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22 de março de 2022

MIGRAÇÕES

Movimentos migratórios

A população movimenta-se pelo espaço geográfico dentro de um mesmo país e, muitas vezes, atravessando oceanos e mudando de continente. Esses movimentos da população são chamados movimentos migratórios, que compreendem a imigração (entrada de pessoas de uma região ou país) e a emigração (saída de pessoas de uma região ou país). Quando acontecem dentro de um país, as migrações são internas; quando acontecem de um país para outro, são migrações internacionais.

A migração não é necessariamente algo em si bom ou ruim, apenas mais um entre tantos comportamentos dos seres humanos. Mas é uma ação de grande significado. Migrar transforma a pessoa, seu lugar de origem e seu destino.

As causas e as características da migração são muito variadas ao longo do tempo. Podem ser decisões de indivíduos ou um fenômeno coletivo. Podem ser a vontade própria ou forças externas ao desejo das pessoas.

Não é incomum a migração ser interpretada como um problema e não como um fenômeno social como tantos outros. Alguns discursos de governantes do mundo todo e também conversas cotidianas transmitem a preocupação com a eventual chegada de pessoas “estranhas”, revelando desconhecimento, medo e preconceito em relação ao migrante.

Questões para reflexão sobre o conteúdo

1. O Brasil é um país de imigrantes. Se você não for indígena, seus antepassados não nasceram no Brasil. Mas mesmo os povos nativos deslocavam-se com frequência pelo território, antes de assim serem forçados a fazer após a invasão dos europeus. O que pode levar as pessoas a emigrarem, muitas vezes para países distantes? É possível classificar os motivos em positivos e negativos?

2. Você já pensou em emigrar? Por quê?

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA E HABILIDADE DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS


2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.
(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais. De modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2016.
VICENTINO, Cláudio; CAMPOS, Eduardo; SENE, Eustáquio. Diálogos em ciências humanas: mundo em movimento. São Paulo: Ática, 2020.

4 de dezembro de 2020

Injustiça socioespacial

De acordo com Paviani (2007)

"Trabalho, desemprego e migrações estão interligados em teoria e na vida real, independentemente do meio geográfico em que acontecem. [...] Mobilidade espacial e desemprego ocasionam impactos sobre o espaço, no meio rural ou urbano". 

Segundo o autor, "a abordagem geográfica pode vislumbrar de que forma ambientes fortemente hostis ao homem tornam-se propícios às migrações em todos os quadrantes do planeta".

O processo migratório que envolve populações oriundas da região Nordeste para outras partes do Brasil tem como fatores determinantes a seca e a estagnação econômica. Devido à intensa exploração monocultora dos solos no passado, o Nordeste é hoje periodicamente castigado por períodos alternados de secas e enchentes. Em consequência, milhões dos seus naturais vivem fora da região.

Imagem: Severino Silva / Agência O Dia

Fonte: 
PAVIANI, Aldo. Migrações com desemprego: injustiça social na configuração urbana. Cadernos Metrópole, núm. 17, janeiro-junho, 2007, p. 13-33. Pontifícia Universidade de São Paulo. São Paulo. Disponível em https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/8761
http://nasombradojuazeiro.com.br/2020/07/18/o-nordeste-a-grande-fonte-da-migracao-nacional/

2 de novembro de 2020

Êxodo rural

 
Imagem: Tarsila do Amaral , na obra Segunda Classe,
retrata o êxodo rural (Reprodução)

A saída da população das zonas rurais para as zonas urbanas, chamada de êxodo rural, é o principal movimento populacional interno brasileiro.

As difíceis condições dos moradores das áreas rurais, como a concentração de terras, superexploração da mão de obra, poucas oportunidades de trabalho para os jovens, secas prolongadas, baixos salários, mecanização de algumas lavouras e, principalmente, a industrialização que se acentuou após a Segunda Guerra Mundial, são as principais causas do intenso êxodo rural brasileiro. A ilusão de melhores condições de vida na cidade, como bons empregos nas indústrias e nos serviços, salários mais altos, maior acesso à assistência médica e educação, também foi um atrativo que provocou a mudança de populações do campo para a cidade.

O êxodo rural, a partir das décadas de 1950 e 1960, deu início ao intenso processo de urbanização, que se caracterizou pelo grande crescimento da população urbana e a diminuição proporcional da população rural. Outra consequência desse movimento migratório foi o surgimento, nos grandes centros urbanos, de uma vasta massa de excluídos que passou a habitar as periferias das grandes cidades, em bairros desprovidos de infraestrutura, de transportes e de saneamento básico, muitas vezes formando favelas. Houve também os casos dos migrantes que ficaram em pior situação e, sem alternativa, tiveram que viver nas ruas.

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017. 

18 de novembro de 2019

Por que as pessoas migram?

 
Obra Segunda Classe - Tarsila do Amaral
Imagem: Reprodução
Começamos o nosso estudo sobre migrações pela análise visual da obra Segunda Classe, da artista brasileira Tarsila do Amaral. O que observamos na pintura? Fisionomias tristes e intimidadas. As mulheres parecem querer se esconder atrás dos homens, com exceção da senhora do centro que carrega no colo a criança de branco. As crianças passam a impressão de estarem tímidas e assustadas. O que lhes aguarda nessa nova vida que vão enfrentar?
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa