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7 de novembro de 2020

Sociedades sedentárias

Imagem: Reprodução
"Na antropologia evolucionária, sedentarização é um termo aplicado à transição cultural da colonização nômade para a permanente. Na transição para o sedentarismo, as populações seminômades possuíam um acampamento fixo para a parte sedentária do ano. O sedentarismo se tornou possível com novas técnicas agrícolas e pecuárias. O desenvolvimento do sedentarismo aumentou a agregação populacional e levou à formação de vilas, cidades e outras formas de comunidades".

A transição do Paleolítico para o Neolítico poderia ter sido muito mais complexa do que uma simples mudança no padrão das ferramentas de pedra.

A agricultura foi um dos mais importantes avanços na história da humanidade, embora não se possa afirmar com precisão afirmar com precisão quando e onde os homens começaram a cultivar plantas.

"A transição da caça nômade para a agricultura sedentária foi uma das alterações comportamentais mais importantes desde o aparecimento dos seres humanos na África há cerca de 200.000 anos atrás. Essa transição levou a mudanças profundas nas sociedades, incluindo uma maior densidade de população, novas doenças, desigualdade social, vida urbana e, em última análise, o surgimento de civilizações antigas".

A domesticação dos animais foi outro significativo avanço da humanidade que chegou depois da agricultura, onde caprinos, bovinos, suínos e alguns tipos de aves foram sendo domesticadas assegurando um abastecimento de carne, leite e ovos.

A Revolução Neolítica também foi marcada pelo desenvolvimento de outros tipos de tecnologia, como a cerâmica e a tecelagem. O desenvolvimento da cerâmica foi a solução encontrada para suprir as necessidades de cozinhar e armazenas alimentos, atividades que foram se tornando comuns ao longo da vida sedentária. A cerâmica, que era produzida a partir do aquecimento da argila moldada, resistia ao calor do fogo e podia conter líquidos e outros objetos. Já o desenvolvimento da tecelagem acontece à medida que os seres humanos vão se estabelecendo em moradias fixas e ficando cada vez mais ligados às atividades agropastoris. O vestuário passa a ser feito com o algodão das plantações.

Conforme as atividades agropastoris se tornavam consolidadas, as sociedades neolíticas passaram a ficar cada vez mais tempo em um único território e as aldeias agrícolas e pastoris foram surgindo. A população se tornava maior, principalmente por causa da maior oferta de alimentos. A vida social foi se tornando mais complexa, com as pessoas se especializando em determinados ofícios, como plantar, fazer cerâmica, confeccionar roupas, etc. Quem plantava o milho poderia trocar por cerâmica ou roupas, por exemplo. Todas estas mudanças levaram ao desenvolvimento de aldeias e pequenas cidades, dando origem a um governo estabelecido em um determinado território.

Os primeiros núcleos populacionais que praticaram este tipo de atividade, provavelmente estavam localizados nas regiões que compreendem a Mesopotâmia, o Egito e a área habitada pelos Hebreus, que atualmente, corresponde ao Oriente Médio há cerca de 8000 a.C. A partir desses primeiros núcleos surgiram as primeiras civilizações.

Fonte:
https://www.webartigos.com/artigos/da-pre-historia-as-primeiras-sociedades/28483/
https://www.agrozapp.pt/artigos/Estudos/onde-e-como-se-originou-a-agricultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sedentarização

BNCC
- Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado. (EF05H101)
- Identificar, contextualizar e criticar as tipologias evolutivas (como populações nômades e sedentárias, entre outras) e as oposições dicotômicas (cidade/ campo, cultura/natureza, civilizados/bárbaros, razão/sensibilidade, material/virtual etc.), explicitando as ambiguidades e a complexidade dos conceitos e dos sujeitos envolvidos em diferentes circunstâncias e processos.(EM13CHS105)
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa