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14 de outubro de 2020

Blocos econômicos

Imagem: Reprodução

Após a Segunda Guerra Mundial, o comércio internacional se expandiu; entretanto, os limites territoriais entre os países ainda impõem muitas barreiras à circulação de mercadorias, principalmente de produtos agrícolas. A busca por reduzir essas barreiras ainda esbarra em conflitos de interesses.

Os acordos regionais reduzem as barreiras no interior de um bloco, mas mantêm muitas delas para os países que são de fora.

Os blocos econômicos são associações criadas entre os países para que eles estabeleçam relações entre si. Eles surgiram do reflexo da constante competição de economias mundiais. Os Estados passam a se agrupar em blocos regionais a fim de proteger e fortalecer suas economias, mesmo que, com isso, tenham que abdicar de parte de sua soberania.

Os blocos econômicos estão organizados com diferentes graus de integração:

* Zonas de Preferências Tarifárias:
Trata-se de um passo inicial de integração entre os países, de forma que são adotadas apenas algumas tarifas preferenciais que envolvem determinados produtos, tornando-os mais baratos comparados aos oriundos de países que não são participantes do bloco em questão. Exemplo: ALADI (Associação Latino-Americana de Integração).
* Zona de livre-comércio: há redução ou eliminação de tarifas alfandegárias entre os países-membros. Exemplo: o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta).
* União aduaneira: um grupo de países elimina as tarifas alfandegárias (as mercadorias circulam sem pagar taxas) e estabelece a mesma taxa de importação para produtos vindos de outros países. Exemplo: o Mercado Comum do Sul (Mercosul).
* Mercado comum: permite a livre circulação de pessoas, capitais e serviços entre os países-membros. Exemplo: a União Europeia até dezembro de 1998.
* União econômica e monetária: os países-membros adotam a mesma política de desenvolvimento e uma moeda única. Exemplo: a União Europeia encontra-se nesse estágio atualmente.

Você poderá se interessar também:

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. Vol. 2. São Paulo: Editora Ática, 2017.
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil; espaço geográfico e globalização. Vol, 2. São Paulo: Editora Scipione, 2017.
VIEIRA, Bianca Carvalho et.al. Ser protagonista: geografia. 3 ed. São Paulo: Edições SM, 2016.https://querobolsa.com.br/enem/geografia/blocos-economicos

O comércio brasileiro no contexto internacional

Imagem: Reprodução
O Brasil pertence à Organização Mundial do Comércio (OMC) e realiza suas trocas comerciais no comércio multilateral (com países isoladamente), como também se relaciona com blocos econômicos, fazendo ou não parte deles.

Na realização dessas duas formas de comércio, mesmo tendo uma balança comercial com superávit por muitos anos e sendo importante fornecedor de commodities agrícolas e minerais no mercado internacional, as exportações brasileiras representaram pouco mais de 1% das exportações mundiais, segundo dados da OMC.

Em 2015, os principais destinos das exportações brasileiras foram China, Estados Unidos, Argentina, Holanda, Venezuela, Alemanha, Japão, Chile, Índia e Itália. Os países de origem de grande parte das importações eram China, Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Japão e Nigéria.

O comércio exterior brasileiro modificou-se intensamente após a década de 1970, impulsionado pela modernização e pela industrialização do país, que tem exportado cada vez mais produtos industrializados e semimanufaturados, embora nos últimos anos as commodities tenham voltado a se destacar em nossa pauta de exportações.

Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), os principais produtos exportados pelo Brasil em 2014 foram: minério de ferro, complexo soja, óleo bruto de petróleo, complexo carne(frango e bovina), automóveis e máquinas industriais.

Já entre os principais produtos de importação, destacavam-se: combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, elétricos e eletrônicos, automóveis e peças automotivas, produtos químicos, plásticos, farmacêuticos e fertilizantes.

De todos os países membros da OMC, o Brasil foi o 22º que mais exportou no mundo e o 21º que mais importou mercadorias. No que se refere aos serviços comerciais entre as nações, o Brasil ocupou a 31ª posição entre os países exportadores e a 17ª posição entre os importadores de serviços.

Há alguns anos a China é o principal parceiro comercial do Brasil. A segunda maior economia do mundo ocupa este posto desde o ano de 2009.

Situação atual (2019/2020)

O comércio exterior brasileiro encerrou 2019 com números abaixo do potencial do país. Para 2020, cenário é de cautela especialmente para manter o país longe das conturbadas relações entre Estados Unidos, China e Irã.

Em 2019 o Brasil exportou cerca de 224 bilhões de dólares e importou pouco mais de 177 bilhões de dólares. Perfazendo uma corrente de comércio – somatório de importações e exportações – de 401,3 bilhões de dólares.

Pandemia

Devido à pandemia, a OMC prevê que o que o comércio mundial deve cair até 32% neste ano, dependendo da duração da pandemia e da efetividade das políticas adotadas.

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço brasileiro natureza e trabalho. São Paulo: Ática, 2016.
Fonte (Web):
https://www.comexdobrasil.com/levantamento-da-omc-indica-participacao-de-apenas-116-do-brasil-nas-exportacoes-mundiais/https://www.remessaonline.com.br/blog/desafios-para-o-comercio-exterior-brasileiro-em-2020/
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52754077

20 de setembro de 2019

Questões sobre comércio mundial e blocos econômicos

1. A Organização Mundial do Comércio (OMC) foi instituída com base nos princípios do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT, do inglês, General Agreement ou Tariffs and Trade). É função da OMC
a) assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro internacional.
b) financiar projetos de exportação para promover o comércio entre os países.
c) administrar e aplicar os acordos comerciais multilaterais.
d) desenvolver modelos e cláusulas de contratos de comércio internacional.
e) controlar desequilíbrios no sistema cambial dos países-membros.

15 de setembro de 2019

O Comércio Mundial

 Mapa OMC: em verde os países-membros, em azul membros representados em conjunto pela União Europeia, 
em amarelo os observadores e em vermelho não-membros. Imagem: Wikipédia
O comércio internacional

O comércio internacional não é coisa da atualidade. Já no século XV, com as Grandes Navegações, houve a expansão marítima e comercial da Europa,  e o contato comercial entre o Velho Mundo e o Novo Mundo. O comercio passa a ser mundial. Entretanto, foi a partir do final da Segunda Guerra Mundial que se estabeleceram boa parte das bases do atual comércio mundial, que seriam consolidadas a partir dos avanços tecnológicos e das transformações políticas ocorridas a partir do final da guerra fria.

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa