25 de outubro de 2020

Boaventura de Sousa Santos

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Boaventura de Sousa Santos nasceu em Coimbra, a 15 de Novembro de 1940. É Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale (1973) e Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison. É também diretor Emérito do Centro de Estudos Sociais e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa, ambos da Universidade de Coimbra.

É defensor da aproximação entre ciência e senso comum e incentivador da ação dos movimentos sociais como meio de enfrentar crises. De 2011 a 2016 dirigiu o projeto de investigação Alice - espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo.

Tem trabalhos publicados sobre globalização, sociologia do direito, epistemologia, democracia e direitos humanos. Os seus trabalhos encontram-se traduzidos em espanhol, inglês, italiano, francês, alemão, chinês e romeno.

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
http://www.boaventuradesousasantos.pt/pages/pt/homepage.php

Positivismo

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Corrente de pensamento criada pelo filósofo francês Augusto Comte (1798-1857), o Positivismo está relacionado ao surgimento da Sociologia como ciência. Seu método exige que o investigador assuma uma atitude laica e pragmática na busca dos princípios que governam a vida social, como um físico que procura identificar as leis do mundo natural. O Positivismo defende o princípio de que a ciência é o caminho para o progresso da humanidade e que só se pode afirmar que uma teoria é correta se ela for comprovada por meio de métodos científicos válidos. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX, período em que chegou ao Brasil, tendo exercido significativa influência no país, que expressa em sua bandeira republicana o lema positivista "Ordem e progresso".

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.

Senso comum

O senso comum compreende o conjunto de saberes e práticas produzidos com base nas experiências concretas das sociedades humanas. É construído pela observação e pelo aprendizado diante dos fenômenos cotidianos. É transmitido socialmente aos longo das gerações, em uma ou mais coletividades.

Para o sociólogo, escritor e professor português Boaventura de Sousa Santos, podemos chamar de senso comum aquele conhecimento vulgar e prático que nos orienta cotidianamente.

Na filosofia, o termo é utilizado para explicar as interpretações feitas pelos indivíduos para a realidade que os cercam sem estudos prévios ou provas científicas.

Exemplo de senso comum: 
* Chinelo virado pode matar a mãe.
* Se alguém varrer os teus pés você não vai casar.
* Palma da mão coçando é sinal de dinheiro chegando.
* Se a minha orelha esquentar alguém está falando de mim.

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/senso-comum.htm
https://www.todamateria.com.br/senso-comum/
https://www.stoodi.com.br/guias/dicas/o-que-e-senso-comum/
https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/69440-minha-vo-ja-me-dizia-30-supersticoes-e-crendices-populares.htm

Iluminismo


Movimento intelectual surgido na Europa no século XVIII. O Iluminismo teve grande influência nas transformações políticas e econômicas ocorridas nesse período. Suas propostas mais relevantes foram a defesa da liberdade econômica e política e a valorização da ciência como principal meio de compreensão do mundo. Seus ideais serviram aos interesses da burguesia nascente contra a estrutura social do Estado absolutista. John Locke, Voltaire, Charles de Montesquieu, Jean-Jacques Rousseau e Adam Smith são alguns dos principais teóricos do Iluminismo e tiveram papel central na construção do pensamento social contemporâneo.

Doutrina que valorizava a razão, baseada na ciência como forma de conhecimento do mundo. Os iluministas acreditavam na possibilidade da convivência harmoniosa em sociedade, pregavam a liberdade individual, política, econômica e religiosa, e negavam o absolutismo monárquico. Um dos pensadores precursores  que influenciaram o movimento iluminista foi o inglês John Locke (1632-1704), que no século XVII fundamentou ideias liberais que contestavam o sistema da época: os governos devem ser limitados nos seus poderes: devem garantir o respeito aos direitos naturais do povo - a proteção da vida, da liberdade e da propriedade; governos só existem pelo consentimento dos governados, pois todos os homens nascem livres e iguais. O iluminismo teve desdobramentos na Europa, na América e em outras regiões do mundo, inspirando movimentos revolucionários e de independência.

Fonte: 
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa