Em 1941, o IBGE elaborou a primeira divisão regional oficial do Brasil. O país foi dividido em cinco grandes regiões, utilizando o critério de região natural, que é definida como uma área geográfica caracterizada por um ou mais aspectos naturais, como o clima, o relevo ou a vegetação. Essa primeira divisão regional do Brasil foi regulamentada em 1942. Veja o mapa a seguir.
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Aprofundando esses estudos, em 1945 foi proposta uma nova regionalização, que dividiu o Brasil em zonas fisiográficas que se baseavam nos aspectos naturais e socioeconômicos e na posição geográfica das áreas analisadas. Essa divisão regional serviu de base para o levantamento de estatísticas do instituto até 1970. Veja esta nova regionalização no mapa abaixo.
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Mais tarde, principalmente na década de 1960, com a preocupação com as crescentes desigualdades regionais de interação das forças produtivas com o meio natural, bem como a necessidade de diminuí-las e de promover a integração entre as diversas regiões do país, foi preciso empreender uma nova divisão regional. O critério adotado foi o de regiões homogêneas.
O conceito de região homogênea é mais abrangente que o de região natural, pois vai além dos aspectos criados pela natureza. É definido pelo conjunto de elementos naturais, sociais e econômicos da região. Com esse novo critério foram definidas cinco regiões, que passaram a ser a base do levantamento estatístico do IBGE que ajudou a determinar quais eram as regiões menos desenvolvidas e que passaram a receber maior atenção das políticas públicas. Veja no mapa abaixo quais são essas cinco regiões.
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A partir de então, houve mudanças apenas na divisão político-administrativa, como você pode ver no mapa a seguir.
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A divisão regional do Brasil é utilizada pelo IBGE para objetivos variados: reconhecer áreas urbanas e rurais: aplicação das políticas públicas, como educacionais e de saúde; uma forma de escolher áreas onde estabelecer obras que tenham retorno econômico, de impostos e de emprego; ou seja, auxiliar o planejamento governamental de modo geral. Como, apesar da divisão do país, as áreas das grandes regiões ainda são muito expressivas, esse instituto também trabalha com diferentes divisões territoriais menores para agilizar o desenvolvimento do seu trabalho. Dentre elas podemos citar: regiões metropolitanas, regiões integradas de desenvolvimento e outras.
Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. Vol. 3. São Paulo: Ática, 2016
Refletindo sobre o conteúdo (textos Organização e divisão político-administrativa do Brasil e A divisão regional do Brasil)
1. Leia o texto abaixo, depois responda às questões.
Pará, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina receberam, no total, cinco municípios em 2013. Com os novos mapas municipais, o Brasil passa a ter 5570 municípios. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
[...]
A Constituição Federal e as estaduais dão autonomia a eles, regidos por uma Lei Orgânica aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal. O chefe municipal é o prefeito, escolhido entre maiores de 21 anos para exercer mandato de quatro anos. As eleições são diretas e simultâneas.
O prefeito tem atribuições políticas e administrativas que se consolidam em atos do governo e se expressam no planejamento de atividades, obras e serviços municipais. Cabem ao prefeito, ainda, a apresentação, sanção, promulgação e o veto de proposições e projetos de lei.
[...]
BRASIL. Disponível em: <www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2013/06/cresce-numero-de-municipios-no-brasil-em-2013>
a) Você se recorda quem é o prefeito atual de sua cidade e o partido a que está filiado?
b) O que é Lei Orgânica de um município?
2. Faça as atividades propostas.
a) Defina região natural.
b) Defina região homogênea.
c) Diferencie os conceitos de região natural e região homogênea.
3. Destaque as principais mudanças realizadas na divisão regional do Brasil de 1970.
4. Analise a notícia publicada em uma revista mensal brasileira.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira que o Brasil já tem mais de 202 milhões de habitantes. E as grandes cidades são as responsáveis por acolher a maior parte desta enorme população - que é a quinta maior do mundo.
As 200 maiores cidades do país representam apenas 3,5% de todos os municípios brasileiros, mas concentram exatamente a metade do total de moradores do Brasil.
[...]
Chama atenção também o fato de que 17 cidades brasileiras têm mais de 1 milhão de habitantes. São Paulo é a única que têm mais de 10 milhões de moradores e lidera com folga o ranking.
EXAME. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/brasil/as-200-cidades-mais-populosas-do-brasil/>
Explicar o parágrafo sublinhado.
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