26 de agosto de 2017

Questões sobre pobreza e fome no mundo globalizado

1) Observe a tabela "Porcentagem de população em condições de pobreza (por região), e responda às questões.
a) Identifique as duas regiões mais pobres do mundo, respectivamente, conforme a tabela.
b) Consulte um atlas geográfico e indique dois países que pertencem às duas regiões mais pobres do planeta.
c) A erradicação da fome também é uma Meta do Desenvolvimento do Milênio. Elabore uma redação que aborde as causas e as consequências da fome no mundo.

2) Responda às questões sobre os principais indicativos socioeconômicos.
a) Diferencie PIB de PNB.
b) Qual é o indicador mais completo para analisar um país? Justifique.

3) Faça uma pesquisa em grupo sobre o seguinte tema: Combater a Aids é uma das Metas do Desenvolvimento do Milênio. Após a conclusão da pesquisa, o professor vai designar, por meio de sorteio, uma das questões a seguir a cada grupo, que deverá explica-la aos demais alunos.
a) Qual é a causa da Aids? Relacione a fome com o aumento do número de mortes causadas por essa doença.
b) De que maneira ela pode ser contraída? Analise como regras de higiene podem estar relacionadas ao aumento do número de casos de Aids.
c) Quais são as formas de prevenção contra a Aids?
d) Relacione o analfabetismo à Aids.
e) Por que é difícil encontrar o remédio para combater essa doença?
f) Qual é a diferença entre ser soropositivo e ter Aids?

Observações sobre o presente trabalho:

* Esse trabalho foi proposto e executado nas aulas de geografia dos 2ºs anos do ensino médio no mês de agosto de 2017 como parte do conteúdo de "A regionalização do espaço geográfico mundial". 
* Foram identificados e analisados os indicadores socioeconômicos  utilizados para analisar o nível de desenvolvimento dos países do mundo.
* As disciplinas envolvidas nessa atividade foram: geografia, língua portuguesa e biologia.
* A Declaração do Milênio foi proposta para ir do ano 2000 até 2015, no entanto as metas não foram cumpridas até o final de 2015.

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2013.

Respostas
1. a) Conforme a tabela, as duas regiões mais pobres do mundo são a África subsaariana e o Sul da Ásia.
b) A resposta é pessoal. Da África subsaariana, dos países que enfrentam a pobreza pode-se citar o Sudão do Sul, a Nigéria, a Somália,Burundi, o Zimbabue, entre outros. Do Sul da Ásia, pode-se citar Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, ilhas Maldivas, entre outros.
c)
As causas da fome podem estar relacionadas a fatores como:
* pobreza;
* questões naturais como: clima, terremotos, secas, epidemias;
* má administração dos recursos naturais;
* conflitos políticos e civis;
* políticas econômicas mal planejadas;
* superpopulação;
* guerras;
* desigualdades sociais.
Consequências da fome:
* desnutrição, devido a falta de nutrientes, proteínas e calorias;
* raquitismo, devido à carência de vitamina D;
* anemia, provocada pela ausência de ferro;
* vários distúrbios e doenças causadas pela falta de vitamina A e do complexo B.
Todas essas carências sentidas pelo organismo afetam o corpo humano, contribuindo para diminuir o sistema imunológico responsável pelo combate de várias doenças no organismo, deixando a pessoa exposta a contrair várias doenças.
A consequência da fome é a morte.
Nos países pobres, os óbitos das crianças não apontam a fome ou a subnutrição como causa das mortes. Figuram como causas a pneumonia, a desidratação, a tuberculose, o sarampo, etc. No entanto, são consequências de um organismo debilitado ou sem resistência em decorrência da desnutrição ou fome.
(Fonte: Infoescola.com, Cola da Web)
2. a) Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de bens e serviços produzidos por um país durante um ano, sem considerar as rendas enviadas ao exterior ou recebidas do estrangeiro. O Produto Nacional Bruto (PNB) é a soma de bens e serviços produzidos por um país durante um ano, acrescentando capitais nacionais que estejam fora do país ou descontando capitais nacionais estrangeiros que se encontram na nação.
b) É o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), porque considera aspectos que permitem uma análise mais completa da verdadeira situação socioeconômica do país, abrangendo dados sobre saúde, educação e renda.
3. a) A Aids (sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (também conhecido como HIV). A falta de alimentação compromete o sistema de defesa do organismo contra as infecções; num indivíduo soropositivo a subnutrição pode levá-lo ainda mais rapidamente à morte.
b) O contágio ocorre principalmente por meio das relações sexuais e do contato direto com o sangue infectado (transfusão, uso de agulha ou seringa não descartável, acidentes durante o atendimento médico sanitário e transmissão de mãe para filho. As condições de vida precárias, como a ausência de saneamento básico e a falta de orientação sobre medidas de prevenção a doenças, fazem com que as pessoas fiquem mais expostas aos riscos de contaminação.
c) É importante procurar informações constantemente sobre o assunto e passar a informação recebida a outras pessoas; agir sempre com segurança; usar preservativo; usar agulhas e seringas descartáveis.
d) Uma pessoa que nunca frequentou a escola (ou que frequentou pouco) pode não ter condições de obter informação por meios próprios. Na comparação com indivíduos que tiverem acesso à educação, o analfabeto reduz suas chances de obter boa qualificação profissional e, consequentemente, salário digno e acesso à informação. A falta de informação pode ser um agravante na incidência da Aids.
e) O HIV, agente causador da Aids, tem grande capacidade de modificação ou de adaptação, o que torna difícil o desenvolvimento de um remédio ou vacina que realmente possa levar à cura.
f) Ser soropositivo significa que o indivíduo apresenta HIV em seu sangue. Quando se afirma que uma pessoa tem Aids significa dizer que ela sofre os efeitos desse vírus no organismo.
(ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização.)

21 de agosto de 2017

Congresso de Viena (resumo)

O que foi o Congresso de Viena

O Congresso de Viena foi uma conferência diplomática, ocorrida na cidade de Viena (capital da Áustria) entre setembro de 1814 e junho de 1815.

Que países participaram desta conferência

Contou com a participação de representantes das grandes potências europeias, que haviam vencido a França de Napoleão em 1814. Participaram do Congresso de Viena representantes da França, Império Austríaco, Reino Unido, Reino da Prússia, Império Russo, do Papa Pio VII, Reino da Sardenha, República de Gênova, Reino da Suécia e Confederação dos Cantões da Suíça.

Objetivos do Congresso de Viena

- Redação e estabelecimento das condições de paz na Europa, após da derrota de Napoleão.
- Redefinição do mapa político europeu, que havia sido modificado nas conquistas de Napoleão Bonaparte.
- Restauração ou permanência das monarquias absolutistas em grande parte das nações europeias.
- Combate aos ideais políticos liberais e aos movimentos democráticos que ganhavam força na Europa sob a inspiração da Revolução Francesa.
- Reprimir os movimentos emancipacionistas, que ganhavam força nas colônias europeias na América, inspirados pelos ideais iluministas e pela Revolução Francesa.

O que foi a Santa Aliança

A Santa Aliança foi um acordo envolvendo a cooperação militar das monarquias russa, prussiana e austríaca. O objetivo fundamental desse acordo era impedir a deflagração de outros movimentos de caráter liberal pela Europa e o combate das lutas de independência estabelecidas no continente americano.

Mapa da Europa após o Congresso de Viena
Fonte:
http://www.suapesquisa.com/resumos/congresso_viena.htm
http://www.coladaweb.com/historia/congresso-de-viena
http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-historia/exercicios-sobre-congresso-viena.htm

20 de agosto de 2017

A produção do espaço político

Imagem: Reprodução
A história da humanidade é marcada por conflitos. Mas foi somente a partir de 1815, com o Congresso de Viana, que as nações buscaram organizar fóruns multilaterais para firmar acordos de paz e discutir a ordem internacional do pós-guerra.

Foi, sobretudo, a partir do século XIX que os conhecimentos acerca dos territórios e de seus recursos naturais passaram a legitimar a ação dos Estados. Conhecer os fatores econômicos, demográficos e territoriais que podem influenciar a política e as relações internacionais tornou-se cada vez mais importante. Assim, a geopolítica passa a ser um campo de estudos e práticas úteis aos Estados nacionais no estabelecimento de seus interesses territoriais e estratégias diplomáticas ou de guerra.

O século XX, com duas guerras mundiais e a Guerra Fria, mostrou que o caminho para o consenso geopolítico é difícil e que as soluções encontradas em longas negociações podem não agradar a todos os países envolvidos.

Questões para refletir
1. Cite dois conflitos motivados pelo nacionalismo.
2. Nos dias atuais, como os países debatem e solucionam questões internacionais?

Fonte: BALDRAIA, André; SAMPAIO, Fernando dos Santos; SUCENA, Ivone Silveira. Ser protagonista: geografia, 3º ano. 3 ed. São Paulo: SM, 2016.
Imagem: Manifestações na Ucrânia em 2014 (internet).

10 de agosto de 2017

Pobreza e fome no mundo globalizado

A Declaração do Milênio
O processo de globalização evidenciou uma grande desigualdade socioeconômica, que se manifesta de várias formas, seja em zonas rurais, seja em zonas urbanas. Isso acontece porque também são desiguais os acessos ao capital, aos recursos naturais, à tecnologia, à educação de qualidade, à água potável, aos serviços de saúde e ao saneamento básico. Por essa razão, precisamos considerar as desigualdades socioeconômicas como algo que vai muito além da distribuição de bens materiais e que se manifesta nas várias formas de pobreza e em sua principal consequência: a fome.

Para atenuar essas diferenças e melhorar a vida das pessoas no século XXI, a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou a Declaração do Milênio.

Segundo o Banco Mundial, cerca de 1 bilhão de pessoas saíram da situação de extrema pobreza entre 1995 e 2015. No entanto, os avanços para atingir os Objetivos do Milênio têm sido muito desiguais nas diferentes regiões do mundo: existem grandes áreas na África subsaariana e no Sul da Ásia onde os Objetivos dificilmente serão alcançados.

A fome no mundo

Segundo relatório da ONU e União Europeia de 2016, são cerca de 108 milhões de pessoas no mundo passam fome. Mas esse número é bem maior. Um estudo do Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês), mostra que pelo menos 1 bilhão de pessoas sofrem de desnutrição no planeta. A situação é considerada grave na América Latina, especialmente na Bolívia, na Guatemala e no Haiti. A pesquisa mostrou que quase metade dos afetados pela desnutrição são crianças. Os níveis mais altos se encontram na África Subsaariana e  no sul da Ásia.

A fome do mundo é causada pela combinação de preços altos, conflitos e condições climáticas extremas.

Em março, a ONU fez um alerta de que o mundo vive a mais grave crise humanitária desde a fundação da entidade, em 1945. Segundo a organização, até julho de 2017 mais de 20 milhões de pessoas corriam sério risco de morrer de fome. A crise afeta principalmente as populações do Iêmen, Sudão do Sul, Somália e Nigéria, países da África e do Oriente Médio.

Há algo que une os quatro países mais ameaçados pela crise da fome no mundo hoje: todos vivem conflitos armados. Com a instabilidade política, vêm a instabilidade econômica e social e abre-se, assim, espaços para surtos de fome. O Iêmen é o caso mais grave, considerado o mais pobre país do mundo árabe, o Iêmen viu a crise de fome crescer rápido em 2017.
Mapa que mostra os pontos onde a fome já é realidade para a maioria da população.
O que é pobreza?
A pobreza pode ser considerada como o não suprimento das necessidades básicas (alimentação, habitação, saúde e educação), fatores necessários para garantir a integridade física e psicológica das pessoas. Contudo, não há um conceito rígido para definir essa condição.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estabeleceu, no Relatório do Desenvolvimento Humano 1990, que a situação de pobreza atinge pessoas que vivem com menos de 1.25 dólar por dia. O Banco Mundial considera a faixa de menos de 2 dólares por dia para definir a população pobre e menos de 1 dólar por dia para definir pobreza extrema. Outro critério é medir a renda dos domicílios. Nessa análise consideram-se:
- a linha de pobreza, ou seja, a renda que os moradores de um domicílio precisam obter para satisfazer suas necessidades e ter uma vida digna;
- a linha de indigência, isto é, a renda necessária para custear uma cesta de alimentos que satisfaça um nível mínimo de necessidades energéticas e proteínas para as pessoas sobreviverem.

O mais importante, porém, é detectar a pobreza para diminuí-la e combatê-la em várias regiões do mundo, principalmente nos lugares onde ela é crônica e mais aguda, como em países da África, da América Latina e da Ásia.

Abaixo tabela atualizada com a porcentagem de população em condições de pobreza no mundo, por região, em 2015.

Fonte (livro):  ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2016.
Fonte (internet):
http://www.amambainoticias.com.br/mundo/1-bilhao-de-pessoas-passam-fome-no-mundo
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/03/13/Por-que-o-mundo-vive-sua-pior-crise-de-fome-em-70-anos
https://oglobo.globo.com/mundo/onu-numero-de-pessoas-que-passam-fome-no-mundo-sobe-35-21143294
https://oglobo.globo.com/economia/onu-apresenta-novo-indice-para-avaliacao-da-pobreza-na-america-latina-2975619

2 de agosto de 2017

Organização e regionalização de um mundo desigual

Divisão da riqueza mundial
PIB per capita (em dólares)

Ponto de partida

Estudo do Credit Suisse, o Global Wealth Report 2014 mostra que 87% da riqueza mundial está concentrada em apenas 10% da população mundial.

1. Com o auxílio do mapa e do gráfico, indique três países que concentram parte dessa população.
2. Indique três países ricos que foram grandes colonizadores no passado e três pobres que foram colônias.

Fonte (livro): SILVA, Edilson Cândido da;JÚNIOR, Laercio Furquim. Geografia em rede. São Paulo, FTD, 2016.
Imagens: Opera Mundi

16 de julho de 2017

Questões ambientais - Enem e vestibulares

1. ENEM 2016 1° dia - Caderno 3 - Branco - Questão 35
Segundo a Conferência de Quioto, os países centrais industrializados, responsáveis históricos pela poluição, deveriam alcançar a meta de redução de 5,2% do total de emissões segundo níveis de 1990. O nó da questão é o enorme custo desse processo, demandando mudanças radicais nas indústrias para que se adaptem rapidamente aos limites de emissão estabelecidos e adotem tecnologias energéticas limpas. A comercialização internacional de créditos de sequestro ou de redução de gases causadores do efeito estufa foi a solução encontrada para reduzir o custo global do processo. Países ou empresas que conseguirem reduzir as emissões abaixo de suas metas poderão vender este crédito para outro país ou empresa que não consiga.
BECKER, B. Amazônia: geopolítica na virada do II milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.

As posições contrárias à estratégia de compensação presente no texto relacionam-se à ideia de que ela promove
a) retração nos atuais níveis de consumo.
b) surgimento de conflitos de caráter diplomático.
c) diminuição dos lucros na produção de energia.
d) desigualdade na distribuição do impacto ecológico.
e) decréscimo dos índices de desenvolvimento econômico.

2. ENEM 2016 1° dia - Caderno 3 - Branco - Questão 28
Pesca industrial provoca destruição na África
O súbito desaparecimento do bacalhau dos grandes cardumes da Terra Nova, no final do século XX — o que ninguém havia previsto —, teve o efeito de um eletrochoque planetário. Lançada pelos bascos no século XV, a pesca e depois a sobrepesca desse grande peixe de água fria levaram ao impensável. Ao Canadá o bacalhau nunca mais voltou. E o que ocorreu no Atlântico Norte está acontecendo em outros mares. Os maiores navios do mundo seguem agora em direção ao sul, até os limites da Antártida, para competir pelos estoques remanescentes.
MORA, J. S. Disponível em: www.diplomatique.com.br. Acesso em: 14 jan. 2014.

O problema exposto no texto jornalístico relaciona-se à
a) insustentabilidade do modelo de produção e consumo.
b) fragilidade ecológica de ecossistemas costeiros.
c) inviabilidade comercial dos produtos marinhos.
d) mudança natural nos oceanos e mares.
e) vulnerabilidade social de áreas pobres.

3. ENEM 2016 1° dia - Caderno 3 - Branco - Questão 18
Dessalinização das águas
Capacidade total de dessalinização das águas salobras ou salinas (por país em metros cúbicos por dia)
EUA. Relatório da Academia Nacional de Ciências, 2008 (adaptado).

13 de julho de 2017

Questões sobre globalização (Enem e vestibulares)

1.  ENEM 2016 1° dia - Caderno 3 - Branco - Questão 45
Dados recentes mostram que muitos são os países periféricos que dependem dos recursos enviados pelos imigrantes que estão nos países centrais. Grande parte dos países da América Latina, por exemplo, depende hoje das remessas de seus imigrantes. Para se ter uma ideia mais concreta, recentes dados divulgados pela ONU revelaram que somente os indianos recebem 10 bilhões de dólares de seus compatriotas no exterior. No México, segundo maior volume de divisas, esse valor chega a 9,9 bilhões de dólares e nas Filipinas, o terceiro, a 8,4 bilhões.
HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C. W. A nova des-ordem mundial. São Paulo: Edunesp, 2006.

Um aspecto do mundo globalizado que facilitou a ocorrência do processo descrito, na transição do século XX para o século XXI, foi o(a)
a) integração de culturas distintas.
b) avanço técnico das comunicações.
c) quebra de barreiras alfandegárias.
d) flexibilização de regras trabalhistas.
e) desconcentração espacial da produção.

2. FUVEST 2013 2a Fase
A agência de proteção ambiental dos Estados Unidos, “EPA”, estima que 30 a 40 milhões de computadores pessoais são descartados anualmente no mundo. O programa ambiental das Nações Unidas, “UNEP”, calcula em 50 milhões de toneladas anuais a produção mundial de lixo eletrônico, “e-waste”. Os maiores produtores desse tipo de dejetos são os Estados Unidos, a Europa e o Japão, os quais reciclam cerca de 30% deles, sendo o restante exportado principalmente para a China, países da África, Índia e Paquistão.
National Geographic – High-Tech Trash, 2008. Adaptado.

a) Aponte um motivo pelo qual os países desenvolvidos exportam parte de seu lixo eletrônico. Explique.
b) Indique um motivo pelo qual países pobres, ou em desenvolvimento, aceitam receber o lixo eletrônico proveniente de países exportadores desse lixo. Explique.

3. FUVEST 2014 1a Fase
O local e o global determinam-se reciprocamente, umas vezes de modo congruente e consequente, outras de modo desigual e desencontrado. Mesclam-se e tensionam-se singularidades, particularidades e universalidades. Conforme Anthony Giddens, “A globalização pode assim ser definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa. Este é um processo dialético porque tais acontecimentos locais podem se deslocar numa direção inversa às relações muito distanciadas que os modelam. A transformação local é, assim, uma parte da globalização”.
Octávio Ianni, Estudos Avançados. USP. São Paulo, 1994. Adaptado.

Neste texto, escrito no final do século XX, o autor refere-se a um processo que persiste no século atual. A partir desse texto, pode-se inferir que esse processo leva à
a) padronização da vida cotidiana.
b) melhor distribuição de renda no planeta.
c) intensificação do convívio e das relações afetivas presenciais.
d) maior troca de saberes entre gerações.
e) retração do ambientalismo como reação à sociedade de consumo.

7 de julho de 2017

A globalização e seus principais fluxos

Imagem: Pixabay
Os fluxos de globalização não atingem o espaço geográfico por igual, mas principalmente os lugares que recebem maiores investimentos em infraestrutura. Por que isso ocorre? O que diferencia a atual expansão capitalista das etapas anteriores? É o que estudaremos a seguir.
O que é globalização
A globalização é a continuidade do longo processo histórico de mundialização capitalista, que vem ocorrendo desde o início da expansão marítima europeia. Assim, a globalização é o nome que se dá a atual fase de mundialização do capitalismo: ela está para o atual período informacional como o colonialismo esteve para sua etapa comercial e o imperialismo para a industrial e financeira.

6 de julho de 2017

Corrupção ativa e passiva

Imagem: Reprodução
Corrupção pode ser definida como o ato ou efeito de se corromper, oferecer algo para obter vantagem em negociata onde se favorece uma pessoa e se prejudica outra. Já a corrupção política, em particular, é definida por Calil Simão como o “uso do poder público para proveito, promoção ou prestígio particular, em benefício de um grupo ou classe, de forma que constitua violação da lei ou de padrões de elevada conduta moral”.

CORRUPÇÃO ATIVA
A forma ativa do crime de corrupção, prevista no artigo 333 do Código Penal, se dá pelo oferecimento de alguma forma de compensação (dinheiro ou bens) para que o agente público faça algo que, dentro de suas funções, não deveria fazer ou deixe de fazer algo que deveria fazer.
A corrupção ativa é sempre cometida pelo corruptor, que em geral é um agente privado. Um exemplo de corrupção ativa é oferecer dinheiro ao guarda de trânsito para que ele não lhe dê uma multa (ou seja, suborno). Note que o simples ato de oferecer o suborno ao guarda já configura o crime de corrupção ativa, independente de o guarda aceitar ou não tal oferta.
A pena para o crime de corrupção ativa é de dois a 12 anos de prisão, além de multa.

CORRUPÇÃO PASSIVA
O Código Penal, em seu artigo 317, define o crime de corrupção passiva como o de “solicitar ou receber, para si ou para outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.”
Se a corrupção ativa tem a ver com o ato de oferecer a compensação ilícita, então a modalidade passiva está relacionada com o ato de receber essa compensação. Esse tipo de corrupção é cometido pelo agente público corrompido. Um exemplo para deixar esse crime bem claro: um juiz que insinua que você “pague um cafezinho” para ele, a fim de que ele acelere a análise de seu processo na justiça.
Mas note que, apesar de chamado de “passivo”, isso não significa que o corrompido não tenha algum papel ativo, por assim dizer, na prática da corrupção. Afinal, muitas vezes ele solicita a compensação para que ele deixe de fazer seu trabalho ou faça algo que não é condizente com as suas funções.
Da mesma forma como acontece com a corrupção ativa, o crime de corrupção passiva já é configurado pelo simples ato de solicitar ou receber vantagem indevida, sem que seja necessário que a pessoa solicitada atenda ao pedido.
A pena para o crime de corrupção passiva varia de dois a 12 anos de prisão (reclusão), mais multa.

Fonte: 
http://www.politize.com.br/corrupcao-ativa-e-corrupcao-passiva/
http://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/direito-facil-1/corrupcao-ativa
http://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/direito-facil-1/corrupcao-passiva

5 de julho de 2017

Tráfico de influência

O que é tráfico de influência?

Tráfico de influência é um crime. No Código Penal, o artigo 332 explica:
“solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função”.
As empresas ou entidades privadas atuam em alguma área e querem vender seus produtos; o poder público tem os meios, a necessidade de obter certos produtos e o dinheiro para comprá-los.
Quando uma pessoa que representa essa empresa privada se aproveita de sua provável posição de prestígio para persuadir um funcionário público em conceder vantagens ou benefícios a ela ou à sua empresa, ela está cometendo um crime. Assim como quando ela utiliza suas conexões com pessoas em altos escalões do governo para conseguir esses mesmos favores, pagamentos ou vantagens.
A pena prevista para o tráfico de influência é de prisão, de 2 a 5 anos, e multa. Pode haver o aumento da pena pela metade, caso o autor do crime (ente privado) alegar que a vantagem era não só para a sua empresa, mas também destinada ao funcionário público – uma espécie de propina.
No crime de tráfico de influência, o agente privado não precisa nem de fato ter conseguido alguma vantagem concreta para sua empresa. Basta que ele insinue a intenção de obtê-lo por meio de influência frente a um agente público.

Exemplo de tráfico de influência
Um despachante chega até você, que está enfrentando um processo burocrático de financiamento da casa própria, e solicita 2 mil reais  porque conhece uma pessoa lá de dentro da Caixa Federal que pode agilizar o seu financiamento para a compra da casa própria. Ele diz que esse dinheiro vai ser entregue para o funcionário da Caixa Econômica Federal. A pessoa está alegando que a vantagem também é destinada para o funcionário público. Nesse caso a pena é agravada. Normalmente o funcionário não sabe de nada, porque o despachante mentiu para conseguir dinheiro indevidamente.

Fonte:
http://www.politize.com.br/trafico-de-influencia/

2 de julho de 2017

Regras para resolver exercícios de fusos horários


Regras para resolver exercícios de fusos horários a partir das longitudes

O cálculo dos fusos horários pode ser efetuado em quatros simples passos.
1º Passo : Analisar a localização dos pontos P1 e P2.
Se estiverem em hemisférios diferentes - Somar as longitudes
Se estiverem em hemisférios iguais  - Subtrair as longitudes
2º Passo : Converter graus em horas - Dividir o resultado do 1º Passo por 15
3º Passo : Analisar a posição do ponto P1 em relação ao ponto P2
Se P2 estiver à Leste de P1  - Somar o resultado do 2º Passo no horário
Se P2 estiver à Oeste de P1  - Subtrair o resultado do 2º Passo no horário
4º Passo : Quando ocorrer uma viagem entre os pontos P1 e P2
Se encontrar um horário negativo, some 24 e a hora será do dia anterior.
Se um horário for maior que 24, subtraia 24 e a hora será do dia seguinte.
Exemplo: Um viajante tomou um avião na cidade A (75°O) às 7h, em direção a cidade B (45°L), sabendo que otempo de viagem foi de 6 horas, qual foi o horário na cidade B, em que o viajante desembarcou?
1º Passo: A e B estão em hemisférios diferentes, portanto somar as longitudes  75º + 45º = 120º
2º Passo: Dividir o resultado do 1º Passo por 15 para transformar graus em horas  120º / 15 = 8h
3º Passo: B está a Leste de A, portanto somar o resultado do 2º Passo no horário  7h + 8h = 15h
4º Passo: Somar o tempo de viagem no horário da cidade B  15h + 6h = 21h
Resposta: O viajante desembarcou as 21h no horário da cidade B

Atenção       
Cada 1 (um grau) vale 4 minutos.
Se existir alguma sobra em graus você deve sempre multiplicar por 4 .
Exemplo:
Temos um valor de 48 graus dividido por 15: o resultado dará 3 horas e 3 graus. Transforme esses graus em minutos, multiplicando por 4, já que cada grau equivale a 4 minutos. O resultado será de 3 horas e 12 minutos.
48 ÷ 15 = 3h e 3°
3 × 4 = 12min, logo 48° = 3h12
Linha Internacional de Mudança de Data
Marco imaginário que indica onde um dia acaba e onde começa o seguinte. Corresponde aproximadamente ao Antimeridiano de Greenwich. (180°).
Ao cruzar a linha de data do Hemisfério Leste (lado esquerdo ou oeste da linha) para o Hemisfério Oeste (lado direito ou leste da linha) subtrai-se um dia, e ao passar do Hemisfério Oeste para o Hemisfério Leste soma-se um dia no calendário.
Atenção: ao cruzar a linha muda a data, mas não a hora, pois o fuso horário é o mesmo.
Fonte:
http://suburbanodigital.blogspot.com.br/2014/03/como-calcular-fusos-horarios.html
http://slideplayer.com.br/slide/3499187/
http://blogjackiegeo.blogspot.com.br/2012/07/como-calcular-fusos-horarios.html
http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/uma-formula-para-descomplicar-tema-fuso-horario.htm

1 de julho de 2017

O mundo pós guerra fria - A Nova Ordem Mundial


Geopolítica


Na época da guerra fria, o cenário mundial estruturava-se em torno de duas grandes potências: Estados Unidos e União Soviética.

O fim da guerra fria aconteceu entre 1989/1991. Se considerarmos o fim com o desmoronamento do muro de Berlim, a data será 1989. Porém, se considerarmos o fim da guerra fria com o fim da União Soviética, então a data será 1991. Então qualquer que seja a data, foi com o fim da guerra fria que teve início um novo período, que vamos estudar agora.

Como é esse novo ordenamento político? Como é hoje em dia depois do fim da guerra fria? Como está esse tabuleiro geopolítico nos dias atuais? Como você interpreta o mundo de hoje?

A primeira coisa que temos que entender é que durante o período da guerra fria sabíamos o que nos esperava. Era Estados Unidos contra a União Soviética e vice versa. Era o mundo capitalista contra o socialista, era o Oeste contra o Leste. O mundo era mais estável. Embora a guerra fria fosse uma guerra não declarada entre Estados Unidos e União Soviética e não tenha havido um conflito armado direto entre os dois países, houve conflitos armados apoiados pelos dois lados: Revolução Chinesa, Guerra da Coreia, Revolução Cubana, Guerra do Vietnã. Mesmo assim o mundo era mais estável porque esperava-se isso dos dois países, apoiar o lado da doutrina política que defendiam.

E hoje? Hoje o mundo está instável, porque não temos mais a certeza e sim dúvidas. Então como podemos falar em uma nova ordem mundial? Primeiro, temos que entender que somos protagonistas desse período, segundo o qual não existe um caminho único para definir essa nova ordem geopolítica do mundo atual. E se existe de fato uma ordem geopolítica clara. Quem comanda o mundo, quem manipula os protagonistas desse mundo atual ao qual fazemos parte e somos protagonistas? Que forças estão por trás dos acontecimentos atuais?

Temos hoje três principais caminhos, três principais visões defendidas por teóricos, pesquisadores e por pessoas que estudam mais a fundo essa questão geopolítica da atualidade, temos três possibilidades sobre como é o mundo hoje em dia. Poderão haver outras possibilidades, mas vamos fazer a análise dessas três. Se você, colega, aluno, tiver uma outra visão dê a sua opinião.

Multipolaridade


Essa é a mais famosa visão de mundo, a mais clássica forma de classificar o mundo de hoje do ponto de vista geopolítico. Essa teoria surge logo no início da década de 1990 e ela basicamente interpreta o mundo dividido em três principais áreas de influência, de poder geopolítico. Quais são eles? Estados Unidos, que se mantém com poder mundial, surge agora o polo europeu representado pela Alemanha e um terceiro polo representado por dois países asiáticos, o Japão e a China. Quando surgiu essa teoria no início dos anos 1990, o Japão era o país da Ásia que representava melhor essa força, toda essa ascensão. Mas precisamos atualizar essa teoria, essa visão de mundo, porque a China hoje é uma força dentro do continente asiático e no mundo. Para resumir, a ideia da multipolaridade enxerga o mundo dividido em áreas de influência dos Estados Unidos que é grande parte da América; Alemanha polarizando a Europa e uma boa parte da África; Japão e China polarizando a região da Ásia, principalmente o extremo asiático e o Sudeste Asiático e a parte da Oceania também.
Essa teoria da multipolaridade se baseia em critérios econômicos, são os maiores PIBs (Produto Interno Bruto) que polarizam o mundo.
Esse é o mapa do mundo multipolar do mundo na década de 1990

Unipolaridade


Existe uma outra possibilidade de classificar a ordem geopolítica atual, essa é o da unipolaridade, ou seja, quando existe um único polo de poder, nesse caso, os Estados Unidos. Essa visão unipolar interpreta o mundo sob uma outra lógica, com um outro ponto de vista. Qual é esse ponto de vista? A unipolaridade se sustenta na lógica militar, bélica. Essa é a visão que interpreta as sucessivas e frequentes intervenções militares dos Estados Unidos em campanhas nos últimos tempos. Desde a chamada guerra ao terror, a invasão ao Afeganistão e depois ao Iraque. Também houve intervenções militares na Somália e mais recentemente na Síria. Essa é a lógica unilateral onde os Estados Unidos se colocam como uma espécie de polícia do mundo. Os Estados Unidos são a maior potência bélica do planeta, que mais gasta em armamentos no mundo, que têm bases militares, navais e aéreas espalhadas pelo mundo todo. Por esses argumentos os Estados Unidos concentram o poder Mundial.

Apolaridade


A terceira ideia é a da apolaridade, apolar, sem definição de polos de poder. Essa visão é bem recente e não encontramos muito material escrito sobre ela. Defende que na verdade não existe um ordenamento político no mundo atual. Sustenta que vivemos uma (des)ordem mundial. Alguns teóricos escrevem que o mundo passou a viver uma grande instabilidade depois da crise mundial que se iniciou em 2007 nos Estados Unidos, mas que ficou forte e se espalhou pelo mundo a partir de 2008. Quem é aliado de quem? Os países com maior poder econômico de hoje continuarão com o mesmo poder no amanhã? Temos que pensar que vivemos em um mundo em transformação.

A Divisão do Mundo entre Norte e Sul


Durante a ordem geopolítica bipolar, o mundo era dividido entre Leste e Oeste. O Oeste era a representação do Capitalismo liderado pelos EUA, enquanto o Leste demarcava o mundo Socialista representado pela URSS. Essa divisão não era necessariamente fiel aos critérios cartográficos, pois no Oeste havia nações socialistas (a exemplo de Cuba) e no leste havia nações capitalistas.
Contudo, esse modelo ruiu. Atualmente, o mundo é dividido entre Norte e Sul, de modo que no Norte encontram-se as nações desenvolvidas e, ao sul, encontram-se as nações subdesenvolvidas ou emergentes. Tal divisão também segue os ditames da Nova Ordem Mundial, em considerar preferencialmente os critérios econômicos em detrimento do poderio bélico.

Fonte:
TELO, António José. Multipolar ou apolar? Um desconcertante mundo novo. Disponível em:

29 de junho de 2017

A Nova Ordem Mundial - Questões de vestibulares e enem

1. A ordem mundial atual pode ser destacada pela consolidação dos Estados Unidos como a grande potência militar e a presença desse país ao lado de outras lideranças (UE e China) que se apresentam como grandes potências econômicas. Se seguirmos essa linha de raciocínio, podemos dizer que vivemos em um mundo:
a) unipolar
b) unimultipolar
c) pluropolar
d) multipolar
e) bélico-econômico

 2. “Cansados do domínio americano do sistema financeiro global, cinco potências emergentes vão lançar esta semana sua própria versão do Banco Mundial (Bird) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — o chamado grupo do Brics — estão buscando 'alternativas à ordem mundial existente', segundo as palavras de Harold Trinkunas, diretor da Iniciativa Latino-Americana do Brookings Institute […]”.
(O Globo, 14/07/2014. Banco de fomento do Brics é alternativa à ordem mundial existente, dizem líderes e analistas. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia>. Acesso em: 19/09/2014).
A posição do Brics frente à Nova Ordem Mundial reflete, de certo modo, a polarização econômica que marcou o mundo após a Guerra Fria. Tal polarização reflete-se na oposição entre:
a) o norte desenvolvido e o sul subdesenvolvido
b) o leste socialista e o oeste capitalista
c) as economias planificadas e as economias de mercado.
d) as potências industriais e as sociedades agrícolas.
e) os países imperialistas e as nações neocoloniais.

19 de junho de 2017

Movimentos da Terra: rotação e translação

Movimentos da Terra

O planeta Terra não é estático no universo, assim como acontece com todos os corpos celestes. Ele realiza uma série de movimentos envolvendo a órbita em torno de si mesmo, ao redor do sol, em conjunto com a Via Láctea e com o próprio universo. Portanto, estudar esses movimentos significa entender uma parte da dinamicidade do espaço sideral.
Os principais movimentos da Terra, isto é, aqueles que possuem um efeito direto mais notório em nossas vidas, são a rotação e a translação.

Movimento de rotação

A rotação é o movimento que a Terra realiza em torno de si mesma, circulando ao redor do seu eixo imaginário central durante um período aproximado de 24 horas, com uma velocidade de 1.666 km/h. A rotação ocorre no sentido anti-horário, ou seja, de oeste para leste, o que faz com que o movimento aparente do sol seja de leste (nascente) para oeste (poente). A principal consequência desse movimento é a sucessão dos dias e das noites.

1 de junho de 2017

A guerra fria e o mundo bipolar

Imagem: Reprodução

Guerra Fria


Foi uma disputa indireta, porque não ocorreu um confronto direto entre Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS) e ideológica, porque cada lado, dentro da sua rivalidade, impulsionava também a implantação de um modelo político e ideológico (capitalismo e socialismo).

Foi uma guerra não declarada entre Estados Unidos e União Soviética pelo controle econômico e militar do mundo. Durante a guerra fria o poder das armas valia mais que o poder do dinheiro.

O contexto da guerra fria acontece logo após o final da Segunda Guerra Mundial (1939/1945), quando boa parte das potências mundiais estavam em processo de reconstrução. Apenas Estados Unidos e União Soviética tinham condições de assumir a hegemonia do mundo, contudo um era obstáculo para o outro. Começa, assim, o clima de tensão e disputa entre os dois países que durou quase meio século, de 1945 a 1991.

As duas potências procuraram manter a hegemonia sobre as suas áreas de influência a qualquer custo. Isso motivou a intervenção de tropas soviéticas na Hungria, em 1956, e na antiga Tchecoslováquia, em 1968, quando esses países tentaram se afastar do domínio soviético.

O governo norte-americano interveio na China, na Coreia e em Cuba, procurando manter a sua hegemonia.

Todo o mundo estava alinhado com Estados Unidos e União Soviética?

Vamos retomar a classificação dos países na época: Primeiro Mundo, os países capitalistas desenvolvidos; Segundo Mundo, os países socialistas; terceiro mundo, os países subdesenvolvidos. O grupo de países do Terceiro Mundo era formado pelos países pobres da África, da Ásia e da América Latina.

Na ONU, o bloco do Terceiro Mundo foi formado por países coloniais ou de passado colonial. Esses países tinham como principal objetivo a emancipação econômica, política, social e cultural. Esse grupo de países não alinhados tentou manter uma certa autonomia em relação às disputas entre Estados Unidos e União Soviética.

27 de maio de 2017

Questões sobre orientação - rosa dos ventos

Trabalhei com esses exercícios em sala de aula. Na maior parte deles fiz algumas adaptações de exercícios que encontrei na internet.

1 - Levando-se em consideração que, no dia em que esta foto foi tirada, o Sol se pôs exatamente atrás da estátua do Cristo Redentor, podemos AFIRMAR que:
a) o Pão de Açúcar está situado ao norte da parte frontal da estátua do Cristo Redentor.
b) o braço direito do Cristo Redentor está apontando para a direção sul.
c) o leste está na direção da parte de trás da estátua do Cristo Redentor.
d) a enseada de Botafogo está ao sul da parte frontal da estátua do Cristo Redentor.
e) o braço esquerdo do Cristo Redentor está apontando para a direção oeste.


8 de maio de 2017

Sistemas Econômicos - Socialismo

O socialismo surgiu no século XIX com o objetivo de se contrapor ao sistema capitalista, tendo em vista que as condições da classe trabalhadora durante o período da Primeira Revolução Industrial eram terríveis. A experiência comunista idealizada por Marx nunca se concretizou, uma vez que no comunismo puro não haveria Estado (governo) e tudo seria dividido entre todos. O que existiu foi o socialismo real que vigorou no mundo a partir da criação da URSS, em 1922, que teve a queda no final dos anos 1980.
Esse trabalho é sobre sistemas econômicos, das aulas de geografia do ensino médio.


4 de maio de 2017

Capitalismo Informacional - Era da tecnologia da informação

Capitalismo Informacional foi um termo criado pelo sociólogo espanhol Manuel Castells, em sua obra "Sociedade em rede". Essa etapa começou a se desenvolver após a Segunda Guerra, mas se intensificou a partir dos anos 1970 e 1980, quando diversas tecnologias contribuíram para aumentar a produtividade econômica e acelerar os fluxos materiais e imateriais - de capitais, mercadorias, informações e pessoas.

O Capitalismo Informacional é a etapa atual do Capitalismo Financeiro, quando as inovações tecnológicas e avanços científicos são colocados a serviço da produção. Grande avanço das comunicações e dos sistemas de transportes.

A Terceira Revolução Industrial é a mais recente dinâmica de transformação dos sistemas produtivos, que está sendo vivenciada nos dias atuais. Cada novo aparelho tecnológico descoberto e lançado no mercado é, dessa forma, um novo capítulo dentro desse episódio histórico.

Resumo das principais características do capitalismo informacional.
Capitalismo Informacional - Era da tecnologia da informação

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/capitalismo-informacional.htm
https://www.suapesquisa.com/economia/capitalismo_informacional.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm
https://www.todamateria.com.br/terceira-revolucao-industrial/

27 de abril de 2017

Capitalismo Financeiro - Fase da especulação monetária

O Capitalismo Financeiro representa a fase do sistema capitalista marcada pela especulação monetária e pelo maior peso do setor bancário na economia.
Esse período é marcado pelo surgimento de muitas das grandes corporações da atualidade, é o período em que vai haver as fusões de empresas com o objetivo de dominar o mercado.
Bolsa de Valores de New York (Imagem: Pixabay)



Fonte - livro: SENE, Eustáquio de & MOREIRA, João Carlos. Espaço geográfico e globalização. vol. 2. São Paulo, Scipione, 2014.
Fonte (internet):
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/capitalismo-financeiro.htm

24 de abril de 2017

A mão de obra infantil na Revolução Industrial

Esse vídeo mostra o trabalho do sociólogo e fotógrafo norte americano, Lewis Hine, que denunciou através das suas fotografias, as terríveis condições de trabalho das crianças durante a Segunda Revolução Industrial, como jornadas de trabalho longas de até 16 horas por dia, poucas horas de sono, o que frequentemente ocasionava acidentes e até mortes.
O trabalho e a denúncia de Lewis Hine foi muito importante para que legislações fossem criadas nos Estados Unidos para proteger as crianças.
No mundo, a exploração do trabalho infantil ainda existe, sob as mais diversas alegações.

Imagens: https://digitalcollections.nypl.org/search/index?utf8=%E2%9C%93&keywords=Lewis+Hine#/?scroll=120
Fonte: http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1561

22 de abril de 2017

Nosso lindo planeta azul - Dia da Terra

Dia 22 de abril é o Dia da Terra. Esse dia foi criado para sensibilizar as pessoas sobre os problemas enfrentados por nosso planeta.
Esse vídeo é uma singela homenagem ao nosso planeta, nosso lar! Vamos cuidar bem dele!!! Vamos fazer a nossa parte com pequenas ações no nosso dia a dia, como reutilizar materiais, usar produtos de limpeza ecológicos que você mesmo pode fazer.
Atualmente, o Dia da Terra é comemorado por aproximadamente mais de 500 milhões de pessoas ao redor de todo o mundo.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - Unesco intitula esta data como "Dia Internacional da Mãe Terra".

Atividades para o Dia da Terra

No Dia da Terra a sensibilização para os problemas que o planeta enfrenta é essencial. Experimente essas dicas de atividades para pôr em prática durante o Dia da Terra:
Plante uma árvore típica da sua zona;
Pinte um desenho do planeta Terra;
Incentive a reciclagem;
Reutilize materiais como plásticos e papelões para criar objetos recicláveis;
Faça uma limpeza na escola;
Pinte um muro com motivos ecológicos;
Use menos energia, desligue as luzes quando possível.

Apagar as Luzes no Dia da Terra

Em alguns lugares, surgem campanhas que incentivam as pessoas a desligarem as luzes durante um minuto no Dia da Terra, como forma de consciencializar as pessoas para um gasto menor de eletricidade.
É um evento parecido com a Hora do Planeta, que ocorre normalmente no último sábado do mês de março, e que propõe exatamente a mesma intenção. (Fonte: Calendarr Portugal)

21 de abril de 2017

Capitalismo Industrial - O mundo não será mais o mesmo

O Capitalismo Industrial corresponde à primeira fase da Revolução Industrial. Foi um período de enormes transformações no campo econômico, político e social, inicialmente na Inglaterra (Reino Unido a partir de 1707) e que depois vão se difundir pelo mundo. É preciso destacar o trabalho realizado pelos operários na época, em condições degradantes e insalubres, principalmente a exploração do trabalho infantil.
O capitalismo Industrial mudou o mundo de forma radical e essas  mudanças continuam até hoje.

13 de abril de 2017

Capitalismo Comercial

O capitalismo é um assunto complexo que envolve um processo que durou vários séculos. A fim de estudar o desenvolvimento do capitalismo, produzi esse vídeo para explicar, de forma resumida, o que foi o capitalismo comercial, suas origens e como ele possibilitou o acúmulo de capitais para os países europeus, que enriqueceram através do comércio e exploração de suas colônias. E foi justamente esse acúmulo de capitais que fez com que houvesse o capitalismo industrial, considerado por alguns autores como o verdadeiro capitalismo.
Não podemos nos esquecer que o Brasil foi fruto dessa exploração, já que foi uma colônia de exploração de Portugal.

11 de abril de 2017

Reciclagem e meio ambiente

Você sabe o que pode fazer para ajudar o meio ambiente do seu entorno? Fazendo coisas simples como a separação do lixo para que possa ser reciclado. Nunca mais faça isso, porque os materiais que jogamos fora por não saber o que fazer com eles podem ser reutilizados em usinas de reciclagem. Se informe, veja as opções que existem em sua cidade.
 Esse vídeo mostra de uma maneira muito simples e de fácil entendimento o que é reciclagem e a sua importância para o meio ambiente.


18 de março de 2017

Os manguezais

Imagem: Galeria de deltafrut
Manguezais são terras planas, baixas e lamacentas, localizadas nas costas litorâneas das regiões tropicais, junto aos desaguadouros dos rios, no fundo de baías e nas enseadas. Estando em terrenos baixos e em contato com o mar, os manguezais contêm águas de baixo ou médio teor de salinidade. Os bosques de mangues, fixados sobre terreno lamacento, apresentam características muito particulares, como: temperaturas tropicais; área constantemente sob o controle e o fluxo das marés, que são de grande amplitude; depósitos volumosos de silte e areia fina, argila e grande quantidade de matéria orgânica, todos materiais típicos das áreas tropicais; baixos níveis de energia cinética.

Os manguezais localizam-se na sua maioria fora dos litorais de mar aberto. Estão sempre associados às áreas de fortes mares, porém abrigados dos fortes ventos e das ressacas; caracterizam-se por uma vegetação halófita tropical de mata, com algumas poucas espécies especiais que crescem na vasa marítima da costa ou no estuário dos rios. Os manguezais de todo o mundo ocupam uma área de aproximadamente 20 milhões de hectares, distribuídos principalmente nas latitudes intertropicais. No Brasil, os manguezais espalham-se por toda a faixa litorânea, desde o Amapá até Santa Catarina.
      
Os manguezais são ecossistemas importantes  para as populações que vivem fixadas ao longo do litoral, por causa da grande quantidade de crustáceos, moluscos e peixes que vivem nos mangues.
As porções mais ricas em vida marinha são as situadas junto às costas dos manguezais. Por essa razão, são vitais para a fauna e a flora marinha. Além disso, os manguezais formam extensos reservatórios que podem minimizar a ação de ventos fortes, como os ciclones.
Imagem: BiosLogos


Fonte - livro: SCARLATO, Francisco Capuano e PONTIN, Joel Arnaldo. Do nicho ao lixo: ambiente, sociedade e educação.

13 de março de 2017

Geografia

A geografia é o estudo do espaço geográfico. Mas o que é esse espaço? É o local ou meio onde vivem os seres humanos: a superfície terrestre. Assim, o campo de estudo da geografia é o espaço da sociedade humana, em que homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem modificações que o reconstroem permanentemente. Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas, populações, todos esses elementos ¬ além de outros ¬ constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material em que a humanidade vive e do qual é parte integrante.

Tudo nesse espaço depende do ser humano e da natureza. Esta última é a fonte primeira de todo o mundo real. A água, a madeira, o petróleo, o ferro, o cimento e todas as outras coisas que existem nada mais são que aspectos da natureza. Mas o ser humano reelabora esses elementos naturais ao fabricar plástico a partir do petróleo, ao represar rios e construir usinas hidrelétricas, ao aterrar pântanos e edificar cidades, ao inventar velozes aviões para encurtar as distâncias.

Assim, o espaço geográfico não é apenas o local de morada da sociedade humana, mas principalmente uma realidade que é a cada momento reconstruída pela atividade do ser humano.
As modificações que a sociedade humana produz em seu espaço são hoje mais intensas que no passado. Tudo o que nos rodeia se transforma rapidamente. Com a interligação entre todas as partes do globo e com o desenvolvimento dos transportes e das comunicações, passa a existir um mundo cada vez mais unitário. Pode-se dizer que, em nosso planeta, há uma única sociedade humana, embora seja uma sociedade  plena de desigualdades e diversidades.

Os "mundos" ou as sociedades isoladas, que viviam sem manter relações com o restante da humanidade, cederam lugar ao espaço global da sociedade moderna. Na atualidade, não existe nenhum país que não dependa dos demais, seja para o suprimento de parte das suas necessidades materiais, seja pela internacionalização da tecnologia, da arte, dos valores, da cultura.

Uma guerra civil, fortes geadas com perdas agrícolas, a construção de um novo tipo de computador, a descoberta de enormes jazidas  petrolíferas, enfim, um acontecimento importante que ocorra numa parte qualquer da superfície terrestre tem repercussões em todo o conjunto do globo. Muito do que acontece em áreas distantes acaba nos afetando de uma forma ou de outra, mesmo que não tenhamos consciência  disso. Não vivemos mais em aldeias relativamente independentes, como nossos antepassados longínquos, mas num mundo interdependente e no qual as transformações se sucedem numa velocidade acelerada.

Exemplo de reelaboração dos recursos da natureza feitas pelos seres humanos
Usina São Simão - GO
O represamento de um rio para a construção de uma usina hidrelétrica.
Imagem: usina São Simão - Portal Brasil 
Aterro do Guaiba - Porto Alegre
O lago Guaiba (por muitos anos chamado de rio Guaiba), em Porto Alegre, sofreu sucessivos aterros, o que gerou impactos negativos na paisagem, já que ilhas foram engolidas e perdeu-se uma bela baía. 
Imagem: Porto Alegre Antigo - O maior presente

Fonte: VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Ática, 2011.

22 de fevereiro de 2017

Questões sobre introdução ao conhecimento geográfico

1.(UFPE) “O tratamento dos aspectos físicos do planeta ou, como querem alguns, do quadro natural, não faz da geografia e nem da geografia física uma ciência natural, biológica ou da terra; ela é, acima de tudo, uma ciência do espaço e é aí que encontramos sua característica fundamental. Enquanto divisão geral das ciências, ela se encontra indubitavelmente entre as ciências humanas e é ali o seu lugar correto, haja vista possuir como objetivo primeiro o estudo do jogo de influências entre sociedade e natureza na organização do espaço.” (MENDONÇA, Francisco. Geografia Física: Ciência Humana? Ed. Contexto, 1989)
Após a leitura do texto, pode-se afirmar que o autor:
a) considera que a Geografia, por ser uma ciência do espaço, não mantém relações com as ciências naturais, que se dedicam ao estudo da estruturação natural das paisagens.
b) defende que a Geografia é uma ciência humana, mas, mesmo assim, não pode ser considerada uma ciência social porque também estuda a estruturação do quadro natural.
c) só considera como análise geográfica a interpretação das interferências do quadro natural sobre a produção do espaço geográfico.
d) defende que o objetivo central da ciência geográfica é a análise da produção do espaço a partir das relações entre a sociedade e o meio natural.
e) concorda com o fato de que a Geografia é apenas uma disciplina e não uma ciência natural, biológica ou da Terra.

2. (UFPE) Vamos supor que um determinado pesquisador escreveu o seguinte texto sobre a Amazônia brasileira.
“A Amazônia brasileira, uma das principais regiões do País, está fadada ao subdesenvolvimento. O distanciamento físico entre ela e as demais regiões e as condições naturais extremamente adversas impedem ou dificultam consideravelmente qualquer tentativa governamental de promover o crescimento econômico regional. É praticamente impossível pensar em desenvolvimento num espaço geográfico caracterizado por um clima com elevadas temperaturas médias mensais, uma umidade relativa do ar excessiva e solos bastante lixiviados.”
Esse pesquisador está defendendo ideias que podem ser consideradas como nitidamente:
a) marxistas.
b) possibilistas.
c) neo-liberais.
d) neo-malthusianas.
e) deterministas.

3. (UFPE) “Os fatos da realidade geográfica estão intimamente ligados entre si e devem ser estudados em suas múltiplas relações. Não basta estudar isoladamente os diversos fenômenos que compõem a realidade; eles estão ligados uns aos outros.” Este é o princípio geográfico conhecido como:
a) Princípio de Conexão.
b) Princípio do Atualismo.
c) Princípio de Atividade.
d) Princípio do Criticismo.
e) Princípio da Complexidade Crescente

4. (UFPE) “Este princípio, enunciado por Jean Brunhes, chamava atenção para o fato de que os fatores físicos e humanos, ao elaborarem as paisagens, não agiram separada e independentemente, havendo uma interpenetração na ação dos vários fatores físicos entre si, e ainda dos dois grandes grupos de fatores. Na elaboração das paisagens, nenhum dos fatores físicos ou humanos age isoladamente; a ação é sempre feita de forma integrada com outros fatores.” (Manuel Correia de Andrade, Geografia Econômica)
O princípio da Geografia a que o autor faz referência é o:
a) Princípio da Extensão.
b) Princípio da Conexão.
c) Princípio da Analogia.
d) Princípio das Causas Atuais.
e) Princípio da Uniformidade dos Fatos Geográficos.

5. (COVEST) A aplicação do método geográfico com seus princípios é feita por Josué de Castro em seu livro Geografia da Fome, quando o autor identifica, no Brasil, a presença de 05 áreas alimentares: a Amazônica, o Nordeste Açucareiro, o Sertão Nordestino, o Centro-Oeste e o Extremo Sul, constatando a presença, nessas áreas, de fome endêmica, de epidemias de fome e de subnutrição. Analise as proposições abaixo, que dizem respeito à aplicação desses princípios do método geográfico feita pelo autor.
0-0) Quando localiza e mapeia as regiões alimentares, estabelecendo os seus limites, Josué está desenvolvendo o princípio da Extensão, formulado por Frederico Ratzel.
1-1) Ao analisar as razões que levam à fome na área Amazônica, estabelecendo relações de causa e efeito, Josué aplicou o princípio da Casualidade.
2-2) Ao comparar a fome endêmica presente na área Amazônica e no Nordeste Açucareiro com a fome existente no Sertão Nordestino, identificando semelhanças e diferenças, o autor está desenvolvendo o princípio da Analogia ou da Geografia Geral, enunciado por Karl Ritter.
3-3) A conexidade está presente em seu livro, quando identifica a interligação e a interpenetração existentes na ação dos vários fatores físicos e humanos entre si.
4-4) O princípio da atividade é desenvolvido por Josué quando ele menciona os diferentes tipos de atividades econômicas que são desenvolvidas pelas populações das regiões por ele tratadas.

6. (UPE)
“Esse autor, porém, traria a grande contribuição para a formulação esquemática do conhecimento geográfico, com seu livro Antropogeografia e com a propagação das ideias deterministas, que consideravam a existência de uma grande influência do meio natural sobre o homem. De formação antropológica, ele foi bastante influenciado pelas ideias evolucionistas de Charles Darwin e Ernest Haeckel, admitindo que, na luta pela vida, venceriam sempre os mais fortes e que a vitória dos mais fortes, dos mais aptos sobre os mais fracos era o resultado lógico da luta pela vida”
(ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia Econômica. São Paulo: Ed. Atlas, 1987).
O texto está se referindo ao seguinte pensador da Geografia
a) Frederich Engels.
b) Pierre George.
c) André Cholley.
d) Alexander Von Humboldt.
e) Frederico Ratzel.

7. (UPE) Considere o texto a seguir:
“Da passagem do século até os anos da Segunda Guerra Mundial, a Geografia viveu um período de grande florescimento cultural que podemos caracterizar como da “Geografia Clássica”, em que pontificaram os grandes chefes de escola. O seu início foi marcado pelos debates que resultaram na total refutação do determinismo geográfico”. (BERNARDES, Nilo. Geografia e Desenvolvimento)
O que significa “determinismo geográfico”?
a) Trata-se de um princípio geográfico que leva em consideração apenas a ação do homem sobre o meio natural.
b) Trata-se de uma escola geográfica que defende a ideia de que o crescimento da população deve ser controlado pelo Estado.
c) Trata-se de uma corrente da Geografia que considera as condições naturais como determinantes do desenvolvimento ou não do espaço geográfico.
d) Trata-se de um princípio da chamada Geografia Marxista que vê na natureza a causa principal do desenvolvimento econômico do espaço geográfico.
e) Trata-se de uma tendência da Geografia que considera que a sociedade pode vencer as adversidades naturais.

8. (UFPE) A Geografia, como ciência, possui um método próprio de análise, o chamado método geográfico, que se baseia em cinco princípios. Com relação a esses princípios, analise as proposições abaixo.
0-0) O princípio da Extensão foi enunciado por Frederico Ratzel e, de acordo com o mesmo, o geógrafo, ao estudar uma determinada área, deve, primeiramente, utilizando-se de um mapa, localizá-la, identificando os seus limites.
1-1) A Analogia foi o princípio enunciado por Vidal de la Blache.
2-2) Na causalidade, o geógrafo, ao observar um fato, deve identificar as causas que levam à sua existência, procurando estabelecer as relações de causa e efeito.
3-3) Na Conexidade, o estudioso de Geografia verifica que os fatores físicos e humanos não agem de forma isolada na formação de uma paisagem, existindo, pois, uma inter-relação entre eles. Estes fatores agem de maneira integrada.
4-4) Jean Brunhes formulou o princípio da Atividade, no qual assinala que a paisagem não é estática mas está em constante transformação e é, portanto, dinâmica.

9. (UVA)"Nos últimos anos, a ciência geográfica tem passado por grandes mudanças conceituais e metodológicas. Esse processo evolutivo, hoje, já nos fornece a ideia de que a Geografia, busca a partir das relações entre os homens e destes com a natureza no decorrer dos tempos, a explicação da organização do espaço."
Com relação a introdução à Geografia, seus métodos, concepções, princípios e evolução, analise as frases abaixo e coloque V nas verdadeiras e F nas falsas
( ) O espaço geográfico nada mais é do que a paisagem em sua totalidade – a configuração territorial acrescida a sociedade.
( ) . O princípio da causalidade é a própria lei de causa e efeito, característica de todas as ciências. O princípio da causalidade foi defendido, em Geografia, por Humboldt.
( ) Friedrick Ratzel, defendeu o possibilismo geográfico.
( ) O determinismo é um princípio radical e fatalista, empregado eventualmente em algumas situações, porém, não sempre e nem em todas.
( ) Estudar geograficamente o mundo é essencialmente investigar a dinâmica social que está por trás das paisagens ou formas espaciais.
A sequência, de cima para baixo, é:
a) F, V, V, V, V
b) V, F, F, V, F
c) V , V, F, V, V
d) F, F, V, F, F

10. (UVA/RJ) Sobre a Geografia, seus métodos, seus procedimentos, suas abordagens não é verdadeiro afirmar que:
a) A Geografia Tradicional tem por base metodológica a teoria marxista.
b) O espaço geográfico é fruto da dinâmica social (relação homem, natureza e trabalho) que se diferencia de acordo com a formação historia, no espaço e no tempo.
c) A Geografia ao longo de sua trajetória tem vivenciado avanços e recuos. Hoje, pode-se dizer que a Geografia apresenta grandes avanços metodológicos permitindo compreender a dinâmica e as contradições sociais do espaço geográfico.
d) A sala onde você esta fazendo esta prova para concorrer a uma vaga do vestibular, contem natureza transformada pelo trabalho social. Olhe para as paredes, carteiras e demais objetos ao seu redor e percebera isto. Quase tudo que nos cerca é o resultado do trabalho social sobre a natureza, inclusive o espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia.

11. (UVA) "A geografia conheceu, num passado recente, um movimento vigoroso de renovação teórica, que exercitou com radicalidade a crítica às perspectivas tradicionais e introduziu novas orientações metodológicas no horizonte de investigação dessa ciência."
Analise as alternativas abaixo que tratam das concepções, escolas e evolução da Geografia.
I. Sendo a Geografia uma ciência de transformação e elaboração do espaço, a mesma faz uma interconexão entre o espaço da produção, circulação e ideias no decorrer do tempo histórico.
II. A principal mudança no ensino da geografia é a passagem, que ainda ocorre, de uma geografia tradicional e descritiva voltada para a memorização, para uma geografia crítica preocupada com o raciocínio e o espírito crítico do aluno.
III. O principal livro de Friedrich Ratzel, denomina-se Antropogeografia – fundamentos da aplicação da Geografia à História; pode-se dizer que esta obra funda a Geografia Humana. Nela, Ratzel definiu o objeto geográfico como o estudo da influência que as condições naturais exercem sobre a humanidade.
IV. Vidal de La Blache criou uma doutrina, o Possibilismo, e fundou a escola francesa de Geografia. E, mais, trouxe para a França o eixo da discussão geográfica, situação que se manteve durante todo o primeiro quartel do século XX.
Estão corretos:
a) somente o item IV
b) somente os itens I e III
c)  todos os itens
d)  somente os itens II e IV

12. (UVA) Numa alusão aos princípios metodológicos da Geografia, podemos afirmar que o princípio em que o geógrafo compara as características da área estudada com a de outras regiões da Terra, estabelecendo as semelhanças e as diferenças é o:
a) princípio da analogia, formulado por Karl Ritter e Vidal de la Blache.
b) princípio da extensão, formulado por Frederico Ratzel.
c) princípio da atividade, formulado por Jean Brunhes.
d) princípio da causalidade, formulado por Alexandre de Humboldt.

13. (UVA) A Geografia chamada Antiga, ou Nomenclatura, ou dos Viajantes, existiu até o século XVIII, mas não era uma ciência. Foi no século XIX, que graças às contribuições das escolas geográficas da Alemanha e da França, que a Geografia tornou-se uma ciência. Analise as afirmativas que tratam sobre os princípios e as escolas geográficas e coloque V nas frases verdadeiras e F nas frases falsas.
( ) Segundo o princípio da causalidade, o geógrafo só realiza a Geografia plenamente como ciência quando demonstra, comprove e explica o fenômeno estudado, evidenciando suas causas e consequências .
( ) Fazer analogia, em Geografia, é generalizar conclusões tirando as leis da Geografia Geral, é comparar acidentes ou fenômenos geográficos e também classificar grandezas dos acidentes ou fenômenos comparados.
( ) Frederico Ratzel admitiu o determinismo geográfico no relacionamento do meio com o homem, como se o meio fosse a causa e o homem a consequência. Para Ratzel, o homem é um produto do meio em que vive, subordinado, condicionado e fatalizado pelos imperativos fatores do meio natural.
( ) Paul Vidal de La Blache, defensor do princípio de extensão e do determinismo geográfico, é considerado o Pai da Antropogeografia.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a)  V, V, F, F
b) V, V, V, F
c) F, V, F, V
d) F, F, V, V

14. (UVA) “Apesar de o homem receber influências do meio onde vive, ele é capaz de modificá-lo e adaptá-lo às sua necessidades”.
Esta afirmação está de acordo com a teoria:
a) determinista.
b) possibilista.
c) malthusiana.
d) mais-valia.
Fonte: Conhecimento Geográphico, Geografalando, Rede Educacional.

Respostas:
1-D; 2-E; 3-A; 4-B; 5-VFVVF; 6-e; 7-C; 8-VVVVV; 9-C; 10-A; 11-C; 12-A; 13-B; 14-B.
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa