas e justificações racionais que validem ou invalidem as crenças cotidianas.

Por que racionais? Por três motivos:

* porque racional significa argumentado, debatido e compreendido;

* porque racional significa que, ao argumentar e debater, queremos conhecer as condições e os pressupostos de nossos pensamentos e os dos outros;

* porque racional significa respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um debate tenham sentido. Desse modo, é possível chegar a conclusões que podem ser compreendidas, discutidas, aceitas e respeitadas por outros.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.

14 de janeiro de 2021

Computador

 Palavra de origem latina, provém de computator, que significa 'máquina de contar, calcular'. Antes que esta palavra fosse usada corretamente, quando só havia enormes máquinas militares e de grandes empresas, falava-se em "cérebro eletrônico". Por que? Porque se trata de um objeto técnico muito diferente daqueles até então conhecidos, que ampliavam apenas a força física dos seres humanos: o microscópio e o telescópio aumentavam a força dos olhos; o navio, o automóvel e o avião aumentavam a força dos pés; a alavanca, a polia, a chave de fenda, o martelo aumentavam a força das mãos; e assim por diante. Já o "cérebro eletrônico" ou computador amplia e até substitui as capacidades mentais ou intelectuais dos seres humanos.

Um dos primeiros computadores eletrônicos, Mark 1 foi desenvolvido pela Universidade Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos, em parceria com uma empresa de informática, em 1944, para efetuar cálculos para a Marinha norte-americana.

Em dimensões, o Mark 1 possuía cerca de 17 metros de comprimento por 2,5 metros de altura e pesava cerca de 5 toneladas. A memória e os totalizadores compreendiam 3.000 engrenagens com 10 "dentes", 1.400 comutadores rotativos e tudo era ligado por cerca de 800 Km de condutores elétricos.

Imagem: Mark 1, foto de 1944 (reprodução)

Fonte:
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.
MARK 1. Computadores Clássicos. Disponível em:
http://computadoresclassicos.blogspot.com/2015/02/o-ascc-automatic-sequence-controlled.html

Consciência

 

Imagem: Reprodução

Faculdade que funciona como juízo do certo (o Bem) e do errado (o Mal) e por meio da qual o ser humano se apercebe daquilo que se passa dentro de si mesmo ou de seu exterior. Em Descartes, a vida espiritual humana, passível de conhecer a si mesma de modo imediato e integral, estabelece, dessa maneira, uma evidência irrefutável de sua própria existência e, por extensão, da realidade do mundo exterior.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.


Intuição

 Palavra derivada do verbo latino intuere, que significa 'olhar atentamente, contemplar, ver claramente'.

A intuição é uma compreensão global e completa de uma verdade, de um objeto ou de um fato, em que imediatamente a razão capta todas as relações que constituem a realidade e a verdade da coisa intuída. É um ato intelectual de discernimento e compreensão, sem necessidade de provas ou demonstrações para saber o que conhece. Um exemplo seria um médico que, graças ao conjunto de conhecimentos que possui, faz um diagnóstico em que apreende de uma só vez a doença, sua causa e o modo de tratá-la. Os psicólogos se referem à intuição usando o termo inglês insight.

A intuição pode ser de dois tipos: intuição sensível (ou empírica) e intuição intelectual. A intuição ¹empírica é o conhecimento direto e imediato das qualidades sensíveis de objetos, como cor, sabor, odor, etc. É também o conhecimento imediato de estados mentais que dependeram de contato sensorial com as coisas: lembranças, desejos, sentimentos, etc. Ela refere-se aos estados do sujeito do conhecimento como ser corporal e psíquico individual. Sua marca, por isso, é a singularidade: está ligada, por um lado, à singularidade do objeto intuído e, por outro, à singularidade e às circunstâncias do sujeito que intui. Já a intuição intelectual é universal e necessária. É um conhecimento direto e imediato dos princípios da razão (identidade, contradição, etc.), que, por serem princípios, são indemonstráveis; é o conhecimento de ideias simples, aquelas que não são compostas de outras e não precisam de outras para ser conhecidas; e, por fim, quando ela depende de conhecimentos anteriores, ela é o momento em que esses conhecimentos são sintetizados e percebidos de uma só vez, em sua organização e articulação.

1. Empírica: palavra originada do grego empeiría, 'experiência'.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.


13 de janeiro de 2021

A imagem da mulher moderna

 

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Após a leitura e o entendimento do trecho a seguir, escrito por Simone de Beauvoir no livro O segundo sexo, reflitam sobre as diversas imagens da mulher no mundo contemporâneo. Neste trecho, ela cita as várias representações da mulher ao longo da história, partindo de personagens mitológicas femininas com características opostas.

É sempre difícil descrever um mito; ele não se deixa apanhar nem cercar, habita as consciências sem nunca postar-se diante delas como um objeto imóvel. É, por vezes, tão fluido, tão contraditório que não se percebe, de início, a unidade: Dalila e Judite, Aspásia e Lucrécia, Pandora e Atena, a mulher é, a um tempo, Eva e Virgem Maria. É um ídolo e uma serva, a fonte de vida, uma força das trevas; é o silêncio elementar da verdade, é o artifício, tagarelice e mentira; a que cura e a que enfeitiça; é a presa do homem e sua perda; é tudo o que ele quer ter, sua negação e sua razão de ser.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. v.1. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. p.183.

Atividade 

Pesquisem sobre as personagens citadas no texto. Depois, selecionem imagens fotográficas, peças publicitárias, frases, slogans, poemas, depoimentos, cenas de filme, etc. que expressem ideias sobre a mulher. Analisem os materiais selecionados e organizem um mural (no classroom ou físico, quando for possível). Escrevam frases e pequenas explicações no mural construído, levando em conta as seguintes questões:

- Qual é a verdade presente nessas representações femininas?

- Existe uma verdade inquestionável sobre a mulher contemporânea?

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.


Como opera a ideologia democrática?

 A ideologia democrática opera de modo a criar a aparência de que todos os indivíduos são livres e iguais no capitalismo, e de que a democracia seria o regime político da lei e da ordem que garantiria os interesses e liberdades desses indivíduos. Dessa forma, por meio da simulação da igualdade e liberdade dos indivíduos, a ideologia oculta que há um conflito de interesses criado pela exploração de uma classe social por outra, e que, na verdade, não há liberdade e igualdade entre todos os indivíduos.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.

Alienação

Em Marx, processo pelo qual o ser humano se afasta de sua natureza, tornando-se estranho a si mesmo na medida que já não controla sua atividade essencial (o trabalho), pois os objetos que produz (as mercadorias) adquirem existência independente do seu poder e contrária aos seus interesses. Estado do indivíduo que não detém o controle de si mesmo ou que se vê privado de seus direitos fundamentais, passando a ser considerado uma "coisa". Falta de percepção de si mesmo.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.

1 de janeiro de 2021

Ecossistema

 O conjunto de interações que envolve os seres vivos e os elementos não vivos de um ambiente é chamado de ecossistema, observado em diferentes escalas. Os elementos vivos, como animais, fungos, bactérias, protozoários e plantas, são os componentes bióticos de um ecossistema. Já os elementos não vivos, como a água, o ar, os solos, os sais minerais e a radiação solar, são os componentes abióticos. Os seres vivos estabelecem relações alimentares entre si e obtêm nutrientes e energia dos elementos abióticos do sistema.

Fonte: TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

Biosfera

 

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A biosfera é a esfera da vida que habita a superfície terrestre. Para estudá-la é preciso considerar inúmeras variáveis, entre as quais se destaca o clima, que condiciona a distribuição das diferentes paisagens vegetais existentes no mundo. Também é preciso utilizar diferentes escalas de análise, desde os ecossistemas, focando as interações entre seres vivos e elementos não vivos, até os biomas, considerando grandes conjunto de formações vegetais com características semelhantes.

Fonte: TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

Biodiversidade

 

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A vida na Terra é rica e abundante. Ao longo do tempo, as interações entre os seres vivos e o ambiente tendem a um equilíbrio dinâmico, o que torna bastante diferenciada a biodiversidade de cada lugar.

Biodiversidade é a palavra que define a riqueza e abundância de vida no planeta, abrangendo não apenas a variabilidade de organismos vivos como também a variedade genética, de espécies, de comunidades e de funções desempenhadas pelos organismos.

A biodiversidade inclui animais, plantas e microrganismos. "As espécies que fazem parte de um determinado ecossistema compõem a biodiversidade daquele local, como é o caso das espécies florestais da Mata Atlântica, por exemplo".

As principais ameaças a biodiversidade são: a poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola no substituindo os habitats naturais, a expansão urbana e industrial, entre outros, que está levando milhares de espécies animais e vegetais à extinção, de acordo com a ong ambiental WWF.


Fonte: 
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.
BIODIVERSIDADE: o que é e os riscos que corre. Biovert. Disponível em:
http://www.biovert.com.br/biodiversidade-conheca-aqui-duas-principais-ameacas/
O que é biodiversidade? WWF. Disponível em: https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biodiversidade/
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa