A desigualdade prejudica o acesso das pessoas a direitos básicos, como: educação e saúde de qualidade, direito à propriedade, direito ao trabalho, direito à moradia, boas condições de transporte e locomoção, entre outros.
24 de abril de 2021
A desigualdade social no Brasil
Desigualdades entre os países no mundo globalizado
10 de dezembro de 2020
A questão dos alimentos e da fome
Nas últimas décadas, houve uma mudança no padrão de consumo alimentar do brasileiro, que passou a consumir mais produtos industrializados. Isso permitiu às indústrias expandir sua produção de alimentos processados, como queijos e sucos.
França explica a mudança no padrão alimentar do brasileiro
Os hábitos do brasileiro têm sido redefinidos a partir do surgimento da indústria alimentar e marcados pelo consumo excessivo de produtos processados, em detrimento de produtos regionais com tradição cultural, principalmente nos grandes centros urbanos, onde o fast food predomina, tendo como contrapartida, o movimento slow food, que conjuga prazer e regionalidade no hábito alimentar.
Uma das preocupações quanto à ingestão de muitos desses novos produtos é o baixo valor nutricional. eles contêm alto teor de gorduras saturadas e açúcar, causando obesidade, além de outros problemas para a saúde.
O surgimento e/ou agravamento de patologias como desnutrição, dislipidemias, obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis estão intimamente ligadas a tais mudanças na alimentação do indivíduo. Cabe ao profissional nutricionista desenvolver estratégias de educação nutricional, visando desenvolver hábitos alimentares saudáveis e promover melhora na saúde e qualidade de vida da população.
O problema da fome
Existem alguns motivos conhecidos que levam ao estado de fome crônica, tais como: fatores naturais, guerras civis, inabilidade governamental, técnicas rudimentares de produção. Já nos anos 1940, o geógrafo brasileiro Josué de Castro apontava o dilema da fome em seu clássico livro Geografia da fome. Segundo ele: "A fome é uma realidade demasiado gritante e extensa para ser tapada com uma peneira aos olhos do mundo" ( CASTRO, 1946, p.15).
4 de dezembro de 2020
Injustiça socioespacial
De acordo com Paviani (2007)
"Trabalho, desemprego e migrações estão interligados em teoria e na vida real, independentemente do meio geográfico em que acontecem. [...] Mobilidade espacial e desemprego ocasionam impactos sobre o espaço, no meio rural ou urbano".
Segundo o autor, "a abordagem geográfica pode vislumbrar de que forma ambientes fortemente hostis ao homem tornam-se propícios às migrações em todos os quadrantes do planeta".
O processo migratório que envolve populações oriundas da região Nordeste para outras partes do Brasil tem como fatores determinantes a seca e a estagnação econômica. Devido à intensa exploração monocultora dos solos no passado, o Nordeste é hoje periodicamente castigado por períodos alternados de secas e enchentes. Em consequência, milhões dos seus naturais vivem fora da região.
Fonte:
PAVIANI, Aldo. Migrações com desemprego: injustiça social na configuração urbana. Cadernos Metrópole, núm. 17, janeiro-junho, 2007, p. 13-33. Pontifícia Universidade de São Paulo. São Paulo. Disponível em https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/8761
http://nasombradojuazeiro.com.br/2020/07/18/o-nordeste-a-grande-fonte-da-migracao-nacional/
Conversando com a...Literatura
Morte e vida severina é um dos clássicos da literatura brasileira. O poeta João Cabral de Melo Neto (1920-1999) narrou a questão da terra no Nordeste e a realidade social permeada por uma forte injustiça socioespacial. Leia um trecho de sua obra.
"Assiste ao enterro de um trabalhador de eito e ouve o que dizem do morto os amigos que o levaram ao cemitério
a) uma demonstração de consciência revolucionária diante da exploração do trabalhador rural.
b) uma convicção exagerada na vida pós-morte.
c) uma consciência resignada diante das condições de trabalho do trabalhador rural.
d) uma proposta de desafio às forças inclementes do capital.
e) uma proposta de parceria com os grandes latifúndios para a harmonia no campo.
28 de novembro de 2020
Desigualdades sociais
As desigualdades são fabricadas pelas relações sociais, econômicas, culturais e políticas. Geralmente, as classes ou camadas superiores das sociedades são as mesmas em termos de manutenção de privilégios sociais e econômicos, reproduzindo sua dominação através da cultura e da disseminação de certa visão de mundo.
As desigualdades sociais são definidas a partir das condições sociais e econômicas de determinados grupos. Isto é, há grupos que possuem mais riquezas do que outros e maior acesso a determinados serviços gerando uma sociedade desigual, na qual poucos possuem muitas riquezas e bens materiais e muitos possuem pouca ou nenhuma riqueza material.
Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
21 de novembro de 2020
Segregação
O apartheid foi a política oficial de segregação racial da África do Sul. Para seus formuladores, tratava-se de desenvolvimento separado dos colonizadores europeus e da população negra nativa. Apesar de já contar com uma legislação segregacionista que criava áreas restritas para negros e brancos e proibia relações afetivas inter-raciais desde o começo do século XX, somente a partir de 1948, com a vitória do Partido Nacional Africâner (formado por descendentes dos colonizadores holandeses que desenvolveram na África do Sul uma cultura específica, com idioma e hábitos próprios), houve a institucionalização do apartheid como projeto nacional.
"Na vida cotidiana, havia placas para reservar ônibus, restaurantes, bilheterias e até praias para a população branca. Os casamentos mistos e sexo inter-racial eram proibidos. Os negros tinham acesso à educação e à saúde de menor qualidade. Quase todo o território (87%) era reservado aos brancos. Cerca de 3,5 milhões de pessoas foram expulsas à força e os negros foram relegados aos 'townships', cidades-dormitório e 'bantoustans', reservas étnicas. Até 1986, os negros tinham que viajar com uma carteira de identidade que indicava onde podiam ir, arriscando de outra forma à prisão ou multas."
O regime segregacionista sul-africano terminou em 1994, com a eleição de Nelson Mandela, o principal líder da resistência ao apartheid na África do Sul. Mandela esteve preso de agosto de 1962 a fevereiro de 1990 e, ao ser libertado aos 72 anos - em virtude das pressões políticas e sociais exercidas sobre o regime sul-africano por países de todo o mundo -, continuou a luta contra a segregação sofrida pelos negros em seu país. Foi presidente da África do Sul de 1994 a 1999 e comandou a transição do regime do apartheid para uma África do Sul democrática e multirracial.
Na atualidade, apesar do fim do regime de segregação, a crise econômica e a desigualdade social fazem com que a maior parte da população (da qual os negros são maioria absoluta) ainda vive em condições de pobreza e miséria. Dados do relatório da ONU O estado das cidades do mundo 2010 colocam as cidades sul-africanas Johanesburgo, Ekurhulen e Buffalo city como algumas das cidades mais desiguais do mundo.
20 de novembro de 2020
Etnocentrismo
A rejeição às práticas culturais (e aos grupos ou indivíduos que as praticam) diferentes das culturas dominantes tem sido uma constante em quase todo o mundo. Nas Ciências Sociais, essa forma de pensar e agir é denominada de etnocentrismo.
O termo "etno" deriva do grego "ethnos" e se refere à etnia, raça, povo, clã. Assim, "etnocentrismo" significa considerar a sua etnia como o centro ou o eixo de tudo, a base que serve de referência ou o ponto de vista de onde se deve olhar e avaliar o mundo ao redor.
Etnocentrismo é, por definição, a visão de mundo característica de quem considera sua cultura e seu grupo étnico mais importantes que os demais. Essa visão produz uma avaliação arbitrária do outro. Com base em critérios de sua própria cultura, o etnocentrismo julga como atrasados ou sem sentido as práticas e valores culturais de outros povos ou grupos sociais.
Isso significa dizer que as visões de um determinado grupo - política, econômica e socialmente dominante em uma determinada sociedade - são consideradas como o centro e referência de tudo. Tudo é pensado e sentido através dos valores, modelos e definições segundo o grupo dominante, que seria a própria "representação" da existência humana.
Ao longo da história, os contatos entre povos com diferentes práticas culturais despertaram estranheza, desconfiança e até mesmo rejeição. em muitos casos, as consequências foram devastadoras para as sociedades e culturas militarmente mais frágeis, que não raro tiveram seus valores culturais relegados a uma posição subalterna, quando não extintos. Essa prática persiste até hoje. Atitudes preconceituosas e discriminatórias (machismo, homofobia, xenofobia) derivadas de uma visão etnocêntrica continuam a ocorrer, apesar de serem combatidas por grupos organizados da sociedade civil.
Fonte:
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
19 de novembro de 2020
Racismo no Brasil
O racismo no Brasil é acompanhado de uma série de ideias sem a menor base de apoio aos fatos históricos, às pesquisas científicas e à ética humana.
Em relação à ciência, a pesquisa do Projeto Genoma Humano afirma não haver, biologicamente, diferenças raciais entre os humanos. Foi constatado que a diferença genética de uma pessoa para outra é de pouco mais de 0,001%. Ou seja, somos 99,99% idênticos do ponto de vista biológico. Então não se justifica o argumento de que existem seres humanos inferiores ou superiores por causa da cor da pele, do formato do nariz, do tipo de cabelo ou do tipo físico.
Em termos éticos, não cabe considerar a cor da pele como uma diferença na capacidade intelectual das pessoas. Se todos forem tratados de maneira igual em seus direitos, não haverá como dizer que brancos, negros, amarelos ou indígenas sejam incapazes de realizar diversas tarefas e raciocínios lógicos.
É do ponto de vista sociológico e histórico que existem diferenças entre negros, brancos e indígenas, que são tratados de forma desigual e opressiva por aqueles que se consideram superiores. Vamos ver alguns exemplos na História do Brasil no que diz respeito à história dos negros brasileiros.
Desde pequenos aprendemos algumas coisas, tais como: "o negro foi escravo", "na África só tem pobreza e miséria", "a princesa Isabel libertou os escravos", "dia 13 de maio é dia dos escravos", e por aí vai...
Nós crescemos com essas ideias, muitas delas aprendidas na escola, reforçamos mais ainda o preconceito através de outros termos e frases: "moça escurinha, mas educada", "moço pretinho, mas nem parece", "preta feia", "preto horroroso", "fome negra", "lista negra", "moreninho, mas honesto", "preto de alma branca", "só podia ser preto", "samba do crioulo doido", "ovelha negra da família", "olha o beiço do negão", "nariz de crioulo", "cabelo ruim", e muito mais...
Tudo isso foi construído pela maioria daqueles que têm uma falsa compreensão ou ignorância da História do Brasil e dos africanos.
O racismo foi construído ao longo do tempo em nossa sociedade, e mesmo frente à inúmeras ações para desconstruir esse estigma, ele se mostra muito forte até hoje em diversos segmentos sociais. Vamos ver o que diz a lei a respeito do racismo e da injúria racial."Foi no continente africano que se desenvolveram as primeiras técnicas de metalurgia, de fundição de metais, a escrita, os cálculos matemáticos, a engenharia e o comércio internacional. Outra questão, que é silenciada na História ensinada, é que a grande civilização egípcia, das pirâmides, dos faraós, era uma civilização negro-africana. Aliás, a maioria dos faraós era negra."
RACISMO: Previsto na Lei nº 7.716/1989. É um crime contra a coletividade e não contra uma pessoa específica. Realizado por meio da verbalização de uma ofensa ao coletivo, ou atos como recusar acesso a estabelecimentos comerciais ou elevador social de um prédio. É inafiançável e imprescritível. A pena vai de um a três anos de prisão, além de multa.
INJÚRIA RACIAL: Está especificado no Código Penal – artigo 140, terceiro parágrafo. É quando uma ou mais vítimas são ofendidas pelo uso de “elementos referentes à raça, cor, etnia, religião e origem”. É um crime inafiançável, com pena de reclusão de um a três anos, também com multa. A prescrição é de oito anos, ou seja, o processo precisa ser aberto dentro desse período.
(Humanista jornalismo e direitos humanos. UFRGS)
Racismo
Teoria que sustenta a superioridade de certas "raças" em relação a outras, preconizando ou não a segregação racial ou até mesmo a extinção de determinadas minorias.
O racismo mata, extermina, produz o ódio entre grupos e indivíduos.
O racismo, portanto, é o conceito pretensamente universal de classificação dos seres humanos, pois foi elaborado a partir de um centro europeu. Construído com bases em pseudofilosofias e pseudociências, o racismo nega a capacidade de razão do outro fora da Europa. Esse movimento teórico tem característica etnocêntrica, em que o outro é estigmatizado e racializado nas ciências sociais - influenciando e gerando consequências para a compreensão do senso comum, até a metade do século XX.
No pós-guerra, ganham força os conceitos de "etnia" ou "etnicidade", para definir um conjunto de indivíduos ou grupos identificados pela língua, mitos, religiosidade e instituições comuns. Posteriormente, inventa-se o termo "fator étnico", denominando aqueles grupos de imigrantes que se encontram à margem das sociedades ou que são reservas econômicas de trabalhadores fora da cadeia de produção dominante. Em tempos de globalização, o termo etnicidade vem denominando também as manifestações regionalistas como as de tibetanos, croatas, catalães etc.
As formas sutis de racismo se manifestam através de piadas, brincadeiras, olhares, frases de duplo sentido, etc. A forma aberta se expressou na história do regime de apartheid da África do Sul até inícios dos anos 1990; em alguns estados do sul dos Estados Unidos, como o Mississipi e o Alabama, cujas constituições segregavam negros; na repressão a árabes palestinos pelos judeus israelenses e no extermínio de judeus na Alemanha nazista.
No Brasil, presenciamos diversas formas de racismo, preconceito e discriminação, majoritariamente contra os negros. elas se expressam nos índices estatísticos de escolaridade de jovens negros, que se apresentam inferiores aos brancos; no nível de renda, em que negros e negras recebem os menores salários na mesma profissão em relação aos brancos; nos bairros pobres onde moram, que são menos assistidos pelo Estado, ao contrário, por exemplo, de bairros luxuosos, onde moram predominantemente brancos.
Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
Discriminação
A discriminação promove, baseada em certos preconceitos, a separação de grupos ou pessoas. Pode ocorrer em diversos contextos, porém o contexto mais comum é o social, através da discriminação social, cultural, étnica, política, religiosa, sexual ou etária, que podem, levar à exclusão social e muitos outros .
A discriminação pode ser direta e visível, passível de reprovação imediata, mas também pode ocorrer de maneira indireta e sutil, de difícil percepção. É o caso dos anúncios para recrutamento de funcionários em empresas que solicitam o currículo do candidato acompanhado de fotografia. Assim, a empresa pode selecionar candidatos por sua aparência, abrindo espaço para discriminação étnica, social etc. Já a discriminação direta pode ser comprovada quando verificamos que para uma mesma função os salários variam de acordo com o sexo e a cor ou "raça".
A discriminação racial corresponde ao ato de apartar, separar, segregar pessoas consideradas racialmente diferentes, partindo do princípio de que há raças "superiores" e "inferiores" - o que ficou definitivamente comprovado pela ciência que não existem. Nós, seres humanos, fazemos parte de uma única espécie - o Homo sapiens.
Fonte:OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Discriminação
18 de novembro de 2020
Preconceito
Conceito ou opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; julgamento ou opinião formada sem levar em conta os fatos que o contestem. Trata-se de um pré-julgamento, isto é, já previamente julgado.
É um julgamento ou ideia superficial, sem exame crítico e sem imparcialidade. Sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância. O preconceito pode ocorrer para com uma pessoa ou um grupo de pessoas de determinado gênero, crenças, valores, classe social, idade, deficiência, religião, identidade de gênero, raça/etnia, língua, nacionalidade, ocupação, educação, entre outras.
Preconceitos são atitudes negativas e desfavoráveis contra uma pessoa, um grupo, um povo ou uma cultura diferente daqueles que os manifestam. fundamentadas em estereótipos negativos - generalizações superficiais e depreciadora do outro -, tais atitudes servem de base para julgamentos prévios.
A legislação considera crime qualquer forma de preconceito. Contudo, persistem na sociedade brasileira preconceitos relacionados a diferentes aspectos sociais, quase imperceptíveis por serem socialmente naturalizados - isto é, aceitos como naturais, comuns e permanentes - e por estarem profundamente enraizados no cotidiano das práticas culturais.
O preconceito se expressa na sociedade, mas não necessariamente segrega ou discrimina.
Fonte:https://languages.oup.com/google-dictionary-pt/
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/o-que-e-sociologia/o-que-e-preconceito.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito
17 de novembro de 2020
Desigualdades na etnia: racismo e preconceito
Essa intolerância muitas vezes está fundamentada no racismo, na crença ou na presunção de certos indivíduos de se considerarem superiores aos representantes de outras etnias.
O racismo pode se manifestar de várias formas: pelo preconceito, uma ideia ou opinião preconcebida, um sentimento desfavorável; pela discriminação ou pelo tratamento diferenciado; pela segregação expressa na separação física; pelo molestamento, por meio de ataques físicos ou verbais; pelo genocídio, que implica dizimação de grupos étnicos.
O preconceito étnico também se manifesta com base na cor da pele, pela discriminação de "não brancos". Os negros foram o grupo mais atingido por esse sentimento.
Entre os países onde as manifestações do preconceito contra negros foram mais radicais e violentas, podemos citar principalmente os Estados Unidos e a África do Sul. Mas no Brasil esse tipo de racismo também foi significativo e deixou suas marcas.
O intenso fluxo de migrações internacionais ocorrido na década de 1990 agravou outro tipo de intolerância: a xenofobia, ou seja, aversão a outras culturas ou etnias. Essa intolerância e hostilidade a grupos de imigrantes estrangeiros pode, muitas vezes, chegar à agressão física. Os latinos são notadamente discriminados nos Estados Unidos e na União Europeia, onde também são discriminados imigrantes africanos, turcos, do Leste europeu e Leste da Ásia. A partir de 2015, passaram a fazer parte desse grupo os refugiados de países em guerra no Oriente Médio, principalmente sírios. Outra forma de discriminação, que muitas vezes está associada ao racismo e à xenofobia, é a homofobia ou aversão a homossexuais.
Racismo, xenofobia ou homofobia, seja qual for o nome que a intolerância, o ódio e o preconceito recebam, são inadmissíveis em qualquer época, principalmente na sociedade do século XXI.
Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017.
Atividades
1. Pesquise em sites jornalísticos, notícias ou reportagens que representem situações relacionadas a um dos tipos de preconceitos abordado no texto. Faça um resumo da reportagem apresentando a manchete da notícia e o fato ocorrido que caracterizou tal situação preconceituosa. Coloque a fonte de consulta (site pesquisado).
12 de novembro de 2020
ONU Mulheres
- Chefe: Phumzile Mlambo-Ngcuka.
- Fundador: Assembleia Geral das Nações Unidas.
- Fundação: julho de 2010.
- Subsidiária: UN Women Iceland.
- Organização matriz: Organização das Nações Unidas.
- liderança e participação política das mulheres;
- empoderamento econômico;
- fim da violência contra mulheres e meninas;
- paz e segurança e emergências humanitárias;
- governança e planejamento;
- normas globais e regionais.
Desigualdades entre gêneros
2 de novembro de 2020
Favela
Não há um conceito único único para favela; a publicação Sluns of the Wold da UN-Habitat apresenta descrições e definições para trinta cidades espalhadas pelo mundo. A agência da ONU reconhece que o termo inglês "slum" é utilizado para definir uma grande diversidade de assentamentos urbanos espalhados por vários países. De acordo com a UN-Habitat, uma ou mais das seguintes características define favela: condições inseguras de habitação, acesso inadequado a saneamento básico (não há água tratada nem coleta de esgoto e lixo), baixa qualidade estrutural das construções e moradias apertadas e superlotadas. Outra característica da favela é que, em geral, se trata de uma ocupação irregular, isto é, as pessoas ocupam terrenos dos quais não possuem título de propriedade.
17 de outubro de 2020
Globalização e exclusão
Após a Segunda Guerra Mundial, grande parte dos países desenvolvidos difundiram os princípios do Estado de bem-estar social. Esses países capitalistas implantaram políticas de previdência social e pleno emprego e buscaram promover a inclusão social. Essas medidas não contemplavam a efetiva distribuição de riquezas, mas visavam garantir as condições mínimas de sobrevivência aos indivíduos. Com isso também almejavam o crescimento econômico, uma vez que uma parcela maior da população seria consumidora.
Nas últimas décadas do século XX, os princípios neoliberais foram incorporados em vários países ao redor do mundo. O Estado passou a intervir cada vez menos na economia e a reduzir seus gastos com políticas sociais. Isso resultou em condições estruturais que ampliaram a exclusão social e fizeram com que esse conceito ganhasse destaque, refletindo uma preocupação não apenas dos países em desenvolvimento, mas também dos países desenvolvidos. O conceito de inclusão social ultrapassou o âmbito da pobreza, incorporando com maior vigor o discurso das diversas minorias.
A globalização beneficiou poucos países e aprofundou os contrastes entre as nações em desenvolvimento e as nações desenvolvidas. Os países menos desenvolvidos estão definitivamente excluídos da globalização: neles há fome, miséria, analfabetismo e vulnerabilidade econômica.
A globalização e a revolução tecnológica não foram suficientes para proporcionar condições e mecanismos para eliminar a pobreza, erradicando as condições de miséria. Os avanços da medicina não chegaram igualmente a todas as pessoas, em todos os países do globo, que ainda hoje enfrentam problemas decorrentes de doenças que poderiam ter sido erradicadas. Igualmente, o atual nível de desenvolvimento dos meios de comunicação não está acessível a todos, ficando excluídas as populações que mais necessitam ampliar seu nível educacional e cultural e melhorar seu nível de qualificação profissional.
Não existe uma categoria única de excluídos. Entre eles estão os desempregados, os subempregados, os inválidos, as pessoas com deficiência, as vítimas de preconceito racial, as mulheres e as crianças na maior parte dos países, os migrantes e os refugiados, as minorias étnicas e religiosas e todos os pobres, que não tem acesso à moradia, à alimentação saudável, ao trabalho, à educação e à informação de qualidade.https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/exclusao-social
https://www.preparaenem.com/sociologia/exclusao-social.htm
https://www.todamateria.com.br/exclusao-social/
Exclusão social
Esse problema social foi impulsionado pela estrutura do sistema econômico e político capitalista.
Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos.
A exclusão social pode acontecer pelas condições financeiras, religião, cultura, sexualidade, escolhas de vida, dentre outros.
Fonte(Web):
https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/exclusao-social
https://www.preparaenem.com/sociologia/exclusao-social.htm
https://www.todamateria.com.br/exclusao-social/
10 de agosto de 2017
Pobreza e fome no mundo globalizado
- a linha de pobreza, ou seja, a renda que os moradores de um domicílio precisam obter para satisfazer suas necessidades e ter uma vida digna;
- a linha de indigência, isto é, a renda necessária para custear uma cesta de alimentos que satisfaça um nível mínimo de necessidades energéticas e proteínas para as pessoas sobreviverem.
Fonte (livro): ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2016.
Fonte (internet):
http://www.amambainoticias.com.br/mundo/1-bilhao-de-pessoas-passam-fome-no-mundo
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/03/13/Por-que-o-mundo-vive-sua-pior-crise-de-fome-em-70-anos
https://oglobo.globo.com/mundo/onu-numero-de-pessoas-que-passam-fome-no-mundo-sobe-35-21143294
https://oglobo.globo.com/economia/onu-apresenta-novo-indice-para-avaliacao-da-pobreza-na-america-latina-2975619
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa