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11 de novembro de 2020

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

A Geografia social do Brasil

Imagem: Reprodução

Criado pela ONU na década de 1990 para avaliar e comparar o padrão da vida das nações, o IDH é considerado o indicador socioeconômico mais amplo e completo porque leva em consideração três aspectos importantes: expectativa de vida ou longevidade (saúde), o grau de escolaridade (educação) e a renda per capita (PPC - distribuição de renda).

Educação: são observados os níveis de conhecimento e averiguado o grau de instrução, a taxa de alfabetização e a taxa de escolaridade na educação infantil, no ensino fundamental, no ensino médio e no ensino superior. Questões como evasão escolar, taxas de repetência e demais aspectos também podem influenciar o setor de ensino, bem como a eficiência das políticas educacionais. 

Saúde: verifica os aspectos relacionados à qualidade de vida de uma população através da expectativa de vida ao nascer, que representa a média de anos de vida de um cidadão no país. Esse aspecto está relacionado à eficiência do setor da saúde no país, que  deve garantir acesso aos tratamentos de saúde públicos, entre outros serviços. 

Renda:  mede a qualidade de vida em relação aos aspectos econômicos, como o PIB per capita (soma de todos os bens e serviços produzidos ao longo de um ano dividida pelo total de habitantes). Esse critério indica o padrão de vida do brasileiro não levando em consideração a desigualdade da distribuição de renda. 

O IDH é a média comparativa dos valores correspondentes a esses três aspectos. Varia de 0,0 (nenhum desenvolvimento total) a 1,0 (desenvolvimento humano pleno). Quanto mais próximo de 1, melhor é o desempenho de uma nação. Com base nos valores obtidos no IDH, a ONU classifica os países segundo alguns níveis de desenvolvimento. Esses níveis são: baixo (de 0,0 até 0,499), médio (de 0,500 a 0,699), elevado (de 0,700 a 0,900) e muito elevado (acima de 0,900).

De acordo com o levantamento divulgado em 2019 pelo Pnud, o Brasil apresentava um IDH de 0,761. Apesar de alto, esse índice colocava o Brasil em 79º lugar no ranking do desenvolvimento humano, numa posição bem modesta quando se considera que o país estava entre as dez maiores economias do mundo. Na América Latina, ocupa a 4ª posição, atrás do Chile, Argentina e Uruguai. O crescimento no índice foi de 0,001 ponto em relação ao ano anterior.

Nos últimos anos, o país tem conseguido melhorar sua posição a passos tímidos. Tal melhora está relacionada à elevação da expectativa de vida e à diminuição do analfabetismo, associado à maior presença das crianças na escola. No âmbito interno, o desenvolvimento regional desigual reflete-se na discrepância entre as regiões brasileiras, cujos melhores IDH estão concentrados nos estados das regiões Sul e Sudeste e os piores, no Nordeste.

Outro ponto a destacar é a verificação por vários institutos públicos ou acadêmicos da desigualdade racial expressa por meio do IDH. Esses institutos e órgãos públicos, como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o IBGE, diagnosticaram uma menor apropriação de renda pela população preta ou parda, assim como menor índice de escolaridade, o que está indissociavelmente ligado à herança escravocrata do país. O positivo, segundo dados do IBGE, é que houve considerável avanço da escolaridade entre a população negra na primeira década do século XXI. 
Imagem: Reprodução


Fonte: 
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017. 
SILVA, Edilson Adão Cândido; JÚNIOR, Laercio Furquim. Geografia em rede. São Paulo: FTD, 2016.
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/idh-brasil.htm 
https://www.oitomeia.com.br/noticias/2019/12/09/brasil-mantem-posicao-no-indice-de-desenvolvimento-humano-em-2019/

1 de novembro de 2019

Conceitos demográficos - Indicadores sociais

O aumento da população de um lugar em um determinado período é chamado de crescimento demográfico ou populacional, e pode ser explicado por dois fatores: o crescimento vegetativo e as migrações.
Crescimento demográfico é, portanto, o resultado da soma dos nascimentos com as migrações, subtraindo-se as mortes, em determinado período.
Crescimento vegetativo ou natural
Ao analisar a população de um país ou de uma região, ou seja, analisar o número de nascimentos e de mortes, o saldo será positivo se o número de nascimentos superar o de mortes. Caso contrário, se o número de mortes for maior que o de nascimentos, a população decrescerá e o saldo será negativo. A essa relação entre nascimentos e mortes dá-se o nome de crescimento vegetativo ou natural

27 de agosto de 2018

Desenvolvimento Humano - Correção dos exercícios

Disciplina: Geografia         Área: Ciências Humanas       Turmas: 2º__
O Desenvolvimento Humano

1. Observe na p. 53 a vista aérea de Dharavi Slum (Mumbai/Índia). O que você observa da realidade através dessa imagem?
2. Explique por que a África subsaariana e o Sul da Ásia são as áreas  com maiores contingentes de pessoas extremamente pobres.
3. Escreva por que atualmente não se usa mais os termos "terceiro mundo" e "subdesenvolvido" para designar os países pobres do mundo.
4. Escreva a definição de "países emergentes", de acordo  com o glossário do G-20.
5. Em relação aos países emergentes, não há consenso sobre os países que devem fazer parte dessa lista. Sobre essa questão:
a) Quais são os países que a Onu considera como emergentes?
b) No mundo dos negócios, quem são os emergentes?
6. Segundo o economista Amartya Sen, não podemos encarar o desenvolvimento apenas do ponto de vista dos indicadores econômicos. Para ele, qual é a definição de desenvolvimento?
7. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede a qualidade de vida de uma população a partir de alguns indicadores. Sobre isso responda:
a) Qual indicador serve para analisar se um indivíduo tem vida longa e saudável?
b) Quais indicadores  analisam o conhecimento de uma população?
c) Que indicador analisa o padrão de vida de uma população?
8. Sobre o IDH do mundo, cite:
a) Três países com IDH muito elevado.
b) Três países com IDH elevado.
c) Dois países com IDH médio.
d) Três países com IDH baixo.

Respostas:

1) A resposta é pessoal, mas o(a) aluno(a) poderá observar a desigualdade social nessa paisagem urbana, como favelas ao lado de prédios modernos e ricos.
2) Tanto a África Subsaariana quanto o sul da Ásia foram colonizadas pelos países europeus durante o período chamado Imperialismo, no século XIX. Durante os anos 1940 a 1960, várias guerras e guerrilhas de libertação nacional eclodiram nesses dois continentes, em um processo de descolonização. Assim, nasceram vários países independentes caracterizados por profundos problemas socioeconômicos, muitos associados a pobreza extrema, como baixa expectativa de vida, subnutrição, altas taxas de natalidade e de mortalidade.
3) Terceiro Mundo foi um termo criado durante a Guerra Fria para designar os países que não faziam parte do grupo dos países capitalistas ricos (Primeiro Mundo) e nem dos países socialistas (Segundo Mundo). Com o desaparecimento do Segundo Mundo, ficou sem sentido usar esses termos.
Com o passar dos anos, o termo "subdesenvolvimento" ganhou caráter pejorativo como sinônimo de pobreza e por isso nenhum país quer ser associado a esse termo, que passou a ser substituído por "países em desenvolvimento".
4) De acordo com o glossário do G20 "países emergentes" são aqueles que estão em rápido processo de desenvolvimento econômico e industrialização, que avança da condição de países em desenvolvimento para o de países desenvolvidos.
5) a) A ONU considera como países emergentes, segundo a Agência para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) apenas dez países: Argentina, Brasil, Chile, Peru, México, Coreia do Sul, Cingapura, Malásia, Tailândia e Taiwan.
b) No mundo dos negócios, os países considerados emergentes são: China, Índia, Indonésia, Turquia, África do Sul, Colômbia, Rússia e Polônia.
6) O economista Amartya Sem define o desenvolvimento como um processo de expansão das liberdades reais dos seres humanos, o que inclui o acesso a bons serviços públicos, garantias dos direitos civis, entre outros itens.
7) a) Vida longa e saudável - Expectativa de vida ao nascer.
b) Conhecimento de uma população - Anos de escolaridade média e escolaridade esperada.
c) Padrão de vida de uma população - Rendimento nacional bruto per capita (dólar PPC).
8) A resposta é pessoal. a)Como exemplo de países com IDH Muito Elevado, temos: Noruega, Alemanha e Estados Unidos. b) Como exemplo de países com IDH elevado temos: Rússia, México, Brasil. c) Como exemplo de países com IDH médio temos: África do Sul e Índia. d) Com IDH Baixo podemos dar como exemplo: Nigéria, Haiti, Sudão do Sul.

Fonte: (livro): Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 3 ed. São Paulo: Scipione. 2017.
Imagem: The Indian Express

14 de julho de 2018

Atividades sobre o desenvolvimento humano

Composição do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)

Metodologia de cálculo
Para a mensuração do desenvolvimento social de um país, são levados em conto três pontos:
Expectativa de vida ao nascer: expectativa de vida (longevidade) que um grupo de pessoas pode atingir do momento que nascem até falecer. Este item engloba a qualidade de vida de uma determinada população tendo por base a longevidade delas.
Índice de educação: neste índice é considerada a média dos anos de estudo de uma população para adultos e o número de anos esperados de escolaridade para crianças.
Padrão de vida: calculado com o PIB per capita, é o valor do PIB total de um país, dividido pelo número total de habitantes no mesmo período. Este valor demonstra quanto cada habitante produziu no período, ou seja, a riqueza criada por habitante.


Mapa-múndi indicando o Índice de Desenvolvimento Humano (baseado em dados de 2016, publicados em 21 de Março de 2017):
  Acima de 0,900
  0,850–0,899
  0,800–0,849
  0,750–0,799
  0,700–0,749
  0,650–0,699
  0,600–0,649
  0,550–0,599
  0,500–0,549
  0,450–0,499
  0,400–0,449
  0,350–0,399
  0,300–0,349
  Abaixo de 0,300
  Sem dados


Mapa-múndi indicando o Índice de Desenvolvimento Humano (dados de 2016, publicados em 2017):
  Muito alto
  Alto
  Médio
  Baixo
  Sem dados

Rank País IDH
Estimativas de 2015 (publicadas em 2016)


Desenvolvimento humano muito elevado
1    Noruega 0,949
4    Alemanha 0,926
10  Estados Unidos 0,920 
17  Japão 0,903 
18  Coreia do Sul 0,901 
38  Chile 0,849
45  Argentina 0,827 
49  Rússia 0,804
Desenvolvimento humano elevado
54  Uruguai 0,795
77  México 0,762
79  Brasil 0,754
90  China 0,738
Desenvolvimento humano médio
119 África do Sul 0,666
131 Índia 0,624
Desenvolvimento humano baixo
148 Suazilândia 0,541
152 Nigéria 0,527
163 Haiti 0,493
181 Sudão do Sul 0,418
188 República Centro-Africana 0,352

Atividades

1. Analise os dados acima e responda: Uma renda per capita mais elevada sempre corresponde a uma condição de vida melhor, a um IDH mais elevado? Dê exemplos.
2. Observe a tabela "Países selecionados: distribuição de renda e estabeleça uma comparação entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento.
3. Cite medidas que podem melhorar a condição de vida de uma sociedade e elevar o seu IDH.
4. Observe o mapa abaixo "Índice da Percepção da Corrupção".
Escreva a correlação que se pode estabelecer entre o mapa que mostra o IPC e o que mostra o IDH dos países.

Fonte: (livro): Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 3 ed. São Paulo: Scipione. 2017.
Fonte (internet): Wikipédia, Economia sem segredos, Brasil Escola.
Imagens: Wikipédia, DW.

Respostas das atividades:
1. Não há correlação direta entre o aumento da renda per capita e a melhoria da condição de vida de uma população, pois a renda pode ser alta e, no entanto, estar muito concentrada. Há países, como a Arábia Saudita, que dispõem de uma renda per capita muito alta, mas seus indicadores socioeconômicos - seu IDH - são mais baixos do que os de países que dispõem de renda menor, porém mais bem distribuída.
2. Os países desenvolvidos mostram a distribuição da renda bem mais equilibrada entre a população;  já nos países em desenvolvimento, em geral, ela é bastante concentrada. Esse é um dos principais fatores que explica as diferenças de indicadores sociais entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
3. É interessante o aluno perceber que os países com renda per capita mais alta e mais bem distribuída são aqueles que apresentam um IDH mais elevado, especialmente os desenvolvidos. Portanto, a saída para melhorar a condição de vida, para elevar o IDH de um país, passa por investimentos produtivos que possam contribuir para o crescimento econômico e o aumento da renda per capita. É necessário melhorar a distribuição da renda entre os estratos da população, ao mesmo tempo que é fundamental que o Estado faça investimentos sociais em saúde, educação, saneamento básico, etc.
4. De forma geral, os países altamente honestos, que apresentam baixo grau de corrupção são quase sempre aqueles que apresentam índices de desenvolvimento humano muito elevado. No outro extremo, países altamente corruptos apresentam médio e baixo IDH, situação típica dos países em desenvolvimento mais pobres, especialmente da África subsaariana.

26 de agosto de 2017

Questões sobre pobreza e fome no mundo globalizado

1) Observe a tabela "Porcentagem de população em condições de pobreza (por região), e responda às questões.
a) Identifique as duas regiões mais pobres do mundo, respectivamente, conforme a tabela.
b) Consulte um atlas geográfico e indique dois países que pertencem às duas regiões mais pobres do planeta.
c) A erradicação da fome também é uma Meta do Desenvolvimento do Milênio. Elabore uma redação que aborde as causas e as consequências da fome no mundo.

2) Responda às questões sobre os principais indicativos socioeconômicos.
a) Diferencie PIB de PNB.
b) Qual é o indicador mais completo para analisar um país? Justifique.

3) Faça uma pesquisa em grupo sobre o seguinte tema: Combater a Aids é uma das Metas do Desenvolvimento do Milênio. Após a conclusão da pesquisa, o professor vai designar, por meio de sorteio, uma das questões a seguir a cada grupo, que deverá explica-la aos demais alunos.
a) Qual é a causa da Aids? Relacione a fome com o aumento do número de mortes causadas por essa doença.
b) De que maneira ela pode ser contraída? Analise como regras de higiene podem estar relacionadas ao aumento do número de casos de Aids.
c) Quais são as formas de prevenção contra a Aids?
d) Relacione o analfabetismo à Aids.
e) Por que é difícil encontrar o remédio para combater essa doença?
f) Qual é a diferença entre ser soropositivo e ter Aids?

Observações sobre o presente trabalho:

* Esse trabalho foi proposto e executado nas aulas de geografia dos 2ºs anos do ensino médio no mês de agosto de 2017 como parte do conteúdo de "A regionalização do espaço geográfico mundial". 
* Foram identificados e analisados os indicadores socioeconômicos  utilizados para analisar o nível de desenvolvimento dos países do mundo.
* As disciplinas envolvidas nessa atividade foram: geografia, língua portuguesa e biologia.
* A Declaração do Milênio foi proposta para ir do ano 2000 até 2015, no entanto as metas não foram cumpridas até o final de 2015.

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2013.

Respostas
1. a) Conforme a tabela, as duas regiões mais pobres do mundo são a África subsaariana e o Sul da Ásia.
b) A resposta é pessoal. Da África subsaariana, dos países que enfrentam a pobreza pode-se citar o Sudão do Sul, a Nigéria, a Somália,Burundi, o Zimbabue, entre outros. Do Sul da Ásia, pode-se citar Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, ilhas Maldivas, entre outros.
c)
As causas da fome podem estar relacionadas a fatores como:
* pobreza;
* questões naturais como: clima, terremotos, secas, epidemias;
* má administração dos recursos naturais;
* conflitos políticos e civis;
* políticas econômicas mal planejadas;
* superpopulação;
* guerras;
* desigualdades sociais.
Consequências da fome:
* desnutrição, devido a falta de nutrientes, proteínas e calorias;
* raquitismo, devido à carência de vitamina D;
* anemia, provocada pela ausência de ferro;
* vários distúrbios e doenças causadas pela falta de vitamina A e do complexo B.
Todas essas carências sentidas pelo organismo afetam o corpo humano, contribuindo para diminuir o sistema imunológico responsável pelo combate de várias doenças no organismo, deixando a pessoa exposta a contrair várias doenças.
A consequência da fome é a morte.
Nos países pobres, os óbitos das crianças não apontam a fome ou a subnutrição como causa das mortes. Figuram como causas a pneumonia, a desidratação, a tuberculose, o sarampo, etc. No entanto, são consequências de um organismo debilitado ou sem resistência em decorrência da desnutrição ou fome.
(Fonte: Infoescola.com, Cola da Web)
2. a) Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de bens e serviços produzidos por um país durante um ano, sem considerar as rendas enviadas ao exterior ou recebidas do estrangeiro. O Produto Nacional Bruto (PNB) é a soma de bens e serviços produzidos por um país durante um ano, acrescentando capitais nacionais que estejam fora do país ou descontando capitais nacionais estrangeiros que se encontram na nação.
b) É o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), porque considera aspectos que permitem uma análise mais completa da verdadeira situação socioeconômica do país, abrangendo dados sobre saúde, educação e renda.
3. a) A Aids (sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (também conhecido como HIV). A falta de alimentação compromete o sistema de defesa do organismo contra as infecções; num indivíduo soropositivo a subnutrição pode levá-lo ainda mais rapidamente à morte.
b) O contágio ocorre principalmente por meio das relações sexuais e do contato direto com o sangue infectado (transfusão, uso de agulha ou seringa não descartável, acidentes durante o atendimento médico sanitário e transmissão de mãe para filho. As condições de vida precárias, como a ausência de saneamento básico e a falta de orientação sobre medidas de prevenção a doenças, fazem com que as pessoas fiquem mais expostas aos riscos de contaminação.
c) É importante procurar informações constantemente sobre o assunto e passar a informação recebida a outras pessoas; agir sempre com segurança; usar preservativo; usar agulhas e seringas descartáveis.
d) Uma pessoa que nunca frequentou a escola (ou que frequentou pouco) pode não ter condições de obter informação por meios próprios. Na comparação com indivíduos que tiverem acesso à educação, o analfabeto reduz suas chances de obter boa qualificação profissional e, consequentemente, salário digno e acesso à informação. A falta de informação pode ser um agravante na incidência da Aids.
e) O HIV, agente causador da Aids, tem grande capacidade de modificação ou de adaptação, o que torna difícil o desenvolvimento de um remédio ou vacina que realmente possa levar à cura.
f) Ser soropositivo significa que o indivíduo apresenta HIV em seu sangue. Quando se afirma que uma pessoa tem Aids significa dizer que ela sofre os efeitos desse vírus no organismo.
(ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização.)

10 de agosto de 2017

Pobreza e fome no mundo globalizado

A Declaração do Milênio
O processo de globalização evidenciou uma grande desigualdade socioeconômica, que se manifesta de várias formas, seja em zonas rurais, seja em zonas urbanas. Isso acontece porque também são desiguais os acessos ao capital, aos recursos naturais, à tecnologia, à educação de qualidade, à água potável, aos serviços de saúde e ao saneamento básico. Por essa razão, precisamos considerar as desigualdades socioeconômicas como algo que vai muito além da distribuição de bens materiais e que se manifesta nas várias formas de pobreza e em sua principal consequência: a fome.

Para atenuar essas diferenças e melhorar a vida das pessoas no século XXI, a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou a Declaração do Milênio.

Segundo o Banco Mundial, cerca de 1 bilhão de pessoas saíram da situação de extrema pobreza entre 1995 e 2015. No entanto, os avanços para atingir os Objetivos do Milênio têm sido muito desiguais nas diferentes regiões do mundo: existem grandes áreas na África subsaariana e no Sul da Ásia onde os Objetivos dificilmente serão alcançados.

A fome no mundo

Segundo relatório da ONU e União Europeia de 2016, são cerca de 108 milhões de pessoas no mundo passam fome. Mas esse número é bem maior. Um estudo do Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês), mostra que pelo menos 1 bilhão de pessoas sofrem de desnutrição no planeta. A situação é considerada grave na América Latina, especialmente na Bolívia, na Guatemala e no Haiti. A pesquisa mostrou que quase metade dos afetados pela desnutrição são crianças. Os níveis mais altos se encontram na África Subsaariana e  no sul da Ásia.

A fome do mundo é causada pela combinação de preços altos, conflitos e condições climáticas extremas.

Em março, a ONU fez um alerta de que o mundo vive a mais grave crise humanitária desde a fundação da entidade, em 1945. Segundo a organização, até julho de 2017 mais de 20 milhões de pessoas corriam sério risco de morrer de fome. A crise afeta principalmente as populações do Iêmen, Sudão do Sul, Somália e Nigéria, países da África e do Oriente Médio.

Há algo que une os quatro países mais ameaçados pela crise da fome no mundo hoje: todos vivem conflitos armados. Com a instabilidade política, vêm a instabilidade econômica e social e abre-se, assim, espaços para surtos de fome. O Iêmen é o caso mais grave, considerado o mais pobre país do mundo árabe, o Iêmen viu a crise de fome crescer rápido em 2017.
Mapa que mostra os pontos onde a fome já é realidade para a maioria da população.
O que é pobreza?
A pobreza pode ser considerada como o não suprimento das necessidades básicas (alimentação, habitação, saúde e educação), fatores necessários para garantir a integridade física e psicológica das pessoas. Contudo, não há um conceito rígido para definir essa condição.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estabeleceu, no Relatório do Desenvolvimento Humano 1990, que a situação de pobreza atinge pessoas que vivem com menos de 1.25 dólar por dia. O Banco Mundial considera a faixa de menos de 2 dólares por dia para definir a população pobre e menos de 1 dólar por dia para definir pobreza extrema. Outro critério é medir a renda dos domicílios. Nessa análise consideram-se:
- a linha de pobreza, ou seja, a renda que os moradores de um domicílio precisam obter para satisfazer suas necessidades e ter uma vida digna;
- a linha de indigência, isto é, a renda necessária para custear uma cesta de alimentos que satisfaça um nível mínimo de necessidades energéticas e proteínas para as pessoas sobreviverem.

O mais importante, porém, é detectar a pobreza para diminuí-la e combatê-la em várias regiões do mundo, principalmente nos lugares onde ela é crônica e mais aguda, como em países da África, da América Latina e da Ásia.

Abaixo tabela atualizada com a porcentagem de população em condições de pobreza no mundo, por região, em 2015.

Fonte (livro):  ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2016.
Fonte (internet):
http://www.amambainoticias.com.br/mundo/1-bilhao-de-pessoas-passam-fome-no-mundo
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/03/13/Por-que-o-mundo-vive-sua-pior-crise-de-fome-em-70-anos
https://oglobo.globo.com/mundo/onu-numero-de-pessoas-que-passam-fome-no-mundo-sobe-35-21143294
https://oglobo.globo.com/economia/onu-apresenta-novo-indice-para-avaliacao-da-pobreza-na-america-latina-2975619

2 de agosto de 2017

Organização e regionalização de um mundo desigual

Divisão da riqueza mundial
PIB per capita (em dólares)

Ponto de partida

Estudo do Credit Suisse, o Global Wealth Report 2014 mostra que 87% da riqueza mundial está concentrada em apenas 10% da população mundial.

1. Com o auxílio do mapa e do gráfico, indique três países que concentram parte dessa população.
2. Indique três países ricos que foram grandes colonizadores no passado e três pobres que foram colônias.

Fonte (livro): SILVA, Edilson Cândido da;JÚNIOR, Laercio Furquim. Geografia em rede. São Paulo, FTD, 2016.
Imagens: Opera Mundi
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa