A internet é uma rede mundial de computadores criada na década de 1960 como um sistema de defesa ligado ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O objetivo era armazenar informações nos computadores de diversas bases militares estadunidenses, preservando-as caso um ataque inimigo destruísse uma das conexões. O sistema também permitia o controle de misseis nucleares por qualquer base militar ligada à rede.
Esse sistema foi estendido nos anos seguintes a importantes centros de pesquisas e universidades, e somente em 1991 a internet foi aberta ao público em geral.
O acesso a dados e informações por meio de um sistema sofisticado e combinado, que envolve satélites artificiais e cabos de fibra óptica, permitindo a estruturação de redes de banda larga e acessos por meio de equipamentos como telefones, televisão a cabo e microcomputadores, é diferenciado e seletivo quanto à possibilidade de utilização, tanto em relação aos países como em relação às classes sociais.
Dados coletados em 2015 mostravam que 82,1% dos domicílios da Europa tinham acesso à internet, enquanto na África apenas 10,7%, de acordo com a fonte International Telecommunication Union (ITU).
Fonte (livro): LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro: MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
Telemática é a associação dos recursos dos sistemas de telecomunicações - satélites artificiais, cabos de fibra óptica, centrais telefônicas - aos equipamentos (hardwares) e programas (softwares) da informática.
Resulta da junção das palavras telecomunicação (serviços de telefonia, fibra óptica, satélite, cabo, etc.) e informática (softwares, computadores, sistemas de redes, periféricos etc.). Sistema que transmite dados pela rede, seja em formato de texto, imagem ou som.
Fonte (livro): LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro: MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
A demografia é a área do conhecimento que estuda o comportamento, as transformações e a dinâmica geral da população, utilizando-se de elementos estatísticos e pesquisas qualitativas. Já a Geografia da população também se preocupa com as dinâmicas da população, mas enfatiza as questões sociais relacionadas ao espaço geográfico.
O principal órgão brasileiro de pesquisa sobre a população brasileira é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse organismo realiza a cada dez anos o Censo Demográfico, uma importante forma de quantificar estatisticamente os mais diversos dados sobre a população.
Conforme dados do último censo realizado no Brasil (2010), a população total era de 190.755.799 habitantes. Segundo estimativas atuais, a população do Brasil é de 211 milhões de habitantes (ver estimativa atualizada no link do IBGE no final do texto). Esse grande contingente populacional coloca o país entre os mais populosos do mundo.
A sociedade contemporânea tem sido capaz de produzir explicações distintas sobre si mesma, graças ao papel exercido pelo conhecimento científico. Se pensar sobre a vida social é uma das características das sociedades humanas, com a Sociologia esse pensar adquire rigor e perspectivas singulares, que se expressam na construção de diferentes métodos de análise sobre o mundo.
A busca por uma interpretação científica da realidade social
O estabelecimento da ciência como principal meio de explicar o mundo influenciou o modo como a realidade passou a ser interpretada a partir do século XIX. As transformações sociais, políticas e econômicas que culminaram com as revoluções Industrial e Francesa trouxeram para seus contemporâneos novos dilemas a serem enfrentados.
A Revolução Industrialalterou profundamente as relações sociais e econômicas vigentes na época. Em lugar da tradicional economia agrária, criou-se uma realidade cada vez mais urbanizada, com o aumento da população nas cidades e o rápido desenvolvimento do comércio e da industrialização. Surgiu também a mão de obra barata e abundante, formada principalmente pelos camponeses que haviam sido expulsos das antigas propriedades comunais, convertidas agora em propriedades privadas. Essa mão de obra foi submetida a condições de trabalho insalubres e jornadas exaustivas. O trabalho nas fábricas era realizado sem nenhum tipo de proteção contra doenças ou acidentes, sem salário fixo nem garantia de emprego configurando um quadro social de exploração e desigualdade.
ARevolução Francesatransformou radicalmente tanto o saber sobre a política quanto a sua prática. A classe burguesa ascendente, impedida pela aristocracia de governar durante o Antigo Regime, impôs uma nova maneira de ver o mundo, fundamentada na razão e na observação da realidade. Com base nessa nova compreensão, foram construídos princípios éticos de ação, que se transformaram na bandeira revolucionária: liberdade, igualdade e fraternidade.
Entretanto, a sociedade surgida sob o novo regime, liberal e de economia capitalista, não alcançou seus objetivos e ficou distante do ideal que havia sido forte o suficiente para ajudar a derrotar a antiga aristocracia.
A histórica desigualdade entre nobres e plebeus assumiu nova forma: a desigualdade entre proprietários (donos de terras e fábricas) e não proprietários (trabalhadores rurais e operários). O fim da servidão estabeleceu uma liberdade apenas formal, que desapareceu diante da necessidade de sobrevivência dos trabalhadores, aos quais era pago um pequeno salário em troca de jornadas de trabalho de até 16 horas de trabalho diárias. A exploração dos senhores sobre os servos, que deveria ser eliminada pela fraternidade, ressurgiu então na forma do lucro, que enriquecia poucos à custa do trabalho de muitos.
Foi nesse contexto histórico que surgiu a Sociologia. No momento em que os problemas da sociedade passaram a ser percebidos e que ela se tornou objeto de estudo científico. Augusto Comte foi o primeiro a definir a Sociologia como a ciência que busca a compreensão dos fundamentos das relações sociais. Naquele contexto, ela foi pensada como técnica para encontrar soluções para os problemas da sociedade industrial europeia, principalmente o da desigualdade, que tantos riscos causava à ordem social capitalista e burguesa.
Fonte: SILVA, Afrânio. Sociologia em movimento.São Paulo: Moderna, 2016.
Atividades de reflexão do conteúdo
➧Leia o texto com atenção, sublinhando as palavras que não compreendeu e buscando o seu significado na internet.
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➧A partir do texto e do vídeo, elabore um mapa mental.
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."