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31 de março de 2021

O antes e depois no espaço geográfico

 Pelas imagens abaixo podemos observar o passar do tempo e a transformação do espaço geográfico no antes e depois. Fotos antigas, simulação pelo computador, tudo vale para a nossa análise do passar do tempo e da interferência humana sobre o meio ambiente. Percebemos que o meio natural se torna cada vez mais artificial.

Chamou especialmente a minha atenção a cidade de Tóquio, pela intensa urbanização em um tempo relativamente curto.

Rio de Janeiro (Brasil)

Imagem: Reprodução
São Paulo (Brasil)
Imagem: reprodução

Nova York (Estados Unidos)

Imagem: Reprodução
Tóquio (Japão)
Imagem: Reprodução
Londres (Reino Unido)
Imagem: Reprodução

Você notou o quanto foi radical a mudança na paisagem das cidades acima? Isso aconteceu porque o espaço geográfico foi sendo modificado rapidamente em função das técnicas e das tecnologias que foram sendo criadas e aprimoradas. 

Outra coisa que você pode observar é o intenso nível de urbanização dessas cidades. É possível notar os elementos naturais vão desaparecendo e sendo substituídos pelas construções (prédios) e outros elementos construídos pelos seres humanos (elementos culturais). O resultado é um ambiente artificial, como dito no início do texto.

Para finalizar, se você gostou dessa postagem e tiver sugestões de outras cidades para colocar aqui, deixe nos comentários.

27 de março de 2021

Europa


Imagem: Reprodução

O continente europeu é composto por 50 países e 8 territórios. É limitado pelo Oceano Glacial Ártico ao Norte, ao Sul pelo Mar Negro e Mediterrâneo, pelo Oceano Atlântico ao Oeste e pelos Montes Urais ao Leste, no limite com a Ásia.

A área da Europa é de 10.180.000 km² de extensão. São quatro macrorregiões que constituem o território da Europa, sendo elas: Europa Meridional, Europa Ocidental, Europa Oriental e Europa Setentrional. É o segundo menor continente do globo, ficando apenas atrás da Oceania.

Fonte:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/os-continentes.htm
https://www.estudopratico.com.br/continentes-quais-sao-e-paises/

Continente

 

A definição de continente não é precisa., mas pode ser compreendida como uma área da superfície terrestre de grande extensão territorial ou uma divisão da superfície terrestre.

Os continentes são porções de terras emersas cercadas de água por todos os lados e com enorme extensão territorial. 

Por convenção geográfica, costuma-se dizer que um continente é todo conjunto de terras cuja área é maior que a da Austrália, o menor dos países com dimensões continentais.

A seguir a lista dos continentes em sua definição mais abrangente:
* físicos: América, Eurafrásia, Austrália e Antártida.
* políticos: América, Europa, Ásia, África, Oceania e Antártida.

Observe no mapa acima os continentes, que podem ter número variável dependendo da visão do geógrafo. 

Fonte:

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/continentes.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/os-continentes.htm
https://www.estudopratico.com.br/continentes-quais-sao-e-paises/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Continente

9 de março de 2021

Conceitos geográficos muito importantes

No post de hoje vamos rever os principais conceitos da ciência geográfica, já estudados no ano passado, com o objetivo de analisar a interação entre a sociedade e a natureza. São eles: o espaço geográfico, lugar, paisagem, região e território, já estudados no ano passado.

Como estamos em um período de avaliação diagnóstica, achei muito importante rever esses conceitos com os meus alunos, agora no início do ano letivo 2021 aqui no RS.

Cliquem nos links abaixo para ser direcionado para as páginas dos conceitos. Qualquer dúvida entrem em contato. Um abraço!

 - Espaço Geográfico https://regininha-atividadesescolares.blogspot.com/2020/11/espaco-geografico.html

- Lugar https://regininha-atividadesescolares.blogspot.com/2020/11/lugar.html

- Paisagem https://regininha-atividadesescolares.blogspot.com/2020/11/paisagem.html

- Região https://regininha-atividadesescolares.blogspot.com/2020/11/regiao.html

- Território https://regininha-atividadesescolares.blogspot.com/2020/11/territorio.html

ATIVIDADES

1. Analise as imagens abaixo

Faça uma comparação entre o antes e o depois de uma rua da cidade (Cruz Alta/RS). Que modificações você observa na paisagem? Qual foi o elemento natural que desapareceu pela ação humana? Quais são os elementos culturais que fazem parte da paisagem agora?


2. (Uece) Atente para o seguinte texto:

Serra da Boa Esperança, esperança que encerra
No coração do Brasil um punhado de terra
No coração de quem vai, no coração de quem vem
Serra da Boa Esperança meu último bem
Parto levando saudades, saudades deixando
Murchas caídas na serra lá perto de Deus
Oh minha serra eis a hora do adeus vou-me embora
Deixo a luz do olhar no teu olhar Adeus
(BABO, Lamartine)

O conceito de lugar foi utilizado durante muito tempo na geografia para expressar o sentido de localização de um determinado sítio. Atualmente, este conceito vai além da simples localização de fenômenos geográficos, expressando uma contextualização simbólica que compreende um conjunto de significados. Portanto, com base no texto acima e na perspectiva atual de lugar, pode-se afirmar corretamente que
a) para o autor do texto, a serra representa uma dimensão da paisagem na qual o sentimento de posse está relacionado a sua perspectiva econômica.
b) a simbologia representada pela serra é motivada por laços emocionais que foram construídos na dimensão do espaço vivido.
c) a relação sujeito-lugar é percebida na perspectiva de uma relação simplesmente natural envolvendo apenas os elementos da natureza.
d) a serra constitui-se enquanto aspecto morfológico como um espaço vazio de conteúdo, sem história, refletindo apenas uma porção da natureza desprovida de afetividade.

3. (Uea) O debate sobre a organização do espaço feito pela Geografia é auxiliado por uma categoria que está ligada à ideia de domínio ou gestão de determinada área. Estas características correspondem à categoria
a) região.
b) paisagem.
c) espaço.
d) lugar.
e) território.

4. (Uem) Espaço, lugar, território e paisagem constituem conceitos dos estudos geográficos. Sobre o significado desses termos para a Geografia, assinale o que for correto.
01) O território constitui para a Geografia apenas o domínio político de um Estado dentro de um determinado espaço geográfico. Território e espaço, portanto, têm exatamente o mesmo significado.
02) O espaço geográfico, ou simplesmente espaço, é analisado levando em conta os lugares, as regiões, os territórios e as paisagens.
04) Tudo aquilo que vemos e que nossa visão alcança é a paisagem. A dimensão da paisagem é a dimensão da percepção, o que chega aos nossos sentidos.
08) A paisagem é o conjunto das formas construídas pelo homem moderno em função de recursos tecnológicos. O espaço é composto por essas formas e pela vida que as anima. Portanto paisagem e espaço são sinônimos, têm o mesmo significado.
16) O lugar é um espaço produzido ao longo de um determinado tempo. Apresenta singularidades, é carregado de simbolismo e agrega ideias e sentidos produzidos por aqueles que o habitam.

5. (Unimontes) “A soma do trabalho das gerações passadas dota esta categoria geográfica de uma historicidade cujo resultado é um produto histórico-social: histórico porque foi constituído no decorrer do tempo histórico ou pelas gerações que aí viveram ou se sucederam, e social porque é o resultado do trabalho conjunto das pessoas que formam uma sociedade ou porque ele foi e é construído socialmente”.
Fonte: ADAS, M. Geografia: Construção do espaço geográfico brasileiro. São Paulo: Moderna, 2002.
Qual categoria geográfica o texto enfatiza?
a) Espaço geográfico.
b) Região.
c) Paisagem.
d) Lugar.

30 de novembro de 2020

Do meio natural ao artificial

Nova York antes da urbanização (gerado por computador) 
Imagem: Reprodução

Ao longo da história, o ser humano foi transformando gradativamente a natureza com o objetivo de garantir a ¹subsistência do grupo social a que pertencia e melhorar suas condições de vida Com isso, o espaço geográfico foi sendo produzido, ficando cada vez mais artificializado. Pela ação do trabalho humano, novas técnicas foram desenvolvidas e gradativamente incorporadas ao território. De um meio natural, as sociedades avançaram para um meio técnico, a partir da Primeira Revolução Industrial.

Um dos pensadores que abordam a relação, no capitalismo, entre ciência e técnica é o filósofo alemão Jürgen Habermas. Ele mostra que, já no final do século XIX, no contexto da Segunda Revolução Industrial, esse sistema econômico começou a mobilizar a ciência para a criação de novas técnicas. No atual momento do capitalismo, em que ocorre uma revolução técnico-científica, ou revolução informacional, a ciência vem sendo ainda mais mobilizada para a criação de técnicas de produção e de circulação cada vez mais eficientes. A incorporação dessas técnicas ao território, com a intenção de aumentar a produtividade econômica e acelerar a circulação por redes que abrangem o espaço nacional, regional e mundial, produziu o que Milton Santos chamou de meio técnico-científico-informacional. Esse conceito busca definir o meio geográfico que dá sustentação à globalização, o atual período de expansão do capitalismo.

Poucas áreas da superfície terrestre ainda não sofreram transformações ²antrópicas, e mesmo aquelas aparentemente intocadas, como muitas no interior da floresta Amazônica ou do continente antártico, o território está delimitado e sujeito à soberania nacional ou a acordos internacionais. Portanto, mesmo em um meio natural, aparentemente intocado, existem relações políticas e econômicas, que nem sempre são visíveis na paisagem. Além disso, no interior da floresta Amazônica (ou de outras florestas tropicais) existem diversas sociedades indígenas, algumas ainda isoladas da sociedade moderna, que embora vivam bastante integradas ao meio natural, causam alguma transformação antrópica, produzindo, dessa forma, seu espaço. 

Para melhor compreender as relações sociedade-sociedade e sociedade-natureza, que estão materializadas no espaço geográfico, é  muito importante estudar seus conceitos-chave (paisagem, lugar, território e região) e as escalas geográficas (local, regional e global).

Os conceitos-chave dão identidade à Geografia como uma ciência humana e, ao mesmo tempo, permitem compreender o mundo sob a ótica dessa disciplina.

1.Subsistência: estado das pessoas ou coisas que subsistem, que se mantêm; existência, permanência.
2. Antrópico: do grego anthropos, "homem", como espécie. Assim, uma transformação antrópica na natureza é provocada pela espécie humana vivendo em sociedade.

Atividades

1. (UNESP) Observe as figuras.


Faça uma análise espaço-temporal da paisagem, identificando as transformações feitas pelo homem. 

2. “O espaço geográfico é fruto de um processo que ocorre ao longo da história das diversas sociedades humanas; dessa forma, representa interesses, técnicas e valores dessas mesmas sociedades, que o constroem segundo suas necessidades. Então, é possível dizer que ele reflete o estágio de desenvolvimento dos meios técnicos de cada sociedade”. (SILVA, A. C. et. al. Geografia contextos e redes 01. 1º ed. São Paulo: Moderna, 2013. p.19).

No trecho acima, observa a noção de espaço geográfico vinculada:
a) ao emprego aleatório de ferramentas desprovidas de seus contextos.
b) à ideia de que a sociedade é o reflexo do meio onde vive e que nele se reproduz.
c) à história da humanidade, limitando esse conceito às justaposições do passado.
d) aos interesses da sociedade, em uma perspectiva totalitária e sem subjetividades.
e) à utilização das técnicas para a produção da sociedade e suas espacialidades.

3. Assinale, a seguir, a alternativa que melhor indica o conceito atual de espaço geográfico:
a) Compreende o substrato superficial onde habitam os seres vivos terrestres.
b) Abrange o meio físico da Terra e suas dinâmicas naturais, tais como o clima, o relevo e a vegetação.
c) É o resultado da interação mediada pelas técnicas entre as práticas humanas e suas sociedades com a superfície terrestre e seus elementos.
d) É tudo aquilo que pode ser contemplado pela visão em um ambiente imediatamente próximo.
e) É o “palco” das práticas sociais, caracterizando-se por ser um receptáculo das ações antrópicas.


Fonte:
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-espaco-geografico.htm
http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=capitulo_1_a_geografia_na_era_da_informacao
https://languages.oup.com/google-dictionary-pt/

28 de novembro de 2020

Desigualdades sociais

 As desigualdades são fabricadas pelas relações sociais, econômicas, culturais e políticas. Geralmente, as classes ou camadas superiores das sociedades são as mesmas em termos de manutenção de privilégios sociais e econômicos, reproduzindo sua dominação através da cultura e da disseminação  de certa visão de mundo.

As desigualdades sociais são definidas a partir das condições sociais e econômicas de determinados grupos. Isto é, há grupos que possuem mais riquezas do que outros e maior acesso a determinados serviços gerando uma sociedade desigual, na qual poucos possuem  muitas riquezas e bens materiais e muitos possuem pouca ou nenhuma riqueza material.

Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

Política

A política surgiu na Grécia Antiga, com  destaque para o  filósofo Aristóteles, que dizia que a política tinha como fim a felicidade dos homens.

O termo política se refere a tudo que está vinculado ao Estado, ao governo e à administração pública com o objetivo de administrar o patrimônio público e promover o bem de todos.

Conforme Martinez (2013)
Por política se entende uma porção, um recorte amplo de atividades humanas. Ou seja, a política é o exercício de atividades essenciais à realização do ser humano. Neste raciocínio, a política é a efetivação da condição humana. Política é a arte do convencimento para que se exerça o poder de comando e assim se aprimore a condição humana; a possibilidade de se conviver em sociedade, sobretudo quando há conflito de interesses.
Fonte:
https://jus.com.br/artigos/26268/estado-moderno
https://brasilescola.uol.com.br/politica

27 de novembro de 2020

Soberania

A partir  da dissolução do feudalismo e do surgimento do Estado Moderno, a soberania passa a ser compreendida como a vontade do povo e a supremacia do poder da figura do Estado, legitimado nos dias atuais através da Constituição.

A soberania de um país diz respeito à sua autonomia, ao poder político e de decisão dentro de seu respectivo território nacional, principalmente no tocante à defesa dos interesses nacionais. Cabe ao Estado nacional o direito de sua autodeterminação em nome de uma nação, de um povo

De acordo com Silva et al (2016, p. 149)
[...] a soberania refere-se à prerrogativa de que o Estado deve estabelecer normas e condutas que pautarão a vida coletiva, em nível interno, bem como o comportamento externo do Estado. Essa prerrogativa não pode estar submetida aos interesses particulares de grupos sociais intermediários domésticos, como a família e a Igreja, nem às necessidades de outros Estados nacionais.
Fonte:
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://www.politize.com.br/soberania/
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/soberania-nacional-ordem-mundial.htm

26 de novembro de 2020

Sistema eleitoral

 A existência de partidos políticos requer o estabelecimento de regras pelas quais os representantes são escolhidos. Esse conjunto de regras é o sistema eleitoral. Nesse sistema, a legislação eleitoral é o conjunto de regras que disciplina as eleições e estabelece normas, datas e horários para a sua realização. Em geral, tais regras são diferentes para a disputa de cargos do Executivo (presidente, governador e prefeito) e do Legislativo (senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores).

No Brasil, atualmente, os cargos do Executivo e do Senado Federal são preenchidos mediante ¹eleições majoritárias. Já os cargos do Legislativo, com exceção do Senado, são preenchidas por ²eleições proporcionais. O Congresso Nacional brasileiro é bicameral, sendo formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

O sistema eleitoral também regula o método pelo qual são escolhidos os candidatos que concorrerão à eleição. Pelo regime de lista fechada, o partido seleciona e enumera a relação dos candidatos à eleição. Cabe ao eleitor votar na lista, e não no candidato individual. Isso permite aos dirigentes partidários um controle maior sobre os políticos e sobre o eleitorado. Pelo regime de lista aberta, o partido seleciona seus candidatos, mas eles disputam livremente o voto individual do eleitor. Esse sistema confere maior independência ao candidato e à escolha do eleitor, mas limita o controle do partido sobre o comportamento do político.

1. Eleição majoritária: quando elege-se o candidato mais votado.
2. Eleição proporcional: o voto vai para o partido ou frente partidária e, mediante aplicação do coeficiente eleitoral (divisão do número de votos válidos pelo número de vagas), transforma-se em cadeiras legislativas.

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.

Partidos políticos

 Os partidos políticos são organizações alicerçadas em uniões voluntárias orientadas para influenciar ou conquistar o poder do Estado. Sociologicamente, são estruturas fundadas na ideologia da representação política. Juridicamente, são organizações de direito privado que congregam cidadãos com afinidades ideológicas. De fato, são forças políticas que contestam (oposição) ou sustentam (situação) os governos e que estão em permanente tensão na luta pelo poder institucionalizado.

O sistema partidário influi na conformação do poder, de modo que interfere na formação do governo e age sobre o regime da separação dos poderes. Tipos de sistemas partidários:

  • monopartidário: o poder está concentrado no comitê dirigente do partido ou em seu secretário-geral. Exemplo: Partido Comunista Chinês;
  • bipartidário: quando atuam apenas dois partidos. O bipartidarismo pode ser real, quando existem apenas dois partidos que hegemonizam as disputas eleitorais, como nos Estados Unidos e na Inglaterra, ou formal, quando há interdição legal de existência de outras agremiações, como aconteceu no Brasil entre 1965 e 1979, com a formação da Aliança Renovadora Nacional (Arena) e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB);
  • multipartidário: quando vários partidos disputam as esferas governamentais, como no Brasil atual.
Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.

25 de novembro de 2020

Sistemas de governo

 O sistema de governo depende do relacionamento entre os poderes Executivo e Legislativo. O modo como esses poderes interagem no exercício de suas funções constitucionais caracteriza os dois sistemas de governo que predominam no mundo ocidental: o presidencialismo e o parlamentarismo.

No sistema presidencialista, o presidente costuma ser eleito, direta ou indiretamente para um mandato determinado, durante o qual exercerá a função executiva. Ele acumula a chefia do Estado e do governo. Todo o Poder Executivo se concentra no presidente, que tem como prerrogativa escolher seus ministros, que são gestores das diferentes políticas públicas. E existe independência entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, pois a constituição deles é separada já na origem, isto é, a eleição dos representantes de cada um deles é independente. Esse fato confere ao chefe do Executivo uma posição de autonomia política perante os demais poderes.

Ao contrário do presidencialismo, no sistema parlamentarista há uma forte interação entre o Executivo e o Legislativo, fundada na distinção entre Chefe de Estado ( monarca ou presidente) e chefe de governo (chanceler ou primeiro-ministro). No parlamentarismo, quem governa é o Parlamento, por meio do gabinete formado pelo primeiro-ministro (geralmente oriundo do partido majoritário) e demais ministros. O primeiro-ministro é eleito para exercer a função de chefe de governo e depende da maioria parlamentar para governar. A relação entre Executivo e Legislativo é marcada pelo princípio da responsabilidade ministerial e pelo direito de dissolução. O princípio da responsabilidade ministerial refere-se à demissão do governo em caso de retirada de confiança (voto de desconfiança) por parte do Parlamento, que pode ser ¹unicameral ou ²bicameral. O direito de dissolução - dissolver o Parlamento e convocar novas eleições - representa a contrapartida da responsabilidade ministerial, ou seja, o meio que possibilita a ação do governo sobre o Parlamento, evitando assim que este seja manipulado por partidos políticos majoritários.

As formas (monarquia e república) e sistemas de governo (presidencialismo e parlamentarismo) podem ser combinados: monarquia parlamentar (Reino Unido, Suécia, Países Baixos), república presidencialista (Brasil, Argentina, Estados Unidos) e república parlamentar (Alemanha, Portugal).

1.Unicameral: o Parlamento ou o Congresso é formado apenas por um órgão legislativo. É o caso da Grécia e de Portugal.
2.Bicameral: ocorre a divisão do Legislativo, como no Brasil (Câmara dos Deputados e Senado Federal) e nos Estados Unidos (Câmara dos Representantes e Senado).

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.



Forma de governo

 A autoridade que administra o Estado é o governo. A forma de governo é o meio pelo qual é instituída a relação entre governantes e governados (estruturas e relações de poder).

A monarquia e a república são as formas básicas de governo. A categorização feita por Aristóteles na obra Política, escrita por volta do século IV a.C., compreendia três formas de governo: monarquia (governo de um só), aristocracia (governo dos melhores) e democracia (governo de muitos). Essa categorização subsistiu até a sistematização feita por Maquiavel, para quem o Estado era principado (monarquia) ou república.

Originalmente, a monarquia significava o governo de um só, podendo ser definida como o Estado dirigido segundo a vontade de um indivíduo, o rei. Com diversas particularidades, esse sistema foi predominante na Europa até metade do século XVIII. Nas Monarquias, o cargo de chefe de Estado é hereditário e vitalício. Hoje, as monarquias são em sua maioria limitadas e constitucionais: o poder do soberano é restrito, e o monarca tem de aceitar o papel e a ação de outros órgãos, como o Parlamento.

A forma republicana de governo é oposta à monárquica. A república é uma conquista idealmente democrática que se concretizou com a Revolução Francesa e se destaca pela rejeição aos governos aristocráticos ou oligárquicos. Nas repúblicas, o chefe de Estado geralmente é eleito por períodos determinados. Assim, há alternância de poder e igualdade formal entre todos os cidadãos. Entretanto, é importante lembrar que há muitas repúblicas não democráticas, marcadas por regimes ditatoriais.

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.

17 de novembro de 2020

Transporte rodoviário

Na época do Brasil colonial foram abertos muitos caminhos que ligavam as áreas de produção aos portos que enviavam as mercadorias para a Europa. Era preciso vencer os terrenos montanhosos, trechos difíceis de serem superados dentro das matas fechadas, principalmente em tempo de chuvas.

Uma delas, hoje rota turística, é a Estrada Real, que reúne o Caminho Velho, o Caminho Novo e a Rota dos Diamantes, no estado de Minas Gerais.

A primeira estrada de rodagem brasileira foi a União e Indústria, construída em 1861 por Mariano Procópio Ferreira Lage. Ligava Petrópolis e Três Rios, no Rio de Janeiro, a Juiz de fora, em Minas Gerais. A primeira rodovia pavimentada do Brasil foi inaugurada em 1928, ligando a cidade do Rio de Janeiro a Petrópolis. Essa rodovia é um trecho da BR-040, e é denominada rodovia Washington Luís, em homenagem ao ex-presidente Washington Luís, que ficou conhecido por construir diversas rodovias entre 1926 e 1930.

A implantação da indústria automobilística, na metade do século passado, foi fundamental para a consolidação do transporte rodoviário como o mais utilizado no Brasil. O transporte rodoviário é responsável por cerca de 65% da movimentação de cargas no ano de 2015, segundo a Empresa de Planejamento e Logística S.A. 

As rodovias brasileiras na atualidade são classificadas conforme a jurisdição a que estão submetidas. Podem ser federais, estaduais ou municipais.

As rodovias federais no Brasil recebem uma nomenclatura própria que é definida pela sigla BR seguida de três algarismos. O primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, de acordo com as definições estabelecidas no Plano Nacional de Viação. Os dois outros algarismos definem a posição a partir da orientação geral da rodovia, relativamente à capital federal e aos limites do país (norte, sul, leste e oeste).

Fonte: Coordenação-Geral de Gestão da Informação – CGINF/DPI/SFPP/MINFRA.
A malha rodoviária federal do Brasil possui atualmente extensão total de 75,8 mil km, dos quais 65,4 mil km correspondem a rodovias pavimentadas e 10,4 mil km correspondem a rodovias não pavimentadas.


Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017.
https://antigo.infraestrutura.gov.br/rodovias-brasileiras.html

Transportes no Brasil

 

Imagem: Reprodução

Os transportes são fundamentais para a economia de um país. Sem rede de circulação, as indústrias não teriam acesso às matérias-primas, não teriam condições de escoar sua produção nem fazê-las chegar até os consumidores. Entretanto, essa não é a única função dos transportes: eles são fundamentais para a movimentação de pessoas, tanto para trabalho como para lazer e turismo. O setor também gera empregos e renda, representando uma importante alternativa para investimentos nacionais e estrangeiros, sendo parte importante da economia de um país.

O setor de transportes é essencial para que um país tenha competitividade no mercado internacional. No entanto, os modais de transportes no Brasil impõem grandes limitações ao crescimento e à expansão da economia.

Muitos países de dimensões continentais como o Brasil geralmente apresentam grandes dificuldades para a instalação de uma infraestrutura de transportes. Alguns deles realizaram obras importantes visando a integração de seu território e o escoamento da produção agrária e industrial. É o caso dos Estados Unidos, que contam com uma rede de transportes que inclui ferrovias, rodovias, hidrovias, portos bem aparelhados, além de uma eficiente malha aeroviária.

Infelizmente, isso não foi o que aconteceu com o Brasil: a dimensão do território brasileiro e a falta de políticas para o setor de transportes sempre foram obstáculos para o estabelecimento de uma rede de transportes eficiente. O resultado é que, atualmente, os modais de transportes no país impõem grandes limitações ao crescimento e à expansão da economia, porque na era dos blocos econômicos e da luta pelos mercados, é imprescindível contar com uma rede de transportes bem estruturada.

Há muito tempo o Brasil sofre perdas constantes em razão do alto custo dos serviços do setor de transportes e da má conservação de portos, rodovias e locais de armazenagem dos produtos a serem exportados. Essa deterioração foi resultado de investimentos insuficientes em infraestrutura, pelo menos nas últimas décadas. É urgente a necessidade de investir no transporte aéreo, nas rodovias, ferrovias e hidrovias. A melhoria da infraestrutura poderá auxiliar a reduzir os custos, colocando os produtos no mercado mundial com maior competitividade.

Alguns problemas da infraestrutura de transporte brasileira que exigem atenção:

  • o alto custo da manutenção de rodovias e ferrovias e da conservação da frota de veículos;
  • a necessidade de aparelhamento e de modernização dos portos fluviais e marítimos, dos aeroportos e da infraestrutura de armazenagem de produtos para exportação, etc.;
  • a maior concentração de ferrovias, aeroportos, portos e rodovias no Centro-Sul, região mais industrializada e populosa do país.
Modais de transportes no Brasil

A matriz de transportes de carga brasileira está baseada no uso inadequado dos modais. Existe uma sobrecarga no transporte rodoviário em razão da cultura do "rodoviarismo", tanto para o transporte de carga como para o de passageiros.

A multimodalidade, isto é, a integração entre os diferentes modais de transporte, é a situação ideal para o desenvolvimento da infraestrutura de transporte, diminuindo o custo do frete e aumentando a eficiência logística.

O Brasil precisa pensar o setor de transporte de forma mais integrada, valorizando outros modais, como as hidrovias, a navegação de cabotagem (ao longo da costa) e as ferrovias.
Imagem: Reprodução

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017. 

16 de novembro de 2020

Globalização no Brasil

A globalização ganhou importância na economia mundial a partir de 1970, com impactos em todas as regiões do mundo. Esse processo definiu uma nova organização do espaço geográfico e uma nova política econômica, o neoliberalismo.

A globalização passou a ter um impacto maior na economia brasileira a partir da década de 1990, com a abertura econômica promovida pelo governo Fernando Collor de Mello. Com a redução dos impostos de importação, os produtos importados passaram a ingressar de forma maciça no mercado brasileiro. A oferta de produtos cresceu, e os preços de algumas mercadorias caíram ou se estabilizaram.

No entanto, muitas indústrias nacionais não conseguiram competir com os produtos importados e foram obrigadas a fechar ou foram vendidas, e a balança comercial acumulou déficits por vários anos no decorrer de 1990.

Muitas empresas não conseguiram se adaptar à nova realidade de mercado: seus controladores preferiram vendê-las a correr o risco de falir. Grandes grupos nacionais ou estrangeiros, compraram-nas. Em apenas uma década, as multinacionais mais que dobraram sua participação nas empresas brasileiras.

As multinacionais investiram maciçamente em tecnologia, e isso reduziu significativamente os postos de trabalho, principalmente aqueles ocupados pelas pessoas sem qualificação e com escolarização baixa. Valeram-se também da terceirização de atividades, ou seja, repassaram serviços para outras empresas, criando redes de subcontratação.

Os postos de trabalho abertos nas atividades que apresentaram crescimento, como telefonia, tecnologias de informação, turismo e publicidade, não compensaram os que foram fechados. Além disso, passaram a exigir, em muitos casos, um nível de qualificação que a maioria dos desempregados não possuía.

Processo de privatização

Alguns países incorporaram as práticas neoliberais. Foi o caso do Brasil, México, Chile, Uruguai e Argentina. Outros países, especialmente a China e a Índia, optaram por uma abertura mais restrita e gradual, exigindo a instalação de indústrias em seu território e investimentos produtivos em setores estratégicos e em associações com empresas nacionais.

A partir do final do século XX, as transformações nos países que aderiram ao Consenso de Washington foram intensas, estando a privatização das empresas estatais no centro dessas transformações. No Brasil, houve, ainda: concessão do sistema de transportes para exploração por empresas privadas; o fim da proibição da participação estrangeira no setor de comunicação; e o fim do monopólio da Petrobrás sobre a exploração de petróleo.

As privatizações das estatais Companhia Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional foram muito criticadas porque, apesar das dívidas elevadas, eram empresas que davam lucro e tinham condições de saldar seus compromissos financeiros.

Fonte: LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/globalizacao-no-brasil.htm

Consenso de Washington

Em 1989, o economista John Williamson (1937) reuniu o pensamento neoliberal das grandes instituições financeiras (FMI e Banco Mundial) e também do governo estadunidense, no intuito de propor soluções para resolver a crise e o endividamento dos países em desenvolvimento, particularmente os da América Latina, e caminhos para crescimento econômico. Estas propostas ficaram conhecidas como Consenso de Washington, segundo o qual os países latino-americanos deveriam:

  • realizar uma reforma fiscal, isto é, alterar o sistema de atribuição e de arrecadação de impostos para que as empresas pudessem pagar menos e adquirir maior competitividade;
  • executar a abertura econômica, com liberalização das exportações e das importações, ampliação das facilidades para a entrada e a saída de capitais e privatização de empresas estatais;
  • promover o corte de salários e a demissão dos funcionários públicos em excesso e realizar mudanças na previdência social, nas leis trabalhistas e no sistema de aposentadoria, para diminuir a dívida do governo (a chamada dívida pública).
Para serem considerados confiáveis, diminuindo o ¹risco-país, os países deviam cumprir as sugestões do Consenso de Washington. Nada era obrigatório, mas seguir suas determinações básicas era condição para receber ajuda financeira externa e atrair capitais estrangeiros.

1. Risco-país: É um indicador criado para avaliar as condições financeiras de um país emergente. As três principais agências de classificação ou avaliação de risco são Satandard & Poor's, Moody's e Fitch. Elas classificam os países em grau de investimento (capacidade de bom pagador) e grau especulativo (com muita probabilidade de calote) e em cada "grau" há diferentes notas.

Fonte: LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.

O apagão no Amapá


Imagem: Reprodução

Na noite de 3 de novembro de 2020, após uma subestação de energia em Macapá ser afetada por um incêndio provocando o desligamento das linhas de transmissão, treze dos dezesseis municípios do estado do Amapá ficaram às escuras. 

A empresa espanhola Isolux, um grupo multinacional responsável desde 2015 pela linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus, interligando Amazonas, Amapá e oeste do Pará à Usina Hidrelétrica de Tucuruí, não dispunha de um gerador substituto e, sequer, de peças de reposição para realizar a troca do transformador atingido pelo raio. Coube a estatal Eletrobrás auxiliar na resolução do problema

Durante o apagão mais de meio milhão de brasileiros ficaram por quase duas semanas sem energia, sem água potável, alimentação adequada e todos os serviços básicos prejudicados em meio a maior crise sanitária da história recente. 
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução

A energia foi restabelecida por completo nesse domingo, dia 15 de novembro, o que permitiu que 15 dos 16 municípios do estado fossem às urnas, com exceção da capital Macapá.

Fonte: 
https://www.agb.org.br/nota-o-apagao-no-amapa-ilumina-velhos-problemas-brasileiros/
https://g1.globo.com/ap/amapa/

Região

Região é um dos conceitos-chave da Geografia. Refere-se a um determinado tipo de unidade espacial ou de parte dela. Em termos comparativos, regionalização em geografia é algo que se assemelha bastante a periodização em história. 

O conceito de região como unidade da Geografia ganhou impulso no final do século XIX com os estudos do francês Paul Vidal de La Blache. No contexto do discurso nacionalista próprio daquele período e influenciado pela Biologia, La Blache analisava a nação como um "organismo vivo", e as diferentes regiões seriam os seus órgãos vitais, cada um com uma função. Essa forma de compreensão do território defendia e legitimava politicamente a unidade nacional e mesmo eventuais pretensões por outros territórios, entendidos como complementares às necessidades do país.

A partir do século XX, a aceleração dos fluxos de transportes e comunicações e o acesso à informação on-line permitiram novas formas de atuação do capitalismo, que passou a ocorrer em escala planetária, interligando e construindo novas relações entre as localidades. Como consequência, a organização em rede contribuiu para que os espaços passassem a se conectar com maior fluidez, de forma mais rápida e eficiente.

Com essas transformações, o termo região passou a identificar a construção social de conjuntos espaciais em cuja extensão se manifestam fenômenos similares. Nessa perspectiva, consideram-se principalmente as relações entre esses conjuntos, estabelecidas em diferentes escalas espaciais. É possível, portanto, produzir regionalização no interior de um país ou ainda classificar e agrupar países que apresentem características comuns em diversas ordens. Desse modo, há tantos conjuntos regionais, quanto critérios estabelecidos para a regionalização, ou seja, as regiões não são um dado da natureza; seu estabelecimento é uma operação do conhecimento humano e diz respeito à ação dos diferentes sujeitos sociais no espaço geográfico.

Fonte: SILVA, Angela Corrêa da; OLIC, Nelson Bacic; LOZANO, Ruy. Geografia: contextos e redes. São Paulo: Moderna, 2016.
https://www.preparaenem.com/geografia/o-conceito-regiao.htm
VESENTINI, José William. O conceito de região em três registros. Exemplificando com o Nordeste brasileiro. Disponível em https://journals.openedition.org/confins/7377?lang=pt

Imagem: Regionalização do mundo em continentes (reprodução)

15 de novembro de 2020

Paisagem Cultural Brasileira

Imagem: Cultura imaterial do Brasil

O Brasil possui belezas naturais incomparáveis e uma diversidade cultural única. Promover a proteção desse riquíssimo patrimônio é dever de todos os brasileiros.

Desde 1937, o responsável oficial pela proteção e pela valorização do patrimônio no Brasil é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Atualmente, esse instituto regulamenta cerca de cem cidades históricas protegidas, mais de mil bens tombados individualmente, 15 mil sítios arqueológicos cadastrados e quinze manifestações culturais consideradas patrimônio imaterial.

Segundo o Iphan, Paisagem Cultural Brasileira é uma porção peculiar do território nacional, representativa da interação da humanidade com o meio natural, à qual a vida e a ciência humana imprimiram marcas ou atribuíram valores. São exemplo de paisagens culturais as relações entre o sertanejo e a Caatinga, o candango e o Cerrado, o boiadeiro e o Pantanal, o gaúcho e os Pampas, o pescador e os contextos navais tradicionais e o seringueiro e a Amazônia. Como esses, outros tantos personagens e lugares formam o "painel" das riquezas culturais brasileiras, destacando a relação entre o ser humano e a natureza.

Imagem: Centro Histórico da Cidade de Goiás, Goiás
Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade (Wikimedia)

Para que determinada paisagem cultural ou manifestação imaterial seja protegida pelo Iphan, é preciso que seja reconhecida como tal ou que tenha a ¹chancela do instituto.

Qualquer cidadão brasileiro pode requerer a chancela de uma Paisagem Cultural ou manifestação cultural.

1. Chancela: selo ou sinal gravado usado para validar um documento.

Imagem: Ruína de São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul
Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade (Wikimedia)

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017.
http://portal.iphan.gov.br/
https://viagemeturismo.abril.com.br/materias/patrimonios-culturais-da-humanidade-unesco-brasil/

14 de novembro de 2020

Lugar

 

Imagem: Cruz Alta/RS (reprodução)

Em Geografia, o conceito de lugar designa o espaço de vivência de um grupo humano. É um ambiente conhecido por seus habitantes, que o utilizam nas atividades cotidianas, sendo, assim, um ambiente carregado de afetividade, pontilhado por artefatos sociais ou objetos naturais que servem como pontos de referência e, muitas vezes, evocam memórias pessoais. Uma aldeia, um povoado e seus arredores, uma pequena cidade, um bairro de uma metrópole: o lugar é uma parte essencial da identidade dos que o habitam.

O conceito de lugar está relacionado aos espaços que nos são familiares e que fazem parte do nosso cotidiano. Quando falamos em lugar, pensamos em referenciais afetivos que desenvolvemos ao longo de nossa vida, os quais são carregados de emoções e que nos dão a sensação de segurança, de pertencimento, de identidade.

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa