A partir do século XX, a aceleração dos fluxos de transportes e comunicações e o acesso à informação on-line permitiram novas formas de atuação do capitalismo, que passou a ocorrer em escala planetária, interligando e construindo novas relações entre as localidades. Como consequência, a organização em rede contribuiu para que os espaços passassem a se conectar com maior fluidez, de forma mais rápida e eficiente.
Com essas transformações, o termo região passou a identificar a construção social de conjuntos espaciais em cuja extensão se manifestam fenômenos similares. Nessa perspectiva, consideram-se principalmente as relações entre esses conjuntos, estabelecidas em diferentes escalas espaciais. É possível, portanto, produzir regionalização no interior de um país ou ainda classificar e agrupar países que apresentem características comuns em diversas ordens. Desse modo, há tantos conjuntos regionais, quanto critérios estabelecidos para a regionalização, ou seja, as regiões não são um dado da natureza; seu estabelecimento é uma operação do conhecimento humano e diz respeito à ação dos diferentes sujeitos sociais no espaço geográfico.
Fonte: SILVA, Angela Corrêa da; OLIC, Nelson Bacic; LOZANO, Ruy. Geografia: contextos e redes. São Paulo: Moderna, 2016.
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