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10 de novembro de 2020

Émile Durkheim

 

Imagem: Reprodução

O francês Émile Durkeim (1858-1917) foi um dos precursores da Sociologia. Em suas obras, procurou discutir o objeto de estudo da Sociologia e seus métodos para explicar os fenômenos sociais, buscando também distingui-la de outras disciplinas, como a Biologia e a Psicologia. Suas obras mais importantes foram Da divisão do trabalho social (1893), As regras do método sociológico (1895) e O suicídio (1897). Essa última constitui uma pesquisa ampla, na qual Durkheim defende a eficácia de suas teses na produção de uma análise científica de um fenômeno social.

Obras:
* Elementos de Sociologia (1889);
* A Divisão do Trabalho Social (1893);
* As Regras do Método Sociológico (1895);
* O Suicídio (1897);
* As Formas Elementares da Vida Religiosa (1912);
Obras póstumas
Educação e Sociologia (1922)
Sociologia e Filosofia (1924)
A Educação Moral (1925)
O Socialismo (1928)

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/emile-durkheim.htm

26 de abril de 2016

Exercícios sobre a questão do trabalho em Marx, Weber e Durkheim

Trabalho e sociedade: explicando as bases da sociedade de classes
A questão do trabalho em Marx, Weber e Durkheim

Imagem: Reprodução
Para a Sociologia, a vida cotidiana é marcada profundamente pela maneira como as relações de trabalho se apresentam em determinado momento histórico.
Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim dedicaram uma parte central de suas teorias à reflexão sobre o mundo do trabalho capitalista. De formas diferentes, esses expoentes do pensamento socioeconômico elaboraram análises que ainda hoje ajudam a compreender a sociedade em que vivemos.

1) Quais são os três elementos que Karl Marx identifica no processo de trabalho?
Marx identifica três elementos no processo de trabalho: a força de trabalho (o potencial humano), o objeto de trabalho (aquilo que será modificado pela atividade humana) e o meio de trabalho (os instrumentos utilizados para produzir ou mesmo o espaço onde se produz).

2) Segundo Marx, o principal mecanismo utilizado pelos donos dos meios de produção para se obter lucro é a mais-valia. Como isso acontece?
A mais-valia é o excedente de valor obtido pela exploração do trabalho. Como isso acontece? A transformação de uma matéria-prima agrega valor ao produto. O trabalho por si só gera valor. A força de trabalho, sendo pensada como uma mercadoria, que pode ser vendida e comprada, quando empregada na transformação de um objeto de trabalho, acrescenta valor ao produto. Esse valor que é acrescido ao produto, no entanto, não é repassado ao trabalhador, mas é apropriado pelos donos dos meios de produção.

3) Quais são as duas formas de se obter a mais-valia?
Há duas formas de se obter a mais-valia. A primeira está relacionada ao aumento de horas trabalhadas, o que permite ao burguês se apropriar do aumento de riqueza gerada pelo proletariado, já que ele passa mais tempo trabalhando e aumenta a produção. Essa é a mais-valia absoluta.
A segunda forma é aquela que deriva da incorporação de tecnologia ou de organização do trabalho que aumenta a produtividade do trabalhador. Ele não tem a sua jornada de trabalho aumentada, mas produz mais riqueza no mesmo período de tempo. Essa é a mais-valia relativa.

4) Para Marx, como acontece a exploração do trabalhador?
Para Marx, a exploração do trabalhador começa com a expropriação dos meios de produção sofrida por ele. Do processo de trabalho no qual os homens coletivamente transformam e produzem restou ao trabalhador somente a força de trabalho, que é vendida ao capitalista como uma mercadoria. O proletariado é explorado pela burguesia quando esta se apropria do excedente da produção, o que configura uma forma de desigualdade social.

5) Max Weber ao analisar o tema trabalho partiu de pontos de vista diferente ao de Karl Marx. Explique a visão religiosa de Weber sobre o trabalho.
Para Weber o capitalismo industrial tem a sua origem na ideologia puritana e calvinista.
Havia presença muito significativa de protestantes entre os empresários e os trabalhadores qualificados nos países capitalistas mais industrializados. Weber imaginou que deveria existir uma relação entre certos valores calvinistas e protestantes e a origem do capitalismo moderno.
apontando as conexões entre as mudanças na esfera religiosa e as transformações na economia - o que Max Weber chama de espírito do capitalismo - haveria uma associação entre trabalho e a possibilidade de salvação espiritual.

6) Como Weber explica a existência de ricos e pobres?
Weber afirma que, para os protestantes, é a partir do sucesso profissional que o indivíduo recebe a indicação da salvação: o sucesso do seu trabalho é o sinal divino de que a pessoa será salva. Com isso "explicaria" a existência de ricos e de pobres, os ricos seriam, então, disciplinados e imbuídos de espírito empreendedor, ao passo que os pobres se deixariam levar pela imprevidência e pela preguiça, motivo pelo qual não teriam prosperado. Assim, Deus abençoaria seus escolhidos por meio do sucesso do seu trabalho.

7) Émile Durkheim argumenta que o trabalho representa uma esfera primordial para a existência da solidariedade em uma comunidade. Explique o que isso significa.
Durkheim argumenta que a intensa Divisão Social do Trabalho se consolida como um dos fatores que possibilitam a existência de coesão social.
O trabalho representa uma esfera primordial para a existência da solidariedade em uma comunidade. Diferentemente do senso comum, que costuma definir tal conceito como sinônimo para ações altruístas, Durkheim desenvolve a ideia que representa todo tipo de elemento ou característica que explica a harmonia entre os indivíduos de uma sociedade.

8) Quais os dois tipos de solidariedade gerada pela especialização da divisão do trabalho?
A solidariedade mecânica é típica das sociedades pré-capitalistas, nas quais a coesão social se constrói a partir da forte identificação dos indivíduos com as tradições e costumes culturais da comunidade, pois a divisão do trabalho pouco influencia nas relações. Nesses casos, a consciência coletiva produz intenso poder de coerção nas ações individuais.
A solidariedade orgânica existe nas sociedades capitalistas, caracterizadas pelo alto grau de divisão do trabalho e maior heterogeneidade cultural. A grande diversidade de funções e trabalhos produzidas nessas sociedades faz com que se fortaleça a interdependência entre seus integrantes.

Fonte: Vários autores. Sociologia em movimento. 1 ed. São Paulo, Moderna, 2013.
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa