A maior parte da água do mundo é salgada e o percentual de água potável pronta para o consumo é muito pequeno. Porém, esse percentual de água doce não está disponível para consumo, a maior parte está em forma de geleiras ou neves eternas (68,9%), uma parte é de água doce presa no subsolo (29,9%), uma outra parte (0,9%) é de água salobra dos pântanos e apenas uma parte mínima (0,0002%) é de água potável pronta para o consumo.
Apenas alguns poucos países do mundo detém a maior parte da água do planeta. São eles: Brasil, Rússia. Estados Unidos, Canadá, China, Índia, Indonésia, Colômbia, Peru, Zaire e Papua Nova Guiné.
O Brasil é um dos países mais bem servidos de recursos hídricos do planeta, possui 12% dos recursos hídricos mundiais, porém esse recurso é muito mal distribuído e muito mal aproveitado. É na Região Amazônica que se concentram 80% dos recursos hídricos e há falta de água no Agreste e no Sertão nordestinos. Poluição dos rios e nascentes, ocupação irregular do solo, falta de esgotos, degradação ambiental e desperdício são os grandes problemas existentes no nosso país e que afetam o nosso abastecimento de água. Em metrópoles como São Paulo o problema atinge dimensões catastróficas, uma prova é a poluição do rio Tietê, quadro terrível que dificilmente poderá ser revertido, a não ser à custa de muito dinheiro. Por causa da abundância de água no nosso país, ela sempre foi gratuita e usada sem critério. Somente o tratamento da água é cobrado e, por isso, o desperdício é imenso.
Imagem: Reprodução
Fonte: Tese de Doutorado do Prof. Maurício Waldman. Recursos hídricos e a rede urbana mundial: dimensões global da escassez,
Fonte internet: ANA - Agência Nacional de Águas, Conpet, Asfagro.
Mata ciliar é a vegetação que cerca margens e encostas. Essas são muito importantes para a manutenção do meio ambiente.Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária.
A razão é que essa mata tem o papel fundamental de reter e filtrar resíduos dos rios, processo que evita a poluição e protege as margens contra assoreamentos que provocam enchentes. Além disso, conserva o solo, o que ajuda no controle biológico das pragas.
A manutenção da mata ciliar diminui a população dos borrachudos, mosquitos sugadores de sangue, pois aumenta a população de seus inimigos naturais, como pássaros e peixes. É muito importante para a preservação da mata não deixar animais de médio e de grande porte, como gado, cabras e cavalos, circularem no local. O excesso de pisoteio compacta o solo, além deles se alimentarem das plantas em desenvolvimento.
A lei nº 4.771/65 no Código Florestal define a mata ciliar como área de preservação permanente, que deve ser mantida intocada.
Em caso de degradação, é necessário uma recuperação imediata, com o plantio de espécies adequadas. As melhores espécies são as nativas da própria região que se adaptam mais rapidamente e suas mudas são encontradas com mais facilidade.
A mata ciliar é responsável por:
* Reter/filtrar resíduos de agroquímicos, evitando a poluição dos cursos d’água
* Proteger contra o assoreamento dos rios e evitar enchentes
* Formar corredores para a biodiversidade
* Recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares
* Conservar o solo
* Auxiliar no controle biológico das pragas
* Equilibrar o clima
* Melhorar a qualidade do ar, água e solo
* Manter a harmonia da paisagem
* Melhorar a qualidade de vida
A mata ciliar protege os rios do acúmulo de terra, areia e outros sedimentos e evita as enchentes.
A margem de um rio ou riacho jamais poderia ficar desmatada.
Como deveria ser: margens protegidas.
Fonte: Revista Natureza, edição 229, fevereiro de 2007 (Clube dos amantes da Natureza), Fundação Verde, Educação Ambiental Dois Córregos.
Introduzimos o nosso estudo sobre os biomas do Brasil localizando-os no mapa, que mostra a sua distribuição no território do país.
Por High source - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0
Bioma é conceituado, segundo o IBGE, como um "conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria".
Como a vegetação é um dos componentes mais importantes da biota, seu estado de conservação e de continuidade definem a existência ou não de habitats para as espécies, a manutenção de serviços ambientais e o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência de populações humanas. Para a perpetuação da vida nos biomas, é necessário o estabelecimento de políticas públicas ambientais, a identificação de oportunidades para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade.(https://www.mma.gov.br/biomas.html)
O Brasil é formado por seis biomas de características distintas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal.
Nós, brasileiros (as), moramos em um país com uma diversidade climática enorme. Em consequência, temos uma gigantesca diversidade vegetal e animal em nossos biomas, Algumas espécies da Amazônia nem foram descobertas e catalogadas. No entanto, os nossos biomas estão sofrendo degradação ambiental desde que essas terras foram colonizadas por portugueses a partir de 1500. E continua até hoje.
Temos a Amazônia gigantesca, que já perdeu parte de seu território e, ainda assim, é o bioma com maior área no Brasil. Temos o cerrado, com uma riqueza que não percebemos em um primeiro olhar, com uma diversidade vegetal e animal que não temos ideia. O pampa com tantas espécies animais, no entanto, com um solo extremamente fragilizado pela pecuária. E o bioma pantanal, patrimônio natural mundial, degradado pela expansão das monoculturas, pelo garimpo, pela pesca e caça predatórias. A caatinga, outro bioma com tanta riqueza não percebida, também castigado pela pelo rápido processo de desertificação.
Cada um desses biomas tem um conjunto de organismos vivos que vivem nesses ambientes, que fornecem as condições de vida adequada para cada espécie, seja animal ou vegetal. Qualquer interferência humana pode romper com esse equilíbrio tão importante e levá-los à extinção.
Para saber mais sobre o assunto, é só clicar em cima do nome do bioma para ir nas postagens feitas anteriormente.
Iniciamos nosso estudo sobre o bioma Pampa através do mapa com a localização no território do Brasil.
Por Jjw - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0
O pampa é também chamado de campos do sul ou campos sulinos e ocupa uma área de 176.496 Km² correspondente a 2,07% do território nacional e que é constituído principalmente por vegetação campestre.No Brasil o pampa só esta presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho. Além das fronteiras do país, ele se estende por terras do Uruguai e da Argentina O bioma caracteriza-se pela grande riqueza de espécies herbáceas e várias tipologias campestres, compondo em algumas regiões, ambientes integrados com a floresta de araucária.
Nos campos do sul já foram encontradas 102 espécies de mamíferos, 476 de aves e 50 de peixes.
São chamados de pampas os campos mais planos que estão localizados ao sul do estado do Rio Grande do Sul. Neles existe uma vegetação campestre, que parece um imenso tapete verde. Nos pampas predominam espécies que medem até um metro de altura. São comuns as gramíneas, que às vezes transformam os campos em grandes capinzais.
Na região dos pampas o solo é fértil. Por isso, estes campos são normalmente procurados para desenvolvimento de atividades agrícolas.
O relevo nos campos sulinos é suavemente ondulado. Predominam planícies, mas podem ser encontradas algumas colinas, na região conhecidas como “coxilhas”. Além das coxilhas existem também alguns planaltos onde cavernas e grutas são comuns.
Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o Uruguai, o Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em duas bacias hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Tratam-se de rios que apresentam boas condições para navegação.
Próximo ao litoral existem muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos, localizada no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a segunda maior da América Latina, com 265 km de comprimento.
O clima da região é o subtropical úmido. O que isso significa que nos campos sulinos, os verões são quentes, os invernos são frios e chove regularmente durante todo o ano.
A região geomorfológica do planalto de Campanha é a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul.
A vocação da região de Campanha está na pecuária de corte. As técnicas de manejo adotadas não são adequadas para as condições desses campos, e a prática artesanal do fogo ainda não é bem conhecida em todas as suas consequências. As pastagens são, em sua maioria, utilizadas sem grandes preocupações com a recuperação e a manutenção da vegetação. Os campos naturais no Rio Grande do Sul são geralmente explorados sob pastoreio contínuo e extensivo.
Outras atividades econômicas, baseadas na utilização dos campos, são as culturas de arroz, milho, trigo e soja, muitas vezes praticadas em associação com a criação de gado bovino e ovino. No alto Uruguai e no planalto médio a expansão da soja e também do trigo levou ao desaparecimento dos campos e à derrubada das matas. Atualmente, essas duas culturas ocupam praticamente toda a área, provocando gradativa diminuição da fertilidade dos solos. Disso também resultam a erosão, a compactação e a perda de matéria orgânica.
Imagem: Eduardo Amorim
Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."