14 de julho de 2018

Atividades sobre o desenvolvimento humano

Composição do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)

Metodologia de cálculo
Para a mensuração do desenvolvimento social de um país, são levados em conto três pontos:
Expectativa de vida ao nascer: expectativa de vida (longevidade) que um grupo de pessoas pode atingir do momento que nascem até falecer. Este item engloba a qualidade de vida de uma determinada população tendo por base a longevidade delas.
Índice de educação: neste índice é considerada a média dos anos de estudo de uma população para adultos e o número de anos esperados de escolaridade para crianças.
Padrão de vida: calculado com o PIB per capita, é o valor do PIB total de um país, dividido pelo número total de habitantes no mesmo período. Este valor demonstra quanto cada habitante produziu no período, ou seja, a riqueza criada por habitante.


Mapa-múndi indicando o Índice de Desenvolvimento Humano (baseado em dados de 2016, publicados em 21 de Março de 2017):
  Acima de 0,900
  0,850–0,899
  0,800–0,849
  0,750–0,799
  0,700–0,749
  0,650–0,699
  0,600–0,649
  0,550–0,599
  0,500–0,549
  0,450–0,499
  0,400–0,449
  0,350–0,399
  0,300–0,349
  Abaixo de 0,300
  Sem dados


Mapa-múndi indicando o Índice de Desenvolvimento Humano (dados de 2016, publicados em 2017):
  Muito alto
  Alto
  Médio
  Baixo
  Sem dados

Rank País IDH
Estimativas de 2015 (publicadas em 2016)


Desenvolvimento humano muito elevado
1    Noruega 0,949
4    Alemanha 0,926
10  Estados Unidos 0,920 
17  Japão 0,903 
18  Coreia do Sul 0,901 
38  Chile 0,849
45  Argentina 0,827 
49  Rússia 0,804
Desenvolvimento humano elevado
54  Uruguai 0,795
77  México 0,762
79  Brasil 0,754
90  China 0,738
Desenvolvimento humano médio
119 África do Sul 0,666
131 Índia 0,624
Desenvolvimento humano baixo
148 Suazilândia 0,541
152 Nigéria 0,527
163 Haiti 0,493
181 Sudão do Sul 0,418
188 República Centro-Africana 0,352

Atividades

1. Analise os dados acima e responda: Uma renda per capita mais elevada sempre corresponde a uma condição de vida melhor, a um IDH mais elevado? Dê exemplos.
2. Observe a tabela "Países selecionados: distribuição de renda e estabeleça uma comparação entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento.
3. Cite medidas que podem melhorar a condição de vida de uma sociedade e elevar o seu IDH.
4. Observe o mapa abaixo "Índice da Percepção da Corrupção".
Escreva a correlação que se pode estabelecer entre o mapa que mostra o IPC e o que mostra o IDH dos países.

Fonte: (livro): Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 3 ed. São Paulo: Scipione. 2017.
Fonte (internet): Wikipédia, Economia sem segredos, Brasil Escola.
Imagens: Wikipédia, DW.

Respostas das atividades:
1. Não há correlação direta entre o aumento da renda per capita e a melhoria da condição de vida de uma população, pois a renda pode ser alta e, no entanto, estar muito concentrada. Há países, como a Arábia Saudita, que dispõem de uma renda per capita muito alta, mas seus indicadores socioeconômicos - seu IDH - são mais baixos do que os de países que dispõem de renda menor, porém mais bem distribuída.
2. Os países desenvolvidos mostram a distribuição da renda bem mais equilibrada entre a população;  já nos países em desenvolvimento, em geral, ela é bastante concentrada. Esse é um dos principais fatores que explica as diferenças de indicadores sociais entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
3. É interessante o aluno perceber que os países com renda per capita mais alta e mais bem distribuída são aqueles que apresentam um IDH mais elevado, especialmente os desenvolvidos. Portanto, a saída para melhorar a condição de vida, para elevar o IDH de um país, passa por investimentos produtivos que possam contribuir para o crescimento econômico e o aumento da renda per capita. É necessário melhorar a distribuição da renda entre os estratos da população, ao mesmo tempo que é fundamental que o Estado faça investimentos sociais em saúde, educação, saneamento básico, etc.
4. De forma geral, os países altamente honestos, que apresentam baixo grau de corrupção são quase sempre aqueles que apresentam índices de desenvolvimento humano muito elevado. No outro extremo, países altamente corruptos apresentam médio e baixo IDH, situação típica dos países em desenvolvimento mais pobres, especialmente da África subsaariana.

7 de julho de 2018

Atividades sobre estruturas e formas do relevo

1. Explique o que são e como se originam as formas do relevo.
2. Qual a diferença entre estrutura e forma de relevo?
3. Defina planalto, planície e depressão.
4. O que é plataforma continental? Qual a sua importância econômica?
5. Observe as fotografias abaixo e responda:
Ouro Preto (MG) - Percebe-se a influência do relevo sobre a organização do município
Iguape (SP) - IPHAN
Cultivo de alimentos em terraços - Bali (Indonésia)

a) Como o relevo pode influenciar a organização e a distribuição das atividades humanas? Dê exemplos.
b) Elabore uma hipótese para explicar de que forma o relevo condiciona o traçado e o custo de construção de rodovias e ferrovias.
6. Observe abaixo a fotografia de Maricá (RJ) e escreva o nome das formas de relevo que estão presentes na imagem.
Imagens: Internet
Fonte: Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 3 ed. São Paulo: Scipione. 2017.

Respostas
1. O relevo consiste nas formas visíveis das estruturas do terreno, naquilo que podemos observar na paisagem. Essas formas (sua fisionomia) originam-se a partir da ação dos agentes internos (forças tectônicas), assumindo as características atuais em decorrência da ação dos agentes externos ou erosivos (intemperismo).
2. A estrutura do relevo corresponde à sua base geológica, à composição e à idade das rochas, ou seja, à sua fisiologia, que compõe o substrato que sustenta as formas ou a fisionomia do relevo.
3. Planalto: relevo acidentado ou aplainado em que predominam processos erosivos.
Planície: relevo relativamente plano, em que predominam processos de sedimentação.
Depressão: relevos aplainados, com suave inclinação e mais baixos que o entorno, em que predominam processos erosivos.
4. Plataforma continental constitui a continuação da estrutura geológica do continente abaixo do nível do mar. A estrutura geológica continental termina no talude, com distância variável da costa. Ela apresenta grande importância econômica, por conter bacias sedimentares onde se encontram jazidas de petróleo, como as de Campos, no Rio de Janeiro, e Santos, em São Paulo, além de ser o local do relevo submarino mais rico em espécies marinhas importantes para a atividade pesqueira.
5. a) Os alunos devem identificar alguma influência do relevo sobre a organização das atividades econômicas nas fotografias, no lugar onde moram ou em outro local que conheçam, descrevendo como se deu essa influência. Eles podem citar as atividades agrícolas, a construção de hidrelétricas, o traçado das vias de transporte, a ocupação de encostas e várzeas, etc.
b) É interessante que os alunos comparem o traçado de rodovias e ferrovias antigas com o daquelas construídas recentemente. As antigas têm um traçado que acompanha as formas de relevo, apresentando nas regiões serranas, muitas curvas, subidas e descidas, que atualmente são suprimidas  com a construção de pontes e túneis. Embora os sistemas mais antigos também se utilizassem de técnicas da construção civil, o desenvolvimento de técnicas mais avançadas aumentou muito sua densidade e extensão. Na análise do custo de construção, os alunos devem observar que, em geral, é mais barato e fácil construir rodovias e ferrovias em relevo plano, porque não há necessidade de instalação de pontes e túneis, além de permitir o traçado mais retilíneo. Porém, há casos em que mesmo relevos planos provocam dificuldades, como as várzeas, os pântanos e outros.
6. Ao observar a imagem, os alunos podem citar a ocorrência de morros, praia, planície litorânea, lagoa costeira e restinga. 
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa