20 de dezembro de 2020

Círculo de fogo

 Círculo do fogo ou anel de fogo do Pacífico é uma área de instabilidade geológica e de intensa atividade sísmica. Isso se deve ao fato de ser área de contato ou de limite entre placas tectônicas. Tem mais de 40 mil quilômetros. É responsável por cerca de 90% dos terremotos e por 50% dos vulcões da Terra. 

O fato importante que devemos considerar, é que essa é uma das áreas mais densamente povoadas do planeta. Portanto, milhões de pessoas estão sujeitas aos terremotos e maremotos (tsunamis) que acontecem ali. O Japão, por exemplo, passou por um terremoto seguido por tsunami em 2011, que trouxe devastação e mortes ao país. 

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Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado.. São Paulo: Ática, 2017.
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
PENA, Rodolfo F, Alves. "Círculo de Fogo do Pacífico"; Mundo Educação. Disponível em: 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/circulo-fogo-pacifico.htm

19 de dezembro de 2020

Tectonismo

 São as forças que atuam no interior da Terra de forma lenta e contínua e provocam o deslocamento de materiais. O tectonismo é um dos agentes endógenos de transformação do relevo terrestre. Esses movimentos do interior da Terra repercutem sobre as placas da crosta. Essa dinâmica interior ocorre de duas maneiras: pela epirogênese e pela orogênese.

Os movimentos epirogenéticos provocam processos lentos e generalizados de soerguimento ou rebaixamento de grandes blocos rochosos. Não provocam alterações na disposição e nas estruturas geológicas locais, mas alteram a fisionomia do relevo das regiões por eles atingidas. Isso acontece por causa do soerguimento e rebaixamento de  grandes áreas dos continentes. Esses movimentos ocorrem em áreas estáveis da crosta que sofreram o efeito das glaciações. O norte da Europa é um dos mais representativos de área afetada pela epirogênese. No litoral do mar do Norte, há rebaixamento do litoral pela invasão das águas do mar (transgressões marinhas). Em outras, como na Escandinávia, ocorre o levantamento da costa pelo recuo dos oceanos (regressão marinha).

Os movimentos orogenéticos resultam da acomodação de placas tectônicas. Existem dois tipos de orogenia, os dobramentos e os falhamentos. Os dobramentos ocorrem sempre que as rochas são maleáveis e não oferecem muita resistência às forças provenientes do interior da Terra formando-se dobras ou ondulações do terreno. Quando as rochas são rígidas e muito resistentes, elas acabam se partindo se o choque a que são submetidas aumenta de intensidade. Após a fratura, ocorre o deslocamento dos blocos resultantes. As falhas caracterizam-se por desníveis do terreno. Quando há apenas fratura sem o desnível, temos as diáclases. Os terremotos e o vulcanismo, assim como a formação de cadeias montanhosa, são causados pelos movimentos orogênicos. As cordilheiras surgiram do choque entre placas tectônicas.

Dobramento

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Dobramento e falhamento

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Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado.. São Paulo: Ática, 2017. 
SILVA, Angela Corrêa da; OLIC, Nelson Bacic; LOZANO, Ruy. Geografia: contextos e redes. São Paulo: Moderna, 2016.
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.
PENA, Rodolfo F. Alves. "O que é tectonismo?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-tectonismo.htm.

Agentes internos (endógenos)

Agentes internos ou endógenos são aqueles impulsionados pela energia contida no interior da Terra. Essas forças emanadas do interior do nosso planeta movimentam a crosta terrestre, criam novos relevos ou modificam sua estrutura e fisionomia. Como exemplos de agentes internos do relevo temos: o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos ou terremotos.

Esses fenômenos deram origem às grandes formações geológicas existentes na superfície terrestre e continuam a atuar em sua transformação.

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Fonte:
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

Rochas metamórficas


Mármore mississipiano
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As rochas metamórficas, assim como as rochas magmáticas, formam-se no interior da Terra. O metamorfismo ou a modificação na estrutura das rochas tem como causas a pressão e a temperatura muito elevadas, os fortes atritos ou a combinação de dois ou mais minerais, conforme Moreira e Sene.

Rochas metamórficas, de acordo com Terra, Araújo e Guimarães:
As rochas metamórficas se formam a partir de transformações (metamorfismo) sofridas por qualquer outra rocha, quando submetidas a novas condições de temperatura e pressão. Nesse novo ambiente, os minerais se modificam, reorientando-se e formando outros minerais. O alinhamento dos cristais dá a essas rochas uma nova característica de orientação de camadas. São exemplos o quartzito, o mármore e o gnaisse, que podem ser provenientes, respectivamente, do arenito, do calcário e do granito. (TERRA, ARAUJO, GUIMARÃES. 2016, P. 181.
Já o dicionário geológico-morfológico, de Guerra, tem a seguinte definição para rochas metamórficas:
Resulta da transformação de outras rochas preexistentes. Quando a transformação é feita em rochas eruptivas, estas são chamadas de ortometamórficas, e, no caso das rochas sedimentares, denominam-se parametamórficas. As rochas metamórficas resultam das condições de pressão e de temperaturas elevadas. Sua grande característica é possuir orientação de camadas, daí ser também denominada cristalofiliana. [...] Há, nas metamórficas, o alinhamento de cristais em leitos ou camadas, que muitas vezes constitui um fator importante na direção sobre o relevo. Entre as principais rochas metamórficas podemos citar: quartzitos, gnaisses, filitos, ardósias, micaxistos, mármore etc. (GUERRA. 206, p. 422).
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Fonte:
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

 

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa