16 de outubro de 2020

Toyotismo

Imagem: Reprodução
Após a Segunda Guerra Mundial foi desenvolvido no Japão um novo sistema de organização da produção, o toyotismo.

O toyotismo é baseado numa acumulação mais flexível, que maximiza ganhos a partir de diferentes formas de contratação de mão de obra, produção de bens e serviços e investimentos do capital.

Conhecido pelo nome just-in-time ("tempo exato"), esse sistema organizacional foi executado pela primeira vez na fábrica de motores da Toyota a partir dos anos 1960, sendo depois introduzido nas principais indústrias do mundo.

As diferentes etapas da produção, desde a entrada das matérias-primas até a saída do produto, são definidas entre fornecedores, produtores e compradores. A matéria-prima que entra na fábrica corresponde à quantidade de mercadorias que será produzida, o que deve ser feito em um prazo estipulado e de acordo com o pedido dos compradores. Além da eficiência, com controle de qualidade total dos produtos, o sistema just-in-time permite diminuir o custo de estocagem e garantir os lucros dos empresários.

O trabalho especializado e rotineiro da linha de montagem do sistema fordista foi substituído por um sistema flexível, em que o trabalhador pode ser deslocado para realizar diferentes funções de acordo com as necessidades da produção de cada momento.

Os recursos da microeletrônica, da robótica e da informática, muito utilizados nesse sistema, permitem a modificação e a atualização dos modelos de mercadorias a partir de pequenas mudanças nos equipamentos da fábrica com os mesmos maquinários. Isso é especialmente importante em um mundo em que a evolução tecnológica possibilita a constante criação de produtos e sucessivas modificações.

No toyotismo há uma sincronia entre os sistemas de fornecimento de matérias-primas, de produção e de venda. Esse sistema também se apoia em empresas subcontratadas para a produção do produto final. 

Fonte:
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Lazaro Anselmo; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
Fonte (Web):
https://querobolsa.com.br/enem/geografia/toyotismo
https://www.todamateria.com.br/toyotismo/

14 de outubro de 2020

Blocos econômicos

Imagem: Reprodução

Após a Segunda Guerra Mundial, o comércio internacional se expandiu; entretanto, os limites territoriais entre os países ainda impõem muitas barreiras à circulação de mercadorias, principalmente de produtos agrícolas. A busca por reduzir essas barreiras ainda esbarra em conflitos de interesses.

Os acordos regionais reduzem as barreiras no interior de um bloco, mas mantêm muitas delas para os países que são de fora.

Os blocos econômicos são associações criadas entre os países para que eles estabeleçam relações entre si. Eles surgiram do reflexo da constante competição de economias mundiais. Os Estados passam a se agrupar em blocos regionais a fim de proteger e fortalecer suas economias, mesmo que, com isso, tenham que abdicar de parte de sua soberania.

Os blocos econômicos estão organizados com diferentes graus de integração:
* Zona de livre-comércio: há redução ou eliminação de tarifas alfandegárias entre os países-membros. Exemplo: o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta).
* União aduaneira: um grupo de países elimina as tarifas alfandegárias (as mercadorias circulam sem pagar taxas) e estabelece a mesma taxa de importação para produtos vindos de outros países. Exemplo: o Mercado Comum do Sul (Mercosul).
* Mercado comum: permite a livre circulação de pessoas, capitais e serviços entre os países-membros. Exemplo: a União Europeia até dezembro de 1998.
* União econômica e monetária: os países-membros adotam a mesma política de desenvolvimento e uma moeda única. Exemplo: a União Europeia encontra-se nesse estágio atualmente.

Você poderá se interessar também:

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. Vol. 2. São Paulo: Editora Ática, 2017.
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil; espaço geográfico e globalização. Vol, 2. São Paulo: Editora Scipione, 2017.
VIEIRA, Bianca Carvalho et.al. Ser protagonista: geografia. 3 ed. São Paulo: Edições SM, 2016.https://querobolsa.com.br/enem/geografia/blocos-economicos

O comércio brasileiro no contexto internacional

Imagem: Reprodução
O Brasil pertence à Organização Mundial do Comércio (OMC) e realiza suas trocas comerciais no comércio multilateral (com países isoladamente), como também se relaciona com blocos econômicos, fazendo ou não parte deles.

Na realização dessas duas formas de comércio, mesmo tendo uma balança comercial com superávit por muitos anos e sendo importante fornecedor de commodities agrícolas e minerais no mercado internacional, as exportações brasileiras representaram pouco mais de 1% das exportações mundiais, segundo dados da OMC.

Em 2015, os principais destinos das exportações brasileiras foram China, Estados Unidos, Argentina, Holanda, Venezuela, Alemanha, Japão, Chile, Índia e Itália. Os países de origem de grande parte das importações eram China, Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Japão e Nigéria.

O comércio exterior brasileiro modificou-se intensamente após a década de 1970, impulsionado pela modernização e pela industrialização do país, que tem exportado cada vez mais produtos industrializados e semimanufaturados, embora nos últimos anos as commodities tenham voltado a se destacar em nossa pauta de exportações.

Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), os principais produtos exportados pelo Brasil em 2014 foram: minério de ferro, complexo soja, óleo bruto de petróleo, complexo carne(frango e bovina), automóveis e máquinas industriais.

Já entre os principais produtos de importação, destacavam-se: combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, elétricos e eletrônicos, automóveis e peças automotivas, produtos químicos, plásticos, farmacêuticos e fertilizantes.

De todos os países membros da OMC, o Brasil foi o 22º que mais exportou no mundo e o 21º que mais importou mercadorias. No que se refere aos serviços comerciais entre as nações, o Brasil ocupou a 31ª posição entre os países exportadores e a 17ª posição entre os importadores de serviços.

Há alguns anos a China é o principal parceiro comercial do Brasil. A segunda maior economia do mundo ocupa este posto desde o ano de 2009.

Situação atual (2019/2020)

O comércio exterior brasileiro encerrou 2019 com números abaixo do potencial do país. Para 2020, cenário é de cautela especialmente para manter o país longe das conturbadas relações entre Estados Unidos, China e Irã.

Em 2019 o Brasil exportou cerca de 224 bilhões de dólares e importou pouco mais de 177 bilhões de dólares. Perfazendo uma corrente de comércio – somatório de importações e exportações – de 401,3 bilhões de dólares.

Pandemia

Devido à pandemia, a OMC prevê que o que o comércio mundial deve cair até 32% neste ano, dependendo da duração da pandemia e da efetividade das políticas adotadas.

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço brasileiro natureza e trabalho. São Paulo: Ática, 2016.
Fonte (Web):
https://www.comexdobrasil.com/levantamento-da-omc-indica-participacao-de-apenas-116-do-brasil-nas-exportacoes-mundiais/https://www.remessaonline.com.br/blog/desafios-para-o-comercio-exterior-brasileiro-em-2020/
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52754077

Mercosul

 

Imagem: Reprodução

Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em 1991 pelo Tratado de Assunção, assinado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Nos termos desse tratado, em 1995 instalou-se na região uma zona de livre-comércio. A partir de então, grande parte das mercadorias produzidas nos quatro países passou a ser comercializadas internamente sem a cobrança de tarifas de importação.

O passo seguinte foi a união aduaneira entre os países-membros, que significou a padronização das tarifas externas para muitas mercadorias (TECs). Isso significa que os integrantes do Mercosul importam produtos e serviços de terceiros pagando tarifas iguais.

A partir de 2012, a Venezuela também tornou-se membro efetivo do bloco. Desde dezembro de 2016, a Venezuela encontra-se suspensa de membro do Mercosul por descumprir obrigações com as quais se comprometeu em 2012. Em agosto de 2017 recebeu uma nova punição por "ruptura da ordem democrática".

Classificação dos países que fazem parte do Mercosul
Países-membros: são os países que fundaram o Mercosul ou aqueles que ingressaram após a criação do bloco. São eles: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (suspensa).
Países associados: países que assinaram tratados de livre comércio com o Mercosul a fim de estimular suas economias e trocas comerciais, mas não possuem as mesmas vantagens que os membros. Nesse grupo, enquadram-se Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.
Países observadores: países autorizados a apenas acompanhar as reuniões. Esses países participam de eventos para ver o andamento das negociações, mas não possuem direito a veto ou de opinar em alguma cláusula. México e Nova Zelândia são esses países.

Imagem: Brasil Escola - mapa de localização dos países do Mercosul

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. Vol. 2. São Paulo: Editora Ática, 2017.
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil; espaço geográfico e globalização. Vol, 2. São Paulo: Editora Scipione, 2017. 
VIEIRA, Bianca Carvalho et.al. Ser protagonista: geografia. 3 ed. São Paulo: Edições SM, 2016. 
Fonte (Web):
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/paisesmembros-mercosul.htm
https://g1.globo.com/mundo/noticia/mercosul-suspende-direitos-politicos-da-venezuela-por-ruptura-da-ordem-democratica.ghtml
https://www.fazcomex.com.br/blog/mercosul-o-que-e/
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa