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13 de dezembro de 2020

Depressão

 O conceito de depressão, segundo Guerra (2006, p. 191-193)

Área ou porção do relevo situada abaixo do nível do mar ou abaixo das regiões que lhe estão próximas. As depressões do primeiro tipo, isto é, abaixo do nível do mar, são denominadas depressões absolutas (mar Morto ou lago Asfaltite), e as do segundo tipo, depressões relativas.
Depressão é, por conseguinte, uma forma de relevo que se apresenta em posição altimétrica mais baixa que as porções contíguas. As depressões podem ter dimensões, formas e origens bem variadas. [...]
Imagem: Reprodução

As depressões absolutas estão situadas abaixo do nível do mar, como o Mar Morto, situado na Ásia, a 395 metros abaixo do nível do mar.

Imagem: Mar Morto (reprodução)

Os autores Terra, Araujo e Guimarães destacam o aspecto da altitude para explicar o conceito de depressão, fazendo a localização de algumas das depressões relativas do Brasil, já que no nosso país não existem depressões absolutas. 

As depressões relativas são superfícies formadas por processos erosivos, apresentando altitudes mais baixas do que o relevo que está ao redor. Variam de 100 a 500 metros de altitude e possuem suave inclinação. No Nordeste do Brasil temos como exemplo a Depressão Sertaneja, cercada pelos planaltos das bacias do Parnaíba e da Borborema. No Norte do Brasil, destaca-se a Depressão da Amazônia Ocidental, formada por uma extensa área sedimentar com altitudes em torno de 200 metros e cortada pelo rio Amazonas. No Brasil Central, localiza-se a Depressão do Araguaia e, na Bacia do Paraná, a Depressão Periférica da borda Leste.

Observem no mapa do professor Jurandyr Ross a localização das depressões existentes no Brasil.
Imagem: Reprodução

 Depressão Sertaneja (região Nordeste)
Imagem: Reprodução

Fonte:
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006.
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.


Planície

Guerra (2006, p. 492-494) assim define planície:

Extensão de terreno mais ou menos plano onde os processos de agradação superam os de degradação. É necessário salientar que existem planícies que podem estar a mais de 1.000 metros de altitude, que constituem as chamadas planícies de nível de base local, ou planícies de montanha.
Nas áreas de planícies, a topografia é caracterizada por apresentar superfícies pouco acidentadas, sem grandes desnivelamentos relativos.

Os autores Terra, Araujo e Guimarães explicam o conceito de planície: "As planícies são formadas em áreas onde predomina o processo de sedimentação, que ocorre constantemente por movimentos das águas do mar, de rios etc."

Imagem: Reprodução

"A maior parte das planícies se situa em baixas altitudes (até 100 m), mas podem existir em altitudes maiores. São exemplos as planícies litorâneas, a Amazônica, a da Sibéria, na Ásia, e a Central da América do Norte".

As áreas próximas aos oceanos formam as planícies litorâneas (ou costeiras).

"Quando as planícies são formadas por depósitos de rios, denominam-se planícies fluviais. As que foram fundos de lagos ancestrais soterrados ou resultam de sedimentos depositados por lagos nas várzeas ao redor, em períodos de enchentes, são chamadas planícies lacustres".

Recorremos ao mapa do professor Jurandyr Ross para a localização das planícies do Brasil.

Imagem: Reprodução

Imagem: Reprodução

Planície do Pantanal
Imagem: Reprodução

Fonte:
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006.
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

Planalto

Imagem: Serra do Mar (reprodução)

Planalto é assim definido por Guerra (2006 p.489-491)

Extensão de terrenos mais ou menos planos, situados em altitudes variáveis. Em geomorfologia usa-se, às vezes, este termo como sinônimo de superfície pouco acidentada, para designar grandes massas de relevo arrasadas pela erosão, constituindo uma superfície de erosão. Diz-se, então, que a superfície do planalto é muito regular.
[...] O termo planalto é usado para definir uma superfície elevada mais ou menos plana delimitada por escarpas íngremes onde o processo de degradação supera os de agradação.

Para Terra, Araujo e Guimarães os planaltos são superfícies onde predomina um intenso processo de erosão que supera o processo de ¹agradação. Situam-se entre 200 e 2000 m e podem apresentar forma aplainada ou então morros e serras ou elevações íngremes de topo plano (as chapadas).

Imagem: Reprodução

Nas bordas de um planalto podem aparecer superfícies íngremes, as escarpas, já citadas na definição de Guerra. No Brasil, cadeias de morros, escarpas de planaltos, entre outros acidentes geográficos, são denominados serras, como a Serra do Mar e a Serra Geral.

Imagem: mapa Serra do Mar (reprodução)
No mapa do professor Jurandyr Ross podemos localizar os planaltos brasileiros.
Imagem: Reprodução

1. Agradação: construção de um relevo por deposição de sedimentos. 

Fonte: 
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

Montanha

 Montanha, de acordo com Guerra (2006 p. 436-438)

Grande elevação natural do terreno com altitude superior a 300 metros e constituída por um agrupamento de morros. A orogênese é o ramo da geologia que estuda a origem e a formação das montanhas.

As montanhas podem ser classificadas segundo diversos critérios: a) quanto à origem: 1 - montanhas de dobras, 2 - montanhas de falhas, 3 - montanhas vulcânicas, 4 - montanhas de erosão; quanto à idade: 1 - montanhas novas, 2 - montanhas velhas, 3 - montanhas rejuvenescidas. [...]

A montanha típica é uma grande elevação de terreno, que foi formada por forças tectônicas, isto é, orogênese. Estas forças são desenvolvidas no interior da crosta terrestre, sendo capazes de amarrotar as camadas formando dobras, ou provocar fraturas que podem ser acompanhadas de desnivelamento entre as camadas, isto é, falhas.

Imagem: Reprodução

 As montanhas que se originaram em períodos geológicos mais recentes, como o Paleogênico são consideradas montanhas jovens, apresentando as maiores altitudes. São exemplos as cordilheiras dos Andes e do Himalaia. Por estarem sujeitas a processos de erosão relativamente recentes, são constituídas de vales profundos e altos picos pontiagudos (cristas). O ponto culminante da Terra é o monte Everest, na cordilheira do Himalaia, na fronteira entre a China (Tibete) e o Nepal, com 8.848 m. As cadeias de montanhas ou de morros constituem as serras.

As montanhas velhas se formaram em eras mais remotas. Tendo sido muito trabalhadas pela erosão, apresentam altitudes mais moderadas e formas mais suaves e arredondadas, como colinas e morros. 

Monte Everest, a montanha mais alta do mundo
Imagem: Wikipédia
Imagem: cordilheiras da Terra (reprodução)

Fonte: 
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.


"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa