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17 de outubro de 2020

Capitais produtivos

Imagem: Pixabay

Capitais produtivos são investimentos de longo prazo, por isso menos suscetíveis às oscilações repentinas do mercado. Sendo investimentos diretos na produção de bens e serviços ou em infraestrutura, esses capitais são aplicados em determinado território e possuem uma base física (fábrica, usina hidrelétrica, rede de lojas, etc.). Instalam-se em busca de lucros, que podem ser resultantes de custos menores de produção em relação ao país de origem dos investidores, baixos custos de transportes, proximidade dos mercados consumidores e facilidades em driblar barreiras protecionistas.

Fonte: Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 2 ed. São Paulo: Scipione. 2017.

Exclusão social

Imagem: Reprodução

A exclusão social se caracteriza pela exclusão ou afastamento de grupos do sistema socioeconômico predominante. A ideia de exclusão social é geralmente usada em referência a uma forma específica de desigualdade.

As pessoas ou grupos acabam sendo separados do convívio com o restante da sociedade geralmente por questões financeiras. O grupo excluído é também chamado de minoria social e não tem acesso a bens e serviços básicos e direitos essenciais ao seu desenvolvimento pleno que possam garantir condições de vida digna, defendida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Esse problema social foi impulsionado pela estrutura do sistema econômico e político capitalista.

Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos.

A exclusão social pode acontecer pelas condições financeiras, religião, cultura, sexualidade, escolhas de vida, dentre outros.

Fonte(Web):
https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/exclusao-social
https://www.preparaenem.com/sociologia/exclusao-social.htm
https://www.todamateria.com.br/exclusao-social/

14 de outubro de 2020

Blocos econômicos

Imagem: Reprodução

Após a Segunda Guerra Mundial, o comércio internacional se expandiu; entretanto, os limites territoriais entre os países ainda impõem muitas barreiras à circulação de mercadorias, principalmente de produtos agrícolas. A busca por reduzir essas barreiras ainda esbarra em conflitos de interesses.

Os acordos regionais reduzem as barreiras no interior de um bloco, mas mantêm muitas delas para os países que são de fora.

Os blocos econômicos são associações criadas entre os países para que eles estabeleçam relações entre si. Eles surgiram do reflexo da constante competição de economias mundiais. Os Estados passam a se agrupar em blocos regionais a fim de proteger e fortalecer suas economias, mesmo que, com isso, tenham que abdicar de parte de sua soberania.

Os blocos econômicos estão organizados com diferentes graus de integração:
* Zona de livre-comércio: há redução ou eliminação de tarifas alfandegárias entre os países-membros. Exemplo: o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta).
* União aduaneira: um grupo de países elimina as tarifas alfandegárias (as mercadorias circulam sem pagar taxas) e estabelece a mesma taxa de importação para produtos vindos de outros países. Exemplo: o Mercado Comum do Sul (Mercosul).
* Mercado comum: permite a livre circulação de pessoas, capitais e serviços entre os países-membros. Exemplo: a União Europeia até dezembro de 1998.
* União econômica e monetária: os países-membros adotam a mesma política de desenvolvimento e uma moeda única. Exemplo: a União Europeia encontra-se nesse estágio atualmente.

Você poderá se interessar também:

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. Vol. 2. São Paulo: Editora Ática, 2017.
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil; espaço geográfico e globalização. Vol, 2. São Paulo: Editora Scipione, 2017.
VIEIRA, Bianca Carvalho et.al. Ser protagonista: geografia. 3 ed. São Paulo: Edições SM, 2016.https://querobolsa.com.br/enem/geografia/blocos-economicos

O comércio brasileiro no contexto internacional

Imagem: Reprodução
O Brasil pertence à Organização Mundial do Comércio (OMC) e realiza suas trocas comerciais no comércio multilateral (com países isoladamente), como também se relaciona com blocos econômicos, fazendo ou não parte deles.

Na realização dessas duas formas de comércio, mesmo tendo uma balança comercial com superávit por muitos anos e sendo importante fornecedor de commodities agrícolas e minerais no mercado internacional, as exportações brasileiras representaram pouco mais de 1% das exportações mundiais, segundo dados da OMC.

Em 2015, os principais destinos das exportações brasileiras foram China, Estados Unidos, Argentina, Holanda, Venezuela, Alemanha, Japão, Chile, Índia e Itália. Os países de origem de grande parte das importações eram China, Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Japão e Nigéria.

O comércio exterior brasileiro modificou-se intensamente após a década de 1970, impulsionado pela modernização e pela industrialização do país, que tem exportado cada vez mais produtos industrializados e semimanufaturados, embora nos últimos anos as commodities tenham voltado a se destacar em nossa pauta de exportações.

Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), os principais produtos exportados pelo Brasil em 2014 foram: minério de ferro, complexo soja, óleo bruto de petróleo, complexo carne(frango e bovina), automóveis e máquinas industriais.

Já entre os principais produtos de importação, destacavam-se: combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, elétricos e eletrônicos, automóveis e peças automotivas, produtos químicos, plásticos, farmacêuticos e fertilizantes.

