20 de janeiro de 2017

A importância dos rios

Imagem: Salto Yucumã/RS - Vanderlei Debastiani - Domínio público
Um rio é um curso de água que flui da parte mais alta do relevo para a parte mais baixa.
Os rios foram e são até hoje um dos mais importantes recursos de sobrevivência da humanidade.
São eles que fornecem a maior parte da água que consumimos, com que preparamos os alimentos, para a irrigação de terras em atividades agrícolas e para a sustentabilidade da vegetação natural.

15 de janeiro de 2017

Recursos hídricos do Brasil

A maior parte da água do mundo é salgada e o percentual de água potável pronta para o consumo é muito pequeno. Porém, esse percentual de água doce não está disponível para consumo, a maior parte está em forma de geleiras ou neves eternas (68,9%), uma parte é de água doce presa no subsolo (29,9%), uma outra parte (0,9%) é de água salobra dos pântanos e apenas uma parte mínima (0,0002%) é de água potável pronta para o consumo.
Apenas alguns poucos países do mundo detém a maior parte da água do planeta. São eles: Brasil, Rússia. Estados Unidos, Canadá, China, Índia, Indonésia, Colômbia, Peru, Zaire e Papua Nova Guiné.

O Brasil é um dos países mais bem servidos de recursos hídricos do planeta, possui 12% dos recursos hídricos mundiais, porém esse recurso é muito mal distribuído e muito mal aproveitado. É na Região Amazônica que se concentram 80% dos recursos hídricos e há falta de água no Agreste e no Sertão nordestinos. Poluição dos rios e nascentes, ocupação irregular do solo, falta de esgotos, degradação ambiental e desperdício são os grandes problemas existentes no nosso país e que afetam o nosso abastecimento de água. Em metrópoles como São Paulo o problema atinge dimensões catastróficas, uma prova é a poluição do rio Tietê, quadro terrível que dificilmente poderá ser revertido, a não ser à custa de muito dinheiro. Por causa da abundância de água no nosso país, ela sempre foi gratuita e usada sem critério. Somente o tratamento da água é cobrado e, por isso, o desperdício é imenso.
Imagem: Reprodução
Fonte: Tese de Doutorado do Prof. Maurício Waldman. Recursos hídricos e a rede urbana mundial: dimensões global da escassez,
Fonte internet:  ANA - Agência Nacional de Águas, Conpet, Asfagro.

13 de janeiro de 2017

A importância da mata ciliar

Imagem: Reprodução
Mata ciliar é a vegetação que cerca margens e encostas. Essas são muito importantes para a manutenção do meio ambiente.Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária.
A razão é que essa mata tem o papel fundamental de reter e filtrar resíduos dos rios, processo que evita a poluição e protege as margens contra assoreamentos que provocam enchentes. Além disso, conserva o solo, o que ajuda no controle biológico das pragas.
A manutenção da mata ciliar diminui a população dos borrachudos, mosquitos sugadores de sangue, pois aumenta a população de seus inimigos naturais, como pássaros e peixes. É muito importante para a preservação da mata não deixar animais de médio e de grande porte, como gado, cabras e cavalos, circularem no local. O excesso de pisoteio compacta o solo, além deles se alimentarem das plantas em desenvolvimento.
A lei nº 4.771/65 no Código Florestal define a mata ciliar como área de preservação permanente, que deve ser mantida intocada.
Em caso de degradação, é necessário uma recuperação imediata, com o plantio de espécies adequadas. As melhores espécies são as nativas da própria região que se adaptam mais rapidamente e suas mudas são encontradas com mais facilidade.
A mata ciliar é responsável por:
* Reter/filtrar resíduos de agroquímicos, evitando a poluição dos cursos d’água
* Proteger contra o assoreamento dos rios e evitar enchentes
* Formar corredores para a biodiversidade
* Recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares
* Conservar o solo
* Auxiliar no controle biológico das pragas
* Equilibrar o clima
* Melhorar a qualidade do ar, água e solo
* Manter a harmonia da paisagem
* Melhorar a qualidade de vida
A mata ciliar protege os rios do acúmulo de terra, areia e outros sedimentos e evita as enchentes.
A margem de um rio ou riacho jamais poderia ficar desmatada.
Como deveria ser: margens protegidas.

Fonte: Revista Natureza, edição 229, fevereiro de 2007 (Clube dos amantes da Natureza), Fundação Verde, Educação Ambiental Dois Córregos.

11 de janeiro de 2017

Biomas brasileiros


Introduzimos o nosso estudo sobre os biomas do Brasil localizando-os no mapa, que mostra a sua distribuição no território do país.
Por High source - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0
Bioma é conceituado, segundo o IBGE, como um "conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria".
Como a vegetação é um dos componentes mais importantes da biota, seu estado de conservação e de continuidade definem a existência ou não de habitats para as espécies, a manutenção de serviços ambientais e o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência de populações humanas. Para a perpetuação da vida nos biomas, é necessário o estabelecimento de políticas públicas ambientais, a identificação de oportunidades para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade.(https://www.mma.gov.br/biomas.html)
O Brasil é formado por seis biomas de características distintas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal.

Nós, brasileiros (as), moramos em um país com uma diversidade climática enorme. Em consequência, temos uma gigantesca diversidade vegetal e animal em nossos biomas, Algumas espécies da Amazônia nem foram descobertas e catalogadas. No entanto, os nossos biomas estão sofrendo degradação ambiental desde que essas terras foram colonizadas por portugueses a partir de 1500. E continua até hoje.

Temos a Amazônia gigantesca, que já perdeu parte de seu território e, ainda assim, é o bioma com maior área no Brasil. Temos o cerrado, com uma riqueza que não percebemos em um primeiro olhar, com uma diversidade vegetal e animal que não temos ideia. O pampa com tantas espécies animais, no entanto, com um solo extremamente fragilizado pela pecuária. E o bioma pantanal, patrimônio natural mundial, degradado pela expansão das monoculturas, pelo garimpo, pela pesca e caça predatórias. A caatinga, outro bioma com tanta riqueza não percebida, também castigado pela pelo rápido processo de desertificação.

Cada um desses biomas tem um conjunto de organismos vivos que vivem nesses ambientes, que fornecem as condições de vida adequada para cada espécie, seja animal ou vegetal. Qualquer interferência humana pode romper com esse equilíbrio tão importante e levá-los à extinção.

Para saber mais sobre o assunto, é só clicar em cima do nome do bioma para ir nas postagens feitas anteriormente.
Pampa  


Abaixo tabela elaborada pelo IBGE com a área aproximada de cada bioma.



Vídeo Biomas Brasileiros - USP CDCC

Fonte:
https://ibge.gov.br/
https://www.mma.gov.br/

10 de janeiro de 2017

Bioma Pampa

Iniciamos nosso estudo sobre o bioma Pampa através do mapa com a localização no território do Brasil.

Por Jjw - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0
O pampa é também chamado de campos do sul ou campos sulinos e ocupa uma área de 176.496 Km² correspondente a 2,07% do território nacional e que é constituído principalmente por vegetação campestre.No Brasil o pampa só esta presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho. Além das fronteiras do país, ele se estende por terras do Uruguai e da Argentina O bioma caracteriza-se pela grande riqueza de espécies herbáceas e várias tipologias campestres, compondo em algumas regiões, ambientes integrados com a floresta de araucária.

Nos campos do sul já foram encontradas 102 espécies de mamíferos, 476 de aves e 50 de peixes.

São chamados de pampas os campos mais planos que estão localizados ao sul do estado do Rio Grande do Sul. Neles existe uma vegetação campestre, que parece um imenso tapete verde. Nos pampas predominam espécies que medem até um metro de altura. São comuns as gramíneas, que às vezes transformam os campos em grandes capinzais.

Na região dos pampas o solo é fértil. Por isso, estes campos são normalmente procurados para desenvolvimento de atividades agrícolas.

O relevo nos campos sulinos é suavemente ondulado. Predominam planícies, mas podem ser encontradas algumas colinas, na região conhecidas como “coxilhas”. Além das coxilhas existem também alguns planaltos onde cavernas e grutas são comuns.

Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o Uruguai, o Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em duas bacias hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Tratam-se de rios que apresentam boas condições para navegação.
Próximo ao litoral existem muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos, localizada no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a segunda maior da América Latina, com 265 km de comprimento.

O clima da região é o subtropical úmido. O que isso significa que nos campos sulinos, os verões são quentes, os invernos são frios e chove regularmente durante todo o ano.

A região geomorfológica do planalto de Campanha é a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul.

A vocação da região de Campanha está na pecuária de corte. As técnicas de manejo adotadas não são adequadas para as condições desses campos, e a prática artesanal do fogo ainda não é bem conhecida em todas as suas consequências. As pastagens são, em sua maioria, utilizadas sem grandes preocupações com a recuperação e a manutenção da vegetação. Os campos naturais no Rio Grande do Sul são geralmente explorados sob pastoreio contínuo e extensivo.

Outras atividades econômicas, baseadas na utilização dos campos, são as culturas de arroz, milho, trigo e soja, muitas vezes praticadas em associação com a criação de gado bovino e ovino. No alto Uruguai e no planalto médio a expansão da soja e também do trigo levou ao desaparecimento dos campos e à derrubada das matas. Atualmente, essas duas culturas ocupam praticamente toda a área, provocando gradativa diminuição da fertilidade dos solos. Disso também resultam a erosão, a compactação e a perda de matéria orgânica.
Imagem: Eduardo Amorim
Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017
Fonte (internet):
https://www.mma.gov.br/biomas/pampa.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pampa
https://www.todamateria.com.br/pampa/
https://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/pampas

9 de janeiro de 2017

Bioma Pantanal

Vamos iniciar o nosso estudo localizando no território brasileiro o bioma Pantanal, considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.
Imagem: Observatório Socioambiental
O complexo do pantanal é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros, situado no sul de Mato Grosso e no noroeste do Mato Grosso do Sul, além de englobar o norte do Paraguai e o leste da Bolívia.
Localizado próximo à Amazônia e ao cerrado, o pantanal  guarda espécies de fauna e flora desses outros dois biomas, além de apresentar espécies endêmicas, ou seja, que só podem ser encontradas naquela área. Nas matas ciliares, que ficam nas margens dos rios, cresce uma floresta mais densa, com jenipapos, figueiras, ingazeiros, palmeiras e o pau-de-formiga. Nas áreas alagadas raramente aparecem tapetes de gramíneas, como o capim-mimoso. Em locais nunca alagados, aparecem árvores grandes, como o carandá, o buriti e os ipês. Nos terrenos alagados constantemente são encontrados vegetais aquáticos flutuantes, como o aguapé e a erva-de-santa-luzia, além de vegetais fixos com folhas imersas, como a sagitária, e plantas que permanecem submersas, como a cabomba e a utriculária. Existem ainda na paisagem pantaneira matas conhecidas como paratudais, onde crescem árvores com cascas espessas, rugosas e com galhos retorcidos.

A planície é o tipo de relevo predominante do pantanal. Quando a planície está alagada, no meio da água podem ser vistas elevações arenosas conhecidas como cordilheiras. Cercando a planície existem alguns terrenos mais altos, como chapadas, serras e maciços. O maciço mais famoso é o do Urucum, no Mato Grosso.

O solo é pouco permeável, resultado das constantes inundações. Como há excesso de água, a decomposição de matéria orgânica se dá de forma lenta e difícil, o que diminui a fertilidade.
O clima do pantanal é o tropical, caracterizado por temperaturas elevadas. A região apresenta duas estações bem definidas: o verão chuvoso, de outubro a março, quando a temperatura fica em torno de 32° C e o inverno seco, de abril a setembro, quando a média de temperatura é de 21° C.

Os impactos ambientais e socioeconômicos no pantanal são decorrentes da inexistência de um planejamento ambiental que garanta a sustentabilidade dos recursos naturais desse bioma. A expansão desordenada e rápida da agropecuária, com a utilização de pesadas cargas de agroquímicos, a exploração de diamantes e de ouro nos planaltos, com a utilização intensiva de mercúrio, são responsáveis por profundas transformações  regionais, como a contaminação de peixes  e jacaré por mercúrio. 

A remoção da vegetação nativa nos planaltos para implementação de lavouras e de pastagens sem considerar a aptidão das terras e a adoção de práticas de manejo e conservação do solo além da destruição de habitats, acelerou os processos erosivos nas bordas do pantanal.

A caça e pescas clandestinas e a introdução de espécies exóticas também são graves ameaças  à preservação dos recursos dessa região.

O turismo é desorganizado, a falta de controle quanto ao número de turistas que visitam as diversas regiões geram sérios problemas, como o lixo deixado pelas embarcações.

Imagem: Galeria de Venturist
Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.
Fonte (internet):
https://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/biomas/pantanal_-_flora_e_fauna.html
https://www.embrapa.br/pantanal
http://www.folhadomeio.com.br/fma_nova/index.php
http://www.observatoriosocioambiental.org/2011/06/biomas-do-brasil-pantanal.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pantanal

8 de janeiro de 2017

Bioma Cerrado

Nosso estudo pelo bioma Cerrado inicia por sua localização no território brasileiro. Segundo o IBGE, é o segundo em extensão territorial.
O cerrado se caracteriza por diversas fisionomias, são formações que variam desde o cerradão, que se assemelha a uma floresta, passando pelo cerrado mais comum no Brasil central, com árvores baixas e esparsas, até o campo cerrado, campo sujo e campo limpo com uma progressiva redução da densidade arbórea. Ali encontram-se as florestas de galeria que seguem os cursos dos rios.

O cerrado é uma formação de arbustos e campos que também apresenta algumas espécies de árvores. É uma formação vegetal caducifólia com raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa.

Este bioma já cobriu 25% do território do país, principalmente no Brasil Central. As árvores caracterizam-se por serem mais baixas que as da floresta tropical, com troncos tortuosos, folhas grossas e raízes profundas que atingem o lençol d'água, elementos importantes para resistir a secas e incêndios.

A paisagem não releva a sua riqueza em um primeiro olhar. No entanto, trata-se de um conjunto de ecossistemas dos mais ricos do país. Concentra aproximadamente 6 mil espécies de plantas, 200 espécies de mamíferos, 800 espécies de aves e cerca de 1,2 mil espécies de peixes.

A forte urbanização, grandes projetos agropecuários, produção de ferro-gusa (consumo de lenha), hidrelétricas fazem desse bioma um dos mais ameaçados. Dos 2 milhões de quilômetros quadrados originais, restam 350 mil.
Imagem: Galeria de jvc


Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.
Fonte (internet):
http://www.educacao.go.gov.br/documentos/nucleomeioambiente/Caderno4_terra.pdf
http://www.caliandradocerrado.com.br/2010/05/vegetacao-tipica-do-cerrado.html
https://www.estudopratico.com.br/cerrado-brasileiro-fauna-flora-e-outras-caracteristicas/
https://aquelemato.org/plantas-do-cerrado/
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa