9 de outubro de 2020

As linhas de montagem no processo industrial

Imagem: Reprodução

Um dos fatores que caracterizaram a Segunda Revolução Industrial foi a introdução das linhas de montagem no processo fabril. Nessa nova maneira de produzir, cada trabalhador ganhou um ponto fixo no interior das fábricas, geralmente em frente às esteiras rolantes. Por essas esteiras passavam as peças que seriam montadas ou confeccionadas pelos operários.

Esses novos métodos tinham como características a divisão das tarefas e o aproveitamento máximo do esforço e do tempo gasto pelos trabalhadores na fabricação dos produtos. Com essa forma de organização, houve um aumento da produtividade. Com a divisão de tarefas, os trabalhadores passaram a dominar apenas uma etapa da produção. Esse fenômeno ficou conhecido como alienação do trabalho.

O empresário Henry Ford (1863-1947), dono da Ford Motors, foi o pioneiro no desenvolvimento da linha de montagem. Esse método de trabalho ficou conhecido como fordismo.

Imagem: Reprodução

Fonte: BOLIGIAN, Levon et al. Geografia espaço e vivência. São Paulo: Saraiva, 2015.

Produto manufaturado

A manufatura é uma forma de se produzir mercadorias de forma organizada. Para se fazer este tipo de produto é necessária uma produção em fases especializadas.

Nesse sistema existe a divisão do trabalho. Cada fase é composta por trabalhadores especializados naquela parte da criação e montagem da mercadoria, que são produzidas em larga escala, em série e de forma padronizada.

Antes da Revolução Industrial, os manufaturados eram produzidos com as mãos. Logo após, estes produtos passaram a ser produzidos com máquinas. Atualmente, em um sistema de manufatura, as mercadorias podem ser produzidas com as mãos ou por meio de máquinas.

As mercadoria precisam ser padronizadas e produzidas em série e precisam ter mão de obra especializada.

Hoje, existem vários produtos que se encaixam nas características dos produtos manufaturados, como os medicamentos, as peças para veículos. os automóveis, circuitos eletrônicos e motores em geral.

Imagem: Reprodução

Fonte: https://www.boletimeconomico.com.br/economes-o-que-sao-manufaturados/

8 de outubro de 2020

Primeira Revolução Industrial

Imagem: Reprodução
A Revolução Industrial é a intensa transformação no processo produtivo decorrente do progresso da ciência e dos avanços tecnológicos. Para facilitar o entendimento está dividida em três fases: a Primeira, a Segunda e a Terceira Revolução Industrial. Essas fases correspondem aos avanços tecnológicos que resultaram em inovações e maior desenvolvimento industrial nos países

A Primeira Revolução Industrial  teve início no século XVIII e estendeu-se até metade do século XIX. Essa fase limitou-se a Inglaterra e foi marcada por intensas transformações no setor produtivo.  Posteriormente a industrialização expandiu-se para outros países na Europa (França, Bélgica, Holanda, Rússia e Alemanha) no século XIX, e também fora do continente europeu, para os Estados Unidos (América) e Japão (Ásia).

Esse período foi marcado por invenções e descobertas científicas revolucionárias, que tiveram aplicações diretas nas atividades industriais e nos meios de transporte. São exemplos a criação da máquina a vapor, a utilização do carvão como fonte de energia e a invenção da locomotiva, que possibilitou o desenvolvimento do transporte ferroviário.

Surgiram as primeiras fábricas, onde a produção artesanal, principalmente têxtil, foi pouco a pouco se tornando mecanizada e substituída pela grande produção industrial.

A Primeira Revolução Industrial deu condições para o fortalecimento do capitalismo na Europa e nos Estados Unidos. Isso porque as novas tecnologias criadas eram apropriadas pelos capitalistas, os donos dos meios de produção, e investidas na atividade industrial.

O emprego de tecnologia na atividade industrial desencadeou a produção de mercadorias em larga escala, gerando lucros na mesma proporção.

A ampliação da produção e os grandes lucros obtidos pelos capitalistas decorreram também da exploração da força de trabalho dos empregados. Para aumentar seus lucros, os donos das fábricas exigiam cada vez mais dos operários. As jornadas de trabalho chegavam a 16 horas diárias, e o emprego de crianças era comum nas fábricas.

Imagem: Trabalho infantil (reprodução)

Paisagens transformadas pelo crescimento urbano

O uso de máquinas movidas a energia mecânica nas fábricas, fez com que houvesse uma produção quase que sem interrupção. Como consequência a cidades passaram a atrair grande contingente de pessoas vindas das áreas rurais. A população das maiores cidades europeias quase triplicou em um período de apenas 50 anos. Em 1800, essas cidades concentravam cerca de 5,4 milhões de habitantes. Já em 1850, havia cerca de 13 milhões de pessoas.

Os centros urbanos cresceram desordenadamente, e suas paisagens transformaram-se drasticamente. Bairros operários pobres surgiram em torno das fábricas., com suas chaminés lançando grandes colunas de fumaça.

À medida que as fábricas se expandiam, novos elementos apareciam nas paisagens, como a linha férrea, a estação ferroviária e os armazéns.


Fonte (livro): BOLIGIAN, Levon et al. Geografia espaço e vivência. São Paulo: Saraiva, 2015.

Fonte (web): https://brasilescola.uol.com.br/geografia/primeira-revolucao-industrial.htm https://blogdoenem.com.br/revolucao-industrial-geografia-enem/https://clickenem.wordpress.com/2017/09/15/europa-ocidenta-o-epicentro-da-revolucao-industrial/


7 de outubro de 2020

Industrialização mundial

 

A industrialização é considerada como um dos principais agentes de transformação e produção do espaço geográfico, com a geração de empregos diretos e indiretos e é um fator de atração populacional, fazendo com que o processo de urbanização se intensifique e se torne mais acelerado. O Brasil só se tornou um território predominantemente urbano quando houve, ao longo do século XX, o fortalecimento de seu espaço industrial.

De acordo com a mercadoria produzida e o destino para o qual a produção está voltada as indústrias classificam-se em: indústrias de bens de produção ou pesadas, de bens de capital ou intermediários e de bens de consumo, que podem ser duráveis e as de bens de consumo não-duráveis.
Os países de industrialização clássica são aqueles que foram os pioneiros nesse processo e que estiveram à frente da Primeira Revolução Industrial entre os séculos XVIII e XIX, dos quais se destacaram a Inglaterra e a França.

Os países de industrialização planificada só conheceram o desenvolvimento de suas fábricas a partir da experiência socialista, a exemplo da China, das repúblicas que fizeram parte da antiga União Soviética, entre outras. Esse tipo de industrialização foi marcada pela grande presença do Estado como regulador da prática industrial.

Os países de industrialização tardia são aqueles que conheceram esse processo em um período mais recente, depois do início do século XX. Existem nesse grupo países em desenvolvimento e emergentes – como Brasil, Índia e África do Sul. No caso dos países emergentes, essa industrialização se fez com a forte presença do capital estrangeiro, através das empresas multinacionais ou globais, que migraram seus processos produtivos para áreas onde a mão de obra é mais barata, os impostos mais baixos e o mercado consumidor amplo e acessível.



Atividades de reflexão do conteúdo: 

1. O segmento industrial que tem sua produção destinada diretamente para o mercado consumidor, a partir de bens provenientes das indústrias de base ou de recursos ligados à agricultura, é:
a) Indústria de bens de consumo
b) Indústrias extrativas
c) Indústrias de bens de produção
d) Indústrias de equipamentos

Marque V, se a frase for verdadeira e F se for falsa. Justifique as falsas, caso houver.

2. Indústrias de bens de produção são aquelas que produzem mercadorias para o consumo da população. Empregam muita mão-de-obra e pouca tecnologia e atuam em mercados altamente competitivos em nível regional. São exemplos de indústrias de bens de produção: indústrias alimentícias, indústrias moveleiras e indústrias farmacêuticas. ( )

3. Indústrias de bens intermediários são aquelas que produzem máquinas e equipamentos que serão utilizados em outros segmentos da indústria e em diversos setores da economia. São exemplos de indústrias de bens intermediários: indústria mecânica e indústria de autopeças. ( )

4. Indústrias de bens de consumo são aquelas que fabricam bens que são consumidos pela população em geral. Estão divididas em bens de consumo duráveis e bens de consumo não duráveis. Entre as indústrias de bens de consumo duráveis, estão: as indústrias de produção de eletrodomésticos e a indústria automobilística. Entre as indústrias de bens de consumo não duráveis, estão: as tecelagens, as de confecções, as de produtos alimentares, as de perfumaria e medicamentos. ( )

5. Faça uma pesquisa na internet sobre os tipos de indústrias de acordo com o nível de tecnologia empregado no processo fabril. Você pode fazer em forma de texto ou de mapa mental.

Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrializacao.htm
https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/conhecendo-os-tres-tipos-de-industrias-base-bens-intermediarios-e-bens-de-consumo/
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-tipos-industrias.htm

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa