A cidade é um fenômeno antigo e passou por longo período de transformações, porém seu crescimento acelerado e o processo de urbanização são relativamente recentes na história da humanidade.
As cidades resultam de um processo de ocupação e organização de espaço com algumas características comuns. A população urbana, embora represente mais da metade da população total, ocupa uma área equivalente a apenas 3% da superfície do planeta.
Desde os primeiros núcleos urbanos, a concentração de pessoas representou certo grau de permanência, que levaria a uma vida sedentária e romperia com a intensa mobilidade dos povos nômades. Nessas primeiras cidades também surgiram ou se especializaram atividades distintas das realizadas no campo, como o comércio, a administração e aquelas ligadas à defesa dos territórios. A partir da metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, as atividades industriais e de serviços se expandiram muito nas cidades, intensificando ainda mais a concentração da população nesses espaços, além de fortalecer seu papel centralizador. Do ponto de vista geográfico, a densidade é o principal elemento definidor da cidade. Nas cidades, os seres humanos se aglomeram e coexistem, diminuindo as distâncias entre eles. Por isso, as cidades também são o espaço da convivência e da diversidade e atuam como estimuladoras das mais intensas relações sociais não apenas em seu interior, mas também com espaços distantes. Assim, as cidades são também espaços relacionais, já que estão conectadas com outras cidades e com o mundo todo.
Fonte:TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.
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