De todos os países membros da OMC, o Brasil foi o 22º que mais exportou no mundo e o 21º que mais importou mercadorias. No que se refere aos serviços comerciais entre as nações, o Brasil ocupou a 31ª posição entre os países exportadores e a 17ª posição entre os importadores de serviços.

Há alguns anos a China é o principal parceiro comercial do Brasil. A segunda maior economia do mundo ocupa este posto desde o ano de 2009.

Situação atual (2019/2020)

O comércio exterior brasileiro encerrou 2019 com números abaixo do potencial do país. Para 2020, cenário é de cautela especialmente para manter o país longe das conturbadas relações entre Estados Unidos, China e Irã.

Em 2019 o Brasil exportou cerca de 224 bilhões de dólares e importou pouco mais de 177 bilhões de dólares. Perfazendo uma corrente de comércio – somatório de importações e exportações – de 401,3 bilhões de dólares.

Pandemia

Devido à pandemia, a OMC prevê que o que o comércio mundial deve cair até 32% neste ano, dependendo da duração da pandemia e da efetividade das políticas adotadas.

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço brasileiro natureza e trabalho. São Paulo: Ática, 2016.
Fonte (Web):
https://www.comexdobrasil.com/levantamento-da-omc-indica-participacao-de-apenas-116-do-brasil-nas-exportacoes-mundiais/https://www.remessaonline.com.br/blog/desafios-para-o-comercio-exterior-brasileiro-em-2020/
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52754077

Mercosul

 

Imagem: Reprodução

Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em 1991 pelo Tratado de Assunção, assinado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Nos termos desse tratado, em 1995 instalou-se na região uma zona de livre-comércio. A partir de então, grande parte das mercadorias produzidas nos quatro países passou a ser comercializadas internamente sem a cobrança de tarifas de importação.

O passo seguinte foi a união aduaneira entre os países-membros, que significou a padronização das tarifas externas para muitas mercadorias (TECs). Isso significa que os integrantes do Mercosul importam produtos e serviços de terceiros pagando tarifas iguais.

A partir de 2012, a Venezuela também tornou-se membro efetivo do bloco. Desde dezembro de 2016, a Venezuela encontra-se suspensa de membro do Mercosul por descumprir obrigações com as quais se comprometeu em 2012. Em agosto de 2017 recebeu uma nova punição por "ruptura da ordem democrática".

Classificação dos países que fazem parte do Mercosul
Países-membros: são os países que fundaram o Mercosul ou aqueles que ingressaram após a criação do bloco. São eles: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (suspensa).
Países associados: países que assinaram tratados de livre comércio com o Mercosul a fim de estimular suas economias e trocas comerciais, mas não possuem as mesmas vantagens que os membros. Nesse grupo, enquadram-se Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.
Países observadores: países autorizados a apenas acompanhar as reuniões. Esses países participam de eventos para ver o andamento das negociações, mas não possuem direito a veto ou de opinar em alguma cláusula. México e Nova Zelândia são esses países.

Imagem: Brasil Escola - mapa de localização dos países do Mercosul

Fonte:
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização. Vol. 2. São Paulo: Editora Ática, 2017.
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil; espaço geográfico e globalização. Vol, 2. São Paulo: Editora Scipione, 2017. 
VIEIRA, Bianca Carvalho et.al. Ser protagonista: geografia. 3 ed. São Paulo: Edições SM, 2016. 
Fonte (Web):
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/paisesmembros-mercosul.htm
https://g1.globo.com/mundo/noticia/mercosul-suspende-direitos-politicos-da-venezuela-por-ruptura-da-ordem-democratica.ghtml
https://www.fazcomex.com.br/blog/mercosul-o-que-e/

12 de outubro de 2020

Comércio Global: mercadorias e serviços


Imagem: Reprodução
Na segunda metade do século XX, o comércio internacional apresentou um crescimento significativo. Nesse período, instituições de âmbito global, como Banco Mundial, FMI e Gatt, atuaram no sentido de estruturar as relações financeiras, estimular e estabelecer regras para o comércio mundial. A capacidade de produção continuou a ser ampliada de forma expressiva nos Estados Unidos, no Japão, nos países da Europa Ocidental e naqueles que se industrializaram mais intensamente a partir dos anos 1950/1960 (Brasil, Argentina e México), 1960/1970 (Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong) e 1980/1990 (China). As empresas multinacionais tiveram importante papel nessa ampliação da capacidade de produção.

Atendendo aos interesses das empresas multinacionais, os governos dos países desenvolvidos, em especial os Estados Unidos, passaram a apregoar que a abertura econômica ao capital estrangeiro (produtivo ou especulativo), a redução das barreiras comerciais e as privatizações eram o melhor caminho para superar o endividamento externo e aumentar o crescimento econômico.

Comércio de mercadorias

Em 2014, as transações comerciais movimentavam cerca de 18,5 trilhões de dólares, no caso das exportações, e 18,6 trilhões de dólares, aproximadamente, no caso das importações. Quase a metade desse volume de comércio está concentrada entre os países do G8 e a China.
Os chineses têm ampliado cada vez mais sua participação no comércio internacional. Em 2014, a China era a maior potência comercial do mundo, tendo superado os Estados Unidos. Enquanto os Estados Unidos movimentavam 4 trilhões de dólares em comércio exterior, com 1,6 trilhão de dólares em exportações e 2,4 trilhões de dólares em importações, a China movimentou 4,3 trilhões de dólares, sendo 2,3 trilhões de dólares de exportações e 2 trilhões de dólares em importações, segundos dados da OMC (Organização Mundial do Comércio).

Maiores exportadores do mundo (2018)

 1. China - US$ 2,494 trilhões
 2. Estados Unidos - US$ 1,665 trilhão
 3. Alemanha - US$ 1,556 trilhão
 4. Japão - US$ 738,1 bilhões
 5. Coréia do Sul -  US$ 605,1 bilhões
 6. Holanda - US$ 585,6 bilhões
 7. Hong Kong - 569,1 bilhões
 8. França -  US$ 568,9 bilhões
 9. Itália - US$ 543,4 bilhões
10.Reino Unido - US$ 487 bilhões 


Comércio de serviços

O comércio internacional de serviços perfaz atualmente uma parcela considerável do comércio entre países. Em 2014, correspondia a aproximadamente 9,7 trilhões de dólares, somadas as exportações e as importações. Esse comércio é representado por fretes de transportes, turismo global, serviços de informática, atividades culturais e desportivas, prestação de serviços a empresas (telemarketing, call center, contabilidade, consultoria), atividades auxiliares de intermediação financeira, agências de notícias, entre outros.
O comércio de serviços está concentrado em países desenvolvidos, que abarcam cerca de 60% do total mundial. Os Estados Unidos são os maiores exportadores e importadores mundiais e mantêm superavit nesse setor: em 2014, o saldo positivo foi de aproximadamente 236 bilhões de dólares, concentrando cerca de 14% das exportações mundiais e 9% das importações.

Internamente, os serviços e o comércio têm participação importante na composição do PIB dos países desenvolvidos (cerca de 80% do total das riquezas geradas em um ano nesses países).

As facilidades proporcionadas pela telemática, com os avanços nas tecnologias de comunicação e informação, têm propiciado o deslocamento e a terceirização de diversas tarefas não relacionadas diretamente à produção, como atendimento e suporte ao cliente; serviços contábeis e fiscais e venda por telefone ou internet. Muitas dessas tarefas foram deslocadas e terceirizadas para países emergentes onde a mão de obra e os custos operacionais são mais baratos.

Impactos do COVID-19 no comércio internacional

O comércio internacional será fortemente abalado pela pandemia do novo Coronavírus em 2020. Com as economias mundiais desaquecidas, as limitações de transporte entre países e o aumento nas restrições ao comércio, crescem os obstáculos para que empresas de diferentes lugares comprem e vendam bens entre si, aumentando os impactos no comércio mundial.


Fonte (livro): LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro: MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

Fonte (web): https://www.fazcomex.com.br/blog/maiores-exportadores-do-mundo/
https://www.thomsonreuters.com.br/pt/tax-accounting/comercio-exterior/blog/efeitos-do-coronavirus-comercio-internacional.html
http://www.desenvolvimento.mg.gov.br/assets/projetos/1084/b05cf54720dced23a0e709690e37580e.pdf

O fluxo de informações do Brasil

 
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A globalização gerou o desencadeamento de uma rede de fluxos de informações e serviços que interliga vários pontos do globo entre si. 

As informações podem circular por diversos veículos de comunicação: jornais, revistas, rádio, televisão, etc. Porém, o veículo de difusão de informações e de conhecimento que mais tem crescido é a internet, um dos principais símbolos da atual revolução técnico-científica ou informacional. A internet aumentou as possibilidades de acesso a diferentes serviços, como troca de e-mails, pesquisa em banco de dados, comércio eletrônico e estudo a distância. A internet mudou até mesmo as concepções de tempo e espaço.

O geógrafo britânico David Harvey criou um dos mais importantes conceitos do pensamento geográfico: a compressão espaço-tempo. É uma reflexão sobre a mudança na percepção da relação entre o espaço e o tempo que ocorre em função das transformações tecnológicas no setor de transportes e das comunicações.

A evolução tecnológica favorece o fluxo de informações, pessoas, produtos e a integração do Brasil com outros países e regiões do mundo em uma escala nunca antes atingida, transformando profundamente o espaço nacional.

No início do século XXI, mais de 200 satélites de comunicação estavam funcionando em órbita terrestre, e cada um deles era capaz de transmitir simultaneamente dezenas de milhares de chamadas telefônicas e sinais de diversos canais de televisão. Começaram a ser lançados, então, vários satélites, em órbita baixa, destinados a criar uma rede global de telefonia. Desse aparato tecnológico, oito satélites possuem autorização para operar no Brasil, visando aos serviços de comunicação, como a TV aberta ou por assinatura., ligações telefônicas e banda larga.

Em 2015 o mercado brasileiro era de aproximadamente 180 milhões de acessos de banda larga móvel, o que equivalia a 5,2% do mercado mundial, cujo valor absoluto atingiu 3,459 bilhões de acessos. Isso colocou o Brasil como um dos maiores mercados de telecomunicação móvel de dados em valores absolutos, atrás apenas de EUA, China e Japão. Para a banda larga fixa o Brasil fechou 2015 com aproximadamente 25,48 milhões de acessos o que representa 3,2% dos acessos mundiais.

Outra infraestrutura que integra o território brasileiro aos fluxos de informação digital é a dos cabos submarinos de fibra óptica. Fortaleza, Rio de Janeiro e Santos estão entre as cidades que conectam o Brasil a esse tipo de circuito de tecnologia da compressão digital, tornando possível que o país participe da rede digital que integra os cinco continentes. Com uma extensão de 385 mil quilômetros, mesmo com algumas dificuldades de conexão por diferenças de tecnologia, essa rede forma a infraestrutura da sociedade global da informação.


Fonte: TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2016.
https://blogdoenem.com.br/comunicacao-no-brasil-geografia-enem/

Cabos de fibra óptica


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Fibra óptica (ou ótica) é um filamento flexível e transparente fabricado a partir de vidro ou plástico extrudido e que é utilizado como condutor de elevado rendimento de luz, imagens ou impulsos codificados. Tem diâmetro de alguns micrometros, ligeiramente superior ao de um fio de cabelo humano.

"A extrusão é um processo mecânico de produção de componentes de forma contínua onde o material é forçado através de uma matriz adquirindo assim a forma pré determinada pela forma da matriz projetada para a peça".

Os cabos de fibra óptica estão substituindo fios de cobre para aumentar a velocidade de transmissão de informação digital. Estes cabos são feixes de "fios de vidro" extremamente puros que foram revestidas em duas camadas de plástico reflexivo. Uma fonte de luz é ligada e desligada rapidamente a uma extremidade do cabo de transmissão de dados digitais. A luz viaja através dos fios de vidro e de forma contínua reflete fora do interior dos revestimentos plásticos espelhados em um processo conhecido como reflexão total interna.

A fibra ótica transmite dados de telecomunicação. Os cabos fazem a transmissão de milhares de conversas simultâneas sem perda de sinal. Atualmente temos os  cabos oceânicos que atravessam continentes e transmitem cerca de 200 milhões de conversas simultâneas.

Vantagens de utilizar fibra ótica

* Maior capacidade de transmissão de dados
* São mais leves e mais compactas
* Sua matéria-prima é mais abundante
* Não sofrem com interferências eletromagnéticas
* Não oxidam
* São mais resistentes ao tempo
* São mais flexíveis

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_%C3%B3ptica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Extrus%C3%A3o
https://www.oficinadanet.com.br/artigo/redes/o-que-e-fibra-otica-e-como-funciona
https://www.resumoescolar.com.br/fisica/fibra-optica/

11 de outubro de 2020

Expansão da sociedade de consumo

Imagem: Reprodução
A partir da segunda metade do século XX, os níveis de consumo no mundo cresceram rapidamente tanto nos países desenvolvidos como nos países subdesenvolvidos que passavam, tardiamente, pelo processo de industrialização (como Brasil, México, Argentina, África do Sul e Turquia).

A redução dos custos de transporte de mercadorias e a  apropriação das inovações tecnológicas da Terceira Revolução Industrial tornaram possível às empresas colocar no mercado, em grande quantidade e a preços relativamente acessíveis, novos bens de consumo, como automóveis, máquinas de lavar, aspiradores, refrigeradores e televisores - itens que mudariam os hábitos da população e criariam novas necessidades, sobretudo na classe média, o principal alvo das empresas multinacionais

Teve início intensa disputa entre as grandes corporações, interessadas em dominar o mercado consumidor dos países em que desenvolvem suas atividades.

O papel do marketing

Para estimular o consumo, os segmentos produtivos (indústria, setores atacadista, varejista e de serviços) utilizam como principal recurso o marketing, conjunto de ações e estratégias de publicidade veiculada na mídia (rádio, televisão, jornais, revistas, outdoors, internet etc.), com o objetivo de divulgar os produtos que criam e comercializam, despertando nas pessoas o desejo de consumi-los.

Ao mesmo tempo, a produção industrial diversifica-se constantemente: são desenvolvidos vários modelos de um mesmo produto, buscando atender às preferências dos consumidores. Além disso, em razão das constantes inovações tecnológicas e das atualizações da moda, as mercadorias tornam-se rapidamente obsoletas, sendo substituídas por modelos mais novos. O marketing, portanto, ao criar no consumidor a necessidade de desfazer-se de itens "ultrapassados" para consumir aquilo que há de mais moderno, configura-se como um instrumento imprescindível para o mercado. Outra estratégia industrial  é fabricar produtos com vida útil curta, ou seja, que duram pouco tempo e precisam ser substituídos por outros iguais ou de mesmo nível tecnológico.

As linhas de crédito

Uma estratégia fundamental do capitalismo para estimular o consumo, em meio a tantas ofertas, é o estabelecimento, pelo capital financeiro, de facilidades para obtenção de linhas de crédito (crediário, empréstimos pessoais, cartões de crédito etc.). As linhas de crédito permitem ao consumidor dispor de vários produtos e serviços sem que tenha o valor necessário para o pagamento no ato da compra. Com a disponibilidade das linhas de crédito, cresce também o endividamento pessoal.

Através das facilidades de crédito e das campanhas de marketing veiculadas nos meios de comunicação, as pessoas são constantemente induzidas a consumir mais mercadorias, o que estimula a produção e, consequentemente, faz crescer os lucros e a acumulação de capital. Essa acumulação garante novos avanços tecnológicos e a fabricação de produtos sempre mais modernos, que são inseridos sucessivamente no mercado, reaquecendo o consumo.

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Fonte: BOLIGIAN, Levon; ALVES, Andressa. Geografia espaço e identidade. São Paulo: Editora do Brasil, 2016.


9 de outubro de 2020

Terceira Revolução Industrial

 

A partir da segunda metade do século XX, iniciou-se uma nova fase de progressos tecnológicos, decorrente da integração entre ciência e produção, chamada de Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico-Científica-Informacional.

A aplicação quase que imediata das descobertas científicas ao processo produtivo favoreceu o crescimento das atividades em que se emprega alta tecnologia. Essas atividades despontam, hoje, como os setores mais dinâmicos da economia mundial. São exemplos desses setores e dos produtos e serviços por eles gerados: a informática, que produz computadores e softwares (programa ou sistema que permite a utilização e a operação do computador pelo usuário); a microeletrônica, que fabrica chips, transistores e circuitos eletrônicos; a robótica, que cria robôs para uso industrial; as telecomunicações, que viabilizam as transmissões de rádio, televisão, telefonia fixa e móvel e internet; indústria aeroespacial, que fabrica satélites artificiais e aviões; e a biotecnologia, por meio da qual se desenvolvem medicamentos e se manipulam geneticamente plantas e animais.

Nas sociedades capitalistas, especialmente nas mais industrializadas, a implantação de tecnologias altamente sofisticadas melhora o desempenho e a produtividade do trabalho, cria produtos de melhor qualidade e reduz os custos de produção das empresas. Esse processo gera lucros extraordinários e maior acumulação de capital, que é reaplicado no desenvolvimento de novas tecnologias.

A economia mundial fica cada vez mais dinâmica com o desenvolvimento tecnológico. Os setores de telecomunicações e de transportes tornam-se fundamentais para a formação de um espaço geográfico cada vez mais interligado.

A propagação dos serviços de telefonia por cabos oceânicos ou por meio de satélites, a informatização das empresas e a transmissão de dados pela internet permitem a integração simultânea entre sede de indústrias, bancos e bolsas de valores (instituição onde são realizadas transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários) no mundo todo. O transporte de grande número de pessoas e de mercadorias por navios e aviões de grande porte intensificou os negócios empresariais e o comércio internacional.

As grandes distâncias deixaram de ser obstáculo para a integração entre as nações, sendo criadas as condições necessárias para a expansão do capitalismo em nível planetário, principalmente pela implantação de filiais de grandes empresas multinacionais em países emergentes.

Esse processo, desencadeado nas últimas décadas do século XX, foi decisivo para fortalecer a atual fase do capitalismo e da divisão internacional do trabalho, a globalização.

Imagem: Reprodução

Fonte (livro): BOLIGIAN, Levon et al. Geografia espaço e vivência. São Paulo: Saraiva, 2015.
Fonte (web): https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm

7 de outubro de 2020

Industrialização mundial

 

A industrialização é considerada como um dos principais agentes de transformação e produção do espaço geográfico, com a geração de empregos diretos e indiretos e é um fator de atração populacional, fazendo com que o processo de urbanização se intensifique e se torne mais acelerado. O Brasil só se tornou um território predominantemente urbano quando houve, ao longo do século XX, o fortalecimento de seu espaço industrial.

De acordo com a mercadoria produzida e o destino para o qual a produção está voltada as indústrias classificam-se em: indústrias de bens de produção ou pesadas, de bens de capital ou intermediários e de bens de consumo, que podem ser duráveis e as de bens de consumo não-duráveis.
Os países de industrialização clássica são aqueles que foram os pioneiros nesse processo e que estiveram à frente da Primeira Revolução Industrial entre os séculos XVIII e XIX, dos quais se destacaram a Inglaterra e a França.

Os países de industrialização planificada só conheceram o desenvolvimento de suas fábricas a partir da experiência socialista, a exemplo da China, das repúblicas que fizeram parte da antiga União Soviética, entre outras. Esse tipo de industrialização foi marcada pela grande presença do Estado como regulador da prática industrial.

Os países de industrialização tardia são aqueles que conheceram esse processo em um período mais recente, depois do início do século XX. Existem nesse grupo países em desenvolvimento e emergentes – como Brasil, Índia e África do Sul. No caso dos países emergentes, essa industrialização se fez com a forte presença do capital estrangeiro, através das empresas multinacionais ou globais, que migraram seus processos produtivos para áreas onde a mão de obra é mais barata, os impostos mais baixos e o mercado consumidor amplo e acessível.



Atividades de reflexão do conteúdo: 

1. O segmento industrial que tem sua produção destinada diretamente para o mercado consumidor, a partir de bens provenientes das indústrias de base ou de recursos ligados à agricultura, é:
a) Indústria de bens de consumo
b) Indústrias extrativas
c) Indústrias de bens de produção
d) Indústrias de equipamentos

Marque V, se a frase for verdadeira e F se for falsa. Justifique as falsas, caso houver.

2. Indústrias de bens de produção são aquelas que produzem mercadorias para o consumo da população. Empregam muita mão-de-obra e pouca tecnologia e atuam em mercados altamente competitivos em nível regional. São exemplos de indústrias de bens de produção: indústrias alimentícias, indústrias moveleiras e indústrias farmacêuticas. ( )

3. Indústrias de bens intermediários são aquelas que produzem máquinas e equipamentos que serão utilizados em outros segmentos da indústria e em diversos setores da economia. São exemplos de indústrias de bens intermediários: indústria mecânica e indústria de autopeças. ( )

4. Indústrias de bens de consumo são aquelas que fabricam bens que são consumidos pela população em geral. Estão divididas em bens de consumo duráveis e bens de consumo não duráveis. Entre as indústrias de bens de consumo duráveis, estão: as indústrias de produção de eletrodomésticos e a indústria automobilística. Entre as indústrias de bens de consumo não duráveis, estão: as tecelagens, as de confecções, as de produtos alimentares, as de perfumaria e medicamentos. ( )

5. Faça uma pesquisa na internet sobre os tipos de indústrias de acordo com o nível de tecnologia empregado no processo fabril. Você pode fazer em forma de texto ou de mapa mental.

Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrializacao.htm
https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/conhecendo-os-tres-tipos-de-industrias-base-bens-intermediarios-e-bens-de-consumo/
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-tipos-industrias.htm

6 de outubro de 2020

Industrialização brasileira

 

A indústria é a atividade econômica que consiste na transformação de matérias-primas em produtos para o consumo ou para outras indústrias.

Atualmente existe uma descentralização da indústria brasileira para outras regiões do país, que atraem indústrias pelos incentivos fiscais. No entanto, é possível observar pelo mapa que a industrialização do Brasil se encontra irregularmente distribuída pelo território brasileiro estando, ainda, concentrada na região Sudeste e na região Sul.

A doutrina econômica que vigora no Brasil e no mundo é o neoliberalismo, com pouca participação do Estado na industrialização em função das privatizações das empresas estatais nos anos 1990.


Histórico
- 1500 - 1808 - Industrialização proibida pela Coroa Portuguesa.
- 1808 - 1930
- 1808 - Abertura dos portos para as "nações amigas".
- Surgimento de pequenas indústrias.
- Entrada de produtos ingleses.
- Mercado de consumo pequeno.
- Mão de obra escravizada.
- 1888 - Abolição da escravatura.
- Mercado consumidor começa a crescer.
- Mão de obra assalariada.
- 1930 - 1956 - Revolução Industrial Brasileira.
- 1930 - Getúlio Vargas assume a presidência.
- Termina a política do café com leite.
- Apoiado pela burguesia brasileira Getúlio Vargas incentiva industrialização.
- Processo de "substituição de importações".
- Criação das indústrias de base com capital estatal.
- Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
- Mineradora Vale do Rio Doce.
- Petrobrás.
- A industrialização de base, com capital estatal, dá sustentação para as indústrias de bens de consumo.
- 1956 até os dias atuais - Internacionalização da economia.
- 1956 - 1980
- 1956 - Juscelino Kubitschek assume a presidência.
- Multinacionais se instalam no Brasil.
- Tripé econômico 
   *Capital estatal - infraestrutura
   *Capital privado nacional - indústrias de bens de consumo não duráveis
   *Capital privado estrangeiro - indústrias de bens de consumo duráveis - 
                                  Indústria automobilística
- Rodoviarismo.
- Crescimento das indústrias de bens de produção e de bens de consumo.
- Concentração industrial na região Sudeste.
- Destaque para São Paulo e Rio de Janeiro.
- Década de 1980 - Década perdida.
- Grande concorrência internacional.
- Inflação alta e baixo poder de consumo.
- Pouca produção interna.
- Década de 1990 
- 1990 - Fernando Collor assume a presidência.
- Abertura econômica ao exterior - capital estrangeiro muito forte no Brasil.
- Tarifas alfandegárias diminuem.
- 1995 - Fernando Henrique Cardoso assume a presidência.
- Neoliberalismo.
- Privatizações das empresas estatais.
- Plano Real - moeda estável.
- Atualmente
- Pouca participação do Estado na industrialização.
- Descentralização industrial.
- Outras regiões do Brasil atraem indústrias através dos incentivos fiscais.


5 de outubro de 2020

Mercado consumidor


O mercado é formado por vendedores e compradores, em que se estabelece uma relação entre oferta e procura por um produto ou serviço. De forma ampla, pode-se afirmar que toda situação de compra e venda caracteriza um mercado.

Considera-se como mercado consumidor um grupo de pessoas (homens, mulheres, adultos e crianças) ou organizações (instituições públicas ou empresas privadas), que está à procura dos bens ou serviços que um negócio tem a oferecer. São todas as pessoas que têm poder de compra.

É formado pelos possíveis compradores (público-alvo) de uma mercadoria ou utilizadores de um serviço.

Fonte: https://www.ignicaodigital.com.br/entenda-o-significado-de-mercado-consumidor/

Empresa multinacional

 

Empresa multinacional ou transnacional, segundo o texto "A empresa multinacional", é a definição de uma grande corporação capitalista, em geral organizada como conglomerado, que passou a instalar filiais em vários países além do território nacional em que se originaram. A maioria das transnacionais está sediada em países desenvolvidos, mas hoje também há muitas oriundas de países emergentes. Vale lembrar que muitas delas, especialmente as da China e as de outros países emergentes, são empresas estatais.

As transnacionais se expandiram pelo mundo, sobretudo após a Segunda Guerra, em busca de custos menores de produção e de novos mercados consumidores; daí se instalarem, sobretudo, em países de industrialização recente com grande contingente populacional, como é o caso da China, do Brasil, do México, etc. É nos países desenvolvidos, onde estão os maiores mercados consumidores, que houve intensa troca de filiais de empresas transnacionais. Hoje esse processo continua se expandindo e mesmo países mais pobres, inclusive da África, da Ásia e da América Latina, também têm recebido filiais de transnacionais, originadas de países emergentes.

Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 2 ed. São Paulo: Scipione. 2017.

27 de janeiro de 2020

Mundialização da sociedade de consumo

Há um componente antigo da globalização, que é a presença de mercadorias estrangeiras em quase todos os países. Com a intensificação dos fluxos comerciais, diferentes produtos circulam por uma moderna e intrincada rede de transportes cobrindo grandes extensões da superfície terrestre, sobretudo nos países desenvolvidos e emergentes. Paralelamente, também tem se expandido a prestação de diversos tipos de serviço ao redor do planeta.

3 de dezembro de 2019

A indústria cultural e a cultura de massa

Imagem: Reprodução
Os filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer criaram o termo "indústria cultural", que consiste na adaptação fordista da produção em série para o mundo das artes e da cultura. Nesse sentido, os  meios de comunicação são fundamentais para a propagação da produção em massa, que geram nos indivíduo falsas necessidades que só podem ser satisfeitas pelos produtos do capitalismo. O que está de acordo com a ideia da "modernidade líquida" de Bauman.

29 de novembro de 2019

Você sabe o que é modernidade líquida?

Imagem: https://www.flickr.com/photos/azrainman
O que significa modernidade líquida?

Bauman usou a metáfora da "liquidez" ou da fluidez para caracterizar o estado da sociedade moderna, que, como os líquidos, fica mudando de forma. “ Líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão. Na verdade, são incapazes de manter a mesma forma por muito tempo (...)". Segundo o autor, esse termo foi criado para se referir à sociedade atual, que vive num ritmo incessante de transformações decorrentes do capitalismo globalizado.

É uma sociedade voltada para o individualismo e o consumismo Para Bauman, “o problema não é consumir; é o desejo insaciável de continuar consumindo”. É um mundo onde tudo se torna descartável rapidamente. Na vida contemporânea,  já não é possível fazer planos e traçar metas a longo prazo, porque tudo tem que ser muito rápido e a curto prazo.

Esse modo de vida da sociedade está afetando as  relações sociais dos indivíduos pela vulnerabilidade e fluidez da vida atual. Segundo o autor,  “os contatos online têm uma vantagem sobre os off-line: são mais fáceis e menos arriscados - o que muita gente acha atraente. Eles tornam mais fácil se conectar e se desconectar.(...)". Com isso se perde as qualidades necessárias para manter relações de confiança com as outras pessoas.

O  ser humano do mundo liquido tem dificuldade em manter a sua identidade,  em saber o que é certo e errado, o que é necessário e o que é descartável. É uma sociedade angustiada e insegura que tenta conter os seus medos com muros altos, câmeras de segurança e outros aparatos que possam trazer a sensação de que está protegido.

Para compreender melhor o assunto, assista ao vídeo abaixo e comente o que você achou.



Fonte (internet):
PELLEGRINI PEREIRA, L. A.; CHIACHIRI FILHO, A. R. Vida instantânea: espaço e tempo na contemporaneidade. Revista Trama Interdisciplinar, v. 8, n. 2, 19 abril 2018. Disponível em http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tint/article/view/10024.
http://www.unama.br/noticias/sociedade-liquida
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/zygmunt-bauman-o-pensamento-do-sociologo-da-modernidade-liquida.htm
https://pensamentoliquido.com.br/vivendo-em-tempos-liquidos/

27 de novembro de 2019

Compressão espaço-tempo

Imagem: Gerd Altmann por Pixabay
O geógrafo britânico David Harvey criou um dos mais importantes conceitos do pensamento geográfico: a compressão espaço-tempo. É uma reflexão sobre a mudança na percepção da relação entre o espaço e o tempo que ocorre em função das transformações tecnológicas no setor de transportes: conforme os veículos se tornam mais rápidos, os espaços são percorridos em menos tempo. À medida que a tecnologia avança, é como se a Terra estivesse ficando "menor".

Essa mudança na percepção do espaço-tempo que ocorre no século XXI alterou não só o convívio humano e os seus valores individuais, mas também a relação do homem com o ambiente. Fala-se em compressão por causa desse aparente encolhimento das barreiras espaciais provocado em nome da globalização.

Qual a velocidade do meio de transporte mais rápido em cada época?

1500-1840
As embarcações a vela eram movidas pela força dos ventos e sua velocidade era de 16 km/h;  as carruagens eram movidas por tração animal e sua velocidade também era 16 km/h.
1850-1930
A capacidade de armazenamento de mercadorias e a velocidade dos barcos e locomotivas a vapor eram muito maiores do que as das embarcações a vela e carruagens. A velocidade dos barcos a vapor era de 57 km/h e das locomotivas era de 100 km/h.
1960
O uso comercial de aviões a jato com motor de grande propulsão venceu barreiras naturais e encurtou grandes distâncias. A velocidade dos aviões é de 1100 km/h.


Atividades

Observe a imagem e responda.

1. Do ponto de vista metafórico, podemos afirmar que o mundo encolheu?

2. O esquema avança até 1960, aproximadamente meio século atrás. Que novos incrementos tecnológicos você acha que reafirmaria a ideia de que a Terra parece estar ficando menor?


Fonte: SILVA, Edilson Adão Cândido; JÚNIOR, Laércio Furquim. Geografia em rede. Vol 1. São Paulo: Editora FTD, 2016. 

9 de novembro de 2019

Subemprego

Imagem: Reprodução
É todo tipo de trabalho e prestação de serviços remunerados, como o de vendedores ambulantes, guardadores de carros, trabalhadores domésticos sem registro em carteira, boias-frias, etc., que compõem a economia informal, aquela que não aparece nas cifras oficiais, pois não conta com nenhum tipo de registro e não recolhe impostos.
No Brasil, os trabalhadores nessa situação não podem contar com apoio da Previdência Social, nem possuem direitos trabalhistas, como férias, décimo terceiro, etc. Sem registro na carteira, eles não têm direito a FGTS, licença maternidade ou qualquer auxílio do governo em caso de desemprego.

O subemprego também pode ser considerado um trabalho que está abaixo das qualificações do empregado. Pela falta de oferta de empregos para profissionais qualificados, o trabalhador se obriga a ocupar vagas em subempregos.

Geralmente os subempregos têm remunerações muito baixas.

Fonte (livro):
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. Vol. 3. São Paulo: Editora Scipione, 2016.
Fonte (internet):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Subemprego
https://www.significados.com.br/subemprego/

4 de novembro de 2019

Comunicação sem fio

Imagem: Pixabay
Em telecomunicações, as comunicações sem fio (wireless) consistem na transferência de dados e informações sem a utilização de cabos e geralmente é transmitida através de frequência de rádio, infravermelhos, etc. As distâncias podem ser curtas, como a que há entre a televisão e o seu controle remoto ou longas, como a que ocorre nas transmissões de ondas de rádio.

Essa tecnologia foi criada a partir de experimentos de Nikolla Tesla, e possibilitou décadas mais tarde o surgimento de invenções como os celulares, os notebooks, vídeo e outros dispositivos portáteis.
Em 1894, Tesla conseguiu uma transmissão sem fio, e passou a ser considerado um dos maiores engenheiros eletrotécnicos da história da humanidade.

O mundo atual utiliza a tecnologia sem fio na comunicação via satélite (módulo via satélite, internet via satélite, rede interplanetária), infravermelho (controles remotos, lasers, controles de segurança, comunicações de curto alcance), rádio broadcast (rádio AM/FM, rádio de comunicação entre aviões, navios e cidades), wifi (roteadores de WLAN utilizadas nas casas, roteadores de redes internas empresariais, normalmente utilizadas para redes internas de internet), comunicação telefônica (telefones celulares, 3G e 4G de celulares).
Imagem: Reprodução
Fonte:
https://acrediteounao.com/10-grandes-invencoes-humanidade/
https://gizmodo.uol.com.br/como-comecou-essa-historia-de-transmitir-informacoes-sem-fio/
http://www.vanialima.blog.br/2019/07/somos-fisicos-revolucao-wi-fi.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%B5es_sem_fio
"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa