Teoria que sustenta a superioridade de certas "raças" em relação a outras, preconizando ou não a segregação racial ou até mesmo a extinção de determinadas minorias.
O racismo mata, extermina, produz o ódio entre grupos e indivíduos.
O racismo, portanto, é o conceito pretensamente universal de classificação dos seres humanos, pois foi elaborado a partir de um centro europeu. Construído com bases em pseudofilosofias e pseudociências, o racismo nega a capacidade de razão do outro fora da Europa. Esse movimento teórico tem característica etnocêntrica, em que o outro é estigmatizado e racializado nas ciências sociais - influenciando e gerando consequências para a compreensão do senso comum, até a metade do século XX.
No pós-guerra, ganham força os conceitos de "etnia" ou "etnicidade", para definir um conjunto de indivíduos ou grupos identificados pela língua, mitos, religiosidade e instituições comuns. Posteriormente, inventa-se o termo "fator étnico", denominando aqueles grupos de imigrantes que se encontram à margem das sociedades ou que são reservas econômicas de trabalhadores fora da cadeia de produção dominante. Em tempos de globalização, o termo etnicidade vem denominando também as manifestações regionalistas como as de tibetanos, croatas, catalães etc.
As formas sutis de racismo se manifestam através de piadas, brincadeiras, olhares, frases de duplo sentido, etc. A forma aberta se expressou na história do regime de apartheid da África do Sul até inícios dos anos 1990; em alguns estados do sul dos Estados Unidos, como o Mississipi e o Alabama, cujas constituições segregavam negros; na repressão a árabes palestinos pelos judeus israelenses e no extermínio de judeus na Alemanha nazista.
No Brasil, presenciamos diversas formas de racismo, preconceito e discriminação, majoritariamente contra os negros. elas se expressam nos índices estatísticos de escolaridade de jovens negros, que se apresentam inferiores aos brancos; no nível de renda, em que negros e negras recebem os menores salários na mesma profissão em relação aos brancos; nos bairros pobres onde moram, que são menos assistidos pelo Estado, ao contrário, por exemplo, de bairros luxuosos, onde moram predominantemente brancos.
Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
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