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17 de novembro de 2020

Transporte rodoviário

Na época do Brasil colonial foram abertos muitos caminhos que ligavam as áreas de produção aos portos que enviavam as mercadorias para a Europa. Era preciso vencer os terrenos montanhosos, trechos difíceis de serem superados dentro das matas fechadas, principalmente em tempo de chuvas.

Uma delas, hoje rota turística, é a Estrada Real, que reúne o Caminho Velho, o Caminho Novo e a Rota dos Diamantes, no estado de Minas Gerais.

A primeira estrada de rodagem brasileira foi a União e Indústria, construída em 1861 por Mariano Procópio Ferreira Lage. Ligava Petrópolis e Três Rios, no Rio de Janeiro, a Juiz de fora, em Minas Gerais. A primeira rodovia pavimentada do Brasil foi inaugurada em 1928, ligando a cidade do Rio de Janeiro a Petrópolis. Essa rodovia é um trecho da BR-040, e é denominada rodovia Washington Luís, em homenagem ao ex-presidente Washington Luís, que ficou conhecido por construir diversas rodovias entre 1926 e 1930.

A implantação da indústria automobilística, na metade do século passado, foi fundamental para a consolidação do transporte rodoviário como o mais utilizado no Brasil. O transporte rodoviário é responsável por cerca de 65% da movimentação de cargas no ano de 2015, segundo a Empresa de Planejamento e Logística S.A. 

As rodovias brasileiras na atualidade são classificadas conforme a jurisdição a que estão submetidas. Podem ser federais, estaduais ou municipais.

As rodovias federais no Brasil recebem uma nomenclatura própria que é definida pela sigla BR seguida de três algarismos. O primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, de acordo com as definições estabelecidas no Plano Nacional de Viação. Os dois outros algarismos definem a posição a partir da orientação geral da rodovia, relativamente à capital federal e aos limites do país (norte, sul, leste e oeste).

Fonte: Coordenação-Geral de Gestão da Informação – CGINF/DPI/SFPP/MINFRA.
A malha rodoviária federal do Brasil possui atualmente extensão total de 75,8 mil km, dos quais 65,4 mil km correspondem a rodovias pavimentadas e 10,4 mil km correspondem a rodovias não pavimentadas.


Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017.
https://antigo.infraestrutura.gov.br/rodovias-brasileiras.html

Transportes no Brasil

 

Imagem: Reprodução

Os transportes são fundamentais para a economia de um país. Sem rede de circulação, as indústrias não teriam acesso às matérias-primas, não teriam condições de escoar sua produção nem fazê-las chegar até os consumidores. Entretanto, essa não é a única função dos transportes: eles são fundamentais para a movimentação de pessoas, tanto para trabalho como para lazer e turismo. O setor também gera empregos e renda, representando uma importante alternativa para investimentos nacionais e estrangeiros, sendo parte importante da economia de um país.

O setor de transportes é essencial para que um país tenha competitividade no mercado internacional. No entanto, os modais de transportes no Brasil impõem grandes limitações ao crescimento e à expansão da economia.

Muitos países de dimensões continentais como o Brasil geralmente apresentam grandes dificuldades para a instalação de uma infraestrutura de transportes. Alguns deles realizaram obras importantes visando a integração de seu território e o escoamento da produção agrária e industrial. É o caso dos Estados Unidos, que contam com uma rede de transportes que inclui ferrovias, rodovias, hidrovias, portos bem aparelhados, além de uma eficiente malha aeroviária.

Infelizmente, isso não foi o que aconteceu com o Brasil: a dimensão do território brasileiro e a falta de políticas para o setor de transportes sempre foram obstáculos para o estabelecimento de uma rede de transportes eficiente. O resultado é que, atualmente, os modais de transportes no país impõem grandes limitações ao crescimento e à expansão da economia, porque na era dos blocos econômicos e da luta pelos mercados, é imprescindível contar com uma rede de transportes bem estruturada.

Há muito tempo o Brasil sofre perdas constantes em razão do alto custo dos serviços do setor de transportes e da má conservação de portos, rodovias e locais de armazenagem dos produtos a serem exportados. Essa deterioração foi resultado de investimentos insuficientes em infraestrutura, pelo menos nas últimas décadas. É urgente a necessidade de investir no transporte aéreo, nas rodovias, ferrovias e hidrovias. A melhoria da infraestrutura poderá auxiliar a reduzir os custos, colocando os produtos no mercado mundial com maior competitividade.

Alguns problemas da infraestrutura de transporte brasileira que exigem atenção:

  • o alto custo da manutenção de rodovias e ferrovias e da conservação da frota de veículos;
  • a necessidade de aparelhamento e de modernização dos portos fluviais e marítimos, dos aeroportos e da infraestrutura de armazenagem de produtos para exportação, etc.;
  • a maior concentração de ferrovias, aeroportos, portos e rodovias no Centro-Sul, região mais industrializada e populosa do país.
Modais de transportes no Brasil

A matriz de transportes de carga brasileira está baseada no uso inadequado dos modais. Existe uma sobrecarga no transporte rodoviário em razão da cultura do "rodoviarismo", tanto para o transporte de carga como para o de passageiros.

A multimodalidade, isto é, a integração entre os diferentes modais de transporte, é a situação ideal para o desenvolvimento da infraestrutura de transporte, diminuindo o custo do frete e aumentando a eficiência logística.

O Brasil precisa pensar o setor de transporte de forma mais integrada, valorizando outros modais, como as hidrovias, a navegação de cabotagem (ao longo da costa) e as ferrovias.
Imagem: Reprodução

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017. 

28 de outubro de 2020

Logística

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

O termo tem origem militar e envolve aspectos táticos e estratégicos das operações das Forças Armadas no campo de batalha. Recentemente passou a ser usado na economia para definir o planejamento, a execução e o controle do fluxo de mercadorias e serviços, assim como das informações relativas a eles e a infraestrutura de transportes e armazenagem, buscando otimizar a circulação e reduzir custos.

Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione. 2017.

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa