14 de janeiro de 2021

Consciência

 

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Faculdade que funciona como juízo do certo (o Bem) e do errado (o Mal) e por meio da qual o ser humano se apercebe daquilo que se passa dentro de si mesmo ou de seu exterior. Em Descartes, a vida espiritual humana, passível de conhecer a si mesma de modo imediato e integral, estabelece, dessa maneira, uma evidência irrefutável de sua própria existência e, por extensão, da realidade do mundo exterior.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.


Intuição

 Palavra derivada do verbo latino intuere, que significa 'olhar atentamente, contemplar, ver claramente'.

A intuição é uma compreensão global e completa de uma verdade, de um objeto ou de um fato, em que imediatamente a razão capta todas as relações que constituem a realidade e a verdade da coisa intuída. É um ato intelectual de discernimento e compreensão, sem necessidade de provas ou demonstrações para saber o que conhece. Um exemplo seria um médico que, graças ao conjunto de conhecimentos que possui, faz um diagnóstico em que apreende de uma só vez a doença, sua causa e o modo de tratá-la. Os psicólogos se referem à intuição usando o termo inglês insight.

A intuição pode ser de dois tipos: intuição sensível (ou empírica) e intuição intelectual. A intuição ¹empírica é o conhecimento direto e imediato das qualidades sensíveis de objetos, como cor, sabor, odor, etc. É também o conhecimento imediato de estados mentais que dependeram de contato sensorial com as coisas: lembranças, desejos, sentimentos, etc. Ela refere-se aos estados do sujeito do conhecimento como ser corporal e psíquico individual. Sua marca, por isso, é a singularidade: está ligada, por um lado, à singularidade do objeto intuído e, por outro, à singularidade e às circunstâncias do sujeito que intui. Já a intuição intelectual é universal e necessária. É um conhecimento direto e imediato dos princípios da razão (identidade, contradição, etc.), que, por serem princípios, são indemonstráveis; é o conhecimento de ideias simples, aquelas que não são compostas de outras e não precisam de outras para ser conhecidas; e, por fim, quando ela depende de conhecimentos anteriores, ela é o momento em que esses conhecimentos são sintetizados e percebidos de uma só vez, em sua organização e articulação.

1. Empírica: palavra originada do grego empeiría, 'experiência'.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.


13 de janeiro de 2021

A imagem da mulher moderna

 

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Após a leitura e o entendimento do trecho a seguir, escrito por Simone de Beauvoir no livro O segundo sexo, reflitam sobre as diversas imagens da mulher no mundo contemporâneo. Neste trecho, ela cita as várias representações da mulher ao longo da história, partindo de personagens mitológicas femininas com características opostas.

É sempre difícil descrever um mito; ele não se deixa apanhar nem cercar, habita as consciências sem nunca postar-se diante delas como um objeto imóvel. É, por vezes, tão fluido, tão contraditório que não se percebe, de início, a unidade: Dalila e Judite, Aspásia e Lucrécia, Pandora e Atena, a mulher é, a um tempo, Eva e Virgem Maria. É um ídolo e uma serva, a fonte de vida, uma força das trevas; é o silêncio elementar da verdade, é o artifício, tagarelice e mentira; a que cura e a que enfeitiça; é a presa do homem e sua perda; é tudo o que ele quer ter, sua negação e sua razão de ser.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. v.1. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. p.183.

Atividade 

Pesquisem sobre as personagens citadas no texto. Depois, selecionem imagens fotográficas, peças publicitárias, frases, slogans, poemas, depoimentos, cenas de filme, etc. que expressem ideias sobre a mulher. Analisem os materiais selecionados e organizem um mural (no classroom ou físico, quando for possível). Escrevam frases e pequenas explicações no mural construído, levando em conta as seguintes questões:

- Qual é a verdade presente nessas representações femininas?

- Existe uma verdade inquestionável sobre a mulher contemporânea?

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.


Como opera a ideologia democrática?

 A ideologia democrática opera de modo a criar a aparência de que todos os indivíduos são livres e iguais no capitalismo, e de que a democracia seria o regime político da lei e da ordem que garantiria os interesses e liberdades desses indivíduos. Dessa forma, por meio da simulação da igualdade e liberdade dos indivíduos, a ideologia oculta que há um conflito de interesses criado pela exploração de uma classe social por outra, e que, na verdade, não há liberdade e igualdade entre todos os indivíduos.

Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2013.

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa