Os grandes biomas terrestres - parte 2

Na primeira parte do estudo sobre biomas vimos a relação entre biomas e clima e estudamos os biomas das regiões temperadas e frias (tundra, floresta boreal, floresta temperada, pradarias, estepes e vegetação mediterrânea), Hoje damos sequência ao assunto abordando os biomas das regiões tropicais (floresta tropical e savana), deserto e vegetação de altitude ou de montanha. 

A área de ocorrência dos biomas tropicais é delimitada pelos trópicos de Câncer e de Capricórnio e atravessada pelo equador.. É uma região dominada por massas de ar quente e em geral úmido, tropicais e equatoriais, com temperatura média do mês mais frio igual ou superior a 18°C. A biodiversidade é uma característica das regiões tropicais, que é marcada por dois grandes biomas: as florestas tropicais e as savanas.

Floresta Tropical

Por Ville Koistinen (User:Vzb83) - Image:Vegetation.png, CC BY-SA 3.0

Ocupam uma extensa área na faixa tropical da América do Sul, América Central, África, Ásia e Austrália. Se desenvolvem nas regiões de clima tropical quente e úmido graças ao elevado índice pluviométrico. São, por isso,formações higrófilas e latifoliadas, extremamente heterogêneas, que se localizam em baixas latitudes na América, na África e na Ásia. Nessas regiões predominam climas tropicais e equatoriais e espécies vegetais de grande e médio portes, como o mogno, o jacarandá, a castanheira, o cedro, a imbuia e a peroba, além de palmáceas, arbustos, briófitas e bromélias. As florestas tropicais possuem a maior biodiversidade do planeta,com muitas espécies ainda desconhecidas. Os principais exemplos são a floresta Amazônica, a floresta do Congo (África) e a da Indonésia (Ásia). Por sua localização e características são denominadas florestas equatoriais.

Mais afastadas do equador, a floresta recebe menor quantidade de calor e chuva, por isso é menos exuberante do que a floresta equatorial. Nessa área ela já foi quase totalmente destruída pelo ser humano. Apenas pequenas manchas de floresta foram conservadas. É o caso da mata Atlântica, que já recobriu uma grande faixa da área litorânea do Brasil, das florestas da Costa Rica, do Sudeste Asiático e do norte da Austrália.

Mata Atlântica preservada no Parque Nacional da Tijuca. Foto: Peterson de Almeida/Wikiparques.

Floresta Amazônica - foto Vanessa Gama

Savana

Por Allice Hunter - File:World Köppen Classification (without labels).svg, CC BY-SA 4.0

Geralmente localizadas nos limites das florestas tropicais, as savanas são formações típicas de regiões de clima tropical continental, com duas estações bem definidas: uma chuvosa, que coincide com o verão; e uma seca, nos meses de inverno.

As savanas desenvolvem-se em regiões com muita chuva, porém concentrada em poucos meses do ano. Formação vegetal complexa que apresenta estrato arbóreo, arbustivo e herbáceo, as savanas são encontradas em grandes extensões da África, na América do Sul (no Brasil corresponde aos cerrados) e em menores porções na Austrália e na Índia. Sua área de abrangência tem sido muito utilizada para a agricultura e a pecuária, o que acentuou a sua devastação, como tem ocorrido no Brasil central. No continente africano esse bioma abriga animais de grande porte, como leões, elefantes, girafas, zebras, antílopes e búfalos.

https://decologia.info/ecosistemas/sabana/

Desertos e semidesertos

Por Vzb83, CC BY-SA 3.0

Os desertos têm em comum o fato de receberem poucas precipitações irregulares e apresentam baixíssimas taxas de umidade relativa do ar, céu com poucas nuvens e evaporação elevada. Nas margens dos grandes desertos, encontram-se regiões menos secas do que esses biomas, com climas semiáricos, consideradas semidesertos, como a região do Sahel, nas margens do deserto do Saara.

Biomas cujas espécies vegetais estão adaptadas à escassez de água em regiões de índice pluviométrico inferior a 250 mm anuais.A vegetação de deserto é composta de plantas de pequeno porte, que se espalham pela extensão arenosa. São espécies vegetais xerófilas, destacando-se as cactáceas. Algumas dessas plantas são suculentas e não possuem folhas ou evoluíram para espinhos, reduzindo a perda de água pela evapotranspiração. Essas plantas aparecem nos desertos da América, África, Ásia e Oceania. No Saara, em lugares onde a água aflora à superfície, surgem os oásis, onde há palmeiras.

Vegetação de altitude

Imagem: Santilanna

Nas grandes altitudes (acima de 3000 m) as montanhas não apresentam vegetação. A cobertura vegetal alcança de 2500 a 3000 m. É composta de plantas orófilas, que formam uma vegetação rasteira - os campos alpinos, com espécies adaptadas às baixas temperaturas e à seca. Esse bioma aparece nas grandes cadeias de montanhas, como os Andes (América do Sul), as montanhas Rochosas (América do Norte), os Alpes (Europa), o Himalaia (Ásia), entre outras.

Em regiões montanhosas há uma grande variação altitudinal da vegetação. À medida que aumenta a altitude e diminui a temperatura, os solos ficam mais rasos e a vegetação mais esparsa. Nessas condições, surgem as florestas nas áreas mais baixas e, nas mais altas, os campos de altitudes.
Veja também
- Quadro comparativo Biomas da Terra AQUI.

- Questões discursivas biomas AQUI.

Fonte (livros): 

MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil; espaço geográfico e globalização. Vol, 1. São Paulo: Editora Scipione, 2017.
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. Vol. 1. São Paulo: Editora Ática, 2017.
Fonte (internet):
https://www.sosma.org.br/
https://www.sosamazonia.org.br/conteudo/
https://decologia.info/ecosistemas/sabana/
https://www.achetudoeregiao.com.br/animais/montanhas.htm
https://www.colegioweb.com.br/geografia/tundra-clima-vegetacao-e-fauna.html