A diferença mais importante entre mapa, carta e planta reside na escala cartográfica empregada em cada uma dessas representações.
1. Mapas
Segundo o IBGE, os mapas são elaborados em escalas muito pequenas (em geral menores que 1: 1000.000) e com baixo grau de detalhamento.
2. Cartas
As cartas geralmente são concebidas em escalas de médias a grandes (entre 1: 25.000 e 1: 250.000), mas apresentam elevado grau de precisão e detalhamento porque são resultados de levantamento sistemático e possuem folhas articuladas.
3. Plantas
As plantas são feitas em escalas muito grandes (maiores que 1: 25.000), com alto grau de precisão das medidas (não precisam considerar a curvatura da Terra) e bastante detalhamento.
Fonte: IBGE, Sala Geo, Jardins com histórias.
Fonte mapas: IBGE e Google.
Nas aulas de geografia, dentro do estudo da cartografia, analisamos as projeções cartográficas e percebemos que todos os mapas mostram algum tipo de distorção. Essas distorções acontecem porque os cartógrafos elaboram uma representação bidimensional (mapa) a partir de uma representação tridimensional (a Terra). Mas será que temos ideia do tamanho real dos países?
Vou dar como exemplo a projeção de Mercator, uma projeção cilíndrica conforme, que mantém as formas dos países e continentes, mas não mantém a proporção, ou seja, aumenta muito o tamanho das áreas continentais do hemisfério norte. Podemos observar que a Groenlândia parece ser do mesmo tamanho que o continente africano. No entanto, a Groenlândia possui apenas 2.131.000 km² enquanto a África é 14 vezes maior, possuindo 30. 220.000 km².
Os mapas são muito importantes para o estudo de geografia, porém eles não são representações fieis da Terra. Nesse caso, os globos representam melhor o planeta.
As projeções são formas de se representar a Terra em um plano. O modelo mais fiel à forma original da Terra é o globo terrestre, porém ele é pouco prático e de difícil manuseio, em contrapartida, os planos são mais fáceis e didáticos, porém não conseguem manter 100% de fidelidade às características originais.
A projeção cartográfica é a representação de uma superfície esférica (a Terra) em um plano (o mapa). Por isso, todas as projeções apresentam deformações, devendo o geógrafo escolher o tipo de projeção que melhor atenda aos objetivos do mapa.
CLASSIFICAÇÃO DAS PROJEÇÕES CONFORME A FIGURA GEOMÉTRICA
Dependendo da figura geométrica empregada em sua construção, as projeções podem ser classificadas em: cilíndrica, cônicas e azimutal ou plana.
A projeção cilíndrica caracteriza-se por ser um tipo de projeção que ordena os paralelos e os meridianos em um invólucro arredondado que é desenrolado e posto em uma superfície plana. Os mais famosos exemplos são as projeções de Mercator, de Peters e de Robinson. Nessa projeção, minimizam-se as distorções nas regiões próximas ao Equador, que se elevam nas regiões mais próximas aos polos.
A Projeção de Mercator é uma projeção do tipo cilíndrica, criada como se uma tela fosse enrolada sobre o globo e, ao ser aberta, mostrasse os continentes. Ela se caracteriza por ser do tipo semelhante, pois nela as formas dos continentes são mantidas, mas a área deles é alterada: enquanto o Hemisfério Norte torna-se maior, o Hemisfério Sul diminui.
A projeção de Peters é uma projeção do tipo cilíndrica, que sacrifica a forma da superfície terrestre para manter a proporção das áreas dos continentes. Ela é muito utilizada para representar o Hemisfério Sul, sendo, muitas vezes, utilizada com o sul para cima e o norte para baixo.
A projeção de Robinson é a mais utilizada atualmente para representar o mapa-múndi. Ela altera tanto as formas quanto as áreas dos continentes, entretanto, nem as áreas e nem as formas são tão distorcidas quanto nas duas projeções anteriores, ficando em uma espécie de “meio-termo”. Nela, os paralelos são retos, mas os meridianos são curvados, como se acompanhassem a esfera terrestre.
As projeções cônicas se caracterizam por apresentarem os meridianos em uma rede de linhas retas que se encontram nos polos e com paralelos que formam círculos que aumentam de tamanho conforme vão se distanciando dos polos. São largamente utilizadas para representarem partes de continentes.
Na projeção azimutal ou plana, o mapa é construído sobre um plano que tangencia algum ponto da superfície terrestre. Pode representar qualquer ponto da Terra. Um uso comum é para retratar as regiões polares e suas proximidades. O emblema da ONU é uma projeção azimutal.
CLASSIFICAÇÃO DAS PROJEÇÕES CONFORME AS PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS
Dependendo das propriedades geométricas, as projeções podem ser classificadas em conformes, equivalentes, equidistantes e afiláticas.
Nas projeções conformes os ângulos são idênticos aos do globo. Nesse caso, as formas terrestres são mantidas sem distorções, mas altera o tamanho das suas áreas. O exemplo desse tipo de projeção é a de Mercator.
Nas projeções equivalentes, as áreas mantêm-se proporcionalmente idênticas às do globo terrestre, embora as formas estejam deformadas em comparação com a realidade. O exemplo dessa projeção é a de Peters.
Nas projeções equidistantes o centro da projeção é um ponto qualquer da Terra. Ela apresenta distorções nas áreas e nas formas dos continentes, que aumentam com o afastamento do ponto central. O exemplo é a projeção azimutal com centro no polo norte.
Nas projeções afiláticas não preserva as formas e as áreas, porém não distorce de forma tão acentuada como as projeções anteriores. O exemplo é a projeção de Robinson.
Fonte: MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil; espaço geográfico e globalização.
Exercícios Brasil Escola, Mundo Educação, Guia do Estudante
Capitalismo Informacional - Questões para o 2º ano do ensino médio
1) Em que período começou o capitalismo informacional?
2) Os produtos e serviços têm um conjunto cada vez maior de conhecimentos agregados a eles, valorizando-os. O que é conhecimento segundo o sociólogo Daniel Bell?
3) Segundo o geógrafo Milton Santos, o conhecimento se incorpora ao território, ao que ele chamou de meio técnico-científico informacional. Onde é predominante no mundo o meio técnico-científico-informacional?
4) Que países estão na vanguarda da Revolução Informacional?
5) Analise a tabela da pág. 23 e destaque:
a) O país com maior percentual em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) entre 2005 e 2014.
b) O país com o maior número de pesquisadores.
c) O país com mais artigos publicados em revistas científicas.
d) O país com maior receita em royalties e licenças.
6) Se as duas revoluções industriais anteriores foram impulsionadas pelo desenvolvimento de novas fontes de energia, o que impulsiona a atual revolução técnico-científica?
7) Escreva um resumo sobre a doutrina econômica neoliberalismo.
Abaixo um vídeo com o resumo dessa etapa do capitalismo
Respostas dos exercícios:
1. Capitalismo Informacional foi um termo criado pelo sociólogo espanhol Manuel Castells, em sua obra "Sociedade em rede". Essa etapa começou a se desenvolver após a Segunda Guerra, mas se intensificou a partir dos anos 1970 e 1980, quando diversas tecnologias contribuíram para aumentar a produtividade econômica e acelerar os fluxos materiais e imateriais - de capitais, mercadorias, informações e pessoas.
2. Segundo o sociólogo Daniel Bell, conhecimento é "um conjunto de exposições ordenadas de fatos e ideias que apresentam um juízo racional ou um resultado experimental, que se transmite a outros por meio de algum meio de comunicação de forma sistemática". Acrescenta que "o conhecimento é o que se conhece objetivamente, uma propriedade intelectual, ligado a um nome ou a um grupo de nomes e certificados por um copyright ou por alguma outra forma de reconhecimento social". Entretanto, não é apenas o conhecimento científico ou o reconhecimento e certificado que pode ser assim considerado.
O conhecimento tácito ou senso comum, que faz parte do nosso cotidiano e assegura a nossa percepção de realidade, também deve sê-lo.
3. Produtos e serviços têm crescente teor de conhecimento. Mas o conhecimento se incorpora ao território, constituindo o que o geógrafo Milton Santos chamou de meio técnico-científico informacional, que aparece predominantemente nos países desenvolvidos e nas regiões mais modernas dos países emergentes, e é a base dos fluxos da globalização.
4. Os países na vanguarda da Revolução Informacional são aqueles que lideram a Pesquisa e Desenvolvimento, com destaque para os Estados Unidos.
5. A partir da análise da tabela Países selecionados Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), destaca-se:
a) Coreia do Sul - 4,15% do PIB
b) Coreia do Sul - 6.457 (por milhão de habitantes)
c) Estados Unidos - 208.601
d) Estados Unidos - 130.361 milhões de dólares.
6) As duas revoluções industriais anteriores foram impulsionadas pelo desenvolvimento de novas fontes de energia - a primeira, por carvão mineral, e a segunda, por petróleo e eletricidade. A revolução ora em curso é impulsionada pelo conhecimento, embora, evidentemente, a energia continue sendo fator crucial, já que um computador de última geração não funciona sem energia elétrica ou bateria e os automóveis ainda são movidos predominantemente por combustíveis derivados de petróleo.
7) Neoliberalismo é a doutrina econômica vigente no período do capitalismo informacional. Os adeptos dessa doutrina buscam aplicar os princípios do liberalismo clássico ao capitalismo atual. Diferentemente dos anteriores, os teóricos neoliberais não creem na regulação espontânea do sistema. Visando disciplinar a economia de mercado, aceitam uma intervenção mínima do Estado para assegurar a estabilidade monetária e a livre concorrência, Também defendem a abertura econômica/financeira e a privatização de empresas estatais.
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."