O mapa-múndi mostra os vários países do mundo. As linhas que delimitam esses países são as fronteiras. Elas dão aos países a forma representada nos mapas, podendo ser naturais (uma cordilheira ou um rio, por exemplo) ou artificiais (uma construção humana).
As fronteiras definem a extensão geográfica da soberania do Estado. No espaço que delimitam, ou seja, no território nacional, o poder do Estado é soberano. É ele que estabelece as divisões internas, realiza os censos, organiza as informações sobre a população e as atividades econômicas e formula estratégias de desenvolvimento ou de proteção desse território.
Embora as fronteiras pareçam elementos fixos, a realidade da divisão política demonstra o contrário. Por serem estáticos, os mapas passam essa falsa impressão de fixidez, mas basta nos lembrarmos das guerras para contradizê-la.
Em geral, após o término dos conflitos, as partes que estavam em guerra negociam um acordo de paz. Muitas vezes, impõe-se ao perdedor alguma sanção relativa a seu território, que pode ser subdividido ou até perdido em benefício das partes vencedoras. O território do antigo Império Austro-Húngaro, por exemplo, foi desmembrado após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) em três Estados independentes: a Áustria, a Tchecoslováquia e a Hungria.
A questão das fronteiras é muito complexa e não se restringe à linha que demarca os territórios. Em regiões de fronteira, é comum as línguas, os costumes, e até as moedas se misturarem. Diversos estados brasileiros apresentam essas regiões fronteiriças em que a linha divisória dos países permite o fluxo diário de pessoas, mercadorias e dinheiro de um lado para o outro.
BALDRAIA, André; SAMPAIO, Fernando dos Santos; SUCENA, Ivone Silveira. Ser protagonista: geografia. São Paulo: Edições SM, 2016.
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.
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