Os processos erosivos são condicionados basicamente por alterações do meio ambiente, provocadas pelo uso do solo nas suas várias formas, desde o desmatamento e a agricultura, até obras urbanas e viárias, que, de alguma forma, propiciam a concentração das águas de escoamento superficial.
Existem causas físicas e causas mecânicas para a erosão. As causas físicas são oriundas das forças da natureza que, pela inexistência de proteção, atuam sobre o solo, prejudicando-o em suas qualidades naturais. Já as causas mecânicas se originam pela ação das máquinas e implementos agrícolas, comprimindo o solo ou mobilizando-o excessivamente.
Segundo OLIVEIRA et al (1987), este fenômeno de erosão vem acarretando, através da degradação dos solos e, por consequência, das águas, um pesado ônus à sociedade, pois além de danos ambientais irreversíveis, produz também prejuízos econômicos e sociais, diminuindo a produtividade agrícola, provocando a redução da produção de energia elétrica e do volume de água para abastecimento urbano devido ao assoreamento de reservatórios, além de uma série de transtornos aos demais setores produtivos da economia.
A erosão hídrica dos solos é a mais preocupante no Brasil, pois desagrega e transporta o material erodido com grande facilidade, principalmente em regiões de clima úmido, onde os resultados são mais drásticos. A erosão hídrica é o transporte, por arrastamento, de partículas do solo pela ação das águas. É um dos principais fatores de desagregação dos solos agrícolas, sendo que no sul do Brasil os maiores problemas ocorreram nas décadas de 1970 e 1980 com o avanço da modernização agrícola.
A erosão causada pela água pode ser laminar, em sulcos ou em voçorocas, que é a forma mais avançada da erosão, ocasionada por grandes concentrações de enxurrada que passam, ano após ano, no mesmo sulco, que vai ampliando pelo deslocamento de grandes massas de solo, formando grande cavidades em extensão e profundidade.
Como a erosão é efeito e não causa, para recuperar o solo é fundamental dar a ele condições de se regenerar para voltar a ter, pelo menos em parte, suas condições naturais.
Imagem: Voçoroca no Rio Grande do sul
Experimento erosão hídrica
É interessante trabalhar com os alunos para que eles possam entender o efeito do desmatamento e da retirada da mata ciliar sobre o solo.
3 galões de água de 20 litros
Solo
Grama viva.
Restos vegetais mortos, serrapilheira (folhas secas, ramos, pequenos
galhos).
3 garrafas PET.
Barbante.
Como fazer o experimento:
Corte os 3 galões pelo comprimento e em cada um você vai simular a realidade dos solos .
No galão nº 1 você vai plantar a grama viva, simulando o solo com uma boa cobertura vegetal, que não sofre danos pela água da chuva.
No galão nº 2 você vai simular um solo com uma cobertura vegetal morta, como se faz no plantio direto, em que o solo também fica protegido da erosão hídrica por essa cobertura vegetal.
No galão n° 3 vai simular o solo nu, em que foi retirada toda a cobertura vegetal e o processo de degradação do solo é muito intenso.
Fonte:
ARAÚJO, Regina Bolico. Monografia Degradação dos solos por erosão hídrica e o meio ambiente. Pós-Graduação em Educação Ambiental e Gestão de Recursos Naturais.
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