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3 de abril de 2022

País

 

Do ponto de vista político, o espaço geográfico é dividido em países que mantêm relações políticas e econômicas entre si. A maioria dos países são Estados Soberanos como o Brasil. Existem dependências, isto é, territórios que dependem de um país soberano. Como exemplos, podemos citar Curaçao e Bonaire – ilhas do Caribe administradas pelos Países Baixos. Um país é independente quando o poder que o Estado exerce sobre a população e sobre o território é reconhecido por outros Estados soberanos. O Estado é soberano no território delimitado pelas fronteiras onde exerce o seu poder a partir de uma cidade, que, por sua vez, abriga os órgãos governamentais, a capital.
Atualmente (2022), existem 195 países, além de vários territórios que não possuem autonomia (Porto Rico, Guiana Francesa, Groelândia, Ilhas Faroe, Hong Kong, entre outros). No entanto, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece apenas 193, excluindo da lista o Vaticano e Taiwan.

Fonte: 
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2016.
https://unric.org/pt/que-paises-sao-atualmente-membros-das-nacoes-unidas/

11 de março de 2022

Segregação socioespacial

 

Por Jonathan McIntosh - Obra do próprio, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=70084

Os países, os estados e os municípios são separados por fronteiras políticas que podem ou não coincidir com limites naturais (como rios, montanhas, desertos). Além dessas, há as fronteiras sociais, que separam as pessoas em determinados espaços, dificultando o acesso de parte da população a bens e serviços, ao lazer e à cultura, por exemplo. A essa separação dá-se o nome de segregação socioespacial.

"A segregação socioespacial é um processo que fragmenta as classes sociais em espaços distintos da cidade. Nesse sentido, o cotidiano das pessoas que habitam esses lugares é marcado pela insegurança, violência, moradias precárias, falta de infraestrutura e acesso aos serviços básicos e ao lazer."

1. Cite exemplos de limites e fronteiras que você conhece.

2. No lugar onde você vive, existem fronteiras sociais? Comente.

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA E HABILIDADE DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
5 - Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
(EM13CHS503) Identificar diversas formas de violência (física, simbólica, psicológica etc.), suas causas, significados e usos políticos, sociais e culturais, avaliando e propondo mecanismos para combatê-las, com base em argumentos éticos.

Fonte:

SAMPAIO, Fernando dos Santos; SUCENA, Ivone Silveira. Ser protagonista: ciências humanas e sociais aplicadas: território e fronteira: ensino médio. São Paulo: Edições SM, 2020.

CAVALCANTI, Lana de Souza; ARAÚJO, Manoel Victor Peres. Segregação socioespacial no ensino de geografia: um conceito em foco. Acta Geográfica. Disponível em: https://revista.ufrr.br/actageo/article/view/4775#:~:text=A%20segrega%C3%A7%C3%A3o%20socioespacial%20%C3%A9%20um,servi%C3%A7os%20b%C3%A1sicos%20e%20ao%20lazer.

19 de junho de 2021

A área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

 


No Ensino Médio, à Geografia e à História são somados conteúdos de Filosofia e Sociologia na construção da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e suas respectivas competências e habilidades específicas. A BNCC definiu para a área as seguintes categorias centrais: Tempo e Espaço; Territórios e Fronteiras; Indivíduo, Natureza, Sociedade, Cultura e Ética; e Política e Trabalho.

A centralidade dessas categorias favorece a interdisciplinaridade e retira o foco do ensino dos conteúdos programáticos que perfazem cada campo do conhecimento. Entretanto, isso não anula as disciplinas; são elas, afinal, que aportam para o currículo escolar seus conceitos e procedimentos de pesquisa específicos por meio dos quais as áreas se articulam.

Filosofia

Trabalha-se a perspectiva  da reflexão sobre o pensar e o fazer, além de problematizar e identificar consistências e inconsistências em discursos e práticas; refletir permanentemente sobre conceitos, como ética, estética, política e cidadania, que ampararam as ações dos seres humanos, individualmente, e nos diferentes grupos sociais.  

Geografia

Trabalha-se a análise da sociedade e de sua relação com a natureza por meio da produção e organização do espaço, além de estabelecer relações espaço-temporais na constituição dos sistemas de objetos e de ações, tomados em conjunto com as escalas geográficas (local, nacional, regional e global), que formam o espaço geográfico, e estimular o raciocínio geográfico na análise das questões socioespaciais.

História

Trabalha-se a abordagem  das diversas temporalidades e a reflexão sobre permanências, rupturas e mudanças que caracterizam  os processos históricos que compreendem as articulações entre o singular e o geral, as ações dos indivíduos e da sociedade em suas pluralidades. Também trabalha-se a questão da apreensão do tempo no conjunto das vivências humanas.

Sociologia

Trabalha a relação dialética entre indivíduo e sociedade e os mecanismos para a manutenção ou mudança da ordem social, além de interpretar a realidade social contextualizada no tempo e no espaço por meio do trabalho, da cultura, das instituições e demais instâncias sociais.

Fonte: VICENTINO, Cláudio; CAMPOS, Eduardo; SENE, Eustáquio de. Diálogos em ciências humanas: compreender o mundo. São Paulo: Ática, 2020.

23 de maio de 2021

Educação financeira

 

Imagem: Stux, por Pixabay

Os primeiros passos para uma boa educação financeira envolvem reconhecer as fontes das receitas (de onde vem o dinheiro) e as despesas do dia a dia.

O blog Minhas Economias, sobre  educação financeira:

A Educação Financeira não consiste somente em aprender a economizar, cortar gastos, poupar e acumular dinheiro.
É muito mais que isso. É buscar uma melhor qualidade de vida tanto hoje quanto no futuro, proporcionando a segurança material necessária para aproveitar os prazeres da vida e ao mesmo tempo obter uma garantia para eventuais imprevistos.

Administrar as finanças requer planejamento, pensamento crítico e determinação, além de uma visão clara do futuro, com o intuito de conseguir um saldo positivo no final do mês, ou seja, para que sobre dinheiro para ser poupado ou investido.

De acordo com a matéria do site Serasa, as 10 dicas para economizar dinheiro na sua rotina e garantir um trocadinho livre a mais no final do mês, são:

1. Anotar tudo que gasta no seu dia;

2. Adiar grandes compras;

3. Escolher um dia da semana para ser o dia de zero gastos;

4. Colocar todas as suas contas fixas para o dia seguinte do seu pagamento;

5. Chamar seu amigos para ir na sua casa como alternativa para aquele barzinho. Atenção!!! Essa dica não vale em época de pandemia!!!

6. Levar a comida de casa para o trabalho (marmita);

7. Dar preferência ao pagamento a vista para ter desconto;

8. Fazer uma lista de compras com tudo o que realmente necessita quando for ao supermercado;

9. Se você raramente vai a festas, e não tem roupa adequada, pode pedir emprestado para uma pessoa amiga, parente, ou mesmo alugar a roupa que necessita para o evento;

10. Buscar eventos gratuitos na sua cidade, como peças de teatro, sessões de cinema, programas ao ar livre, etc., como forma de ter lazer gratuito.

Fonte:
Livro: VAZ, Valéria. Ser protagonista: projetos integradores: ciências humanas e sociais aplicadas. São Paulo: Edições SM, 2020.
Web:
INTRODUÇÃO à educação financeira. Minhas Economias. Disponível em:

24 de abril de 2021

Neocolonialismo

Imagem: Reprodução

Você já observou que frequentemente aparecem nos jornais notícias de guerras civis, catástrofes sociais, organizações lutando por causas humanitárias na África?  Os filmes também abordam a temática, como: Diamante de Sangue, Hotel Ruanda, O último rei da Escócia, etc.

Você também já deve ter ouvido falar sobre a situação de pobreza e de conflitos étnicos nos países asiáticos, como a questão da região da Caxemira, na fronteira entre o Paquistão e a Índia, que estourou durante o processo de descolonização da Índia, antiga colônia inglesa.

31 de março de 2021

Meio ambiente

Segundo o artigo 3º da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, podemos definir meio ambiente como o “ conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

Meio ambiente pode ser definido como um conjunto de fatores físicos, químicos e biológicos que permite a vida em suas mais diversas formas. Todas as pessoas têm o direito a um meio ambiente equilibrado, assim, a sua preservação é essencial.

No dia 5 de junho foi estabelecido como o Dia Mundial do Meio Ambiente


Fonte: https://www.biologianet.com/ecologia/meio-ambiente.htm

27 de março de 2021

Continente

 

A definição de continente não é precisa., mas pode ser compreendida como uma área da superfície terrestre de grande extensão territorial ou uma divisão da superfície terrestre.

Os continentes são porções de terras emersas cercadas de água por todos os lados e com enorme extensão territorial. 

Por convenção geográfica, costuma-se dizer que um continente é todo conjunto de terras cuja área é maior que a da Austrália, o menor dos países com dimensões continentais.

A seguir a lista dos continentes em sua definição mais abrangente:
* físicos: América, Eurafrásia, Austrália e Antártida.
* políticos: América, Europa, Ásia, África, Oceania e Antártida.

Observe no mapa acima os continentes, que podem ter número variável dependendo da visão do geógrafo. 

Fonte:

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/continentes.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/os-continentes.htm
https://www.estudopratico.com.br/continentes-quais-sao-e-paises/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Continente

15 de janeiro de 2021

Razão

Na cultura da sociedade ocidental, a palavra razão origina-se de duas fontes: a palavra latina ratio e a palavra grega logos. Ambas são substantivos derivados de dois verbos que têm sentido muito parecido.
Que fazemos quando medimos, juntamos, separamos, contamos e calculamos? Pensamos de modo ordenado. E que meios usamos para falar sobre essas ações? Usamos palavras. Por isso, lógos, ratio ou razão significam pensar e falar ordenadamente, com medida e proporção.

Desde seus primórdios, a filosofia considerou que a razão opera segundo princípios que ela própria estabelece e que estão em concordância com a realidade, mesmo quando não os conhecemos explicitamente. Nós respeitamos  esses princípios porque somos seres racionais e porque eles garantem que a realidade possa ser conhecida pela nossa razão.

Que princípios são esses?

O princípio da identidade afirma que uma coisa, seja ela qual for (um ser da natureza, uma figura geométrica, um ser humano, uma obra de arte, uma ação) só pode ser conhecida e pensada se for percebida e conservada com sua identidade. Ele é condição para podermos definir uma coisa e pensá-la com base em sua definição: a partir do momento em que temos a definição de um triângulo (figura de três lados e de três ângulos internos cuja soma é igual à soma de dois ângulos retos), sabemos que outra figura é um triângulo se ela for idêntica à definição. Em outras palavras, "o que é, é", ou  A=A. Exemplo: numa investigação criminal, por um lado, temos um suspeito e, por outro, temos uma amostra de DNA que sabemos ser do criminoso, que ainda não conhecemos. Sabemos que o nosso suspeito é o criminoso se uma amostra de DNA desse suspeito for idêntica àquela que sabemos ser do criminoso.

O princípio da  contradição (ou princípio da não contradição) enuncia que uma coisa não pode ser e não ser essa mesma coisa ao mesmo tempo e na mesma relação. Ou seja, se A é A, é impossível que A seja não A, ao mesmo tempo e na mesma relação. Sem esse princípio, o princípio da identidade não funciona. Tomemos como exemplo uma relação entre mãe e filha. Eu até posso ser mãe e filha ao mesmo tempo, mas não na mesma relação: sou filha de Maria e mãe de Renata, por exemplo. Mas não posso ser, ao mesmo tempo, filha e mãe de Maria, nem mãe e filha de Renata. Dentro dessa relação, podemos dizer que a filha é a não mãe (não M), de maneira que a mãe (M) não pode ser ao mesmo tempo, M e não M.

O princípio do terceiro excluído, cujo enunciado é: "Ou A é x ou não é x, e não há terceira possibilidade". Por exemplo: "Ou este homem é Sócrates ou não é Sócrates"; "Ou faremos a guerra ou faremos a paz". Esse princípio define a decisão de um dilema - "ou isto, ou aquilo" -, no qual as duas alternativas são possíveis, e a solução exige que apenas uma delas seja verdadeira. Mesmo quando temos um teste de múltipla escolha, escolhemos na verdade apenas entre duas opções - "ou está certo, ou está errado" -, e não há terceira possibilidade.

Já o princípio de razão suficiente afirma que tudo o que existe e tudo o que acontece tem uma razão (causa e motivo) para existir ou para acontecer, e que nossa razão pode conhecer tal causa ou tal motivo. Ou seja, afirma a existência de relações ou conexões internas entre as coisas, entre fatos ou entre ações e acontecimentos. Se uma maçã, ao se desprender da macieira vai ao chão, isso significa que há uma força que a impulsiona de sua posição para baixo. Essa força, sabemos, é a gravidade.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.


14 de janeiro de 2021

Computador

 Palavra de origem latina, provém de computator, que significa 'máquina de contar, calcular'. Antes que esta palavra fosse usada corretamente, quando só havia enormes máquinas militares e de grandes empresas, falava-se em "cérebro eletrônico". Por que? Porque se trata de um objeto técnico muito diferente daqueles até então conhecidos, que ampliavam apenas a força física dos seres humanos: o microscópio e o telescópio aumentavam a força dos olhos; o navio, o automóvel e o avião aumentavam a força dos pés; a alavanca, a polia, a chave de fenda, o martelo aumentavam a força das mãos; e assim por diante. Já o "cérebro eletrônico" ou computador amplia e até substitui as capacidades mentais ou intelectuais dos seres humanos.

Um dos primeiros computadores eletrônicos, Mark 1 foi desenvolvido pela Universidade Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos, em parceria com uma empresa de informática, em 1944, para efetuar cálculos para a Marinha norte-americana.

Em dimensões, o Mark 1 possuía cerca de 17 metros de comprimento por 2,5 metros de altura e pesava cerca de 5 toneladas. A memória e os totalizadores compreendiam 3.000 engrenagens com 10 "dentes", 1.400 comutadores rotativos e tudo era ligado por cerca de 800 Km de condutores elétricos.

Imagem: Mark 1, foto de 1944 (reprodução)

Fonte:
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.
MARK 1. Computadores Clássicos. Disponível em:
http://computadoresclassicos.blogspot.com/2015/02/o-ascc-automatic-sequence-controlled.html

Consciência

 

Imagem: Reprodução

Faculdade que funciona como juízo do certo (o Bem) e do errado (o Mal) e por meio da qual o ser humano se apercebe daquilo que se passa dentro de si mesmo ou de seu exterior. Em Descartes, a vida espiritual humana, passível de conhecer a si mesma de modo imediato e integral, estabelece, dessa maneira, uma evidência irrefutável de sua própria existência e, por extensão, da realidade do mundo exterior.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.


Intuição

 Palavra derivada do verbo latino intuere, que significa 'olhar atentamente, contemplar, ver claramente'.

A intuição é uma compreensão global e completa de uma verdade, de um objeto ou de um fato, em que imediatamente a razão capta todas as relações que constituem a realidade e a verdade da coisa intuída. É um ato intelectual de discernimento e compreensão, sem necessidade de provas ou demonstrações para saber o que conhece. Um exemplo seria um médico que, graças ao conjunto de conhecimentos que possui, faz um diagnóstico em que apreende de uma só vez a doença, sua causa e o modo de tratá-la. Os psicólogos se referem à intuição usando o termo inglês insight.

A intuição pode ser de dois tipos: intuição sensível (ou empírica) e intuição intelectual. A intuição ¹empírica é o conhecimento direto e imediato das qualidades sensíveis de objetos, como cor, sabor, odor, etc. É também o conhecimento imediato de estados mentais que dependeram de contato sensorial com as coisas: lembranças, desejos, sentimentos, etc. Ela refere-se aos estados do sujeito do conhecimento como ser corporal e psíquico individual. Sua marca, por isso, é a singularidade: está ligada, por um lado, à singularidade do objeto intuído e, por outro, à singularidade e às circunstâncias do sujeito que intui. Já a intuição intelectual é universal e necessária. É um conhecimento direto e imediato dos princípios da razão (identidade, contradição, etc.), que, por serem princípios, são indemonstráveis; é o conhecimento de ideias simples, aquelas que não são compostas de outras e não precisam de outras para ser conhecidas; e, por fim, quando ela depende de conhecimentos anteriores, ela é o momento em que esses conhecimentos são sintetizados e percebidos de uma só vez, em sua organização e articulação.

1. Empírica: palavra originada do grego empeiría, 'experiência'.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.


13 de janeiro de 2021

Alienação

Em Marx, processo pelo qual o ser humano se afasta de sua natureza, tornando-se estranho a si mesmo na medida que já não controla sua atividade essencial (o trabalho), pois os objetos que produz (as mercadorias) adquirem existência independente do seu poder e contrária aos seus interesses. Estado do indivíduo que não detém o controle de si mesmo ou que se vê privado de seus direitos fundamentais, passando a ser considerado uma "coisa". Falta de percepção de si mesmo.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.

23 de dezembro de 2020

Litosfera

A litosfera (do grego lithos, que significa 'pedra', 'rocha') é a camada mais superficial e sólida da Terra. Compreende as rochas e os minerais da crosta e é formada por placas tectônicas. Logo abaixo dela encontramos a astenosfera (do grego sthenos, 'sem força', 'fraco'), que é constituída por rochas parcialmente fundidas.

A composição mineralógica da litosfera é predominantemente de silício, alumínio e magnésio. Já as rochas são divididas em magmáticas, sedimentares e metamórficas.

A espessura da litosfera varia de acordo com a região: nas zonas oceânicas varia de 5 e 15 km; nas zonas continentais, entre 20 e 70 km.

A litosfera  faz parte de uma conceituação que divide a Terra em litosfera, astenosfera, mesosfera  e endosfera.

Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução


Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado. São Paulo: Ática, 2017.
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
PENA, Rodolfo F. Alves. "Litosfera"; Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/litosfera.htm

Placas tectônicas

Com a utilização do aparelho sonar, a técnica que determina profundidades medindo-se  o tempo decorrido entre a emissão de um pulso sonoro e a recepção do eco (som refletido pelo fundo submerso), tornou possível obter informações sobre o fundo dos oceanos. Com essas informações, foi possível elaborar a Teoria da Tectônica de Placas. Conforme essa teoria, considera-se que a litosfera é formada de uma série de placas que se movem, umas em relação às outras, sobre uma camada parcialmente fundida da parte superior do manto terrestre, a astenosfera. Essas placas podem se separar, se chocar ou deslizar ao longo de outras.

As maiores placas tectônicas são: Norte-Americana, Sul-Americana, do Pacífico, Antártica, Indo-Australiana, Euro-Asiática e Africana. Existem placas menores, como as de Nazca, de Cocos, do Caribe, da Anatólia, da Grécia e outras.

Imagem: Reprodução
Nas regiões de contato entre as placas estão as zonas geologicamente mais instáveis da Terra, onde ocorrem as atividades responsáveis pelas modificações na crosta: as atividades vulcânicas e os terremotos ou abalos sísmicos.

Os limites das placas tectônicas estão sempre em movimento, que acontecem de forma diferente, sendo que podemos considerar três tipo de limites: convergentes, divergentes e transformantes.
  • Limites convergentes: onde as placas se encontram e colidem, são os limites convergentes ou zona de subducção. Nesses limites, a placa mais densa mergulha por baixo da outra e retorna à astenosfera. Esse processo pode dar origem às fossas, ilhas vulcânicas e intensas atividades sísmicas. A velocidade da movimentação das placas é lenta, cerca de dois a três centímetros por ano.
Imagem: https://www.wikiwand.com/pt/Litosfera

  • Limites divergentes: nesses pontos as placas estão em processo de separação; o magma vindo do interior da Terra causa o afastamento das placas tectônicas e a formação de uma nova crosta oceânica ou um novo assoalho oceânico. São exemplos de formações de limites divergentes as cordilheiras submarinas Mesoatlântica e Mesopacífica.
Imagem: Reprodução
  • Limites transformantes: as placas deslizam horizontalmente uma ao lado da outra, ao longo de uma linha conhecida como falha de transformação. São as zonas de conservação, porque não há destruição nem formação de novas crostas, e a área da placa permanece constante. Geralmente, as falhas transformantes estão no fundo dos oceanos. No continente, a mais conhecida é a falha de San Andreas (Califórnia, Estados Unidos). Nesses deslizamentos podem ocorrer terremotos de grandes proporções na superfície terrestre, como o que atingiu a cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, em 1906.
Imagem: Reprodução

Imagem: Falha de San Andreas (reprodução)

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado.. São Paulo: Ática, 2017. 
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

20 de dezembro de 2020

Abalos sísmicos

Os abalos sísmicos ou terremotos são causados pela ruptura das rochas, provocadas por acomodações geológicas de camadas internas da crosta terrestre, ou pela movimentação de placas tectônicas, que produzem ondas vibratórias que se espalham em várias direções, dando origem aos sismos. O ponto onde o terremoto se origina recebe o nome de centro ou foco. E o ponto da superfície terrestre situado diretamente acima do centro é o chamado epicentro, onde o terremoto é sentido com maior intensidade.

Imagem: Reprodução

O sismógrafo é o instrumento usado para captar a energia liberada durante um terremoto ou sismo e sua intensidade é medida pela Escala Richter. Quanto maior a quantidade de energia liberada, maior a intensidade do terremoto, correspondendo a números maiores na escala. Diariamente ocorrem centenas de terremotos em várias partes do mundo, sendo grande parte de baixa intensidade, imperceptíveis aos seres humanos.

Imagem: Sismógrafo (reprodução)

Escala Richter

Imagem: Reprodução

De modo geral, as consequências de um terremoto são mais graves quando atingem países mais pobres. Alguns fatores, como falta de recursos, má distribuição de renda, governos corruptos e indicadores sociais baixos resultam em ausência ou ineficácia  de infraestrutura  para a prevenção desses tremores, baixa assistência às vítimas, trabalhos de reconstrução demorados. A destruição provocada pelos terremotos agrava a situação de pobreza desses países, como é o caso do Haiti,  que em janeiro de 2010 foi atingido por um terremoto de magnitude 7, que devastou o país e matou cerca de 300.000 pessoas. Confira na imagem abaixo a destruição.
Imagem: Reprodução

Terremoto e maremoto (tsunami) no Japão - março de 2011

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado.. São Paulo: Ática, 2017. 
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.
TERREMOTO que matou 300 mil no Haiti faz 10 anos. Agência Brasil. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-01/terremoto-que-matou-300-mil-no-haiti-faz-10-anos

Vulcanismo

Vulcanismo são os "fatos e fenômenos geográficos relacionados com as atividades vulcânicas, em que o magma do interior da Terra chega à superfície. A manifestação típica do vulcanismo é o cone vulcânico e o amontoado de pó, cinzas e lavas formado pelas erupções", de acordo com Almeida e Rigolin, (2017, p.93).

O termo vulcanismo é utilizado para indicar uma série de fenômenos e elementos vulcânicos. São classificados em vulcanismo primário e vulcanismo secundário. O primeiro se refere ao evento vulcânico principal, associado aos vulcões. Já o segundo se refere a outras manifestações vulcânicas, tais como gêiseres, nascentes termais e outros.

Imagem: Reprodução
O vulcanismo é um processo resultante das características de pressão e temperatura do subsolo. Diretamente abaixo da crosta está localizado o manto, camada da estrutura da Terra ainda quente, devido à formação do planeta há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Quando as pedras do manto se derretem, se transformam em magma, que, por sua vez, alcança a superfície terrestre e libera os gases contidos. Os vulcões entram em erupção quando a pressão é muito forte, fazendo com que as rochas rachem e o magma escape pela superfície. As erupções são frequentes quando a quantidade de magma que sai da terra é relativamente constante; mas, em alguns vulcões, o magma sobe em um intervalo de 100 ou até 1000 anos. (SILVA)
Grande parte dos vulcões localiza-se próximo dos limites das placas tectônicas. São os vulcões de limite de placas. Entretanto, alguns vulcões localizam-se no interior de uma placa tectônica, sendo chamados de vulcões intraplacas, que alinham-se no "encontro" das placas tectônicas, em uma área chamada de Círculo de Fogo. Veja no mapa abaixo.
Imagem: Reprodução
Para finalizar, apesar de seu poder destrutivo, as atividades vulcânicas propiciam benefícios à população que reside nas áreas próximas a vulcões. Os solos originados de materiais vulcânicos contêm nutrientes minerais que os tornam muito férteis. A energia térmica do vulcanismo também está sendo muito útil nas regiões mais frias da Terra, como a Islândia, onde grande parte das residências é aquecida por água quente, encanada a partir de fontes quentes.

Fatos sobre vulcões

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado.. São Paulo: Ática, 2017.
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006.
SILVA, Débora. Vulcanismo. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/vulcanismo.
VULCANISMO e vulcões. Secretaria da Educação do Paraná. Disponível em: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=282

Círculo de fogo

 Círculo do fogo ou anel de fogo do Pacífico é uma área de instabilidade geológica e de intensa atividade sísmica. Isso se deve ao fato de ser área de contato ou de limite entre placas tectônicas. Tem mais de 40 mil quilômetros. É responsável por cerca de 90% dos terremotos e por 50% dos vulcões da Terra. 

O fato importante que devemos considerar, é que essa é uma das áreas mais densamente povoadas do planeta. Portanto, milhões de pessoas estão sujeitas aos terremotos e maremotos (tsunamis) que acontecem ali. O Japão, por exemplo, passou por um terremoto seguido por tsunami em 2011, que trouxe devastação e mortes ao país. 

Imagem: Reprodução

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado.. São Paulo: Ática, 2017.
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
PENA, Rodolfo F, Alves. "Círculo de Fogo do Pacífico"; Mundo Educação. Disponível em: 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/circulo-fogo-pacifico.htm

19 de dezembro de 2020

Tectonismo

 São as forças que atuam no interior da Terra de forma lenta e contínua e provocam o deslocamento de materiais. O tectonismo é um dos agentes endógenos de transformação do relevo terrestre. Esses movimentos do interior da Terra repercutem sobre as placas da crosta. Essa dinâmica interior ocorre de duas maneiras: pela epirogênese e pela orogênese.

Os movimentos epirogenéticos provocam processos lentos e generalizados de soerguimento ou rebaixamento de grandes blocos rochosos. Não provocam alterações na disposição e nas estruturas geológicas locais, mas alteram a fisionomia do relevo das regiões por eles atingidas. Isso acontece por causa do soerguimento e rebaixamento de  grandes áreas dos continentes. Esses movimentos ocorrem em áreas estáveis da crosta que sofreram o efeito das glaciações. O norte da Europa é um dos mais representativos de área afetada pela epirogênese. No litoral do mar do Norte, há rebaixamento do litoral pela invasão das águas do mar (transgressões marinhas). Em outras, como na Escandinávia, ocorre o levantamento da costa pelo recuo dos oceanos (regressão marinha).

Os movimentos orogenéticos resultam da acomodação de placas tectônicas. Existem dois tipos de orogenia, os dobramentos e os falhamentos. Os dobramentos ocorrem sempre que as rochas são maleáveis e não oferecem muita resistência às forças provenientes do interior da Terra formando-se dobras ou ondulações do terreno. Quando as rochas são rígidas e muito resistentes, elas acabam se partindo se o choque a que são submetidas aumenta de intensidade. Após a fratura, ocorre o deslocamento dos blocos resultantes. As falhas caracterizam-se por desníveis do terreno. Quando há apenas fratura sem o desnível, temos as diáclases. Os terremotos e o vulcanismo, assim como a formação de cadeias montanhosa, são causados pelos movimentos orogênicos. As cordilheiras surgiram do choque entre placas tectônicas.

Dobramento

Imagem: Reprodução

Dobramento e falhamento

Imagem: Reprodução


Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado.. São Paulo: Ática, 2017. 
SILVA, Angela Corrêa da; OLIC, Nelson Bacic; LOZANO, Ruy. Geografia: contextos e redes. São Paulo: Moderna, 2016.
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.
PENA, Rodolfo F. Alves. "O que é tectonismo?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-tectonismo.htm.

Agentes internos (endógenos)

Agentes internos ou endógenos são aqueles impulsionados pela energia contida no interior da Terra. Essas forças emanadas do interior do nosso planeta movimentam a crosta terrestre, criam novos relevos ou modificam sua estrutura e fisionomia. Como exemplos de agentes internos do relevo temos: o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos ou terremotos.

Esses fenômenos deram origem às grandes formações geológicas existentes na superfície terrestre e continuam a atuar em sua transformação.

Imagem: Reprodução
Fonte:
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

Rochas metamórficas


Mármore mississipiano
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As rochas metamórficas, assim como as rochas magmáticas, formam-se no interior da Terra. O metamorfismo ou a modificação na estrutura das rochas tem como causas a pressão e a temperatura muito elevadas, os fortes atritos ou a combinação de dois ou mais minerais, conforme Moreira e Sene.

Rochas metamórficas, de acordo com Terra, Araújo e Guimarães:
As rochas metamórficas se formam a partir de transformações (metamorfismo) sofridas por qualquer outra rocha, quando submetidas a novas condições de temperatura e pressão. Nesse novo ambiente, os minerais se modificam, reorientando-se e formando outros minerais. O alinhamento dos cristais dá a essas rochas uma nova característica de orientação de camadas. São exemplos o quartzito, o mármore e o gnaisse, que podem ser provenientes, respectivamente, do arenito, do calcário e do granito. (TERRA, ARAUJO, GUIMARÃES. 2016, P. 181.
Já o dicionário geológico-morfológico, de Guerra, tem a seguinte definição para rochas metamórficas:
Resulta da transformação de outras rochas preexistentes. Quando a transformação é feita em rochas eruptivas, estas são chamadas de ortometamórficas, e, no caso das rochas sedimentares, denominam-se parametamórficas. As rochas metamórficas resultam das condições de pressão e de temperaturas elevadas. Sua grande característica é possuir orientação de camadas, daí ser também denominada cristalofiliana. [...] Há, nas metamórficas, o alinhamento de cristais em leitos ou camadas, que muitas vezes constitui um fator importante na direção sobre o relevo. Entre as principais rochas metamórficas podemos citar: quartzitos, gnaisses, filitos, ardósias, micaxistos, mármore etc. (GUERRA. 206, p. 422).
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Fonte:
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

 

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa