Em 2017, escrevi um post chamado Imagens que contam a história de Cruz Alta sobre as casas antigas da cidade e explicava que muitas dessas casas haviam sido demolidas para dar lugar à prédios mais "modernos". Do ponto de vista histórico isso é considerado um prejuízo para a memória e identidade de uma cidade. Porém não foi somente contra o patrimônio histórico da cidade que houve prejuízo, em termos ambientais também houve danos irreversíveis.
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3 de novembro de 2019
14 de fevereiro de 2017
Imagens que contam a história de Cruz Alta
Casa dos Costa - Imagem:Reprodução
Hoje eu vou falar de um projeto muito legal que existe aqui na minha cidade e que se chama "Projeto Nossa Velha - Nova Cruz Alta". Trata-se da história de Cruz Alta contada através de imagens, que mostram o passado e o presente da cidade através de fotografias.Esse projeto teve início em 2007, quando o médico Alfredo Roeber recebeu por e-mail de um amigo cerca de trinta fotos, a maioria da década de 1940. "Foi o que bastou para ativar meu até então pouco expressivo, diria até quase desconhecido, lado saudoso e, até certo ponto, nostálgico. Imediatamente, olhando aquelas fotos, mesmo nascendo muitos anos após elas serem tiradas, imaginei como estivesse naquele tempo, caminhando naquelas aparentemente abandonadas ruas da cidade, uma calmaria inimaginável nos tempos atuais". Alfredo começou a comparar as imagens de Cruz Alta do passado com a do presente e então começou a fotografar a cidade nos mesmos locais e nos mesmos ângulos das fotografias do passado. A partir daí, esse projeto, que era restrito a poucos amigos, foi crescendo graças a divulgação através da internet.
8 de fevereiro de 2017
Casa Museu Erico Verissimo
"Quando os ventos da mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras.
Outras constroem moinhos de vento."
Erico Verissimo
Imagem: Reprodução
Estamos em 17 de dezembro de 1905, e, numa residência de uma família tradicional de Cruz Alta, nasce um guri que se tornaria um dos maiores escritores brasileiros: Erico Verissimo. Segundo consta na sua biografia, a família era rica, mas havia perdido tudo no início do século.
Logo muito cedo, aos 13 anos, começou a ler autores nacionais como Aluízio Azevedo, Joaquim Manuel de Macedo, entre outros, e autores estrangeiros, como Dostoievski e Walter Scott.
Em 1920, Erico foi estudar em Porto Alegre, no colégio Cruzeiro do Sul, mas não completou o curso e voltou para Cruz Alta. Abandonou os planos de cursar uma universidade.
Em 1925, trabalhou no Banco Nacional do Comércio, Em 1926, tornou-se sócio de uma farmácia, que faliu em 1930. Dava aulas de literatura e inglês.
Em 1929, começou a escrever contos para revistas e jornais. Publicou Chico: um conto de Natal, no Cruz Alta em Revista e os contos Ladrão de gado e A tragédia dum homem gordo, na Revista do Globo, em Porto Alegre. O conto A lâmpada mágica foi publicado no jornal Correio do Povo. Com a falência da farmácia em 1930, o autor mudou-se para Porto Alegre.
Em 1931, casa-se com aquela que seria a sua companheira por toda a vida, Mafalda Holfem Volpe, com quem teve dois filhos, Clarissa e Luis Fernando.
Em Porto Alegre, Erico passou a conviver com escritores renomados, como Mario Quintana, Augusto Meyer, Guilhermino César e foi contratado para o cargo de secretário de redação da Revista do Globo.
Fez as traduções de O sineiro, O círculo vermelho e A porta das sete chaves de Edgar Wallace. Colaborou nos jornais Diário de Notícias e Correio do Povo. Em 1932, foi promovido a diretor da Revista do Globo e passou a atuar no departamento editorial da Livraria do Globo.
Sua obra de estréia, Fantoches era uma coletânea de histórias em sua maior parte na forma de peças de teatro. Em 1933, traduziu Contraponto, de Aldous Huxley.
Casa Museu Erico Verissimo
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
Casa Museu Erico Verissimo
Casa Museu Erico Verissimo
Imagem: Reprodução
A casa onde o escritor nasceu foi transformada em museu, em 1969.
Imagem: Reprodução
A entrada da casa se dá por um imponente portão de ferro. Ao entrar, o visitante se depara com um corredor, externo à residência, que conduz ao quintal. No fundo desse corredor, há uma árvore, que provavelmente passa despercebida por alguns visitantes, mas que era muito especial para o escritor. Trata-se de uma nespeira, também chamada de ameixeira-do-Japão. É a mesma árvore que fez companhia ao escritor em suas brincadeiras, que o acompanhou nas primeiras leituras e nos primeiros escritos, e que dá nome a um dos capítulos da sua autobiografia, Solo de Clarineta (volume 1), é exatamente ameixeira-do-Japão.
Ao entrar pela casa propriamente dita, o visitante se depara com cômodos repletos de fotos e de objetos que foram importantes para a biografia do escritor. Estão ali, entre outros, desenhos, cadernos com anotações (rascunhos de textos e livros), documentos pessoais e a primeira máquina de escrever. As imagens mostram diversas fases da vida de Erico. Há ainda uma maquete da Vila de Santa Fé de O Tempo e o Vento e diversas edições de seus livros, inclusive em outras línguas.
Foto: Reprodução
Acervo de fotos do museu
Primeira máquina de escrever de Érico Verissimo
Primeira máquina de escrever de Érico Verissimo
Imagem: Reprodução
Maquete da vila de Santa Fé, do livro O Tempo e o Vento
Imagem: Reprodução
Erico Verissimo é o autor que mais bem representou sua região na literatura. Em O Tempo e o Vento é narrada a história do Rio Grande do Sul de 1680 a 1945, com a saga das famílias Cambará e Terra. Há também romances políticos como O Senhor Embaixador e Incidente em Antares. Além disso, é reconhecido como um dos melhores romancistas de temática urbana, como em Olhai os Lírios do Campo e O Resto é Silêncio.
Numa entrevista à Revista Manchete, em 1973, ele destaca assim a importância de ter nascido em Cruz Alta:
"Você não pode calcular como é bom, fecundo para um romancista, ter nascido e vivido numa cidade pequena. O computador do meu inconsciente foi programado em Cruz Alta. Numa cidade do interior a gente vive mais perto das coisas."
Foto: Reprodução
Em 18 de outubro de 1975, quarenta dias antes de falecer, o autor fez sua última visita à casa que havia se transformado em museu.
Quer conhecer um pouco mais do museu? Assista a esse vídeo, que conta um pouco da história da vida do Erico Verissimo, da casa que virou museu e de Cruz Alta.
A Casa Museu Erico Verissimo está localizada na avenida General Osório, nº 380 - Centro - Cruz Alta/RS - 98015-130
Quer conhecer um pouco mais do museu? Assista a esse vídeo, que conta um pouco da história da vida do Erico Verissimo, da casa que virou museu e de Cruz Alta.
Telefone: (55) 3322-6448
e-mail: museuericoverissimo@bol.com.br
e-mail: museuericoverissimo@bol.com.br
Fontes de consulta:
https://www.ebiografia.com/erico_verissimo/
https://educacao.uol.com.br/biografias/erico-verissimo.htm
http://roteirosliterarios.com.br/casa-museu-erico-verissimo-em-cruz-alta/#prettyPhoto
https://rgdosul.wordpress.com/regioes-turisticas/rota-das-terras/cruz-alta/
http://slideplayer.com.br/slide/3105973/
26 de novembro de 2015
Bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul
Imagem: Reprodução
Em uma bacia hidrográfica existem várias sub-bacias ou áreas de drenagem de cada contribuinte. Estas são as unidades fundamentais para a conservação e o manejo, uma vez que a característica ambiental de uma bacia reflete o somatório ou as relações de causa e efeito da dinâmica natural e ação humana ocorridas no conjunto das sub-bacias nela contidas. A bacia hidrográfica serve como unidade básica para gestão dos recursos hídricos e até para gestão ambiental como um todo, uma vez que os elementos físicos naturais estão interligados pelo ciclo da água. Para o Rio Grande do Sul, de acordo com a Lei 10.350/1994, foi determinada a existência de três Regiões Hidrográficas, as quais foram subdivididas em bacias hidrográficas, totalizando, até o presente momento, 25 unidades. Para cada uma destas está previsto a formação de um comitê para a gestão integrada dos seus recursos hídricos.
As bacias hidrográficas se agrupam por três regiões hidrográficas, a região do rio Uruguai que coincide com a bacia nacional do Uruguai, a região do Guaíba e a região do Litoral, que coincidem com a bacia nacional do Atlântico Sudeste.
Bacias Hidrográficas do RS
Cada uma das regiões hidrográficas abaixo são formadas por várias bacias hidrográficas.
*Região Hidrográfica do Guaíba
*Região Hidrográfica do Litoral
*Região Hidrográfica do Uruguai
*Região Hidrográfica do Litoral
*Região Hidrográfica do Uruguai
A Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí situa-se na porção centro-norte do Estado do Rio Grande do Sul. Abrange as Províncias Geomorfológicas Planalto Meridional e Depressão Central. Possui área de 12.985,44 km², abrangendo municípios como Carazinho, Cruz Alta, Passo Fundo, Sobradinho e Tupanciretã, com população estimada em 366.628 habitantes. Os principais cursos de água são os rios Jacuí, Jacuí-mirim, Jacuizinho, dos Caixões e Soturno. Os principais usos da água se destinam a irrigação, para consumo animal e humano.
Bacia do Alto Jacuí apresenta maiores volumes de agrotóxicos por área cultivada
A Secretaria Estadual da Saúde realizou um levantamento do uso de agrotóxicos e o seu impacto na qualidade da água dos mananciais gaúchos. O estudo apontou que muitos tipos de químicos não fazem parte da lista de produtos que têm limites aceitáveis normatizados pelo Ministério da Saúde.
Apesar deles serem eliminados no tratamento antes do consumo humano, garantindo a sua potabilidade, o estudo propõe que esses outros pesticidas também passem a ter sua concentração na água verificada nas análises laboratoriais feitas rotineiramente.
O estudo - realizado entre 2009 e 2010 - foi coordenado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) e abrangeu as 24 bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul. Através da aplicação de questionários com agricultores de 72 cidades gaúchas (três por bacia hidrográfica), ele levantou dados sobre o tipo e volume dos agrotóxicos utilizados em 15 diferentes culturas. Também foram analisadas as características físicas-químicas dos agrotóxicos em uso.
A região Noroeste do Estado foi a que apresentou os maiores volumes de agrotóxicos por área cultivada, chegando a 919 litros por quilômetro quadrado ao ano na Bacia do Alto Jacuí. A região é grande produtora de milho, soja e trigo. A estimativa do uso de agrotóxicos no RS para a safra 2009/2010 teve, de acordo com a análise, média de 320,2 L/Km2/ano. Com base nos cálculos, foram identificado os compostos mais utilizados no Estado, destacando-se o glifosato, amplamente utilizado em diferentes culturas por ser um herbicida sistêmico não seletivo. Entre os dez compostos mais usados, ele é o único que consta na atual norma nacional de controle.
Microbacia hidrográfica do Lajeado da Cruz
A microbacia hidrográfica do Lajeado da Cruz encontra-se inserto na Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí, na região hidrográfica do Guaíba.
Esta área é predominada por lavouras e pastagens e a área com matas ciliares é de cerca de 8%, sendo uma microbacia que sofre com o desmatamento, com o lixo em suas margens, com a lavagem e descarte de produtos utilizados na lavoura como embalagem de inseticidas e herbicidas.
É importante ressaltar o conflito socioambiental existente entre os produtores rurais situados às margens do arroio Lajeado da Cruz e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí (COAJU), devido a inadequada utilização da microbacia, o que vem causando a degradação ambiental do arroio.
A microbacia hidrográfica do Arroio Lajeado da Cruz situa-se em área de característica eminentemente rural no Município de Cruz Alta – RS, sendo utilizada para o cultivo agrícola, como o plantio de trigo, soja, milho e azevém, com importância estratégica por constituir-se em ponto de captação da água fornecida ao município de Cruz Alta – RS.
A microbacia do Lajeado da Cruz é Área de Proteção Ambiental (APA).
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente, ABES-RS, CBHPF, Eco Agência, Pro Guaíba. Monitoramento da Qualidade Ambiental na Microbacia do Lajeado da Cruz, A mediação como exercício da cidadania na solução dos conflitos socioambientais: o caso dos produtores rurais situados às margens da microbacia hidrográfica do arroio Lajeado da Cruz
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"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa