A demografia é a área do conhecimento que estuda o comportamento, as transformações e a dinâmica geral da população, utilizando-se de elementos estatísticos e pesquisas qualitativas. Já a Geografia da população também se preocupa com as dinâmicas da população, mas enfatiza as questões sociais relacionadas ao espaço geográfico.
O principal órgão brasileiro de pesquisa sobre a população brasileira é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse organismo realiza a cada dez anos o Censo Demográfico, uma importante forma de quantificar estatisticamente os mais diversos dados sobre a população.
Conforme dados do último censo realizado no Brasil (2010), a população total era de 190.755.799 habitantes. Segundo estimativas atuais, a população do Brasil é de 211 milhões de habitantes (ver estimativa atualizada no link do IBGE no final do texto). Esse grande contingente populacional coloca o país entre os mais populosos do mundo.
A sociedade contemporânea tem sido capaz de produzir explicações distintas sobre si mesma, graças ao papel exercido pelo conhecimento científico. Se pensar sobre a vida social é uma das características das sociedades humanas, com a Sociologia esse pensar adquire rigor e perspectivas singulares, que se expressam na construção de diferentes métodos de análise sobre o mundo.
A busca por uma interpretação científica da realidade social
O estabelecimento da ciência como principal meio de explicar o mundo influenciou o modo como a realidade passou a ser interpretada a partir do século XIX. As transformações sociais, políticas e econômicas que culminaram com as revoluções Industrial e Francesa trouxeram para seus contemporâneos novos dilemas a serem enfrentados.
A Revolução Industrialalterou profundamente as relações sociais e econômicas vigentes na época. Em lugar da tradicional economia agrária, criou-se uma realidade cada vez mais urbanizada, com o aumento da população nas cidades e o rápido desenvolvimento do comércio e da industrialização. Surgiu também a mão de obra barata e abundante, formada principalmente pelos camponeses que haviam sido expulsos das antigas propriedades comunais, convertidas agora em propriedades privadas. Essa mão de obra foi submetida a condições de trabalho insalubres e jornadas exaustivas. O trabalho nas fábricas era realizado sem nenhum tipo de proteção contra doenças ou acidentes, sem salário fixo nem garantia de emprego configurando um quadro social de exploração e desigualdade.
ARevolução Francesatransformou radicalmente tanto o saber sobre a política quanto a sua prática. A classe burguesa ascendente, impedida pela aristocracia de governar durante o Antigo Regime, impôs uma nova maneira de ver o mundo, fundamentada na razão e na observação da realidade. Com base nessa nova compreensão, foram construídos princípios éticos de ação, que se transformaram na bandeira revolucionária: liberdade, igualdade e fraternidade.
Entretanto, a sociedade surgida sob o novo regime, liberal e de economia capitalista, não alcançou seus objetivos e ficou distante do ideal que havia sido forte o suficiente para ajudar a derrotar a antiga aristocracia.
A histórica desigualdade entre nobres e plebeus assumiu nova forma: a desigualdade entre proprietários (donos de terras e fábricas) e não proprietários (trabalhadores rurais e operários). O fim da servidão estabeleceu uma liberdade apenas formal, que desapareceu diante da necessidade de sobrevivência dos trabalhadores, aos quais era pago um pequeno salário em troca de jornadas de trabalho de até 16 horas de trabalho diárias. A exploração dos senhores sobre os servos, que deveria ser eliminada pela fraternidade, ressurgiu então na forma do lucro, que enriquecia poucos à custa do trabalho de muitos.
Foi nesse contexto histórico que surgiu a Sociologia. No momento em que os problemas da sociedade passaram a ser percebidos e que ela se tornou objeto de estudo científico. Augusto Comte foi o primeiro a definir a Sociologia como a ciência que busca a compreensão dos fundamentos das relações sociais. Naquele contexto, ela foi pensada como técnica para encontrar soluções para os problemas da sociedade industrial europeia, principalmente o da desigualdade, que tantos riscos causava à ordem social capitalista e burguesa.
Fonte: SILVA, Afrânio. Sociologia em movimento.São Paulo: Moderna, 2016.
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Direitos humanos são direitos que todas as pessoas têm. Sem importar o sexo, a raça, a etnia, o idioma, a religião ou qualquer outra condição. Esses direitos são para todos humanos que vivem na Terra.
O artigo segundo da Declaração afirma que somos todos iguais na comunidade humana, “sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição”.
Imagem: UPA UNICAMP
Os governos devem utilizar os direitos humanos como guia para cuidar da sociedade, já que a declaração estabelece as obrigações dos governantes frente a todos os humanos, a fim de proteger seus direitos e suas vidas.
Como garantir que os direitos humanos sejam cumpridos?
Quando se fala em direitos humanos, deve haver a participação de todos e não apenas dos governantes. É preciso que haja o empenho de todos nós para que esses direitos sejam cumpridos.
"Quando você ver alguém sendo desrespeitado, você
pode intervir, pois faz parte dos direitos desta pessoa ser tratada
com respeito e sem preconceitos. Enfim, em todas as situações do
dia a dia você pode fazer valer os direitos humanos, não só na
vida dos outros, mas na sua também." (Eu Sem Fronteira)
A definição do conceito de cidadania tal qual conhecemos hoje, está ligada ao direito e é estabelecida pela Constituição Federal. Podemos definir cidadania como o conjunto de direitos e deveres civis, sociais e políticos de um povo que habita um determinado território.
Entende-se a cidadania como prática dos direitos e deveres de um indivíduo em um Estado, independente de sua condição social, etnia ou religião. Entre os principais direitos, podemos citar o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. E um dos principais deveres do cidadão: escolher, através do voto, os governantes do país (presidente da República, deputados federais e estaduais; senadores, prefeitos, governadores de estados e vereadores).
A cidadania já era tema de destaque entre os filósofos das repúblicas da Grécia e Roma antigas, mas desapareceu durante o período feudal, sendo reavivado com o renascer da republica no Renascimento.
O conceito de cidadania tem um significado mais amplo no qual cidadania é mais do que reivindicar direitos e cumprir deveres, é um modelo de vida democrática enraizado na reflexão sobre a vida social e a solidariedade. Assim ser cidadão é ser membro pleno e igual da sociedade, com o direito de participar no processo político.
“Boas pessoas não precisam de leis para obrigá-las a agir responsavelmente, enquanto as pessoas ruins encontrarão um modo de contornar as leis.” (Platão)
Cidadania: garantia ou sonho?
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A cidadania como meio para alcançar a felicidade humana
“Não dê esmola. Dê cidadania” Imagem: Reprodução
Cidadania e quarentena
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Mafalda: uma visão crítica
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Atividade de reflexão do conteúdo
Analise e escreva as suas reflexões sobre a charge ou quadrinho que ilustram o texto:
- Cidadania: garantia ou sonho? - A cidadania como meio de alcançar a felicidade humana - Cidadania e quarentena - Mafalda: uma visão crítica
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."