17 de outubro de 2020

Capitais especulativos


Imagem: Pixabay

A "invasão" mais típica da globalização é a dos capitais especulativos de curto prazo, conhecidos como hot money, que em busca de alta lucratividade no curtíssimo prazo, movimentam-se com grande rapidez pelo sistema financeiro mundial conectado on-line. Com os avanços tecnológicos na informática e nas telecomunicações, o dinheiro tornou-se virtual, isto é, bites exibidos nas telas dos computadores, e passou a circular livremente.

Grande parte desses recursos pertence a milhões de pequenos poupadores espalhados, sobretudo pelos países desenvolvidos, que guardam seu dinheiro num banco ou investem num fundo de pensão, para garantir suas aposentadorias. Essa vultosa soma é transferida de um mercado para outro, de um país para outro, sempre em busca das mais altas taxas de juros dos títulos públicos ou da maior rentabilidade das ações, das moedas, etc. Os administradores desses capitais - como bancos de investimentos e corretoras de valores - em geral não estão interessados em investir na produção, cujo retorno é demorado, mas em especular, isto é, realizar investimentos de curto prazo nos mercados mais rentáveis.

Os capitais especulativos são prejudiciais às economias à medida que, quando algum mercado se torna instável ou menos atraente, os investidores transferem seus recursos rapidamente, e os países onde o dinheiro estava aplicado entram em crise financeira ou veem-na se aprofundar. Isto aconteceu, por exemplo, com o México (1994), os países do Sudeste Asiático (1997), a Rússia (1998), o Brasil (1999), a Argentina (2001) e a Grécia (2010).

Além de investirem em títulos públicos ou em moedas, grande parte dos capitais especulativos, assim como uma parcela dos investimentos produtivos, direciona-se para as Bolsas de Valores e de mercadorias espalhadas pelo mundo, investindo em ações ou mercadorias. Pode-se investir em ações de forma produtiva, esperando que a empresa obtenha lucros para receber dividendos pela valorização: ou investir de forma especulativa, comprando ações na baixa e vendendo-as assim que houver valorização, embolsando a diferença e realizando o lucro financeiro. Pode-se também especular com mercadorias e com moedas.

Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 2 ed. São Paulo: Scipione. 2017.

Capitais produtivos

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Capitais produtivos são investimentos de longo prazo, por isso menos suscetíveis às oscilações repentinas do mercado. Sendo investimentos diretos na produção de bens e serviços ou em infraestrutura, esses capitais são aplicados em determinado território e possuem uma base física (fábrica, usina hidrelétrica, rede de lojas, etc.). Instalam-se em busca de lucros, que podem ser resultantes de custos menores de produção em relação ao país de origem dos investidores, baixos custos de transportes, proximidade dos mercados consumidores e facilidades em driblar barreiras protecionistas.

Fonte: Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 2 ed. São Paulo: Scipione. 2017.

Exclusão social

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A exclusão social se caracteriza pela exclusão ou afastamento de grupos do sistema socioeconômico predominante. A ideia de exclusão social é geralmente usada em referência a uma forma específica de desigualdade.

As pessoas ou grupos acabam sendo separados do convívio com o restante da sociedade geralmente por questões financeiras. O grupo excluído é também chamado de minoria social e não tem acesso a bens e serviços básicos e direitos essenciais ao seu desenvolvimento pleno que possam garantir condições de vida digna, defendida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Esse problema social foi impulsionado pela estrutura do sistema econômico e político capitalista.

Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos.

A exclusão social pode acontecer pelas condições financeiras, religião, cultura, sexualidade, escolhas de vida, dentre outros.

Fonte(Web):
https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/exclusao-social
https://www.preparaenem.com/sociologia/exclusao-social.htm
https://www.todamateria.com.br/exclusao-social/

16 de outubro de 2020

Toyotismo

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Após a Segunda Guerra Mundial foi desenvolvido no Japão um novo sistema de organização da produção, o toyotismo.

O toyotismo é baseado numa acumulação mais flexível, que maximiza ganhos a partir de diferentes formas de contratação de mão de obra, produção de bens e serviços e investimentos do capital.

Conhecido pelo nome just-in-time ("tempo exato"), esse sistema organizacional foi executado pela primeira vez na fábrica de motores da Toyota a partir dos anos 1960, sendo depois introduzido nas principais indústrias do mundo.

As diferentes etapas da produção, desde a entrada das matérias-primas até a saída do produto, são definidas entre fornecedores, produtores e compradores. A matéria-prima que entra na fábrica corresponde à quantidade de mercadorias que será produzida, o que deve ser feito em um prazo estipulado e de acordo com o pedido dos compradores. Além da eficiência, com controle de qualidade total dos produtos, o sistema just-in-time permite diminuir o custo de estocagem e garantir os lucros dos empresários.

O trabalho especializado e rotineiro da linha de montagem do sistema fordista foi substituído por um sistema flexível, em que o trabalhador pode ser deslocado para realizar diferentes funções de acordo com as necessidades da produção de cada momento.

Os recursos da microeletrônica, da robótica e da informática, muito utilizados nesse sistema, permitem a modificação e a atualização dos modelos de mercadorias a partir de pequenas mudanças nos equipamentos da fábrica com os mesmos maquinários. Isso é especialmente importante em um mundo em que a evolução tecnológica possibilita a constante criação de produtos e sucessivas modificações.

No toyotismo há uma sincronia entre os sistemas de fornecimento de matérias-primas, de produção e de venda. Esse sistema também se apoia em empresas subcontratadas para a produção do produto final. 

Fonte:
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Lazaro Anselmo; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
Fonte (Web):
https://querobolsa.com.br/enem/geografia/toyotismo
https://www.todamateria.com.br/toyotismo/
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa