31 de outubro de 2020

Capitalismo

É um sistema econômico que, desde sua origem, se expandiu econômica e territorialmente: primeiro foi o colonialismo, depois o imperialismo e, nos dias atuais, a globalização. Esse sistema econômico apresentou dinamismo ao longo da História e se transformou à medida que os desafios à sua expansão surgiram. Com o tempo, sobrepôs-se a outros sistemas econômicos, até se tornar hegemônico, predominando em quase todos os países. 

O capitalismo teve origem na Europa, entre os séculos XIII e XIV, com o renascimento urbano e comercial e o surgimento de uma nova classe social, a burguesia, que se dedicava ao comércio e a atividades financeiras.

A partir do século XV, com as Grandes Navegações, expandiu-se para outros lugares do mundo (Ásia, África, América, Oceania), que foram integrados à economia mundial como colônias.

Os principais mecanismos do capitalismo se alteraram ao longo do tempo para se adaptarem às novas formas de relações políticas e econômicas estabelecidas entre as nações.

Considerando seu processo de desenvolvimento, costuma-se dividir o capitalismo em quatro etapas: comercial, industrial, financeira e informacional.

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017.
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: o espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.

Monopólio

Situação em que uma única empresa domina a oferta de determinado produto ou serviço. Os preços são fixados por uma empresa monopolista, e não pelas leis de mercado, garantindo-lhe superlucros. A maioria dos países criou leis para impedir a formação de monopólios.

Fonte: MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.

30 de outubro de 2020

As empresas que ultrapassam fronteiras

Imagem: Reprodução
Desde o final do século XIX, formaram-se grandes empresas a partir dos trustes e oligopólios com sede nas metrópoles e filiais em diversos países, chamadas multinacionais. Esse modelo, em geral, reproduzia tecnologias procedentes da sede, garantia a localização próxima às fontes de matérias-primas e assegurava a venda de produtos industrializados. Nos principais centros industriais do mundo (como os Estados Unidos, os países da Europa Ocidental e o Japão), desde o final do século XIX, formaram-se esses grandes grupos empresariais. Esse processo foi favorecido por dois fatores: a concentração e a centralização. O processo de concentração envolveu a eliminação das empresas concorrentes do mesmo ramo de atividade. A centralização ocorreu com a formação de grandes conglomerados, que passaram a operar em diferentes e complementares ramos de atividade de uma mesma cadeia produtiva, formando redes geográficas de alcance global.

Mais recentemente as multinacionais ficaram conhecidas como transnacionais, termo mais apropriado, pois adotaram novos procedimentos, como a especialização das filiais em fases específicas do processo de produção, mudança ou divisão da sede, distribuindo-a por diversos países, deslocamento de unidades produtivas em busca de rentabilidade e a criação de centros de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias inovadoras nas filiais. Suas atividades produtivas, mercantis e administrativas ultrapassam fronteiras, estendendo-se a diversos países. Os vínculos especiais com o país de origem diminuem à medida que aumenta seu poder independente em um mercado globalizado e sem fronteiras. Essas corporações se espalharam pelo mundo e assumiram a hegemonia na economia mundial. O processo que permitiu essa expansão foi o da extrema competição por meio de inovações em seus produtos e da eliminação dos concorrentes. Com enorme faturamento, acelerado a partir de 1990, essas megaempresas controlam todos os setores da economia: agricultura, indústria, comércio e serviços.

Fonte: TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

Conglomerados

Os conglomerados, também chamados grupos ou corporações, visam dominar a oferta de determinados produtos e serviços no mercado e são o exemplo mais bem-acabado de empresas do capitalismo monopolista. Controlados por uma holding, atuam em diferentes setores da economia. Seu objetivo é garantir uma lucratividade média, já que pode haver rentabilidades diferentes em cada setor e, consequentemente, em cada empresa do grupo.

Muitos trustes formados no fim do século XIX transformaram-se em conglomerados, que resultaram de um ampliado processo de concentração de capitais e de uma crescente diversificação dos negócios.

Por exemplo, o grupo General Eletric, sediado nos Estados Unidos, atua em diversos ramos industriais e fabrica uma grande variedade de produtos (lâmpadas elétricas, fogões, geladeiras, equipamentos médicos, motores de avião, locomotivas, turbinas para hidrelétricas, etc.).

Outros conglomerados pelo mundo: Daimler AG (Alemanha), Sony (Japão), Fiat Chrysler (Itália/EUA), Nestlé (Suiça) e Unilever (Reino Unido/Países Baixos).

Fonte: MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa