26 de agosto de 2017

Questões sobre pobreza e fome no mundo globalizado

1) Observe a tabela "Porcentagem de população em condições de pobreza (por região), e responda às questões.
a) Identifique as duas regiões mais pobres do mundo, respectivamente, conforme a tabela.
b) Consulte um atlas geográfico e indique dois países que pertencem às duas regiões mais pobres do planeta.
c) A erradicação da fome também é uma Meta do Desenvolvimento do Milênio. Elabore uma redação que aborde as causas e as consequências da fome no mundo.

2) Responda às questões sobre os principais indicativos socioeconômicos.
a) Diferencie PIB de PNB.
b) Qual é o indicador mais completo para analisar um país? Justifique.

3) Faça uma pesquisa em grupo sobre o seguinte tema: Combater a Aids é uma das Metas do Desenvolvimento do Milênio. Após a conclusão da pesquisa, o professor vai designar, por meio de sorteio, uma das questões a seguir a cada grupo, que deverá explica-la aos demais alunos.
a) Qual é a causa da Aids? Relacione a fome com o aumento do número de mortes causadas por essa doença.
b) De que maneira ela pode ser contraída? Analise como regras de higiene podem estar relacionadas ao aumento do número de casos de Aids.
c) Quais são as formas de prevenção contra a Aids?
d) Relacione o analfabetismo à Aids.
e) Por que é difícil encontrar o remédio para combater essa doença?
f) Qual é a diferença entre ser soropositivo e ter Aids?

Observações sobre o presente trabalho:

* Esse trabalho foi proposto e executado nas aulas de geografia dos 2ºs anos do ensino médio no mês de agosto de 2017 como parte do conteúdo de "A regionalização do espaço geográfico mundial". 
* Foram identificados e analisados os indicadores socioeconômicos  utilizados para analisar o nível de desenvolvimento dos países do mundo.
* As disciplinas envolvidas nessa atividade foram: geografia, língua portuguesa e biologia.
* A Declaração do Milênio foi proposta para ir do ano 2000 até 2015, no entanto as metas não foram cumpridas até o final de 2015.

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2013.

Respostas
1. a) Conforme a tabela, as duas regiões mais pobres do mundo são a África subsaariana e o Sul da Ásia.
b) A resposta é pessoal. Da África subsaariana, dos países que enfrentam a pobreza pode-se citar o Sudão do Sul, a Nigéria, a Somália,Burundi, o Zimbabue, entre outros. Do Sul da Ásia, pode-se citar Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, ilhas Maldivas, entre outros.
c)
As causas da fome podem estar relacionadas a fatores como:
* pobreza;
* questões naturais como: clima, terremotos, secas, epidemias;
* má administração dos recursos naturais;
* conflitos políticos e civis;
* políticas econômicas mal planejadas;
* superpopulação;
* guerras;
* desigualdades sociais.
Consequências da fome:
* desnutrição, devido a falta de nutrientes, proteínas e calorias;
* raquitismo, devido à carência de vitamina D;
* anemia, provocada pela ausência de ferro;
* vários distúrbios e doenças causadas pela falta de vitamina A e do complexo B.
Todas essas carências sentidas pelo organismo afetam o corpo humano, contribuindo para diminuir o sistema imunológico responsável pelo combate de várias doenças no organismo, deixando a pessoa exposta a contrair várias doenças.
A consequência da fome é a morte.
Nos países pobres, os óbitos das crianças não apontam a fome ou a subnutrição como causa das mortes. Figuram como causas a pneumonia, a desidratação, a tuberculose, o sarampo, etc. No entanto, são consequências de um organismo debilitado ou sem resistência em decorrência da desnutrição ou fome.
(Fonte: Infoescola.com, Cola da Web)
2. a) Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de bens e serviços produzidos por um país durante um ano, sem considerar as rendas enviadas ao exterior ou recebidas do estrangeiro. O Produto Nacional Bruto (PNB) é a soma de bens e serviços produzidos por um país durante um ano, acrescentando capitais nacionais que estejam fora do país ou descontando capitais nacionais estrangeiros que se encontram na nação.
b) É o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), porque considera aspectos que permitem uma análise mais completa da verdadeira situação socioeconômica do país, abrangendo dados sobre saúde, educação e renda.
3. a) A Aids (sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (também conhecido como HIV). A falta de alimentação compromete o sistema de defesa do organismo contra as infecções; num indivíduo soropositivo a subnutrição pode levá-lo ainda mais rapidamente à morte.
b) O contágio ocorre principalmente por meio das relações sexuais e do contato direto com o sangue infectado (transfusão, uso de agulha ou seringa não descartável, acidentes durante o atendimento médico sanitário e transmissão de mãe para filho. As condições de vida precárias, como a ausência de saneamento básico e a falta de orientação sobre medidas de prevenção a doenças, fazem com que as pessoas fiquem mais expostas aos riscos de contaminação.
c) É importante procurar informações constantemente sobre o assunto e passar a informação recebida a outras pessoas; agir sempre com segurança; usar preservativo; usar agulhas e seringas descartáveis.
d) Uma pessoa que nunca frequentou a escola (ou que frequentou pouco) pode não ter condições de obter informação por meios próprios. Na comparação com indivíduos que tiverem acesso à educação, o analfabeto reduz suas chances de obter boa qualificação profissional e, consequentemente, salário digno e acesso à informação. A falta de informação pode ser um agravante na incidência da Aids.
e) O HIV, agente causador da Aids, tem grande capacidade de modificação ou de adaptação, o que torna difícil o desenvolvimento de um remédio ou vacina que realmente possa levar à cura.
f) Ser soropositivo significa que o indivíduo apresenta HIV em seu sangue. Quando se afirma que uma pessoa tem Aids significa dizer que ela sofre os efeitos desse vírus no organismo.
(ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização.)

21 de agosto de 2017

Congresso de Viena (resumo)

O que foi o Congresso de Viena

O Congresso de Viena foi uma conferência diplomática, ocorrida na cidade de Viena (capital da Áustria) entre setembro de 1814 e junho de 1815.

Que países participaram desta conferência

Contou com a participação de representantes das grandes potências europeias, que haviam vencido a França de Napoleão em 1814. Participaram do Congresso de Viena representantes da França, Império Austríaco, Reino Unido, Reino da Prússia, Império Russo, do Papa Pio VII, Reino da Sardenha, República de Gênova, Reino da Suécia e Confederação dos Cantões da Suíça.

Objetivos do Congresso de Viena

- Redação e estabelecimento das condições de paz na Europa, após da derrota de Napoleão.
- Redefinição do mapa político europeu, que havia sido modificado nas conquistas de Napoleão Bonaparte.
- Restauração ou permanência das monarquias absolutistas em grande parte das nações europeias.
- Combate aos ideais políticos liberais e aos movimentos democráticos que ganhavam força na Europa sob a inspiração da Revolução Francesa.
- Reprimir os movimentos emancipacionistas, que ganhavam força nas colônias europeias na América, inspirados pelos ideais iluministas e pela Revolução Francesa.

O que foi a Santa Aliança

A Santa Aliança foi um acordo envolvendo a cooperação militar das monarquias russa, prussiana e austríaca. O objetivo fundamental desse acordo era impedir a deflagração de outros movimentos de caráter liberal pela Europa e o combate das lutas de independência estabelecidas no continente americano.

Mapa da Europa após o Congresso de Viena
Fonte:
http://www.suapesquisa.com/resumos/congresso_viena.htm
http://www.coladaweb.com/historia/congresso-de-viena
http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-historia/exercicios-sobre-congresso-viena.htm

20 de agosto de 2017

A produção do espaço político

Imagem: Reprodução
A história da humanidade é marcada por conflitos. Mas foi somente a partir de 1815, com o Congresso de Viana, que as nações buscaram organizar fóruns multilaterais para firmar acordos de paz e discutir a ordem internacional do pós-guerra.

Foi, sobretudo, a partir do século XIX que os conhecimentos acerca dos territórios e de seus recursos naturais passaram a legitimar a ação dos Estados. Conhecer os fatores econômicos, demográficos e territoriais que podem influenciar a política e as relações internacionais tornou-se cada vez mais importante. Assim, a geopolítica passa a ser um campo de estudos e práticas úteis aos Estados nacionais no estabelecimento de seus interesses territoriais e estratégias diplomáticas ou de guerra.

O século XX, com duas guerras mundiais e a Guerra Fria, mostrou que o caminho para o consenso geopolítico é difícil e que as soluções encontradas em longas negociações podem não agradar a todos os países envolvidos.

Questões para refletir
1. Cite dois conflitos motivados pelo nacionalismo.
2. Nos dias atuais, como os países debatem e solucionam questões internacionais?

Fonte: BALDRAIA, André; SAMPAIO, Fernando dos Santos; SUCENA, Ivone Silveira. Ser protagonista: geografia, 3º ano. 3 ed. São Paulo: SM, 2016.
Imagem: Manifestações na Ucrânia em 2014 (internet).

10 de agosto de 2017

Pobreza e fome no mundo globalizado

A Declaração do Milênio
O processo de globalização evidenciou uma grande desigualdade socioeconômica, que se manifesta de várias formas, seja em zonas rurais, seja em zonas urbanas. Isso acontece porque também são desiguais os acessos ao capital, aos recursos naturais, à tecnologia, à educação de qualidade, à água potável, aos serviços de saúde e ao saneamento básico. Por essa razão, precisamos considerar as desigualdades socioeconômicas como algo que vai muito além da distribuição de bens materiais e que se manifesta nas várias formas de pobreza e em sua principal consequência: a fome.

Para atenuar essas diferenças e melhorar a vida das pessoas no século XXI, a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou a Declaração do Milênio.

Segundo o Banco Mundial, cerca de 1 bilhão de pessoas saíram da situação de extrema pobreza entre 1995 e 2015. No entanto, os avanços para atingir os Objetivos do Milênio têm sido muito desiguais nas diferentes regiões do mundo: existem grandes áreas na África subsaariana e no Sul da Ásia onde os Objetivos dificilmente serão alcançados.

A fome no mundo

Segundo relatório da ONU e União Europeia de 2016, são cerca de 108 milhões de pessoas no mundo passam fome. Mas esse número é bem maior. Um estudo do Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês), mostra que pelo menos 1 bilhão de pessoas sofrem de desnutrição no planeta. A situação é considerada grave na América Latina, especialmente na Bolívia, na Guatemala e no Haiti. A pesquisa mostrou que quase metade dos afetados pela desnutrição são crianças. Os níveis mais altos se encontram na África Subsaariana e  no sul da Ásia.

A fome do mundo é causada pela combinação de preços altos, conflitos e condições climáticas extremas.

Em março, a ONU fez um alerta de que o mundo vive a mais grave crise humanitária desde a fundação da entidade, em 1945. Segundo a organização, até julho de 2017 mais de 20 milhões de pessoas corriam sério risco de morrer de fome. A crise afeta principalmente as populações do Iêmen, Sudão do Sul, Somália e Nigéria, países da África e do Oriente Médio.

Há algo que une os quatro países mais ameaçados pela crise da fome no mundo hoje: todos vivem conflitos armados. Com a instabilidade política, vêm a instabilidade econômica e social e abre-se, assim, espaços para surtos de fome. O Iêmen é o caso mais grave, considerado o mais pobre país do mundo árabe, o Iêmen viu a crise de fome crescer rápido em 2017.
Mapa que mostra os pontos onde a fome já é realidade para a maioria da população.
O que é pobreza?
A pobreza pode ser considerada como o não suprimento das necessidades básicas (alimentação, habitação, saúde e educação), fatores necessários para garantir a integridade física e psicológica das pessoas. Contudo, não há um conceito rígido para definir essa condição.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estabeleceu, no Relatório do Desenvolvimento Humano 1990, que a situação de pobreza atinge pessoas que vivem com menos de 1.25 dólar por dia. O Banco Mundial considera a faixa de menos de 2 dólares por dia para definir a população pobre e menos de 1 dólar por dia para definir pobreza extrema. Outro critério é medir a renda dos domicílios. Nessa análise consideram-se:
- a linha de pobreza, ou seja, a renda que os moradores de um domicílio precisam obter para satisfazer suas necessidades e ter uma vida digna;
- a linha de indigência, isto é, a renda necessária para custear uma cesta de alimentos que satisfaça um nível mínimo de necessidades energéticas e proteínas para as pessoas sobreviverem.

O mais importante, porém, é detectar a pobreza para diminuí-la e combatê-la em várias regiões do mundo, principalmente nos lugares onde ela é crônica e mais aguda, como em países da África, da América Latina e da Ásia.

Abaixo tabela atualizada com a porcentagem de população em condições de pobreza no mundo, por região, em 2015.

Fonte (livro):  ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. São Paulo: Ática, 2016.
Fonte (internet):
http://www.amambainoticias.com.br/mundo/1-bilhao-de-pessoas-passam-fome-no-mundo
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/03/13/Por-que-o-mundo-vive-sua-pior-crise-de-fome-em-70-anos
https://oglobo.globo.com/mundo/onu-numero-de-pessoas-que-passam-fome-no-mundo-sobe-35-21143294
https://oglobo.globo.com/economia/onu-apresenta-novo-indice-para-avaliacao-da-pobreza-na-america-latina-2975619
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa