13 de março de 2017

Geografia

A geografia é o estudo do espaço geográfico. Mas o que é esse espaço? É o local ou meio onde vivem os seres humanos: a superfície terrestre. Assim, o campo de estudo da geografia é o espaço da sociedade humana, em que homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem modificações que o reconstroem permanentemente. Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas, populações, todos esses elementos ¬ além de outros ¬ constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material em que a humanidade vive e do qual é parte integrante.

Tudo nesse espaço depende do ser humano e da natureza. Esta última é a fonte primeira de todo o mundo real. A água, a madeira, o petróleo, o ferro, o cimento e todas as outras coisas que existem nada mais são que aspectos da natureza. Mas o ser humano reelabora esses elementos naturais ao fabricar plástico a partir do petróleo, ao represar rios e construir usinas hidrelétricas, ao aterrar pântanos e edificar cidades, ao inventar velozes aviões para encurtar as distâncias.

Assim, o espaço geográfico não é apenas o local de morada da sociedade humana, mas principalmente uma realidade que é a cada momento reconstruída pela atividade do ser humano.
As modificações que a sociedade humana produz em seu espaço são hoje mais intensas que no passado. Tudo o que nos rodeia se transforma rapidamente. Com a interligação entre todas as partes do globo e com o desenvolvimento dos transportes e das comunicações, passa a existir um mundo cada vez mais unitário. Pode-se dizer que, em nosso planeta, há uma única sociedade humana, embora seja uma sociedade  plena de desigualdades e diversidades.

Os "mundos" ou as sociedades isoladas, que viviam sem manter relações com o restante da humanidade, cederam lugar ao espaço global da sociedade moderna. Na atualidade, não existe nenhum país que não dependa dos demais, seja para o suprimento de parte das suas necessidades materiais, seja pela internacionalização da tecnologia, da arte, dos valores, da cultura.

Uma guerra civil, fortes geadas com perdas agrícolas, a construção de um novo tipo de computador, a descoberta de enormes jazidas  petrolíferas, enfim, um acontecimento importante que ocorra numa parte qualquer da superfície terrestre tem repercussões em todo o conjunto do globo. Muito do que acontece em áreas distantes acaba nos afetando de uma forma ou de outra, mesmo que não tenhamos consciência  disso. Não vivemos mais em aldeias relativamente independentes, como nossos antepassados longínquos, mas num mundo interdependente e no qual as transformações se sucedem numa velocidade acelerada.

Exemplo de reelaboração dos recursos da natureza feitas pelos seres humanos
Usina São Simão - GO
O represamento de um rio para a construção de uma usina hidrelétrica.
Imagem: usina São Simão - Portal Brasil 
Aterro do Guaiba - Porto Alegre
O lago Guaiba (por muitos anos chamado de rio Guaiba), em Porto Alegre, sofreu sucessivos aterros, o que gerou impactos negativos na paisagem, já que ilhas foram engolidas e perdeu-se uma bela baía. 
Imagem: Porto Alegre Antigo - O maior presente

Fonte: VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Ática, 2011.

22 de fevereiro de 2017

Questões sobre introdução ao conhecimento geográfico

1.(UFPE) “O tratamento dos aspectos físicos do planeta ou, como querem alguns, do quadro natural, não faz da geografia e nem da geografia física uma ciência natural, biológica ou da terra; ela é, acima de tudo, uma ciência do espaço e é aí que encontramos sua característica fundamental. Enquanto divisão geral das ciências, ela se encontra indubitavelmente entre as ciências humanas e é ali o seu lugar correto, haja vista possuir como objetivo primeiro o estudo do jogo de influências entre sociedade e natureza na organização do espaço.” (MENDONÇA, Francisco. Geografia Física: Ciência Humana? Ed. Contexto, 1989)
Após a leitura do texto, pode-se afirmar que o autor:
a) considera que a Geografia, por ser uma ciência do espaço, não mantém relações com as ciências naturais, que se dedicam ao estudo da estruturação natural das paisagens.
b) defende que a Geografia é uma ciência humana, mas, mesmo assim, não pode ser considerada uma ciência social porque também estuda a estruturação do quadro natural.
c) só considera como análise geográfica a interpretação das interferências do quadro natural sobre a produção do espaço geográfico.
d) defende que o objetivo central da ciência geográfica é a análise da produção do espaço a partir das relações entre a sociedade e o meio natural.
e) concorda com o fato de que a Geografia é apenas uma disciplina e não uma ciência natural, biológica ou da Terra.

2. (UFPE) Vamos supor que um determinado pesquisador escreveu o seguinte texto sobre a Amazônia brasileira.
“A Amazônia brasileira, uma das principais regiões do País, está fadada ao subdesenvolvimento. O distanciamento físico entre ela e as demais regiões e as condições naturais extremamente adversas impedem ou dificultam consideravelmente qualquer tentativa governamental de promover o crescimento econômico regional. É praticamente impossível pensar em desenvolvimento num espaço geográfico caracterizado por um clima com elevadas temperaturas médias mensais, uma umidade relativa do ar excessiva e solos bastante lixiviados.”
Esse pesquisador está defendendo ideias que podem ser consideradas como nitidamente:
a) marxistas.
b) possibilistas.
c) neo-liberais.
d) neo-malthusianas.
e) deterministas.

3. (UFPE) “Os fatos da realidade geográfica estão intimamente ligados entre si e devem ser estudados em suas múltiplas relações. Não basta estudar isoladamente os diversos fenômenos que compõem a realidade; eles estão ligados uns aos outros.” Este é o princípio geográfico conhecido como:
a) Princípio de Conexão.
b) Princípio do Atualismo.
c) Princípio de Atividade.
d) Princípio do Criticismo.
e) Princípio da Complexidade Crescente

4. (UFPE) “Este princípio, enunciado por Jean Brunhes, chamava atenção para o fato de que os fatores físicos e humanos, ao elaborarem as paisagens, não agiram separada e independentemente, havendo uma interpenetração na ação dos vários fatores físicos entre si, e ainda dos dois grandes grupos de fatores. Na elaboração das paisagens, nenhum dos fatores físicos ou humanos age isoladamente; a ação é sempre feita de forma integrada com outros fatores.” (Manuel Correia de Andrade, Geografia Econômica)
O princípio da Geografia a que o autor faz referência é o:
a) Princípio da Extensão.
b) Princípio da Conexão.
c) Princípio da Analogia.
d) Princípio das Causas Atuais.
e) Princípio da Uniformidade dos Fatos Geográficos.

5. (COVEST) A aplicação do método geográfico com seus princípios é feita por Josué de Castro em seu livro Geografia da Fome, quando o autor identifica, no Brasil, a presença de 05 áreas alimentares: a Amazônica, o Nordeste Açucareiro, o Sertão Nordestino, o Centro-Oeste e o Extremo Sul, constatando a presença, nessas áreas, de fome endêmica, de epidemias de fome e de subnutrição. Analise as proposições abaixo, que dizem respeito à aplicação desses princípios do método geográfico feita pelo autor.
0-0) Quando localiza e mapeia as regiões alimentares, estabelecendo os seus limites, Josué está desenvolvendo o princípio da Extensão, formulado por Frederico Ratzel.
1-1) Ao analisar as razões que levam à fome na área Amazônica, estabelecendo relações de causa e efeito, Josué aplicou o princípio da Casualidade.
2-2) Ao comparar a fome endêmica presente na área Amazônica e no Nordeste Açucareiro com a fome existente no Sertão Nordestino, identificando semelhanças e diferenças, o autor está desenvolvendo o princípio da Analogia ou da Geografia Geral, enunciado por Karl Ritter.
3-3) A conexidade está presente em seu livro, quando identifica a interligação e a interpenetração existentes na ação dos vários fatores físicos e humanos entre si.
4-4) O princípio da atividade é desenvolvido por Josué quando ele menciona os diferentes tipos de atividades econômicas que são desenvolvidas pelas populações das regiões por ele tratadas.

6. (UPE)
“Esse autor, porém, traria a grande contribuição para a formulação esquemática do conhecimento geográfico, com seu livro Antropogeografia e com a propagação das ideias deterministas, que consideravam a existência de uma grande influência do meio natural sobre o homem. De formação antropológica, ele foi bastante influenciado pelas ideias evolucionistas de Charles Darwin e Ernest Haeckel, admitindo que, na luta pela vida, venceriam sempre os mais fortes e que a vitória dos mais fortes, dos mais aptos sobre os mais fracos era o resultado lógico da luta pela vida”
(ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia Econômica. São Paulo: Ed. Atlas, 1987).
O texto está se referindo ao seguinte pensador da Geografia
a) Frederich Engels.
b) Pierre George.
c) André Cholley.
d) Alexander Von Humboldt.
e) Frederico Ratzel.

7. (UPE) Considere o texto a seguir:
“Da passagem do século até os anos da Segunda Guerra Mundial, a Geografia viveu um período de grande florescimento cultural que podemos caracterizar como da “Geografia Clássica”, em que pontificaram os grandes chefes de escola. O seu início foi marcado pelos debates que resultaram na total refutação do determinismo geográfico”. (BERNARDES, Nilo. Geografia e Desenvolvimento)
O que significa “determinismo geográfico”?
a) Trata-se de um princípio geográfico que leva em consideração apenas a ação do homem sobre o meio natural.
b) Trata-se de uma escola geográfica que defende a ideia de que o crescimento da população deve ser controlado pelo Estado.
c) Trata-se de uma corrente da Geografia que considera as condições naturais como determinantes do desenvolvimento ou não do espaço geográfico.
d) Trata-se de um princípio da chamada Geografia Marxista que vê na natureza a causa principal do desenvolvimento econômico do espaço geográfico.
e) Trata-se de uma tendência da Geografia que considera que a sociedade pode vencer as adversidades naturais.

8. (UFPE) A Geografia, como ciência, possui um método próprio de análise, o chamado método geográfico, que se baseia em cinco princípios. Com relação a esses princípios, analise as proposições abaixo.
0-0) O princípio da Extensão foi enunciado por Frederico Ratzel e, de acordo com o mesmo, o geógrafo, ao estudar uma determinada área, deve, primeiramente, utilizando-se de um mapa, localizá-la, identificando os seus limites.
1-1) A Analogia foi o princípio enunciado por Vidal de la Blache.
2-2) Na causalidade, o geógrafo, ao observar um fato, deve identificar as causas que levam à sua existência, procurando estabelecer as relações de causa e efeito.
3-3) Na Conexidade, o estudioso de Geografia verifica que os fatores físicos e humanos não agem de forma isolada na formação de uma paisagem, existindo, pois, uma inter-relação entre eles. Estes fatores agem de maneira integrada.
4-4) Jean Brunhes formulou o princípio da Atividade, no qual assinala que a paisagem não é estática mas está em constante transformação e é, portanto, dinâmica.

9. (UVA)"Nos últimos anos, a ciência geográfica tem passado por grandes mudanças conceituais e metodológicas. Esse processo evolutivo, hoje, já nos fornece a ideia de que a Geografia, busca a partir das relações entre os homens e destes com a natureza no decorrer dos tempos, a explicação da organização do espaço."
Com relação a introdução à Geografia, seus métodos, concepções, princípios e evolução, analise as frases abaixo e coloque V nas verdadeiras e F nas falsas
( ) O espaço geográfico nada mais é do que a paisagem em sua totalidade – a configuração territorial acrescida a sociedade.
( ) . O princípio da causalidade é a própria lei de causa e efeito, característica de todas as ciências. O princípio da causalidade foi defendido, em Geografia, por Humboldt.
( ) Friedrick Ratzel, defendeu o possibilismo geográfico.
( ) O determinismo é um princípio radical e fatalista, empregado eventualmente em algumas situações, porém, não sempre e nem em todas.
( ) Estudar geograficamente o mundo é essencialmente investigar a dinâmica social que está por trás das paisagens ou formas espaciais.
A sequência, de cima para baixo, é:
a) F, V, V, V, V
b) V, F, F, V, F
c) V , V, F, V, V
d) F, F, V, F, F

10. (UVA/RJ) Sobre a Geografia, seus métodos, seus procedimentos, suas abordagens não é verdadeiro afirmar que:
a) A Geografia Tradicional tem por base metodológica a teoria marxista.
b) O espaço geográfico é fruto da dinâmica social (relação homem, natureza e trabalho) que se diferencia de acordo com a formação historia, no espaço e no tempo.
c) A Geografia ao longo de sua trajetória tem vivenciado avanços e recuos. Hoje, pode-se dizer que a Geografia apresenta grandes avanços metodológicos permitindo compreender a dinâmica e as contradições sociais do espaço geográfico.
d) A sala onde você esta fazendo esta prova para concorrer a uma vaga do vestibular, contem natureza transformada pelo trabalho social. Olhe para as paredes, carteiras e demais objetos ao seu redor e percebera isto. Quase tudo que nos cerca é o resultado do trabalho social sobre a natureza, inclusive o espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia.

11. (UVA) "A geografia conheceu, num passado recente, um movimento vigoroso de renovação teórica, que exercitou com radicalidade a crítica às perspectivas tradicionais e introduziu novas orientações metodológicas no horizonte de investigação dessa ciência."
Analise as alternativas abaixo que tratam das concepções, escolas e evolução da Geografia.
I. Sendo a Geografia uma ciência de transformação e elaboração do espaço, a mesma faz uma interconexão entre o espaço da produção, circulação e ideias no decorrer do tempo histórico.
II. A principal mudança no ensino da geografia é a passagem, que ainda ocorre, de uma geografia tradicional e descritiva voltada para a memorização, para uma geografia crítica preocupada com o raciocínio e o espírito crítico do aluno.
III. O principal livro de Friedrich Ratzel, denomina-se Antropogeografia – fundamentos da aplicação da Geografia à História; pode-se dizer que esta obra funda a Geografia Humana. Nela, Ratzel definiu o objeto geográfico como o estudo da influência que as condições naturais exercem sobre a humanidade.
IV. Vidal de La Blache criou uma doutrina, o Possibilismo, e fundou a escola francesa de Geografia. E, mais, trouxe para a França o eixo da discussão geográfica, situação que se manteve durante todo o primeiro quartel do século XX.
Estão corretos:
a) somente o item IV
b) somente os itens I e III
c)  todos os itens
d)  somente os itens II e IV

12. (UVA) Numa alusão aos princípios metodológicos da Geografia, podemos afirmar que o princípio em que o geógrafo compara as características da área estudada com a de outras regiões da Terra, estabelecendo as semelhanças e as diferenças é o:
a) princípio da analogia, formulado por Karl Ritter e Vidal de la Blache.
b) princípio da extensão, formulado por Frederico Ratzel.
c) princípio da atividade, formulado por Jean Brunhes.
d) princípio da causalidade, formulado por Alexandre de Humboldt.

13. (UVA) A Geografia chamada Antiga, ou Nomenclatura, ou dos Viajantes, existiu até o século XVIII, mas não era uma ciência. Foi no século XIX, que graças às contribuições das escolas geográficas da Alemanha e da França, que a Geografia tornou-se uma ciência. Analise as afirmativas que tratam sobre os princípios e as escolas geográficas e coloque V nas frases verdadeiras e F nas frases falsas.
( ) Segundo o princípio da causalidade, o geógrafo só realiza a Geografia plenamente como ciência quando demonstra, comprove e explica o fenômeno estudado, evidenciando suas causas e consequências .
( ) Fazer analogia, em Geografia, é generalizar conclusões tirando as leis da Geografia Geral, é comparar acidentes ou fenômenos geográficos e também classificar grandezas dos acidentes ou fenômenos comparados.
( ) Frederico Ratzel admitiu o determinismo geográfico no relacionamento do meio com o homem, como se o meio fosse a causa e o homem a consequência. Para Ratzel, o homem é um produto do meio em que vive, subordinado, condicionado e fatalizado pelos imperativos fatores do meio natural.
( ) Paul Vidal de La Blache, defensor do princípio de extensão e do determinismo geográfico, é considerado o Pai da Antropogeografia.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a)  V, V, F, F
b) V, V, V, F
c) F, V, F, V
d) F, F, V, V

14. (UVA) “Apesar de o homem receber influências do meio onde vive, ele é capaz de modificá-lo e adaptá-lo às sua necessidades”.
Esta afirmação está de acordo com a teoria:
a) determinista.
b) possibilista.
c) malthusiana.
d) mais-valia.
Fonte: Conhecimento Geográphico, Geografalando, Rede Educacional.

Respostas:
1-D; 2-E; 3-A; 4-B; 5-VFVVF; 6-e; 7-C; 8-VVVVV; 9-C; 10-A; 11-C; 12-A; 13-B; 14-B.

Geografia, uma ciência para entender o mundo

"Desde que a espécie humana passou a se organizar socialmente, ela buscou também soluções para sua sobrevivência. A utilização do conhecimento geográfico permitiu ao ser humano reconhecer paisagens e lugares de acordo com o clima, o relevo, a cultura e os recursos naturais disponíveis.
Agora, quando o ser humano já ocupa quase todo o planeta e as informações são transmitidas com rapidez e em grande volume, é praticamente impossível entender e acompanhar mudanças, fatos ou fenômenos sem compreender geografia."
 ( Lúcia Marina e Tércio. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado)
Vista aérea de ilha artificial e hotel de luxo no golfo Pérsico, 
em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (imagem: internet)

O CONHECIMENTO GEOGRÁFICO

Contexto e aplicação

A GEOGRAFIA NA PRÁTICA
Ciência e matéria de ensino, a geografia se faz presente na vida de muita gente, seja pela ânsia de conhecer o mundo, pelos desafios postos atualmente pelo meio ambiente e todas as previsões apocalípticas ou sensatas a esse respeito, pelas exigências de planejamento territorial, pelo turismo ou, simplesmente, como tarefas escolares no ensino básico.
( Helena Capelli Callai. A formação do profissional de geografia. Ijuí: Ed. Unijuí)

Com base nas suas observações e no que você aprendeu, responda às questões:
1) Cite duas situações recentes em sua vida em que a geografia se faz presente.
2) Dê um exemplo que permita perceber como a geografia pode contribuir na questão ambiental.
3) Qual foi o primeiro povo a sistematizar o conhecimento geográfico? Apresente uma contribuição desse povo para o desenvolvimento da geografia.

Questões para reflexão - Segunda parte

1) Pesquisa em dupla
Escolha um dos itens a seguir e realize uma pesquisa em sites, revistas ou livros:
* astrolábio;
* bússola;
* portulano;
* nau;
* caravela.
A dupla deverá demonstrar a evolução da geografia a partir do desenvolvimento do item escolhido e apresentar suas conclusões para a classe.
Os alunos poderão consultar os professores de geografia e história para tirar dúvidas.
2) "A geografia é um dos conhecimentos mais antigos que existem; desde os povos primitivos já se fazia geografia."
(Auro de Jesus Rodrigues. Geografia: introdução à ciência geográfica. São Paulo: Avercamp) 
O que significava a geografia para os povos primitivos?
3) Relacione Portugal e Espanha com a ampliação do espaço geográfico. 

Respostas:
A geografia na prática
1) O aluno poderá lembrar-se da utilização de um guia rodoviário ou da consulta de um atlas geográfico para localizar a cidade. Mais recentemente se faz uso de aplicativos na internet que permitem a localização. O aluno pode citar o google maps, que é um serviço de pesquisa e visualização de mapas e imagens de satélite da Terra gratuito na web fornecido e desenvolvido pela empresa norte-americana Google.
2) O uso de satélites para detectar a presença de queimadas.
3) Foram os gregos. Eles passaram a descrever o relevo para identificar uma região.
Questões para reflexão
1) Pesquisa em dupla
A atividade tem como objetivo demonstrar a evolução da geografia a partir do desenvolvimento dos itens de pesquisa sugeridos.
2) A geografia significava um meio de resolver questões imediatas, desde a satisfação de necessidades básicas, viagens, localização de montanhas, rios, como também para defender-se de povos inimigos ou para atacá-los.
3) Com a expansão marítimo-comercial empreendida nos séculos XV e XVI, Portugal e Espanha foram pioneiros na conquista, exploração e ocupação de espaços até então desconhecidos do mundo europeu, como América, Índia e África, entre outros, o que ocasionou a ampliação do espaço geográfico.

Veja o que acontece quando não existe o conhecimento geográfico (gafe da CNN)
Divirta-se lendo os comentários dos brasileiros

Fonte - livro: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado.

14 de fevereiro de 2017

Imagens que contam a história de Cruz Alta

Casa dos Costa - Imagem:Reprodução
Hoje eu vou falar de um projeto muito legal que existe aqui na minha cidade e que se chama "Projeto Nossa Velha - Nova Cruz Alta". Trata-se da história de Cruz Alta contada através de imagens, que mostram o passado e o presente da cidade através de fotografias.

Esse projeto teve início em 2007, quando o médico Alfredo Roeber recebeu por e-mail de um amigo cerca de trinta fotos, a maioria da década de 1940. "Foi o que bastou para ativar meu até então pouco expressivo, diria até quase desconhecido, lado saudoso e, até certo ponto, nostálgico. Imediatamente, olhando aquelas fotos, mesmo nascendo muitos anos após elas serem tiradas, imaginei como estivesse naquele tempo, caminhando naquelas aparentemente abandonadas ruas da cidade, uma calmaria inimaginável nos tempos atuais". Alfredo começou a comparar as imagens de Cruz Alta do passado com a do presente e então começou a fotografar a cidade nos mesmos locais e nos mesmos ângulos das fotografias do passado. A partir daí, esse projeto, que era restrito a poucos amigos, foi crescendo graças a divulgação através da internet.

8 de fevereiro de 2017

Casa Museu Erico Verissimo

"Quando os ventos da mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras.
Outras constroem moinhos de vento."
Erico Verissimo
Imagem: Reprodução
Estamos em 17 de dezembro de 1905, e, numa residência de uma família tradicional de Cruz Alta, nasce um guri que se tornaria um dos maiores escritores brasileiros: Erico Verissimo. Segundo consta na sua biografia, a família era rica, mas havia perdido tudo no início do século.

Logo muito cedo, aos 13 anos, começou a ler autores nacionais como Aluízio Azevedo, Joaquim Manuel de Macedo, entre outros, e autores estrangeiros, como Dostoievski e Walter Scott.

Em 1920, Erico foi estudar em Porto Alegre, no colégio Cruzeiro do Sul, mas não completou o curso e voltou para Cruz Alta. Abandonou os planos de cursar uma universidade.

Em 1925, trabalhou no Banco Nacional do Comércio, Em 1926, tornou-se sócio de uma farmácia, que faliu em 1930. Dava aulas de literatura e inglês.

Em 1929, começou a escrever contos para revistas e jornais. Publicou Chico: um conto de Natal, no Cruz Alta em Revista e os contos Ladrão de gado e A tragédia dum homem gordo, na Revista do Globo, em Porto Alegre. O conto A lâmpada mágica foi publicado no jornal  Correio do Povo. Com a falência da farmácia em 1930, o autor mudou-se para Porto Alegre.

Em 1931, casa-se com aquela que seria a sua companheira por toda a vida, Mafalda Holfem Volpe, com quem teve dois filhos, Clarissa e Luis Fernando.

Em Porto Alegre, Erico passou a conviver com escritores renomados, como Mario Quintana, Augusto Meyer, Guilhermino César e foi contratado para o cargo de secretário de redação da Revista do Globo.

Fez as traduções de O sineiro, O círculo vermelho e A porta das sete chaves de Edgar Wallace. Colaborou nos jornais Diário de Notícias e Correio do Povo. Em 1932, foi promovido a diretor da Revista do Globo e passou a atuar no departamento editorial da Livraria do Globo

Sua obra de estréia, Fantoches era uma coletânea de histórias em sua maior parte na forma de peças de teatro. Em 1933, traduziu Contraponto, de Aldous Huxley.

Casa Museu Erico Verissimo
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
Casa Museu Erico Verissimo
Imagem: Reprodução
A casa onde o escritor nasceu foi transformada em museu, em 1969.
Imagem: Reprodução
A entrada da casa se dá por um imponente portão de ferro. Ao entrar, o visitante se depara com um corredor, externo à residência, que conduz ao quintal. No fundo desse corredor, há uma árvore, que provavelmente passa despercebida por alguns visitantes, mas que era muito especial para o escritor. Trata-se de uma nespeira, também chamada de ameixeira-do-Japão. É a mesma árvore que fez companhia ao escritor em suas brincadeiras, que o acompanhou nas primeiras leituras e nos primeiros escritos,  e que dá nome a um dos capítulos da sua autobiografia, Solo de Clarineta (volume 1), é exatamente ameixeira-do-Japão.

Ao entrar pela casa propriamente dita, o visitante se depara com cômodos repletos de fotos e de objetos que foram importantes para a biografia do escritor. Estão ali, entre outros, desenhos, cadernos com anotações (rascunhos de textos e livros), documentos pessoais e a primeira máquina de escrever. As imagens mostram diversas fases da vida de Erico. Há ainda uma maquete da Vila de Santa Fé de O Tempo e o Vento e diversas edições de seus livros, inclusive em outras línguas.
Foto: Reprodução
Acervo de fotos do museu
Primeira máquina de escrever de Érico Verissimo
Imagem: Reprodução
Maquete da vila de Santa Fé, do livro O Tempo e o Vento
Imagem: Reprodução
Erico Verissimo é o autor que mais bem representou sua região na literatura. Em O Tempo e o Vento é narrada a história do Rio Grande do Sul de 1680 a 1945, com a saga das famílias Cambará e Terra. Há também romances políticos como O Senhor Embaixador e Incidente em Antares. Além disso, é reconhecido como um dos melhores romancistas de temática urbana, como em Olhai os Lírios do Campo e O Resto é Silêncio.

Numa entrevista à Revista Manchete, em 1973, ele destaca assim a importância de ter nascido em Cruz Alta:
"Você não pode calcular como é bom, fecundo para um romancista, ter nascido e vivido numa cidade pequena. O computador do meu inconsciente foi programado em Cruz Alta. Numa cidade do interior a gente vive mais perto das coisas."
Foto: Reprodução
Em 18 de outubro de 1975, quarenta dias antes de falecer, o autor fez sua última visita à casa que havia se transformado em museu.

Quer conhecer um pouco mais do museu? Assista a esse vídeo, que conta um pouco da história da vida do Erico Verissimo, da casa que virou museu e de Cruz Alta.
A Casa Museu Erico Verissimo está localizada na avenida General Osório, nº 380 - Centro - Cruz Alta/RS - 98015-130
Telefone: (55) 3322-6448
e-mail: museuericoverissimo@bol.com.br

Fontes de consulta:
https://www.ebiografia.com/erico_verissimo/
https://educacao.uol.com.br/biografias/erico-verissimo.htm
http://roteirosliterarios.com.br/casa-museu-erico-verissimo-em-cruz-alta/#prettyPhoto
https://rgdosul.wordpress.com/regioes-turisticas/rota-das-terras/cruz-alta/
http://slideplayer.com.br/slide/3105973/

6 de fevereiro de 2017

Voçorocas


As voçorocas são uma das mais desastrosas consequências do rompimento dos elos naturais, causando o enfraquecimento biológico do solo e, posteriormente, a inevitável desagregação física. As voçorocas são feridas da terra e podem engolir grandes extensões do solo

As chuvas fortes podem originar sulcos na terra em um solo não protegido pela vegetação. Se não forem controlados, esses sulcos se aprofundam a cada nova chuva e podem, com o escoamento que ocorre no subsolo, resultar em sulcos de enormes dimensões, chamados voçorocas (ou boçorocas), que podem atingir dezenas de metros de largura e profundidade, além de centenas de metros de comprimento. As áreas com voçorocas ficam impossibilitadas tanto para uso agrícola como urbano.
        
Para impedir a formação das voçorocas, a primeira ação deve ser o desvio do fluxo de água. Se a topografia do relevo não permitir esse desvio, deve-se controlar a velocidade e o volume da água que escoa sobre o sulco. Isso pode ser feito com o plantio de grama (se a declividade das paredes do sulco não for muito acentuada) ou com a construção de taludes, que são degraus responsáveis pela diminuição da velocidade do escoamento da água, recurso usado em rodovias brasileiras.
       
Outra solução bastante utilizada e difundida é a construção de uma barragem e o consequente represamento da água que escoa tanto pela superfície quanto pelo subsolo. Esse represamento faz com que a voçoroca fique submersa e receba pela água sedimentos, que a estabilizam.

Sábado, dia 23/08/08, como parte da aula de Gerenciamento dos Recursos Naturais, da professora Ana Lucia Ribeiro, fomos fazer um estudo de campo em uma enorme voçoroca na vizinha cidade de Fortaleza dos Valos/RS.

 Pudemos comprovar que as voçorocas podem engolir grandes extensões do solo, como foi o caso da  voçoroca das imagens, onde visualizamos o desastre provocado pela água da chuva em um solo não protegido pela vegetação. São quilômetros de solo que poderia ser agricultável, mas o que víamos era um solo rasgado, como se fosse uma ferida aberta que provavelmente nunca será curada.

Nosso grupo fazendo estudo de campo



Professora Ana Lucia.

Fonte: 
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil. São Paulo, Scipione, 2005.
Estudo de campo como parte da aula da disciplina de Gerenciamento dos Recursos Naturais, professora Ana Lucia de Paula Ribeiro, curso de Pós-Graduação em Educação Ambiental e Gestão de Recursos Naturais. 2008

4 de fevereiro de 2017

Dinâmicas para a volta às aulas

Durante a Eco-92 foi construída uma imensa árvore na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Nesse local, onde era realizada a conferência da sociedade civil, as pessoas escreviam em folhas de papel seus sonhos de um futuro digno para a humanidade e penduravam nessa árvore. Baseado nisso, separei como primeira dinâmica de volta às aulas a árvore dos sonhos, para que possamos todos nós, professores e alunos, sonhar com um mundo mais justo e mais pacífico. Um mundo onde se tenha o direito de sonhar e concretizar esses sonhos. Essa dinâmica pode ser desenvolvida em todos os anos.
A segunda dinâmica envolve música e é uma atividade descontraída. onde o(a)  professor(a) vai ter que incentivar os mais tímidos a cantarem um trechinho da música com as quais mais se identificam.
A terceira dinâmica, a viagem, é voltada para o ensino fundamental, onde os alunos podem expressar os seus sentimentos e desejos.

Árvore dos sonhos
Imagem: Integral Sustentável
Representar uma árvore no papel pardo ou cartolina; afixá-la no painel ou parede. Em cima da árvore, escrever uma pergunta relacionada com o assunto (pode ser sobre questões ambientais, regras de convivência, o ambiente escolar etc) que será tratado durante o bimestre, trimestre... Ex.: Como gostaríamos que fosse...?

Cada criança receberá uma "folha da árvore" para escrever seu sonho, o sonho é o que a criança espera que "aconteça de melhor" para o assunto em questão. Depois, pedir para cada criança colocar sua folha na árvore dos sonhos.

Obs: Esta atividade poderá ser retomada durante o período que for trabalhado o assunto, ou ao final do período para que haja uma reflexão sobre o que eles queriam e o que conseguiram alcançar.

Que música você é?
Objetivo:

Propiciar a apresentação dos alunos de forma descontraída;
Levar os participantes a identificarem seus ritmos e gêneros musicas, assim como refletirem sobre a importância de respeitar as preferências alheias.
Procedimentos:
Solicitar aos alunos que escolham dentre as músicas que conhecem e gostam um trecho que, de alguma forma, o represente.
Cada um deve cantar o trecho escolhido para a turma.
O professor/dinamizador da atividade tem o papel de sondar se todos já ouviram aquela música, quem é o cantor(a), qual gênero musical, por que foi escolhida, se alguém não gosta, etc.
A regra é não repetir as músicas já apresentadas e respeitar as preferências dos colegas.
Com todos devidamente apresentados pedir que sistematizem no papel criando um cartaz de sua apresentação.
Com todos os cartazes prontos criar um painel para sala de aula: “Somos como músicas”.

A Viagem
Objetivos:
Levantar as expectativas dos alunos em relação ao ano letivo;
Acolher o novo grupo;
Ornamentar a sala de aula de maneira significativa.
Procedimento:

O professor afixa na parede da sala um painel com uma paisagem de fundo. No mesmo deve estar escrito: Sejam bem-vindos a viagem do saber!
A paisagem de fundo pode ser: marítima, celeste, florestal, etc...

A proposta é construir o painel com o grupo.
Sendo paisagem marítima, propor que cada aluno faça a dobradura de um barco e imaginem a viagem decorando-o livremente e escrevendo uma palavra ou frase o que espera alcançar durante a mesma, ou seja, quais são suas expectativas em relação ao ano letivo.
Sendo celeste podem ser confeccionados pequenos aviões de papel.
O fundo florestal permite que cada um escolha um animal ou planta com o qual se identifica e construa da mesma forma: dobrando, recortando, colando...
O importante é que os alunos expressem seus sentimentos e desejos. Com tudo pronto oportunizar um momento agradável onde cada um prenderá o que construiu no painel de boas-vindas interativo, apresentando-se à turma.

Fonte:
http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/dinamicas_volta_as_aulas.html
http://integralsustentavel.blogspot.com.br/2015/03/arvore-dos-sonhos.html
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/coea/COMVIDA4.pdf

21 de janeiro de 2017

Questões sobre fontes de energia


1) (CESPE/UnB) A produção de combustíveis oriundos da biomassa faz parte das políticas de governo de vários países, entre os quais se inclui o Brasil. A respeito desse tema, julgue os itens subsequentes.
1. O aumento da produção de etanol no Brasil tem reduzido a concentração da posse de terras e incentivado a diversificação agrícola.
2. No setor de transportes, o uso de biocombustíveis tem sido considerado uma solução para a redução de gases de efeito estufa, o que atende aos propósitos do Protocolo de Quioto.
3. Atualmente, a agroindústria açucareira, tal como ocorreu no período colonial, fornece matéria-prima energética e promove a interiorização da população brasileira.

2 ) O uso de combustíveis está diretamente relacionado a sua origem, se renovável ou não. No caso dos derivados do petróleo e do álcool de cana de açúcar, essa diferenciação se caracteriza:
a) Pelo tempo de reciclagem do combustível utilizado. Neste caso, o tempo maior seria para o álcool.
b) Pela diferença na escala de tempo de formação das fontes: período geológico para o petróleo e ciclo anual para a cana.
c) Pelo tempo gasto no processo de refinamento do petróleo.
d) Pelo tempo de combustão para uma mesma quantidade de combustível. Neste caso, o tempo maior seria para os derivados do petróleo.
e) Pela quantidade de partículas lançadas no ar. Os derivados do petróleo lançam bem mais partículas.

20 de janeiro de 2017

A importância dos rios

Imagem: Salto Yucumã/RS - Vanderlei Debastiani - Domínio público
Um rio é um curso de água que flui da parte mais alta do relevo para a parte mais baixa.
Os rios foram e são até hoje um dos mais importantes recursos de sobrevivência da humanidade.
São eles que fornecem a maior parte da água que consumimos, com que preparamos os alimentos, para a irrigação de terras em atividades agrícolas e para a sustentabilidade da vegetação natural.

15 de janeiro de 2017

Recursos hídricos do Brasil

A maior parte da água do mundo é salgada e o percentual de água potável pronta para o consumo é muito pequeno. Porém, esse percentual de água doce não está disponível para consumo, a maior parte está em forma de geleiras ou neves eternas (68,9%), uma parte é de água doce presa no subsolo (29,9%), uma outra parte (0,9%) é de água salobra dos pântanos e apenas uma parte mínima (0,0002%) é de água potável pronta para o consumo.
Apenas alguns poucos países do mundo detém a maior parte da água do planeta. São eles: Brasil, Rússia. Estados Unidos, Canadá, China, Índia, Indonésia, Colômbia, Peru, Zaire e Papua Nova Guiné.

O Brasil é um dos países mais bem servidos de recursos hídricos do planeta, possui 12% dos recursos hídricos mundiais, porém esse recurso é muito mal distribuído e muito mal aproveitado. É na Região Amazônica que se concentram 80% dos recursos hídricos e há falta de água no Agreste e no Sertão nordestinos. Poluição dos rios e nascentes, ocupação irregular do solo, falta de esgotos, degradação ambiental e desperdício são os grandes problemas existentes no nosso país e que afetam o nosso abastecimento de água. Em metrópoles como São Paulo o problema atinge dimensões catastróficas, uma prova é a poluição do rio Tietê, quadro terrível que dificilmente poderá ser revertido, a não ser à custa de muito dinheiro. Por causa da abundância de água no nosso país, ela sempre foi gratuita e usada sem critério. Somente o tratamento da água é cobrado e, por isso, o desperdício é imenso.
Imagem: Reprodução
Fonte: Tese de Doutorado do Prof. Maurício Waldman. Recursos hídricos e a rede urbana mundial: dimensões global da escassez,
Fonte internet:  ANA - Agência Nacional de Águas, Conpet, Asfagro.

13 de janeiro de 2017

A importância da mata ciliar

Imagem: Reprodução
Mata ciliar é a vegetação que cerca margens e encostas. Essas são muito importantes para a manutenção do meio ambiente.Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária.
A razão é que essa mata tem o papel fundamental de reter e filtrar resíduos dos rios, processo que evita a poluição e protege as margens contra assoreamentos que provocam enchentes. Além disso, conserva o solo, o que ajuda no controle biológico das pragas.
A manutenção da mata ciliar diminui a população dos borrachudos, mosquitos sugadores de sangue, pois aumenta a população de seus inimigos naturais, como pássaros e peixes. É muito importante para a preservação da mata não deixar animais de médio e de grande porte, como gado, cabras e cavalos, circularem no local. O excesso de pisoteio compacta o solo, além deles se alimentarem das plantas em desenvolvimento.
A lei nº 4.771/65 no Código Florestal define a mata ciliar como área de preservação permanente, que deve ser mantida intocada.
Em caso de degradação, é necessário uma recuperação imediata, com o plantio de espécies adequadas. As melhores espécies são as nativas da própria região que se adaptam mais rapidamente e suas mudas são encontradas com mais facilidade.
A mata ciliar é responsável por:
* Reter/filtrar resíduos de agroquímicos, evitando a poluição dos cursos d’água
* Proteger contra o assoreamento dos rios e evitar enchentes
* Formar corredores para a biodiversidade
* Recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares
* Conservar o solo
* Auxiliar no controle biológico das pragas
* Equilibrar o clima
* Melhorar a qualidade do ar, água e solo
* Manter a harmonia da paisagem
* Melhorar a qualidade de vida
A mata ciliar protege os rios do acúmulo de terra, areia e outros sedimentos e evita as enchentes.
A margem de um rio ou riacho jamais poderia ficar desmatada.
Como deveria ser: margens protegidas.

Fonte: Revista Natureza, edição 229, fevereiro de 2007 (Clube dos amantes da Natureza), Fundação Verde, Educação Ambiental Dois Córregos.

11 de janeiro de 2017

Biomas brasileiros


Introduzimos o nosso estudo sobre os biomas do Brasil localizando-os no mapa, que mostra a sua distribuição no território do país.
Por High source - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0
Bioma é conceituado, segundo o IBGE, como um "conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria".
Como a vegetação é um dos componentes mais importantes da biota, seu estado de conservação e de continuidade definem a existência ou não de habitats para as espécies, a manutenção de serviços ambientais e o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência de populações humanas. Para a perpetuação da vida nos biomas, é necessário o estabelecimento de políticas públicas ambientais, a identificação de oportunidades para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade.(https://www.mma.gov.br/biomas.html)
O Brasil é formado por seis biomas de características distintas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal.

Nós, brasileiros (as), moramos em um país com uma diversidade climática enorme. Em consequência, temos uma gigantesca diversidade vegetal e animal em nossos biomas, Algumas espécies da Amazônia nem foram descobertas e catalogadas. No entanto, os nossos biomas estão sofrendo degradação ambiental desde que essas terras foram colonizadas por portugueses a partir de 1500. E continua até hoje.

Temos a Amazônia gigantesca, que já perdeu parte de seu território e, ainda assim, é o bioma com maior área no Brasil. Temos o cerrado, com uma riqueza que não percebemos em um primeiro olhar, com uma diversidade vegetal e animal que não temos ideia. O pampa com tantas espécies animais, no entanto, com um solo extremamente fragilizado pela pecuária. E o bioma pantanal, patrimônio natural mundial, degradado pela expansão das monoculturas, pelo garimpo, pela pesca e caça predatórias. A caatinga, outro bioma com tanta riqueza não percebida, também castigado pela pelo rápido processo de desertificação.

Cada um desses biomas tem um conjunto de organismos vivos que vivem nesses ambientes, que fornecem as condições de vida adequada para cada espécie, seja animal ou vegetal. Qualquer interferência humana pode romper com esse equilíbrio tão importante e levá-los à extinção.

Para saber mais sobre o assunto, é só clicar em cima do nome do bioma para ir nas postagens feitas anteriormente.
Pampa  


Abaixo tabela elaborada pelo IBGE com a área aproximada de cada bioma.



Vídeo Biomas Brasileiros - USP CDCC

Fonte:
https://ibge.gov.br/
https://www.mma.gov.br/

10 de janeiro de 2017

Bioma Pampa

Iniciamos nosso estudo sobre o bioma Pampa através do mapa com a localização no território do Brasil.

Por Jjw - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0
O pampa é também chamado de campos do sul ou campos sulinos e ocupa uma área de 176.496 Km² correspondente a 2,07% do território nacional e que é constituído principalmente por vegetação campestre.No Brasil o pampa só esta presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho. Além das fronteiras do país, ele se estende por terras do Uruguai e da Argentina O bioma caracteriza-se pela grande riqueza de espécies herbáceas e várias tipologias campestres, compondo em algumas regiões, ambientes integrados com a floresta de araucária.

Nos campos do sul já foram encontradas 102 espécies de mamíferos, 476 de aves e 50 de peixes.

São chamados de pampas os campos mais planos que estão localizados ao sul do estado do Rio Grande do Sul. Neles existe uma vegetação campestre, que parece um imenso tapete verde. Nos pampas predominam espécies que medem até um metro de altura. São comuns as gramíneas, que às vezes transformam os campos em grandes capinzais.

Na região dos pampas o solo é fértil. Por isso, estes campos são normalmente procurados para desenvolvimento de atividades agrícolas.

O relevo nos campos sulinos é suavemente ondulado. Predominam planícies, mas podem ser encontradas algumas colinas, na região conhecidas como “coxilhas”. Além das coxilhas existem também alguns planaltos onde cavernas e grutas são comuns.

Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o Uruguai, o Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em duas bacias hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Tratam-se de rios que apresentam boas condições para navegação.
Próximo ao litoral existem muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos, localizada no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a segunda maior da América Latina, com 265 km de comprimento.

O clima da região é o subtropical úmido. O que isso significa que nos campos sulinos, os verões são quentes, os invernos são frios e chove regularmente durante todo o ano.

A região geomorfológica do planalto de Campanha é a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul.

A vocação da região de Campanha está na pecuária de corte. As técnicas de manejo adotadas não são adequadas para as condições desses campos, e a prática artesanal do fogo ainda não é bem conhecida em todas as suas consequências. As pastagens são, em sua maioria, utilizadas sem grandes preocupações com a recuperação e a manutenção da vegetação. Os campos naturais no Rio Grande do Sul são geralmente explorados sob pastoreio contínuo e extensivo.

Outras atividades econômicas, baseadas na utilização dos campos, são as culturas de arroz, milho, trigo e soja, muitas vezes praticadas em associação com a criação de gado bovino e ovino. No alto Uruguai e no planalto médio a expansão da soja e também do trigo levou ao desaparecimento dos campos e à derrubada das matas. Atualmente, essas duas culturas ocupam praticamente toda a área, provocando gradativa diminuição da fertilidade dos solos. Disso também resultam a erosão, a compactação e a perda de matéria orgânica.
Imagem: Eduardo Amorim
Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017
Fonte (internet):
https://www.mma.gov.br/biomas/pampa.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pampa
https://www.todamateria.com.br/pampa/
https://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/pampas

9 de janeiro de 2017

Bioma Pantanal

Vamos iniciar o nosso estudo localizando no território brasileiro o bioma Pantanal, considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.
Imagem: Observatório Socioambiental
O complexo do pantanal é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros, situado no sul de Mato Grosso e no noroeste do Mato Grosso do Sul, além de englobar o norte do Paraguai e o leste da Bolívia.
Localizado próximo à Amazônia e ao cerrado, o pantanal  guarda espécies de fauna e flora desses outros dois biomas, além de apresentar espécies endêmicas, ou seja, que só podem ser encontradas naquela área. Nas matas ciliares, que ficam nas margens dos rios, cresce uma floresta mais densa, com jenipapos, figueiras, ingazeiros, palmeiras e o pau-de-formiga. Nas áreas alagadas raramente aparecem tapetes de gramíneas, como o capim-mimoso. Em locais nunca alagados, aparecem árvores grandes, como o carandá, o buriti e os ipês. Nos terrenos alagados constantemente são encontrados vegetais aquáticos flutuantes, como o aguapé e a erva-de-santa-luzia, além de vegetais fixos com folhas imersas, como a sagitária, e plantas que permanecem submersas, como a cabomba e a utriculária. Existem ainda na paisagem pantaneira matas conhecidas como paratudais, onde crescem árvores com cascas espessas, rugosas e com galhos retorcidos.

A planície é o tipo de relevo predominante do pantanal. Quando a planície está alagada, no meio da água podem ser vistas elevações arenosas conhecidas como cordilheiras. Cercando a planície existem alguns terrenos mais altos, como chapadas, serras e maciços. O maciço mais famoso é o do Urucum, no Mato Grosso.

O solo é pouco permeável, resultado das constantes inundações. Como há excesso de água, a decomposição de matéria orgânica se dá de forma lenta e difícil, o que diminui a fertilidade.
O clima do pantanal é o tropical, caracterizado por temperaturas elevadas. A região apresenta duas estações bem definidas: o verão chuvoso, de outubro a março, quando a temperatura fica em torno de 32° C e o inverno seco, de abril a setembro, quando a média de temperatura é de 21° C.

Os impactos ambientais e socioeconômicos no pantanal são decorrentes da inexistência de um planejamento ambiental que garanta a sustentabilidade dos recursos naturais desse bioma. A expansão desordenada e rápida da agropecuária, com a utilização de pesadas cargas de agroquímicos, a exploração de diamantes e de ouro nos planaltos, com a utilização intensiva de mercúrio, são responsáveis por profundas transformações  regionais, como a contaminação de peixes  e jacaré por mercúrio. 

A remoção da vegetação nativa nos planaltos para implementação de lavouras e de pastagens sem considerar a aptidão das terras e a adoção de práticas de manejo e conservação do solo além da destruição de habitats, acelerou os processos erosivos nas bordas do pantanal.

A caça e pescas clandestinas e a introdução de espécies exóticas também são graves ameaças  à preservação dos recursos dessa região.

O turismo é desorganizado, a falta de controle quanto ao número de turistas que visitam as diversas regiões geram sérios problemas, como o lixo deixado pelas embarcações.

Imagem: Galeria de Venturist
Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.
Fonte (internet):
https://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/biomas/pantanal_-_flora_e_fauna.html
https://www.embrapa.br/pantanal
http://www.folhadomeio.com.br/fma_nova/index.php
http://www.observatoriosocioambiental.org/2011/06/biomas-do-brasil-pantanal.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pantanal

8 de janeiro de 2017

Bioma Cerrado

Nosso estudo pelo bioma Cerrado inicia por sua localização no território brasileiro. Segundo o IBGE, é o segundo em extensão territorial.
O cerrado se caracteriza por diversas fisionomias, são formações que variam desde o cerradão, que se assemelha a uma floresta, passando pelo cerrado mais comum no Brasil central, com árvores baixas e esparsas, até o campo cerrado, campo sujo e campo limpo com uma progressiva redução da densidade arbórea. Ali encontram-se as florestas de galeria que seguem os cursos dos rios.

O cerrado é uma formação de arbustos e campos que também apresenta algumas espécies de árvores. É uma formação vegetal caducifólia com raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa.

Este bioma já cobriu 25% do território do país, principalmente no Brasil Central. As árvores caracterizam-se por serem mais baixas que as da floresta tropical, com troncos tortuosos, folhas grossas e raízes profundas que atingem o lençol d'água, elementos importantes para resistir a secas e incêndios.

A paisagem não releva a sua riqueza em um primeiro olhar. No entanto, trata-se de um conjunto de ecossistemas dos mais ricos do país. Concentra aproximadamente 6 mil espécies de plantas, 200 espécies de mamíferos, 800 espécies de aves e cerca de 1,2 mil espécies de peixes.

A forte urbanização, grandes projetos agropecuários, produção de ferro-gusa (consumo de lenha), hidrelétricas fazem desse bioma um dos mais ameaçados. Dos 2 milhões de quilômetros quadrados originais, restam 350 mil.
Imagem: Galeria de jvc


Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.
Fonte (internet):
http://www.educacao.go.gov.br/documentos/nucleomeioambiente/Caderno4_terra.pdf
http://www.caliandradocerrado.com.br/2010/05/vegetacao-tipica-do-cerrado.html
https://www.estudopratico.com.br/cerrado-brasileiro-fauna-flora-e-outras-caracteristicas/
https://aquelemato.org/plantas-do-cerrado/

6 de janeiro de 2017

Bioma Caatinga

Nosso estudo sobre o bioma Caatinga inicia com a análise do mapa abaixo com a localização no território brasileiro.

A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte de seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Possui uma extensão de 734.478 quilômetros quadrados, o que corresponde a cerca de 10% do território nacional. Está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais. 

As temperaturas médias anuais oscilam entre 25° C e 29° C, o clima é semiárido. São características desse tipo de clima a baixa umidade e o pouco volume pluviométrico. São longos os períodos de ausência de chuvas, podendo chegar a oito ou nove meses de seca por ano.

O solo em geral é raso, rico em minerais e pobre em matéria orgânica, já que a decomposição desta matéria é prejudicada pelo calor e luminosidade, intensos durante todo o ano. Esse solo com muitas pedras dificilmente armazena a água que cai no período de chuvas.

A vegetação é composta por plantas xerófitas, espécies que acabaram desenvolvendo mecanismos para sobreviverem em um ambiente com poucas chuvas e baixa umidade.Os cactos são muito representativos da vegetação da caatinga, mas existem outras espécies como o madacaru, a coroa-de-frade, o xique-xique, o juazeiro, o umbuzeiro e a aroeira.

A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação.Os ecossistema desse bioma se encontram bastante alterados pela substituição de espécies nativas  por cultivos e pastagens.O desmatamento e as queimadas ainda são práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo.

Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela caatinga. Quando não chove, o sertanejo e sua família precisam caminhar quilômetros em busca de água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida de quem vive nessa área.
Imagem: Galeria de Glauco Umbelino

Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017
Fonte (internet):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caatinga
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/caatinga.htm
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/bioma_caatinga/
https://www.mma.gov.br/biomas/caatinga

5 de janeiro de 2017

Bioma Mata Atlântica

O Brasil, pela sua localização geográfica e seu tamanho continental (8.514.876.599 km²), abriga seis biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Pampa.
Iniciamos o nosso estudo analisando o mapa abaixo, que mostra a área original e o que resta atualmente, segundo dados do SOS Mata Atlântica.
                                                                             Imagem: SOS Mata Atlântica
A Mata Atlântica originalmente estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só comparável a Floresta Amazônica.

A Mata Atlântica é uma floresta tropical plena, associada aos ecossistemas costeiros de mangues nas enseadas, foz de grandes rios, baías e lagunas de influência de marés, matas de restingas nas baixadas arenosas do litoral, às florestas de pinheirais no planalto, do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, e ainda aos campos de altitude nos cumes das Serras da Bucaina, da Mantiqueira e do Caparaó.

Essa floresta já cobriu 15% do território brasileiro. Segundo o SOS, Mata Atlântica, o bioma abrange uma área de cerca de 15% do total do território brasileiro que inclui 17 Estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe), dos quais 14 são costeiros. Hoje, restam apenas 12,4% da floresta que existia originalmente e, desses remanescentes, 80% estão em áreas privadas.

A Mata Atlântica, juntamente com a Amazônia, compreende um terço da área de florestas tropicais do planeta.

Este bioma se formou sobre uma extensa cadeia montanhosa que acompanha quase todo litoral brasileiro. Ele possui formações diversificadas, com três tipos principais de florestas (florestas ombrófilas densas, semideciduais e deciduais), além de áreas de cerrados, campos e manguezais.
Floresta tropical, com presença de árvores de médio e grande porte, formando uma floresta fechada e densa. Espécies vegetais: palmeiras, bromélias, begônias, orquídeas, cipós e briófitas, pau-brasil, jacarandá, peroba, jequitibá-rosa, cedro. tapiriria, andira, etc

A destruição do período colonial começou com a extração do pau-brasil e o ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste do país. Chegou-se ao século XX com o ciclo do café e forte crescimento econômico. A urbanização, a industrialização, grandes projetos agropecuários e rodovias geram os maiores impactos.

Atualmente cerca de 80 milhões de pessoas vive nessa área que, além de abrigar a maioria das cidades e regiões metropolitanas do país, sedia também os grandes polos industriais, químicos, petroleiros e portuários do Brasil, respondendo por 80% do PIB do Brasil.

Apesar de sua história de devastação, a Mata Atlântica ainda possui remanescentes florestais de extrema beleza e importância que contribuem para que o Brasil seja considerado o país  de maior diversidade biológica do planeta.
Imagem:  Glauco Umbelino

Vídeo O Caminho da Mata Atlântica
e a biodiversidade - WWW - Brasil


Fonte (livros):
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. vol. 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.Fonte (internet):
http://www.educacao.go.gov.br/documentos/nucleomeioambiente/Caderno4_terra.pdf
https://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/biomas/mata_atlantica.html
https://www.bonde.com.br/educacao/passado-a-limpo/desmatamento-da-mata-atlantica-chegou-a-92--85763.html
https://www.ibflorestas.org.br/bioma-mata-atlantica
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/bioma_mata_atl/bioma_mata_atl_ameacas/
https://www.suapesquisa.com/geografia/vegetacao/mata_atlantica.htm
https://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/mata/terra/terra.htm
https://www.sosma.org.br/nossas-causas/mata-atlantica/
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa