- Presença de capital externo: A presença de estrangeiros entre os grandes proprietários de terra faz com que boas partes dos lucros conseguidos com o trabalho no campo não seja reinvestida no país. Além disso, submete-se a estrutura legal do agronegócio aos interesses do capital externo, que normalmente são conflitantes com os interesses nacionais.
- Relações desiguais de trabalho: A grave concentração de terras leva à polarização nas relações de trabalho. De um lado os donos de enormes propriedades; de outro, trabalhadores assalariados em péssimas condições de trabalho e de vida, por vezes semelhantes a escravidão. Entre esses dois pontos extremos, existem pequenos proprietários que alugam ou arrendam suas terras como forma de sobrevivência.
- Transgênicos: A discussão sobre os transgênicos é intensa e ainda está longe de uma solução. A criação de sementes geneticamente modificadas foi autorizada pelo governo, mas órgãos ambientais e sociais pedem sua proibição em virtude do desconhecimento científico sobre as consequências de seu consumo a longo prazo.
- Solo impróprio: Apesar de seu gigantesco território de área agricultável, o solo brasileiro possui extensas porções de terrenos impróprios para o plantio. Entretanto, tal problema é de fácil resolução com as atuais técnicas agrícolas, desde que haja investimento e estruturas adequadas para isso.
- Concentração fundiária: Principal problema do setor agrário do país, a concentração fundiária resulta de uma estrutura arcaica que remonta ao período colonial, caracterizado pelo latifúndio, pelo difícil acesso à terra e pelas precárias condições de trabalho na maioria dos casos.
- Pesticidas: O uso intensivo de pesticidas afeta a produtividade do solo e também pode contaminar alimentos e causar doenças aos humanos. Além disso, altera sensivelmente o equilíbrio dos biomas onde é utilizado.
- Fertilizantes: Os fertilizantes utilizados pela indústria alteram sensivelmente o teor do solo e provocam impactos ambientais de grandes proporções principalmente ao entrar em contato com lençóis freáticos e nascentes de rios.
Imagem: Reprodução
Fonte: SILVA, Edilson Adão Cândido da; JÚNIOR, Laercio Furquim. Geografia em rede. São Paulo: FTD, 2016.