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11 de dezembro de 2020

Slow Food

 Para impedir que o patrimônio cultural gastronômico de várias regiões do mundo seja destruído pela ação dos alimentos industrializados, enlatados, congelados e sem personalidade, em 1986 surgiu na Itália o movimento Slow Food (em inglês "comida lenta"). O movimento e a organização não governamental fundados por Carlo Petrini tem como objetivo promover uma maior apreciação da comida, melhorar a qualidade das refeições e uma produção que valorize o produto, o produtor e o meio ambiente. O movimento é mais uma reação à massificação e globalização da culinária representada pelas cadeias industriais de fast-food.

 O Slow Food valoriza o processo cultural que determinou a receita de cada alimento, de cada prato, dissemina o respeito pela qualidade dos ingredientes e desenvolve nos consumidores a percepção de que cada ambiente natural deixa sua marca nos produtos alimentícios. O símbolo do movimento Slow Food é o caracol, um bichinho lento, porém determinado.

Imagem: Reprodução
Fonte:
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
SLOW Food. Wikipédia a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Slow_food

28 de outubro de 2020

Tecnopolo

Imagem: Reprodução

É um centro industrial e tecnológico que reúne, em um mesmo local, atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), como universidades e empresas de alta tecnologia. Na era dos tecnopolos, um novo "capital" é muito valorizado: o capital intelectual. Por isso a universidade é fundamental nesses locais. Não existe aí uma cadeia industrial baseada na complementação de produtos, mas uma produção em que o principal capital é o conhecimento. Uma infraestrutura de infovias (fibra óptica, internet banda larga) com um bom sistema de comunicação é essencial para a instalação de um tecnopolo.

Esses novos centros industriais e de serviços têm relação com a Terceira Revolução Industrial, assim como as bacias carboníferas tinham com a Primeira ou as jazidas petrolíferas com a Segunda. Os tecnopolos constituem os pontos de interconexão da rede mundial de produção de conhecimentos e os principais centros irradiadores das inovações que caracterizam a revolução tecnológica que se iniciou nas últimas décadas do século XX. Muitas empresas inovadoras que existem hoje no mundo se desenvolveram numa incubadora, no interior de um parque tecnológico.

Os tecnopolos concentram-se especialmente nos Estados Unidos, na União Europeia e no Japão, embora existam em outros países desenvolvidos e também em alguns países emergentes: no Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na Coreia do Sul, em Taiwan, no México, entre outros.

O Vale do Silício é o maior parque tecnológico do mundo. Fica na região da baía de São Francisco, nos Estados Unidos e abriga algumas das principais empresas de tecnologia do mundo, como Google, Facebook, Apple, Tesla, entre outras.

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017.
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione. 2017.
http://www.laiob.com/blog/por-que-o-vale-do-silicio-e-o-maior-polo-de-tecnologia-do-mundo-2/

Fatores locacionais da indústria

Imagem: Frauke Feind por Pixabay - Indústria petroquímica

Os fatores locacionais são as diversas vantagens que determinado lugar pode fazer para atrair a instalação de indústrias. No momento de escolher uma localidade para instalar uma indústria, os empresários levam em consideração quais fatores são mais importantes para aumentar a taxa de lucro de seu investimento. Os principais fatores locacionais que atraem indústrias são:

1. Matérias - primas: minerais e agropecuáriasLugares que apresentam um fácil acesso a matérias-primas são considerados vantajosos para a instalação de empresas.

2. Energia: petróleo, gás, eletricidade, etc. Se um país ou região possui uma grande produção de energia, o número de investimentos tende a aumentar.

3. Mão de obra: pouco qualificada (baixa remuneração) ou muito qualificada (alta remuneração). Geralmente as empresas procuram lugares em que a mão de obra seja barata e que atenda os seus interesses.

4. Tecnologia: parques tecnológicos, incubadoras, universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D). São locais atraentes para empresas que necessitam desses serviços, uma vez que eles formam profissionais especializados e garantem rápido aprimoramento da produção industrial.

5. Mercado consumidor: relacionado à quantidade de pessoas e disponibilidade de renda. Quando um local apresenta um grande mercado consumidor, há um aumento do número de empresas e fábricas que buscam instalar-se nessa região para atender esse mercado e gerar lucros.

16 de outubro de 2020

Toyotismo

Imagem: Reprodução
Após a Segunda Guerra Mundial foi desenvolvido no Japão um novo sistema de organização da produção, o toyotismo.

O toyotismo é baseado numa acumulação mais flexível, que maximiza ganhos a partir de diferentes formas de contratação de mão de obra, produção de bens e serviços e investimentos do capital.

Conhecido pelo nome just-in-time ("tempo exato"), esse sistema organizacional foi executado pela primeira vez na fábrica de motores da Toyota a partir dos anos 1960, sendo depois introduzido nas principais indústrias do mundo.

As diferentes etapas da produção, desde a entrada das matérias-primas até a saída do produto, são definidas entre fornecedores, produtores e compradores. A matéria-prima que entra na fábrica corresponde à quantidade de mercadorias que será produzida, o que deve ser feito em um prazo estipulado e de acordo com o pedido dos compradores. Além da eficiência, com controle de qualidade total dos produtos, o sistema just-in-time permite diminuir o custo de estocagem e garantir os lucros dos empresários.

O trabalho especializado e rotineiro da linha de montagem do sistema fordista foi substituído por um sistema flexível, em que o trabalhador pode ser deslocado para realizar diferentes funções de acordo com as necessidades da produção de cada momento.

Os recursos da microeletrônica, da robótica e da informática, muito utilizados nesse sistema, permitem a modificação e a atualização dos modelos de mercadorias a partir de pequenas mudanças nos equipamentos da fábrica com os mesmos maquinários. Isso é especialmente importante em um mundo em que a evolução tecnológica possibilita a constante criação de produtos e sucessivas modificações.

No toyotismo há uma sincronia entre os sistemas de fornecimento de matérias-primas, de produção e de venda. Esse sistema também se apoia em empresas subcontratadas para a produção do produto final. 

Fonte:
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Lazaro Anselmo; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
Fonte (Web):
https://querobolsa.com.br/enem/geografia/toyotismo
https://www.todamateria.com.br/toyotismo/

9 de outubro de 2020

Terceira Revolução Industrial

 

A partir da segunda metade do século XX, iniciou-se uma nova fase de progressos tecnológicos, decorrente da integração entre ciência e produção, chamada de Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico-Científica-Informacional.

A aplicação quase que imediata das descobertas científicas ao processo produtivo favoreceu o crescimento das atividades em que se emprega alta tecnologia. Essas atividades despontam, hoje, como os setores mais dinâmicos da economia mundial. São exemplos desses setores e dos produtos e serviços por eles gerados: a informática, que produz computadores e softwares (programa ou sistema que permite a utilização e a operação do computador pelo usuário); a microeletrônica, que fabrica chips, transistores e circuitos eletrônicos; a robótica, que cria robôs para uso industrial; as telecomunicações, que viabilizam as transmissões de rádio, televisão, telefonia fixa e móvel e internet; indústria aeroespacial, que fabrica satélites artificiais e aviões; e a biotecnologia, por meio da qual se desenvolvem medicamentos e se manipulam geneticamente plantas e animais.

Nas sociedades capitalistas, especialmente nas mais industrializadas, a implantação de tecnologias altamente sofisticadas melhora o desempenho e a produtividade do trabalho, cria produtos de melhor qualidade e reduz os custos de produção das empresas. Esse processo gera lucros extraordinários e maior acumulação de capital, que é reaplicado no desenvolvimento de novas tecnologias.

A economia mundial fica cada vez mais dinâmica com o desenvolvimento tecnológico. Os setores de telecomunicações e de transportes tornam-se fundamentais para a formação de um espaço geográfico cada vez mais interligado.

A propagação dos serviços de telefonia por cabos oceânicos ou por meio de satélites, a informatização das empresas e a transmissão de dados pela internet permitem a integração simultânea entre sede de indústrias, bancos e bolsas de valores (instituição onde são realizadas transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários) no mundo todo. O transporte de grande número de pessoas e de mercadorias por navios e aviões de grande porte intensificou os negócios empresariais e o comércio internacional.

As grandes distâncias deixaram de ser obstáculo para a integração entre as nações, sendo criadas as condições necessárias para a expansão do capitalismo em nível planetário, principalmente pela implantação de filiais de grandes empresas multinacionais em países emergentes.

Esse processo, desencadeado nas últimas décadas do século XX, foi decisivo para fortalecer a atual fase do capitalismo e da divisão internacional do trabalho, a globalização.

Imagem: Reprodução

Fonte (livro): BOLIGIAN, Levon et al. Geografia espaço e vivência. São Paulo: Saraiva, 2015.
Fonte (web): https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm

Fordismo

Imagem: Linha de montagem (reprodução) 
Fordismo é um modo ou sistema de produção industrial criado pelo empresário norte-americano Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company, em 1914. O fordismo tinha como objetivo a produção em massa: a capacidade de produzir mais com custos menores, a partir de um ganho de escala e eficiência. Para isso, Ford implementou a linha de montagem, a padronização de processos e uma série de melhorias de planejamento, que possibilitaram a fabricação de automóveis mais acelerada e barata.

Ford estabeleceu sua doutrina, seguindo os seguintes princípios:
Intensificação: permite dinamizar o tempo de produção;
Economia: tem em vista manter a produção equilibrada com seus estoques;
Produtividade: visa extrair o máximo da mão de obra de cada trabalhador.

Ele implementou nas suas fábricas um sistema de esteiras rolantes, em que os veículos eram direcionados para os trabalhadores montadores, que ficavam parados. Os trabalhadores passaram a se especializar em uma única atividade, sem conhecer o processo de forma integrada. Um dos efeitos foi justamente o ganho de um ritmo mais acelerado ao trabalho.

O fordismo foi fundamental para a racionalização do processo produtivo e na fabricação de baixo custo e na acumulação de capital.

Esse método de trabalho permitiu que nas fábricas da Ford fossem produzidos mais de 2 milhões de carros por ano, na década de 1920. Posteriormente, vários outros segmentos adotaram o fordismo como método de produção, principalmente entre as décadas de 1920 e 1970.

Uma das principais críticas ao fordismo consiste no fato de que esse modelo torna o trabalho desgastante, repetitivo e maçante para os funcionários. É a crítica feita pelo ator e diretor Charles Chaplin, em um de seus filmes mais famosos, “Tempos Modernos”.

TEMPOS MODERNOS / MODERN TIMES Produção: EUA / 1936 Direção: Charles Chaplin Elenco: Charles Chaplin / Paulette Goddard Duração: 83 min.


Imagem: Henry Ford (reprodução)

Fonte (livro): BOLIGIAN, Levon et al. Geografia espaço e vivência. São Paulo: Saraiva, 2015.
Fonte(web):
https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/fordismo/
https://www.todamateria.com.br/fordismo/
http://obviousmag.org/conversando_sobre_cinema/2015/reflexoes-a-cerca-de-chaplin-e-a-contemporaneidade-em-tempos-modernos.html

Segunda Revolução Industrial

Imagem: Reprodução

Entre a segunda metade do século XIX (entre 1850 e 1870) até o final da Segunda Guerra Mundial (1939/1945) no século XX, houve grande progresso nas pesquisas científicas., com um novo salto tecnológico. Esse avanço foi marcado pelo uso do petróleo como fonte de energia e do aço de alta resistência na metalurgia, pela invenção de motores a combustão movidos a óleo diesel para a geração de energia elétrica.

Os países que participaram da Segunda Revolução Industrial foram: Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Itália (Europa), os Estados Unidos (América) e o Japão (Ásia). As inovações tecnológicas possibilitaram o aumento e a diversificação da produção do setor industrial nesses países.

Nessa fase, o modelo de desenvolvimento apoiou-se nas indústrias de grande porte (siderúrgicas, metalúrgicas, petroquímicas e automobilísticas) e no investimento em transporte ferroviário e naval. Como consequência , houve uma nova organização do espaço geográfico nos países onde ocorreu a Segunda Revolução Industrial.

A indústria e o espaço geográfico mundial

Durante a Segunda Revolução Industrial, o espaço geográfico dos países industrializados passou por muitas transformações. A população urbana superou a população do campo. As empresas do setor terciário, como bancos, companhia de transporte, estabelecimentos comerciais e universidades, diversificaram-se, e cidades como Londres, Paris, Berlim e Nova York ampliaram-se.

Houve a modernização no campo por meio do emprego de novos instrumentos de trabalho produzidos nas fábricas, como as semeadeiras, os arados mecânicos e, mais tarde, os tratores, aumentando muito a produção agrícola. O espaço entre as cidades e o campo passou a ser interligado por um número cada vez maior de ferrovias e rodovias.

Em outros continentes, o espaço geográfico também sofreu transformações. A procura da indústria por matérias-primas como ferro, cobre, chumbo, estanho, algodão e borracha cresceu muito, levando as nações europeias a explorar de forma mais intensa suas colônias, principalmente as da África e da Ásia (Imperialismo). Além disso, muitos países europeus começaram a exportar produtos manufaturados para os países ainda não industrializados da Europa e de outras partes do mundo.

A circulação  de mercadorias e de informações foi ampliada e permitiu maior integração entre as regiões do planeta, possibilitada pelo desenvolvimento dos meios de transporte, com o crescimento das ferrovias e das rotas transoceânicas de navegação, e dos dispositivos de comunicação, com a invenção do rádio, do telefone e do telégrafo.

Imagem: Reprodução

As linhas de montagem

Um dos fatores que caracterizaram a Segunda Revolução Industrial foi a introdução das linhas de montagem no processo fabril. 

O empresário Henry Ford (1863-1947), dono da Ford Motors, foi o pioneiro no desenvolvimento da linha de montagem. Esse método de trabalho ficou conhecido como fordismo.

Imagem: Reprodução

Consequências negativas

* Êxodo rural, pela substituição da mão de obra pelas máquinas.
* Inchaço urbano e favelização.
* Muita mão de obra disponível gerou desemprego, com o aumento da pobreza, da violência e da desvalorização do trabalho.

Fonte (livro): BOLIGIAN, Levon et al. Geografia espaço e vivência. São Paulo: Saraiva, 2015.
Fonte (web):
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-revolucao-industrial.htm
https://descomplica.com.br/artigo/and8220a-fase-superior-do-capitalismoand8221-2a-revolucao-industrial-e-imperialismo/4zC/

As linhas de montagem no processo industrial

Imagem: Reprodução

Um dos fatores que caracterizaram a Segunda Revolução Industrial foi a introdução das linhas de montagem no processo fabril. Nessa nova maneira de produzir, cada trabalhador ganhou um ponto fixo no interior das fábricas, geralmente em frente às esteiras rolantes. Por essas esteiras passavam as peças que seriam montadas ou confeccionadas pelos operários.

Esses novos métodos tinham como características a divisão das tarefas e o aproveitamento máximo do esforço e do tempo gasto pelos trabalhadores na fabricação dos produtos. Com essa forma de organização, houve um aumento da produtividade. Com a divisão de tarefas, os trabalhadores passaram a dominar apenas uma etapa da produção. Esse fenômeno ficou conhecido como alienação do trabalho.

O empresário Henry Ford (1863-1947), dono da Ford Motors, foi o pioneiro no desenvolvimento da linha de montagem. Esse método de trabalho ficou conhecido como fordismo.

Imagem: Reprodução

Fonte: BOLIGIAN, Levon et al. Geografia espaço e vivência. São Paulo: Saraiva, 2015.

Produto manufaturado

A manufatura é uma forma de se produzir mercadorias de forma organizada. Para se fazer este tipo de produto é necessária uma produção em fases especializadas.

Nesse sistema existe a divisão do trabalho. Cada fase é composta por trabalhadores especializados naquela parte da criação e montagem da mercadoria, que são produzidas em larga escala, em série e de forma padronizada.

Antes da Revolução Industrial, os manufaturados eram produzidos com as mãos. Logo após, estes produtos passaram a ser produzidos com máquinas. Atualmente, em um sistema de manufatura, as mercadorias podem ser produzidas com as mãos ou por meio de máquinas.

As mercadoria precisam ser padronizadas e produzidas em série e precisam ter mão de obra especializada.

Hoje, existem vários produtos que se encaixam nas características dos produtos manufaturados, como os medicamentos, as peças para veículos. os automóveis, circuitos eletrônicos e motores em geral.

Imagem: Reprodução

Fonte: https://www.boletimeconomico.com.br/economes-o-que-sao-manufaturados/

8 de outubro de 2020

Primeira Revolução Industrial

Imagem: Reprodução
A Revolução Industrial é a intensa transformação no processo produtivo decorrente do progresso da ciência e dos avanços tecnológicos. Para facilitar o entendimento está dividida em três fases: a Primeira, a Segunda e a Terceira Revolução Industrial. Essas fases correspondem aos avanços tecnológicos que resultaram em inovações e maior desenvolvimento industrial nos países

A Primeira Revolução Industrial  teve início no século XVIII e estendeu-se até metade do século XIX. Essa fase limitou-se a Inglaterra e foi marcada por intensas transformações no setor produtivo.  Posteriormente a industrialização expandiu-se para outros países na Europa (França, Bélgica, Holanda, Rússia e Alemanha) no século XIX, e também fora do continente europeu, para os Estados Unidos (América) e Japão (Ásia).

Esse período foi marcado por invenções e descobertas científicas revolucionárias, que tiveram aplicações diretas nas atividades industriais e nos meios de transporte. São exemplos a criação da máquina a vapor, a utilização do carvão como fonte de energia e a invenção da locomotiva, que possibilitou o desenvolvimento do transporte ferroviário.

Surgiram as primeiras fábricas, onde a produção artesanal, principalmente têxtil, foi pouco a pouco se tornando mecanizada e substituída pela grande produção industrial.

A Primeira Revolução Industrial deu condições para o fortalecimento do capitalismo na Europa e nos Estados Unidos. Isso porque as novas tecnologias criadas eram apropriadas pelos capitalistas, os donos dos meios de produção, e investidas na atividade industrial.

O emprego de tecnologia na atividade industrial desencadeou a produção de mercadorias em larga escala, gerando lucros na mesma proporção.

A ampliação da produção e os grandes lucros obtidos pelos capitalistas decorreram também da exploração da força de trabalho dos empregados. Para aumentar seus lucros, os donos das fábricas exigiam cada vez mais dos operários. As jornadas de trabalho chegavam a 16 horas diárias, e o emprego de crianças era comum nas fábricas.

Imagem: Trabalho infantil (reprodução)

Paisagens transformadas pelo crescimento urbano

O uso de máquinas movidas a energia mecânica nas fábricas, fez com que houvesse uma produção quase que sem interrupção. Como consequência a cidades passaram a atrair grande contingente de pessoas vindas das áreas rurais. A população das maiores cidades europeias quase triplicou em um período de apenas 50 anos. Em 1800, essas cidades concentravam cerca de 5,4 milhões de habitantes. Já em 1850, havia cerca de 13 milhões de pessoas.

Os centros urbanos cresceram desordenadamente, e suas paisagens transformaram-se drasticamente. Bairros operários pobres surgiram em torno das fábricas., com suas chaminés lançando grandes colunas de fumaça.

À medida que as fábricas se expandiam, novos elementos apareciam nas paisagens, como a linha férrea, a estação ferroviária e os armazéns.


Fonte (livro): BOLIGIAN, Levon et al. Geografia espaço e vivência. São Paulo: Saraiva, 2015.

Fonte (web): https://brasilescola.uol.com.br/geografia/primeira-revolucao-industrial.htm https://blogdoenem.com.br/revolucao-industrial-geografia-enem/https://clickenem.wordpress.com/2017/09/15/europa-ocidenta-o-epicentro-da-revolucao-industrial/


7 de outubro de 2020

Industrialização mundial

 

A industrialização é considerada como um dos principais agentes de transformação e produção do espaço geográfico, com a geração de empregos diretos e indiretos e é um fator de atração populacional, fazendo com que o processo de urbanização se intensifique e se torne mais acelerado. O Brasil só se tornou um território predominantemente urbano quando houve, ao longo do século XX, o fortalecimento de seu espaço industrial.

De acordo com a mercadoria produzida e o destino para o qual a produção está voltada as indústrias classificam-se em: indústrias de bens de produção ou pesadas, de bens de capital ou intermediários e de bens de consumo, que podem ser duráveis e as de bens de consumo não-duráveis.
Os países de industrialização clássica são aqueles que foram os pioneiros nesse processo e que estiveram à frente da Primeira Revolução Industrial entre os séculos XVIII e XIX, dos quais se destacaram a Inglaterra e a França.

Os países de industrialização planificada só conheceram o desenvolvimento de suas fábricas a partir da experiência socialista, a exemplo da China, das repúblicas que fizeram parte da antiga União Soviética, entre outras. Esse tipo de industrialização foi marcada pela grande presença do Estado como regulador da prática industrial.

Os países de industrialização tardia são aqueles que conheceram esse processo em um período mais recente, depois do início do século XX. Existem nesse grupo países em desenvolvimento e emergentes – como Brasil, Índia e África do Sul. No caso dos países emergentes, essa industrialização se fez com a forte presença do capital estrangeiro, através das empresas multinacionais ou globais, que migraram seus processos produtivos para áreas onde a mão de obra é mais barata, os impostos mais baixos e o mercado consumidor amplo e acessível.



Atividades de reflexão do conteúdo: 

1. O segmento industrial que tem sua produção destinada diretamente para o mercado consumidor, a partir de bens provenientes das indústrias de base ou de recursos ligados à agricultura, é:
a) Indústria de bens de consumo
b) Indústrias extrativas
c) Indústrias de bens de produção
d) Indústrias de equipamentos

Marque V, se a frase for verdadeira e F se for falsa. Justifique as falsas, caso houver.

2. Indústrias de bens de produção são aquelas que produzem mercadorias para o consumo da população. Empregam muita mão-de-obra e pouca tecnologia e atuam em mercados altamente competitivos em nível regional. São exemplos de indústrias de bens de produção: indústrias alimentícias, indústrias moveleiras e indústrias farmacêuticas. ( )

3. Indústrias de bens intermediários são aquelas que produzem máquinas e equipamentos que serão utilizados em outros segmentos da indústria e em diversos setores da economia. São exemplos de indústrias de bens intermediários: indústria mecânica e indústria de autopeças. ( )

4. Indústrias de bens de consumo são aquelas que fabricam bens que são consumidos pela população em geral. Estão divididas em bens de consumo duráveis e bens de consumo não duráveis. Entre as indústrias de bens de consumo duráveis, estão: as indústrias de produção de eletrodomésticos e a indústria automobilística. Entre as indústrias de bens de consumo não duráveis, estão: as tecelagens, as de confecções, as de produtos alimentares, as de perfumaria e medicamentos. ( )

5. Faça uma pesquisa na internet sobre os tipos de indústrias de acordo com o nível de tecnologia empregado no processo fabril. Você pode fazer em forma de texto ou de mapa mental.

Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrializacao.htm
https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/conhecendo-os-tres-tipos-de-industrias-base-bens-intermediarios-e-bens-de-consumo/
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-tipos-industrias.htm

Industrialização tardia

A industrialização tardia é aquela típica dos países localizados fora do centro do sistema capitalista. Esse modelo de industrialização ocorreu, principalmente, nos países subdesenvolvidos e emergentes. Iniciou-se a partir de meados do século XX, primeiro na América Latina, na década de 1950, e, depois, na década de 1960, para o extremo oriente, o sudeste da Ásia (tigres asiáticos) e para o sul da África. Ainda hoje existem países que passam por esse processo de industrialização.

É o modelo de industrialização pelo qual o Brasil passou, bem como outros países como a Argentina, o México, o Chile e a África do Sul. 


Tigres asiáticos


Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrializacao.htm
https://www.geografiaopinativa.com.br/2017/01/modelos-de-industrializacao.html

Industrialização planificada

A industrialização planificada ocorreu nas nações que adotaram o modelo socialista, durante o século XX. Neste tipo de industrialização, o Estado era o principal agente econômico, comandava as fábricas, os salários e os preços. A indústria de base e a indústria bélica, neste modelo, sempre foram prioridade. A indústria de bens de consumo, por sua vez, era deixada em segundo plano.

Esse tipo de industrialização praticamente não existe mais. Iniciou-se após o surgimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e estendeu-se por todos os países que adotaram o modelo socialista soviético.

Fonte: 

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrializacao.htm

https://www.geografiaopinativa.com.br/2017/01/modelos-de-industrializacao.html

Industrialização clássica


A industrialização clássica aconteceu primeiramente na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e estendeu-se ao longo do século XIX para outros países considerados desenvolvidos, como EUA, Canadá, Japão e o restante da Europa Ocidental. Foram os pioneiros do processo de industrialização.

Esses países, durante esse processo, passaram por profundas mudanças em seus respectivos espaços geográficos, que se transformaram conforme a economia e outros setores da sociedade também se modificaram.

A maior parte das empresas multinacionais da atualidade é proveniente dos países de industrialização clássica.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrializacao.htm
https://www.geografiaopinativa.com.br/2017/01/modelos-de-industrializacao.html

6 de outubro de 2020

Industrialização brasileira

 

A indústria é a atividade econômica que consiste na transformação de matérias-primas em produtos para o consumo ou para outras indústrias.

Atualmente existe uma descentralização da indústria brasileira para outras regiões do país, que atraem indústrias pelos incentivos fiscais. No entanto, é possível observar pelo mapa que a industrialização do Brasil se encontra irregularmente distribuída pelo território brasileiro estando, ainda, concentrada na região Sudeste e na região Sul.

A doutrina econômica que vigora no Brasil e no mundo é o neoliberalismo, com pouca participação do Estado na industrialização em função das privatizações das empresas estatais nos anos 1990.


Histórico
- 1500 - 1808 - Industrialização proibida pela Coroa Portuguesa.
- 1808 - 1930
- 1808 - Abertura dos portos para as "nações amigas".
- Surgimento de pequenas indústrias.
- Entrada de produtos ingleses.
- Mercado de consumo pequeno.
- Mão de obra escravizada.
- 1888 - Abolição da escravatura.
- Mercado consumidor começa a crescer.
- Mão de obra assalariada.
- 1930 - 1956 - Revolução Industrial Brasileira.
- 1930 - Getúlio Vargas assume a presidência.
- Termina a política do café com leite.
- Apoiado pela burguesia brasileira Getúlio Vargas incentiva industrialização.
- Processo de "substituição de importações".
- Criação das indústrias de base com capital estatal.
- Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
- Mineradora Vale do Rio Doce.
- Petrobrás.
- A industrialização de base, com capital estatal, dá sustentação para as indústrias de bens de consumo.
- 1956 até os dias atuais - Internacionalização da economia.
- 1956 - 1980
- 1956 - Juscelino Kubitschek assume a presidência.
- Multinacionais se instalam no Brasil.
- Tripé econômico 
   *Capital estatal - infraestrutura
   *Capital privado nacional - indústrias de bens de consumo não duráveis
   *Capital privado estrangeiro - indústrias de bens de consumo duráveis - 
                                  Indústria automobilística
- Rodoviarismo.
- Crescimento das indústrias de bens de produção e de bens de consumo.
- Concentração industrial na região Sudeste.
- Destaque para São Paulo e Rio de Janeiro.
- Década de 1980 - Década perdida.
- Grande concorrência internacional.
- Inflação alta e baixo poder de consumo.
- Pouca produção interna.
- Década de 1990 
- 1990 - Fernando Collor assume a presidência.
- Abertura econômica ao exterior - capital estrangeiro muito forte no Brasil.
- Tarifas alfandegárias diminuem.
- 1995 - Fernando Henrique Cardoso assume a presidência.
- Neoliberalismo.
- Privatizações das empresas estatais.
- Plano Real - moeda estável.
- Atualmente
- Pouca participação do Estado na industrialização.
- Descentralização industrial.
- Outras regiões do Brasil atraem indústrias através dos incentivos fiscais.


3 de outubro de 2020

O problema do lixo eletrônico

 

Você sabe o que é obsolescência programada?

Trata-se de uma estratégia de empresas que programam o tempo de vida útil de seus produtos para que durem menos do que a tecnologia permite. É chamada de obsolescência programada. Surgiu na Revolução Industrial, e evoluiu até os dias atuais, sendo responsável por um acúmulo de cerca de 500 toneladas de lixo eletrônico por ano.

Um produto é lançado no mercado e logo se torna inutilizável ou obsoleto em um período de tempo relativamente curto de propósito. Na verdade, o fabricante já prevê que o produto fique rapidamente velho, estrague, saia de moda ou perca funções. As empresas lançam mercadorias que rapidamente são descartadas e as pessoas são estimuladas a comprar o produto atualizado, que na verdade é o produto lançado anteriormente com pequenas alterações.

A obsolescência psicológica consiste em induzir os consumidores a acreditar que o novo é melhor, mesmo que o mais antigo ainda funcione.

Tudo isso acontece sem a menor preocupação com o meio ambiente. Como a natureza vai conseguir absorver tantos resíduos lançados diariamente em aterros, rios e oceanos?

Você já vivenciou os efeitos da obsolescência em sua vida?

Fonte (livro): LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro: MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
Fonte (web): 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/obsolescencia-planejada.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/obsolescencia-programada.htm
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-obsolescencia-programada/
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa