O toyotismo é baseado numa acumulação mais flexível, que maximiza ganhos a partir de diferentes formas de contratação de mão de obra, produção de bens e serviços e investimentos do capital.
Conhecido pelo nome just-in-time ("tempo exato"), esse sistema organizacional foi executado pela primeira vez na fábrica de motores da Toyota a partir dos anos 1960, sendo depois introduzido nas principais indústrias do mundo.
As diferentes etapas da produção, desde a entrada das matérias-primas até a saída do produto, são definidas entre fornecedores, produtores e compradores. A matéria-prima que entra na fábrica corresponde à quantidade de mercadorias que será produzida, o que deve ser feito em um prazo estipulado e de acordo com o pedido dos compradores. Além da eficiência, com controle de qualidade total dos produtos, o sistema just-in-time permite diminuir o custo de estocagem e garantir os lucros dos empresários.
O trabalho especializado e rotineiro da linha de montagem do sistema fordista foi substituído por um sistema flexível, em que o trabalhador pode ser deslocado para realizar diferentes funções de acordo com as necessidades da produção de cada momento.
Os recursos da microeletrônica, da robótica e da informática, muito utilizados nesse sistema, permitem a modificação e a atualização dos modelos de mercadorias a partir de pequenas mudanças nos equipamentos da fábrica com os mesmos maquinários. Isso é especialmente importante em um mundo em que a evolução tecnológica possibilita a constante criação de produtos e sucessivas modificações.
No toyotismo há uma sincronia entre os sistemas de fornecimento de matérias-primas, de produção e de venda. Esse sistema também se apoia em empresas subcontratadas para a produção do produto final.
Fonte:LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Lazaro Anselmo; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
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