12 de novembro de 2021
Terceira Revolução Industrial - Integração ciência e produção
30 de novembro de 2020
Meio técnico-científico-informacional
Atualmente, vivemos em um meio técnico-científico-informacional, caracterizado pela utilização de tecnologias da informação e de comunicação. Outros segmentos tecnológicos deram suporte a elas, como: a microeletrônica, que reduz determinados componentes eletrônicos em escala microscópica; os cabos de fibra óptica, que transportam dados através da luz e fazem as conexões dos diversos aparelhos da comunicação entre si e seus provedores; e os satélites de comunicação.
Desde 1957, quando a ex-União Soviética lançou ao espaço o primeiro satélite artificial, milhares de satélites foram lançados com as mais diferentes funções: espionagem, previsão meteorológica, monitoramento ambiental, pesquisa de recursos naturais, navegação aérea e marítima, telefonia móvel, transmissão de TV, entre outras.
No meio técnico-científico-informacional, os fluxos de informações são instantâneos. A informação é o elemento fundamental para imprimir agilidade aos processos de uma empresa, elevando sua competitividade. No meio geográfico atual, os negócios expandiram-se pelos continentes e elevou-se o volume de mercadorias e de investimentos no mercado internacional.
O meio geográfico da Era da Informação modificou as relações sociais e o modo de vida, criou relações de trabalho, introduziu formas de lazer, de entretenimento e de convívio social.
Fonte: LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
16 de novembro de 2020
Globalização no Brasil
No entanto, muitas indústrias nacionais não conseguiram competir com os produtos importados e foram obrigadas a fechar ou foram vendidas, e a balança comercial acumulou déficits por vários anos no decorrer de 1990.
Muitas empresas não conseguiram se adaptar à nova realidade de mercado: seus controladores preferiram vendê-las a correr o risco de falir. Grandes grupos nacionais ou estrangeiros, compraram-nas. Em apenas uma década, as multinacionais mais que dobraram sua participação nas empresas brasileiras.
As multinacionais investiram maciçamente em tecnologia, e isso reduziu significativamente os postos de trabalho, principalmente aqueles ocupados pelas pessoas sem qualificação e com escolarização baixa. Valeram-se também da terceirização de atividades, ou seja, repassaram serviços para outras empresas, criando redes de subcontratação.
Os postos de trabalho abertos nas atividades que apresentaram crescimento, como telefonia, tecnologias de informação, turismo e publicidade, não compensaram os que foram fechados. Além disso, passaram a exigir, em muitos casos, um nível de qualificação que a maioria dos desempregados não possuía.
Consenso de Washington
Em 1989, o economista John Williamson (1937) reuniu o pensamento neoliberal das grandes instituições financeiras (FMI e Banco Mundial) e também do governo estadunidense, no intuito de propor soluções para resolver a crise e o endividamento dos países em desenvolvimento, particularmente os da América Latina, e caminhos para crescimento econômico. Estas propostas ficaram conhecidas como Consenso de Washington, segundo o qual os países latino-americanos deveriam:
- realizar uma reforma fiscal, isto é, alterar o sistema de atribuição e de arrecadação de impostos para que as empresas pudessem pagar menos e adquirir maior competitividade;
- executar a abertura econômica, com liberalização das exportações e das importações, ampliação das facilidades para a entrada e a saída de capitais e privatização de empresas estatais;
- promover o corte de salários e a demissão dos funcionários públicos em excesso e realizar mudanças na previdência social, nas leis trabalhistas e no sistema de aposentadoria, para diminuir a dívida do governo (a chamada dívida pública).
31 de outubro de 2020
Rede urbana
A rede urbana é formada pelo conjunto de cidades (de um mesmo país ou de países vizinhos), que se interligam umas às outras por meio de sistema de transporte e de telecomunicação, através dos quais se dão os fluxos de pessoas, mercadorias, informações e capitais.
As redes urbanas dos países desenvolvidos são mais densas e articuladas por causa dos altos índices de industrialização e de urbanização, da economia diversificada e dinâmica, dos mercados internos com alta capacidade de consumo e dos grandes investimentos em transportes e telecomunicações. Já as redes urbanas de muitos países em desenvolvimento, particularmente daqueles de baixo nível de industrialização e urbanização, são bastante desarticuladas, e as cidades estão dispersas no território.
As redes de cidades mais densas e articuladas se encontram nas regiões do planeta onde se desenvolveram as megalópoles: nordeste e costa oeste dos Estados Unidos, porção ocidental da Europa e sudeste da ilha de Honshu, no Japão, embora haja importantes redes em outras regiões, como aquelas polarizadas por Cidade do México, São Paulo e Buenos Aires.
Fonte: MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: o espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.Hierarquia urbana
A hierarquia urbana refere-se aos papéis ocupados pelas cidades na organização socioeconômica e espacial, considerando a capacidade de concentração dos fluxos de mercadorias, pessoas, capital e informações e a extensão da área de influência de cada cidade, numa rede urbana. Assim, temos as metrópoles, que podem ser nacionais ou regionais, os centros regionais, os centros sub-regionais, as cidades locais e as vilas.
Por meio da hierarquia urbana, pode-se conhecer a importância de uma cidade e a sua relação de subordinação ou influência sobre as outras que estão à sua volta. Essa influência não é estabelecida apenas pelo tamanho da cidade ou pelo contingente populacional, mas especialmente pela quantidade e variedade de bens e serviços oferecidos.https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/hierarquia-urbana.htm
Cidades globais
Grupo Beta - Representado pelas cidades com influência intermediária. Estão nesse grupo: São Francisco, Sidney, São Paulo, Cidade do México, Madri.
Grupo Gama - Corresponde ao grupo mais numeroso, com cidades globais de menor expressão. Fazem parte desse grupo: Pequim, Boston, Washington, Munique, Caracas, Roma, Berlim, Amsterdã, Miami, Buenos Aires.
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/cidades-globais.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/cidades-globais.htm
Globalização
Os fluxos de globalização não atingem o espaço geográfico por igual, mas principalmente os lugares que recebem maiores investimentos em infraestrutura.
30 de outubro de 2020
As empresas que ultrapassam fronteiras
Mais recentemente as multinacionais ficaram conhecidas como transnacionais, termo mais apropriado, pois adotaram novos procedimentos, como a especialização das filiais em fases específicas do processo de produção, mudança ou divisão da sede, distribuindo-a por diversos países, deslocamento de unidades produtivas em busca de rentabilidade e a criação de centros de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias inovadoras nas filiais. Suas atividades produtivas, mercantis e administrativas ultrapassam fronteiras, estendendo-se a diversos países. Os vínculos especiais com o país de origem diminuem à medida que aumenta seu poder independente em um mercado globalizado e sem fronteiras. Essas corporações se espalharam pelo mundo e assumiram a hegemonia na economia mundial. O processo que permitiu essa expansão foi o da extrema competição por meio de inovações em seus produtos e da eliminação dos concorrentes. Com enorme faturamento, acelerado a partir de 1990, essas megaempresas controlam todos os setores da economia: agricultura, indústria, comércio e serviços.
Fonte: TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.
Metrópoles
As metrópoles são cidades populosas, adaptadas a economia globalizada. Em geral, preservam suas tradições, sua arquitetura e seu patrimônio histórico, caso principalmente das cidades europeias. Costumam ter as melhores instalações urbanas, concentram as principais universidades e bancos do país, além de sediar as maiores empresas nacionais e transnacionais. Constituem o mais importante centro de consumo, poder político, inovação e difusão cultural. Nelas também se concentra uma vasta gama de serviços especializados e de estabelecimentos comerciais diversificados.
As metrópoles são polos cuja influência se estende sobre cidades de uma vasta região geográfica. Constituem grandes centros de atração de investimentos e estão articuladas com as cidades globais, podendo, em alguns casos, ser classificada como tais. No entanto, sua importância e capacidade de polarização geralmente estão restritas ao território nacional.
Segundo Milton Santos, também deveriam estar associadas ao conceito de metrópole características como direitos humanos e cidadania (direito a moradia, educação, saúde, emprego, segurança, etc.), o que limitaria esse conceito a algumas cidades dos países desenvolvidos.
28 de outubro de 2020
Tecnopolo
É um centro industrial e tecnológico que reúne, em um mesmo local, atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), como universidades e empresas de alta tecnologia. Na era dos tecnopolos, um novo "capital" é muito valorizado: o capital intelectual. Por isso a universidade é fundamental nesses locais. Não existe aí uma cadeia industrial baseada na complementação de produtos, mas uma produção em que o principal capital é o conhecimento. Uma infraestrutura de infovias (fibra óptica, internet banda larga) com um bom sistema de comunicação é essencial para a instalação de um tecnopolo.
Esses novos centros industriais e de serviços têm relação com a Terceira Revolução Industrial, assim como as bacias carboníferas tinham com a Primeira ou as jazidas petrolíferas com a Segunda. Os tecnopolos constituem os pontos de interconexão da rede mundial de produção de conhecimentos e os principais centros irradiadores das inovações que caracterizam a revolução tecnológica que se iniciou nas últimas décadas do século XX. Muitas empresas inovadoras que existem hoje no mundo se desenvolveram numa incubadora, no interior de um parque tecnológico.
Os tecnopolos concentram-se especialmente nos Estados Unidos, na União Europeia e no Japão, embora existam em outros países desenvolvidos e também em alguns países emergentes: no Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na Coreia do Sul, em Taiwan, no México, entre outros.
O Vale do Silício é o maior parque tecnológico do mundo. Fica na região da baía de São Francisco, nos Estados Unidos e abriga algumas das principais empresas de tecnologia do mundo, como Google, Facebook, Apple, Tesla, entre outras.
Incubadora de empresas
Estrutura destinada à criação e ao desenvolvimento sobretudo de micro e pequenas empresas, principalmente de tecnologia avançada, na área industrial ou de serviços, com o objetivo de reduzir sua mortalidade e estimular a inovação. Em geral, a incubadora dispõe de instalações para abrigar temporariamente a empresa selecionada. A incubação também pode ser feita a distância; nesse caso, a empresa recebe todo o suporte (capacitação técnico-gerencial dos empresários e funcionários, acesso a laboratórios e bibliotecas de universidades e instituições de pesquisa, etc.), mas não compartilha o espaço físico da incubadora. No Brasil, cerca de 90% das incubadoras estão vinculadas a uma universidade ou centro de pesquisa, muitas das quais funcionando no próprio campus universitário.
Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione. 2017.21 de outubro de 2020
Manuel Castells
Manuel Castells é um sociólogo espanhol, considerado um dos mais renomados do mundo. Doutor em sociologia pela Universidade de Paris, é professor nas áreas de sociologia, comunicação e planejamento urbano e regional e pesquisador dos efeitos da informação sobre a economia, a cultura e a sociedade em geral. Principal analista da era da informação e das sociedades conectadas em rede, sua obra virou referência obrigatória na discussão das transformações sociais do final do século XX.
É autor de dezenas de livros traduzidos para diversos idiomas, com destaque para a trilogia A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura, composta por A sociedade em rede, O poder da identidade e Fim de milênio. Castells se transformou em uma referência internacional da nova sociedade da informação. Seu livro Redes de indignação e esperança relaciona as novas formas de comunicação da sociedade em rede, apontando caminhos para que a autonomia comunicacional das telas se expanda à realidade social como um todo.A Sociologia e a interpretação da sociedade atual
Uma das interpretações dessas transformações é a do sociólogo espanhol Manuel Castells. Tendo como base uma revolução causada pelo avanço das tecnologias da informação, produziu-se uma remodelação cada vez mais rápida das estruturas sociais. Partindo dessa constatação, Castells mostra que as economias do mundo estabeleceram um novo processo de interdependência global, que transformou radicalmente as antigas formas de relação entre a economia, o Estado e a sociedade. Segundo ele, todas as alterações de caráter econômico, cultural e político devem ser analisadas em relação às transformações tecnológicas de informação, pois o fluxo de informações, o modo pelo qual elas se propagam e estabelecem diferentes redes sociais, altera os padrões de reprodução social, resultando em constantes mudanças no tecido social (termo usado atualmente para se referir aos aspectos sociais de uma cidade). A partir dessas transformações, Castells vê surgir um novo processo social, que ele chamou de sociedade em rede ou sociedade informacional.
A outra análise da sociedade atual foi feita pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que destaca o fato de vivermos uma época na qual os parâmetros que construíram a modernidade com base nos ideais emancipatórios da Revolução Francesa perderam sua eficácia. As expectativas de construção de um mundo justo e seguro falharam, e a sociedade hoje vive as consequências de uma realidade de incertezas. A falta de estabilidade no emprego e a incapacidade dos Estados de corrigir essa insegurança são responsáveis pelos principais problemas sociais da atualidade. Como a política não é mais capaz de centralizar as demandas sociais, os indivíduos são impedidos ou se abstêm de decidir coletivamente sobre a organização da sociedade. Em lugar do poder de decidir sobre as leis que devem seguir, foi criado um espaço vazio que favorece as soluções individuais e enfraquece a vida coletiva nas sociedades atuais. A forma como esse espaço será preenchido é uma questão tanto para a sociologia quanto para o futuro de cada sociedade.
Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
17 de outubro de 2020
Globalização e exclusão
Após a Segunda Guerra Mundial, grande parte dos países desenvolvidos difundiram os princípios do Estado de bem-estar social. Esses países capitalistas implantaram políticas de previdência social e pleno emprego e buscaram promover a inclusão social. Essas medidas não contemplavam a efetiva distribuição de riquezas, mas visavam garantir as condições mínimas de sobrevivência aos indivíduos. Com isso também almejavam o crescimento econômico, uma vez que uma parcela maior da população seria consumidora.
Nas últimas décadas do século XX, os princípios neoliberais foram incorporados em vários países ao redor do mundo. O Estado passou a intervir cada vez menos na economia e a reduzir seus gastos com políticas sociais. Isso resultou em condições estruturais que ampliaram a exclusão social e fizeram com que esse conceito ganhasse destaque, refletindo uma preocupação não apenas dos países em desenvolvimento, mas também dos países desenvolvidos. O conceito de inclusão social ultrapassou o âmbito da pobreza, incorporando com maior vigor o discurso das diversas minorias.
A globalização beneficiou poucos países e aprofundou os contrastes entre as nações em desenvolvimento e as nações desenvolvidas. Os países menos desenvolvidos estão definitivamente excluídos da globalização: neles há fome, miséria, analfabetismo e vulnerabilidade econômica.
A globalização e a revolução tecnológica não foram suficientes para proporcionar condições e mecanismos para eliminar a pobreza, erradicando as condições de miséria. Os avanços da medicina não chegaram igualmente a todas as pessoas, em todos os países do globo, que ainda hoje enfrentam problemas decorrentes de doenças que poderiam ter sido erradicadas. Igualmente, o atual nível de desenvolvimento dos meios de comunicação não está acessível a todos, ficando excluídas as populações que mais necessitam ampliar seu nível educacional e cultural e melhorar seu nível de qualificação profissional.
Não existe uma categoria única de excluídos. Entre eles estão os desempregados, os subempregados, os inválidos, as pessoas com deficiência, as vítimas de preconceito racial, as mulheres e as crianças na maior parte dos países, os migrantes e os refugiados, as minorias étnicas e religiosas e todos os pobres, que não tem acesso à moradia, à alimentação saudável, ao trabalho, à educação e à informação de qualidade.https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/exclusao-social
https://www.preparaenem.com/sociologia/exclusao-social.htm
https://www.todamateria.com.br/exclusao-social/
Neoliberalismo
Chamamos de neoliberalismo a ideologia que serve de suporte para a expansão da atual globalização capitalista.
É uma doutrina econômica que se desenvolveu desde o final dos anos 1930 e foi colocada em prática nos Estados Unidos, sob a presidência de Ronald Reagan (1981-1988), e no Reino Unido, sob o governo da primeira-ministra Margaret Thatcher (1979-1990). Especialmente na década de 1990, as políticas neoliberais se disseminaram através de organismos controlados por esses países, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, e atingiram os países em desenvolvimento.
O neoliberalismo busca aplicar os princípios do liberalismo clássico ao capitalismo atual. Visando disciplinar a economia de mercado, aceitam uma intervenção mínima do Estado para assegurar a estabilidade monetária e a livre concorrência. Também defendem a abertura econômica/financeira e a privatização das estatais.
A teoria neoliberal nasceu como uma reação ao Estado intervencionista e ao Estado do Bem-Estar Social (Welfare State). Para os neoliberais, o objetivo do capitalismo estava ameaçado pelas reivindicações trabalhistas (sindicatos) e pelos gastos sociais. Cortar os gastos e manter uma taxa de desemprego que diminuísse o poder dos sindicatos foram algumas soluções apontadas para resolver o problema.
Entre as medidas propostas pelo neoliberalismo destacavam-se as recomendações direcionadas aos países pobres, incentivando redução de impostos, abertura econômica para importações, entrada livre de capital estrangeiro, privatizações e desregulamentação da economia. Todas essas medidas reduziam as barreiras ao fluxo de mercadorias e capitais, favorecendo os países desenvolvidos.
O neoliberalismo beneficiou principalmente os países desenvolvido e suas corporações transnacionais. Entretanto, alguns países emergentes, como a China, a Índia, os Tigres Asiáticos, o México e o Brasil, também receberam investimentos produtivos e aumentaram sua participação no comércio mundial.
A ampliação dos fluxos de capitais, principalmente o financeiro, e a falta de controle estatal sobre o mercado acabou levando o capitalismo a uma grave crise econômica em 2008/2009.
Ideias inspiradas no liberalismo clássico dos séculos XVIII e XIX
* Maior liberdade de comércio entre as nações (fim de barreiras alfandegárias).
* Redução do aparato do Estado e da sua intervenção na atividade econômica (política orientada para as privatizações de empresas estatais).
* Redução da autonomia e da soberania política e econômica dos países periféricos em favor dos países capitalistas centrais, das suas instituições políticas (Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN)) e econômicas (FMI, BIRD, OMC), das grandes corporações multinacionais/transnacionais e do capital financeiro internacional.
Fonte:
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 2 ed. São Paulo: Scipione. 2017.
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
Capitais especulativos
Grande parte desses recursos pertence a milhões de pequenos poupadores espalhados, sobretudo pelos países desenvolvidos, que guardam seu dinheiro num banco ou investem num fundo de pensão, para garantir suas aposentadorias. Essa vultosa soma é transferida de um mercado para outro, de um país para outro, sempre em busca das mais altas taxas de juros dos títulos públicos ou da maior rentabilidade das ações, das moedas, etc. Os administradores desses capitais - como bancos de investimentos e corretoras de valores - em geral não estão interessados em investir na produção, cujo retorno é demorado, mas em especular, isto é, realizar investimentos de curto prazo nos mercados mais rentáveis.
Os capitais especulativos são prejudiciais às economias à medida que, quando algum mercado se torna instável ou menos atraente, os investidores transferem seus recursos rapidamente, e os países onde o dinheiro estava aplicado entram em crise financeira ou veem-na se aprofundar. Isto aconteceu, por exemplo, com o México (1994), os países do Sudeste Asiático (1997), a Rússia (1998), o Brasil (1999), a Argentina (2001) e a Grécia (2010).
Além de investirem em títulos públicos ou em moedas, grande parte dos capitais especulativos, assim como uma parcela dos investimentos produtivos, direciona-se para as Bolsas de Valores e de mercadorias espalhadas pelo mundo, investindo em ações ou mercadorias. Pode-se investir em ações de forma produtiva, esperando que a empresa obtenha lucros para receber dividendos pela valorização: ou investir de forma especulativa, comprando ações na baixa e vendendo-as assim que houver valorização, embolsando a diferença e realizando o lucro financeiro. Pode-se também especular com mercadorias e com moedas.
Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 2 ed. São Paulo: Scipione. 2017.
Capitais produtivos
Capitais produtivos são investimentos de longo prazo, por isso menos suscetíveis às oscilações repentinas do mercado. Sendo investimentos diretos na produção de bens e serviços ou em infraestrutura, esses capitais são aplicados em determinado território e possuem uma base física (fábrica, usina hidrelétrica, rede de lojas, etc.). Instalam-se em busca de lucros, que podem ser resultantes de custos menores de produção em relação ao país de origem dos investidores, baixos custos de transportes, proximidade dos mercados consumidores e facilidades em driblar barreiras protecionistas.
Fonte: Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 2 ed. São Paulo: Scipione. 2017.
16 de outubro de 2020
Toyotismo
O toyotismo é baseado numa acumulação mais flexível, que maximiza ganhos a partir de diferentes formas de contratação de mão de obra, produção de bens e serviços e investimentos do capital.
Conhecido pelo nome just-in-time ("tempo exato"), esse sistema organizacional foi executado pela primeira vez na fábrica de motores da Toyota a partir dos anos 1960, sendo depois introduzido nas principais indústrias do mundo.
As diferentes etapas da produção, desde a entrada das matérias-primas até a saída do produto, são definidas entre fornecedores, produtores e compradores. A matéria-prima que entra na fábrica corresponde à quantidade de mercadorias que será produzida, o que deve ser feito em um prazo estipulado e de acordo com o pedido dos compradores. Além da eficiência, com controle de qualidade total dos produtos, o sistema just-in-time permite diminuir o custo de estocagem e garantir os lucros dos empresários.
O trabalho especializado e rotineiro da linha de montagem do sistema fordista foi substituído por um sistema flexível, em que o trabalhador pode ser deslocado para realizar diferentes funções de acordo com as necessidades da produção de cada momento.
Os recursos da microeletrônica, da robótica e da informática, muito utilizados nesse sistema, permitem a modificação e a atualização dos modelos de mercadorias a partir de pequenas mudanças nos equipamentos da fábrica com os mesmos maquinários. Isso é especialmente importante em um mundo em que a evolução tecnológica possibilita a constante criação de produtos e sucessivas modificações.
No toyotismo há uma sincronia entre os sistemas de fornecimento de matérias-primas, de produção e de venda. Esse sistema também se apoia em empresas subcontratadas para a produção do produto final.
Fonte:LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Lazaro Anselmo; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
12 de outubro de 2020
Comércio Global: mercadorias e serviços
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa