16 de dezembro de 2020

Rocha magmática (ígneas)

Imagem: Blocos de granito (http://ovga.centrosciencia.azores.gov.pt/)

As rochas magmáticas ou ígneas (do latim ignis=fogo) originaram-se do magma, matéria rochosa em estado de ¹fusão. Elas formam a maior parte da crosta terrestre da crosta terrestre e correspondem a cerca de 90% de seu volume, conforme Bourotte.

De acordo com Almeida e Rigolin, "as rochas magmáticas formaram-se pelo resfriamento e solidificação do magma, o material em estado de fusão de que é constituído o manto. A solidificação do magma pode ocorrer no interior ou na superfície da Terra, dando origem a rochas magmáticas intrusivas ou extrusivas".

O granito e o diorito se formaram pelo resfriamento lento nas profundezas da Terra, originando cristais relativamente grandes, são exemplos de rochas magmáticas intrusivas ou plutônica. Já o basalto e a obsidiana, formados pelo magma expelido em erupções são exemplos de rochas extrusivas ou vulcânicas. Nesse caso, não há tempo de formar grandes cristais, já que o resfriamento e a solidificação acontecem de forma rápida. 

Guerra, no dicionário geológico-morfológico, assim explica esse tipo de rocha:

Magmática ou ígnea - produzida pelo resfriamento do material ígneo existente no interior do globo terrestre ao caminhar em direção à superfície. As rochas eruptivas, conforme posição em que se deu o resfriamento, podem ser classificadas, de modo geral, em dois grupos: a0 rochas plutônicas ou plutonito; b) rochas efusivas ou vulcanitos. As primeiras (plutônicas) são as que se cristalizaram a grande profundidade. As efusivas formam a categoria de rochas, cujo resfriamento foi feito superficialmente. A textura da rocha eruptiva está em função da profundidade, da pressão, de temperatura, o que ocasiona um aspecto diferente no arranjo dos minerais entre si, por causa das condições diferenciadas exigidas pelos minerais por ocasião do seu resfriamento. As cristalizadas a grandes profundidades têm textura constituída por cristais grandes, granular, e as resfriadas à superfície têm textura mais fina. [...] (GUERRA 2006, p.237-239).

Imagem: Reprodução
1. Fusão: passagem do estado sólido para o estado liquido. 

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o mundo natural e o espaço humanizado. São Paulo: Ática, 2017. 
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
BOUROTTE, Cristine, Laure, Marie. Rochas ígneas. e-Disciplinas USP. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5382905/mod_resource/content/1/Rochas%20I%CC%81gneas%20CLMB%20to%CC%81pico%209.pdf

15 de dezembro de 2020

Rocha

 As rochas formam a parte sólida da Terra e são agregados sólidos naturais compostos de um ou mais minerais, conforme Moreira e Sene (2017). Já Terra, Araújo e Guimarães (2016) explicam que os minerais são compostos de elementos químicos que podem ser encontrados na natureza em estado puro, mas em geral eles se combinam formando os minerais. Os agrupamentos de minerais dão origem a uma grande variedade de rochas. A classificação das rochas mais utilizadas é quanto à sua origem: magmáticas (ou ígneas), sedimentares e metamórficas.

Guerra (2006), no dicionário geológico- geomorfológico define rocha:

Conjunto de minerais ou apenas um mineral consolidado. [...] As rochas que afloram na superfície do globo terrestre não apresentam sempre o mesmo aspecto. As suas diferenciações estão ligadas a uma série de fatores, tais como: origem, composição química, estrutura, textura, tipo de clima, declive, cobertura vegetal, tempo geológico etc. Todos estes fatores intervêm em grau maior ou menor nas diferenciações que as rochas superficiais possam apresentar. [...] Quanto à origem podem ser classificadas em três grupos: 1 - magmáticas; 2 - sedimentares; 3 - metamórficas. [...] Não só a coloração, mas todos os detalhes geomorfológicos têm que ser analisados para se chegar a determinar o tipo de rocha. Também as próprias tonalidades de coloração da vegetação podem fornecer indícios para a existência de uma mudança no tipo de solo e, possivelmente, no tipo de rochas. (GUERRA, 2006, p.549-551).
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Fonte:
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.

14 de dezembro de 2020

Chapada

Moreira e Sene (2017)  definiram chapada como um tipo de planalto com topo  aplainado e as encostas escarpadas, sendo também conhecido como planalto tabular

O dicionário geológico-morfológico, de Guerra, dá a seguinte definição para chapada:

Denominação usada no Brasil para as grandes superfícies, por vezes horizontais, e a mais de 600 metros de altitude que aparecem na região Centro-Oeste do Brasil. Também no Nordeste Oriental existem várias chapadas residuais [...].
Do ponto de vista geomorfológico a chapada é, na realidade, um planalto sedimentar típico, pois trata-se de um acamamento estratificado que, em certos pontos, está nas mesmas cotas da superfície de erosão, talhadas em rochas pré-cambrianas. (GUERRA, 2006, p. 134-136).

No Brasil, as chapadas são encontradas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e normalmente essas áreas são transformadas em Parque Nacional para preservação da sua natureza e da sua beleza, como é o caso da Chapada Diamantina.

As principais chapadas do Brasil são: 

  • Chapada Diamantina (Bahia);
  • Chapada dos Veadeiros (Goiás);
  • Chapada dos Guimarães (Mato Grosso);
  • Chapada das Mesas (Maranhão);
  • Chapada do Araripe (Ceará, Pernambuco e Piauí).
Chapada Diamantina (Bahia)
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Fonte: 
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
Chapada. Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Chapada
Chapada Diamantina. Extreme EcoAdventure. Disponível em: https://www.extremeecoadventure.com.br/chapada-diamantina
As melhores chapadas do Brasil por Desviantes. Desviantes. Disponível em: https://desviantes.com.br/blog/post/as-melhores-chapadas-do-brasil-por-desviantes/

Cuesta

O termo cuesta tem origem mexicana e significa encosta e corresponde aos que os franceses chamam côte e os portugueses chamam de costeira.

Para Moreira e Sene (2017, p. 134) cuesta é "forma de relevo que possui um lado com escarpa abrupta e outro com declive suave. Essa diferença de inclinação ocorre porque os agentes externos atuaram sobre rochas com resistências diferentes."

O dicionário de Guerra traz uma definição mais completa de cuesta:

Forma de relevo dissimétrico constituída por uma sucessão alternada das camadas com diferentes resistências ao desgaste e que se inclinam numa direção, formando um declive suave no reverso, e um corte abrupto ou íngreme na chamada frente de cuesta. É um tipo de relevo predominante nas bacias sedimentares e nas velhas plataformas, onde aparecem depressões em forma de fundo de canoa nas quais a colmatagem sucessiva acarreta o aparecimento de camada inclinada. [...] As condições necessárias para existência de um relevo de cuesta são: existência de camadas inclinadas, alternância de camadas de dureza diferentes e ataque da erosão fazendo sobressair a frente da cuesta com a sua depressão subsequente. O relevo de cuesta expressa o resultado do trabalho de erosão diferencial. (GUERRA, 2006, p.178).

Cuesta de Botucatu (SP)

Imagem: Reprodução
Imagem: Elementos que caracterizam uma cuesta (reprodução)

Fonte: 
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antonio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro: Beltrand Brasil, 2006. 
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2017.
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa