12 de outubro de 2020

Comércio Global: mercadorias e serviços


Imagem: Reprodução
Na segunda metade do século XX, o comércio internacional apresentou um crescimento significativo. Nesse período, instituições de âmbito global, como Banco Mundial, FMI e Gatt, atuaram no sentido de estruturar as relações financeiras, estimular e estabelecer regras para o comércio mundial. A capacidade de produção continuou a ser ampliada de forma expressiva nos Estados Unidos, no Japão, nos países da Europa Ocidental e naqueles que se industrializaram mais intensamente a partir dos anos 1950/1960 (Brasil, Argentina e México), 1960/1970 (Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong) e 1980/1990 (China). As empresas multinacionais tiveram importante papel nessa ampliação da capacidade de produção.

Atendendo aos interesses das empresas multinacionais, os governos dos países desenvolvidos, em especial os Estados Unidos, passaram a apregoar que a abertura econômica ao capital estrangeiro (produtivo ou especulativo), a redução das barreiras comerciais e as privatizações eram o melhor caminho para superar o endividamento externo e aumentar o crescimento econômico.

Comércio de mercadorias

Em 2014, as transações comerciais movimentavam cerca de 18,5 trilhões de dólares, no caso das exportações, e 18,6 trilhões de dólares, aproximadamente, no caso das importações. Quase a metade desse volume de comércio está concentrada entre os países do G8 e a China.
Os chineses têm ampliado cada vez mais sua participação no comércio internacional. Em 2014, a China era a maior potência comercial do mundo, tendo superado os Estados Unidos. Enquanto os Estados Unidos movimentavam 4 trilhões de dólares em comércio exterior, com 1,6 trilhão de dólares em exportações e 2,4 trilhões de dólares em importações, a China movimentou 4,3 trilhões de dólares, sendo 2,3 trilhões de dólares de exportações e 2 trilhões de dólares em importações, segundos dados da OMC (Organização Mundial do Comércio).

Maiores exportadores do mundo (2018)

 1. China - US$ 2,494 trilhões
 2. Estados Unidos - US$ 1,665 trilhão
 3. Alemanha - US$ 1,556 trilhão
 4. Japão - US$ 738,1 bilhões
 5. Coréia do Sul -  US$ 605,1 bilhões
 6. Holanda - US$ 585,6 bilhões
 7. Hong Kong - 569,1 bilhões
 8. França -  US$ 568,9 bilhões
 9. Itália - US$ 543,4 bilhões
10.Reino Unido - US$ 487 bilhões 


Comércio de serviços

O comércio internacional de serviços perfaz atualmente uma parcela considerável do comércio entre países. Em 2014, correspondia a aproximadamente 9,7 trilhões de dólares, somadas as exportações e as importações. Esse comércio é representado por fretes de transportes, turismo global, serviços de informática, atividades culturais e desportivas, prestação de serviços a empresas (telemarketing, call center, contabilidade, consultoria), atividades auxiliares de intermediação financeira, agências de notícias, entre outros.
O comércio de serviços está concentrado em países desenvolvidos, que abarcam cerca de 60% do total mundial. Os Estados Unidos são os maiores exportadores e importadores mundiais e mantêm superavit nesse setor: em 2014, o saldo positivo foi de aproximadamente 236 bilhões de dólares, concentrando cerca de 14% das exportações mundiais e 9% das importações.

Internamente, os serviços e o comércio têm participação importante na composição do PIB dos países desenvolvidos (cerca de 80% do total das riquezas geradas em um ano nesses países).

As facilidades proporcionadas pela telemática, com os avanços nas tecnologias de comunicação e informação, têm propiciado o deslocamento e a terceirização de diversas tarefas não relacionadas diretamente à produção, como atendimento e suporte ao cliente; serviços contábeis e fiscais e venda por telefone ou internet. Muitas dessas tarefas foram deslocadas e terceirizadas para países emergentes onde a mão de obra e os custos operacionais são mais baratos.

Impactos do COVID-19 no comércio internacional

O comércio internacional será fortemente abalado pela pandemia do novo Coronavírus em 2020. Com as economias mundiais desaquecidas, as limitações de transporte entre países e o aumento nas restrições ao comércio, crescem os obstáculos para que empresas de diferentes lugares comprem e vendam bens entre si, aumentando os impactos no comércio mundial.


Fonte (livro): LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro: MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

Fonte (web): https://www.fazcomex.com.br/blog/maiores-exportadores-do-mundo/
https://www.thomsonreuters.com.br/pt/tax-accounting/comercio-exterior/blog/efeitos-do-coronavirus-comercio-internacional.html
http://www.desenvolvimento.mg.gov.br/assets/projetos/1084/b05cf54720dced23a0e709690e37580e.pdf

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"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa