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28 de outubro de 2020

Ideologia

O termo "ideologia" possui vários sentidos, o que torna difícil a conceituação da palavra. O senso comum entende ideologia como um simples conjunto de ideias ou uma realização sobre algo. Na visão clássica, ideologia é uma espécie de ciência capaz de organizar metodicamente e estudar rigorosamente o conjunto de ideias que formam a intelectualidade humana. Na visão crítica, o termo é uma ilusão criada por uma classe para manter a aparente legitimidade de um sistema de dominação.

A filósofa Marilena Chaui assim define a ideologia:

"É um conjunto lógico, sistemático e coerente de representações (ideias e valores) e de normas ou regras (de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar, o que devem valorizar e como devem valorizar, o que devem sentir e como devem sentir, o que devem fazer e como devem fazer. Ela é, portanto, um corpo explicativo, de representações e práticas (normas, regras e preceitos) de caráter prescritivo, normativo, regulador (...)".

Para Marx, a ideologia é a percepção da realidade com base em uma perspectiva sobre ela que vem da classe que tem o monopólio dos meios de produção material e intelectual.

O termo "ideologia" foi usado pela primeira vez no início do século XIX pelo filósofo francês Antoine Destutt de Tracy, em seu livro Fundamentos da Ideologia (1801-1815).


Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/ideologia.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/ideologia.htm

26 de outubro de 2020

O Estado segundo Weber

Utilizamos o conceito de Estado para definir uma forma como as sociedades se organizam no aspecto jurídico, econômico e político.

O sociólogo Max Weber afirmou que o Estado podia ser caracterizado por dois elementos principais: "o aparato administrativo destinado à prestação de serviços e o exercício do monopólio legítimo da força." O que ele queria dizer com isso?

O que significa falar em "aparato administrativo destinado à prestação de serviços"? Weber está se referindo a todo o corpo de funcionários que trabalham nas instituições pertencentes ao Estado, assim como ao conjunto de prédios e repartições públicas, às leis que regem o funcionamento dessas instituições e ainda aquelas que são vigentes em uma determinada nação. Tudo isto forma um "aparato administrativo", com suas normas e rotinas de funcionamento. Como faz parte do Estado, esse aparato precisa estar disponível a todas as pessoas, sem distinção.

Por que "o exercício do monopólio legítimo da força"?

Não basta a existência de uma lei ou norma, para que ela seja de fato obedecida pela maioria da população. É só pensarmos em certas regras presentes no nosso cotidiano, por exemplo, as que são comuns a quem frequenta espaços públicos, "não pise na grama" ou "não jogue lixo na praia". Sem algum tipo de coerção mais efetiva, essas regras não são cumpridas. Há algumas décadas as pessoas fumavam em ambientes fechados, como ônibus, lojas e bares, sem preocupação com quem estava ao seu lado e não queria aspirar a fumaça. Regras mais rígidas foram implantadas, com multas tanto para os estabelecimentos que permitiam este hábito para não perder seus clientes fumantes...como para o fumante. O mesmo vale para a prática de ingerir bebida alcoólica e depois dirigir. Isto foi muito comum, até o momento em que, em função da associação direta entre álcool e acidentes graves de trânsito, elaborou-se uma legislação que passou a punir com rigor os motoristas que bebiam.

Tendo em vista essa conceituação apresentada por Max Weber, é que a aplicação das leis em geral, para que sejam obedecidas por todos, pressupõe algum tipo de coerção por parte do Estado sobre todas as pessoas. Essa coerção é exercida pelo Estado através, num primeiro momento, da legislação; num segundo momento, da força policial. Somente o Estado é "autorizado" a fazer isso; é o Estado que detém o monopólioque não pode ser executado por qualquer outro grupo ou instituição.

O Estado, portanto, é a única instituição social reconhecida por todos como "legítima" no sentido de aplicar a lei ou, se esta não for obedecida, a força.

Segundo Weber, era necessário que o Estado tivesse legitimidade para governar e, assim, exercer o seu poder. A legitimidade do Estado seria dada através das leis elaboradas por suas instituições políticas.

O poder do Estado é definido por Weber como legítimo, exercendo uma forma de dominação legal, pois sua autoridade e seu poder são reconhecidos por aqueles que se submetem a ele, com seu aparato de leis e normas, sustentadas pela burocracia.

Para o sociólogo Julien Freund, estudioso da teoria de Weber, a dominação é a expressão prática e empírica do poder, ou seja, é através da dominação que o poder é exercido de fato. No caso da dominação legal, a desobediência às leis significaria, como reação imediata, a autorização para uso legítimo da força por parte do Estado.

Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

Governo

É uma ação política e administrativa vinculada principalmente ao Poder Executivo. A ação do governo é orientada por um conjunto de programas e projetos, apresentados por um ou mais partidos políticos - no caso das democracias representativas, escolhidos através do voto, durante as eleições. Esses programas e projetos são transformados pelo governo em diferentes políticas públicas (saúde, educação, meio ambiente etc.). As políticas públicas são de caráter periódico, modificando-se de acordo com o grupo de interesses que detém o poder político, naquele momento específico da História.

Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

25 de outubro de 2020

Ciência e senso comum

 Desde que a ciência se estabeleceu como o principal meio de conhecimento dos fenômenos naturais e sociais, sua relação com o senso comum tornou-se objeto de debates. De um lado, estão aqueles que a consideram um conhecimento hierarquicamente superior ao senso comum; de outro, os que consideram complementares os dois tipos de conhecimento.

O sociólogo Pedro Demo defende que a pesquisa é o modo pelo qual se conhece a realidade. A investigação é uma característica fundamental da ciência. Ao comparar o senso comum com a ciência, ele afirma que o primeiro aceita a realidade sem questionamentos nem pesquisas. Ao contrário, a ciência é construída com base em pesquisas metodologicamente fundamentadas.

Paulo Freire

Imagem: Reprodução
Paulo Freire foi um educador e filósofo brasileiro, considerado um dos mais célebres pensadores na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica

Nasceu em pernambucano (1921-1997) e revolucionou a educação ao criar uma pedagogia emancipatória, na qual o educando se liberta das visões naturalizadas pelas classes dominantes e constrói seu aprendizado utilizando a realidade de seu próprio contexto. 

São quase 40 livros publicados, sendo que os mais importantes para compreender a trajetória do filósofo é educador, são as seguintes obras:
* Pedagogia do oprimido
* Educação como prática da liberdade
*Cartas à Guiné-Bissau
* Pedagogia da autonomia

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://novaescola.org.br/conteudo/460/mentor-educacao-consciencia
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/paulo-freire.htm

Boaventura de Sousa Santos

Imagem: Reprodução
Boaventura de Sousa Santos nasceu em Coimbra, a 15 de Novembro de 1940. É Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale (1973) e Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison. É também diretor Emérito do Centro de Estudos Sociais e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa, ambos da Universidade de Coimbra.

É defensor da aproximação entre ciência e senso comum e incentivador da ação dos movimentos sociais como meio de enfrentar crises. De 2011 a 2016 dirigiu o projeto de investigação Alice - espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo.

Tem trabalhos publicados sobre globalização, sociologia do direito, epistemologia, democracia e direitos humanos. Os seus trabalhos encontram-se traduzidos em espanhol, inglês, italiano, francês, alemão, chinês e romeno.

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
http://www.boaventuradesousasantos.pt/pages/pt/homepage.php

Positivismo

Imagem: Reprodução
Corrente de pensamento criada pelo filósofo francês Augusto Comte (1798-1857), o Positivismo está relacionado ao surgimento da Sociologia como ciência. Seu método exige que o investigador assuma uma atitude laica e pragmática na busca dos princípios que governam a vida social, como um físico que procura identificar as leis do mundo natural. O Positivismo defende o princípio de que a ciência é o caminho para o progresso da humanidade e que só se pode afirmar que uma teoria é correta se ela for comprovada por meio de métodos científicos válidos. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX, período em que chegou ao Brasil, tendo exercido significativa influência no país, que expressa em sua bandeira republicana o lema positivista "Ordem e progresso".

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.

Senso comum

O senso comum compreende o conjunto de saberes e práticas produzidos com base nas experiências concretas das sociedades humanas. É construído pela observação e pelo aprendizado diante dos fenômenos cotidianos. É transmitido socialmente aos longo das gerações, em uma ou mais coletividades.

Para o sociólogo, escritor e professor português Boaventura de Sousa Santos, podemos chamar de senso comum aquele conhecimento vulgar e prático que nos orienta cotidianamente.

Na filosofia, o termo é utilizado para explicar as interpretações feitas pelos indivíduos para a realidade que os cercam sem estudos prévios ou provas científicas.

Exemplo de senso comum: 
* Chinelo virado pode matar a mãe.
* Se alguém varrer os teus pés você não vai casar.
* Palma da mão coçando é sinal de dinheiro chegando.
* Se a minha orelha esquentar alguém está falando de mim.

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/senso-comum.htm
https://www.todamateria.com.br/senso-comum/
https://www.stoodi.com.br/guias/dicas/o-que-e-senso-comum/
https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/69440-minha-vo-ja-me-dizia-30-supersticoes-e-crendices-populares.htm

22 de outubro de 2020

Zygmunt Bauman

 

Imagem: Reprodução

Zygmunt Bauman foi um filósofo, sociólogo, professor e escritor polonês, considerado um dos maiores intelectuais do século XXI. Ao estudar as interações humanas na Pós-Modernidade, percebeu que “as relações escorrem pelo espaço entre os dedos”. Suas análises concentraram-se especialmente na fluidez das relações humanas e no sentimento generalizado de medo.

Bauman deixou ideias fundamentais para o entendimento do nosso comportamento pós-moderno e cunhou novos conceitos: modernidade líquida, amor líquido, medo líquido.

Cinco livros essenciais para entender o pensamento de Zygmunt Bauman:
Modernidade líquida
A Cultura no Mundo Líquido Moderno
Sobre Educação e Juventude
Babel — Entre a Incerteza e a Esperança
A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós?

Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/zygmunt-bauman.htm
https://medium.com/blog-do-book4you/5-livros-para-entender-o-pensamento-de-zygmunt-bauman-morto-aos-91-anos-3f3c26bb212e

21 de outubro de 2020

Manuel Castells

 

Imagem: Reprodução

Manuel Castells é um sociólogo espanhol, considerado um dos mais renomados do mundo. Doutor em sociologia pela Universidade de Paris, é professor nas áreas de sociologia, comunicação e planejamento urbano e regional e pesquisador dos efeitos da informação sobre a economia, a cultura e a sociedade em geral. Principal analista da era da informação e das sociedades conectadas em rede, sua obra virou referência obrigatória na discussão das transformações sociais do final do século XX.

É autor de dezenas de livros traduzidos para diversos idiomas, com destaque para a trilogia A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura, composta por A sociedade em rede, O poder da identidade e Fim de milênio. Castells se transformou em uma referência internacional da nova sociedade da informação. Seu livro Redes de indignação e esperança relaciona as novas formas de comunicação da sociedade em rede, apontando caminhos para que a autonomia comunicacional das telas se expanda à realidade social como um todo.

Fonte: https://www.fronteiras.com/conferencistas/manuel-castells
https://brasil.elpais.com/brasil/2020/01/05/internacional/1578248195_961148.html

A Sociologia e a interpretação da sociedade atual

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
As transformações no mundo acontecem de forma contínua e intensa. A política, a economia e as diferentes formas de organização social, como a família, a escola e o trabalho rapidamente produzem novas relações ou rearranjam as antigas. Testemunhas do progressivo avanço das tecnologias de comunicação (especialmente a telefonia celular e a internet), as últimas décadas podem ser caracterizadas por um conjunto de transformações que alteraram imensamente a estrutura social no mundo. As mudanças pelas quais passam a economia, a cultura, a política e todos os campos da vida social têm sido cada vez mais objeto de pesquisas e a ciência tem sido convocada a estudar os impactos dessas novas realidades formadas por elementos como novas relações de trabalho, novos arranjos políticos e novas representações e de diferentes aspectos da sociabilidade, como a criminalidade violenta e o consumismo.

Uma das interpretações dessas transformações é a do sociólogo espanhol Manuel Castells. Tendo como base uma revolução causada pelo avanço das tecnologias da informação, produziu-se uma remodelação cada vez mais rápida das estruturas sociais. Partindo dessa constatação, Castells mostra que as economias do mundo estabeleceram um novo processo de interdependência global, que transformou radicalmente as antigas formas de relação entre a economia, o Estado e a sociedade. Segundo ele, todas as alterações de caráter econômico, cultural e político devem ser analisadas em relação às transformações tecnológicas de informação, pois o fluxo de informações, o modo pelo qual elas se propagam e estabelecem diferentes redes sociais, altera os padrões de reprodução social, resultando em constantes mudanças no tecido social (termo usado atualmente para se referir aos aspectos sociais de uma cidade). A partir dessas transformações, Castells vê surgir um novo processo social, que ele chamou de sociedade em rede ou sociedade informacional.

A outra análise da sociedade atual foi feita pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que destaca o fato de vivermos uma época na qual os parâmetros que construíram a modernidade com base nos ideais emancipatórios da Revolução Francesa perderam sua eficácia. As expectativas de construção de um mundo justo e seguro falharam, e a sociedade hoje vive as consequências de uma realidade de incertezas. A falta de estabilidade no emprego e a incapacidade dos Estados de corrigir essa insegurança são responsáveis pelos principais  problemas sociais da atualidade. Como a política não é mais capaz de centralizar as demandas sociais, os indivíduos são impedidos ou se abstêm de decidir coletivamente sobre a organização da sociedade. Em lugar do poder de decidir sobre as leis que devem seguir, foi criado um espaço vazio que favorece as soluções individuais e enfraquece a vida coletiva nas sociedades atuais. A forma como esse espaço será preenchido é uma questão tanto para a sociologia quanto para o futuro de cada sociedade.

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.

18 de outubro de 2020

Estado

O Estado pode ser conceituado como "a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território". O território é o limite dentro do qual o Estado exerce o seu domínio soberano sobre pessoas e bens e compreende a extensão delimitada pelas fronteiras, as águas territoriais, o ar e o subsolo correspondentes.

O Estado, portanto, é uma entidade jurídica que exerce soberania sobre o território e é reconhecido por outros Estados. Existem Estados constituídos por um único país, como o Brasil, e Estados formados por mais de um país, como o Reino Unido, formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

Todos nós fazemos parte do Estado; somos todos cidadãos, com determinados direitos e deveres. Todas as instituições sociais (a família, a escola, a religião, as empresas, os clubes etc.) estão inseridas e são reconhecidas, legalizadas ou registradas no Estado. O que diferencia o Estado das outras instituições é o seu caráter universal dentro de uma determinada sociedade, isto é, todos os indivíduos, independentemente de pertencerem ou não a outra instituição, são membros do Estado. Entretanto, pelo seu caráter universal e público, as ações que os indivíduos realizam, em nome do Estado, devem ser também de caráter público, sem discriminar ninguém ou nenhuma outra instituição.

O Estado brasileiro é uma organização política administrativa que tem ação soberana, ocupa um território, é dirigido por um governo próprio e se institui pessoa jurídica de direito público internacionalmente reconhecida.

Dentre as ações e instituições que são tarefas do Estado destacam-se: garantir a produção e distribuição de produtos essenciais à sobrevivência da população (energia elétrica, água potável, serviços de saúde pública); promover o desenvolvimento econômico, social, político e cultural (através, por exemplo, da rede de escolas públicas e os seus conteúdos curriculares); garantir os direitos e exigir os deveres de seus cidadãos, além de julgar possíveis conflitos de interesses entre pessoas, grupos ou instituições.

Para a realização desses objetivos públicos, os Estados modernos se organizam através da distribuição de poderes em três esferas, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, para o exercício das funções de elaborar as leis, administrar o interesse público obedecendo às leis e estabelecer a justiça no convívio social.

Fonte: 
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço brasileiro natureza e trabalho. São Paulo: Ática, 2017.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/o-estado-brasileiro.htm

17 de outubro de 2020

Globalização e exclusão

 

Imagem: de Frantisek Krejci por Pixabay

Após a Segunda Guerra Mundial, grande parte dos países desenvolvidos difundiram os princípios do Estado de bem-estar social. Esses países capitalistas implantaram políticas de previdência social e pleno emprego e buscaram promover a inclusão social. Essas medidas não contemplavam a efetiva distribuição de riquezas, mas visavam garantir as condições mínimas de sobrevivência aos indivíduos. Com isso também almejavam o crescimento econômico, uma vez que uma parcela maior da população seria consumidora.

Nas últimas décadas do século XX, os princípios neoliberais foram incorporados em vários países ao redor do mundo. O Estado passou a intervir cada vez menos na economia e a reduzir seus gastos com políticas sociais. Isso resultou em condições estruturais que ampliaram a exclusão social e fizeram com que esse conceito ganhasse destaque, refletindo uma preocupação não apenas dos países em desenvolvimento, mas também dos países desenvolvidos. O conceito de inclusão social ultrapassou o âmbito da pobreza, incorporando com maior vigor o discurso das diversas minorias. 

A globalização beneficiou poucos países e aprofundou os contrastes entre as nações em desenvolvimento e as nações desenvolvidas. Os países menos desenvolvidos estão definitivamente excluídos da globalização: neles há fome, miséria, analfabetismo e vulnerabilidade econômica. 

A globalização e a revolução tecnológica não foram suficientes para proporcionar condições e mecanismos para eliminar a pobreza, erradicando as condições de miséria. Os avanços da medicina não chegaram igualmente a todas as pessoas, em todos os países do globo, que ainda hoje enfrentam problemas decorrentes de doenças que poderiam ter sido erradicadas. Igualmente, o atual nível de desenvolvimento dos meios de comunicação não está acessível a todos, ficando excluídas as populações que mais necessitam ampliar seu nível educacional e cultural e melhorar seu nível de qualificação profissional.

Não existe uma categoria única de excluídos. Entre eles estão os desempregados, os subempregados, os inválidos, as pessoas com deficiência, as vítimas de preconceito racial, as mulheres e as crianças na maior parte dos países, os migrantes e os refugiados, as minorias étnicas e religiosas e todos os pobres, que não tem acesso à moradia, à alimentação saudável, ao trabalho, à educação e à informação de qualidade.

Fonte: 
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Lazaro Anselmo; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
SILVA, Angela Correa da; OLIC, Nelson Bacic; LOZANO, Ruy. Geografia contextos e redes. São Peulo: Moderna, 2016.
https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/exclusao-social
https://www.preparaenem.com/sociologia/exclusao-social.htm
https://www.todamateria.com.br/exclusao-social/

Estado de Bem-Estar Social

Imagem: Reprodução

O Estado de bem-estar social (Welfare State) foi o modelo adotado pelas grandes economias liberais na primeira metade do século XX. A crise capitalista de 1929, o desemprego, a inflação, o crescimento do movimento operário, a emergência dos regimes antiliberais e a competição entre as grandes corporações monopolistas foram alguns dos fatores que contribuíram para a sua emergência.

O Estado de bem-estar social é um modo de organização no qual o Estado se encarrega da promoção social e da economia. Visa reduzir as desigualdades sociais decorrentes do capitalismo para promover um modo de vida que leve uma condição mais humanitária às classes trabalhadoras e às camadas mais pobres da população.

É responsável, também, pela regulamentação das leis trabalhistas, pelo cumprimento das jornadas de trabalho definidas, pagamento de salário mínimo, garantia de leis trabalhistas e pelo direito à previdência social.

A base intelectual dessa modalidade de Estado é a obra Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, publicada pelo economista britânico John Maynard Keynes em 1936. Contrariando a doutrina liberal, Keynes afirmava que o Estado deveria intervir no domínio econômico para garantir o pleno emprego, estimular a produção e o consumo, mediar as relações de trabalho e ampliar a política de assistência.

No âmbito político, o Estado de bem estar-social representou uma resposta das economias capitalistas para criar uma sociedade menos vulnerável às crises do sistema e aos apelos do socialismo, que passaram a crescer em todo o mundo com o advento da Segunda Guerra Mundial. Seus defensores afirmavam que um Estado que atendesse às reivindicações por direitos de cidadania da classe trabalhadora produziria funcionários mais dispostos e empenhados.

Além dos Estados Unidos, países europeus como Noruega, Suécia e Dinamarca foram os primeiros a adotar o modelo do Estado Social. Esses países aparecem anualmente na lista da ONU como os que apresentam melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Assim, a assistência médico-odontológica e a educação gratuita e de bom nível podem ser consideradas formas de salário indireto e também uma maneira de distribuir renda.

No final de 1960, o Estado de bem-estar social começou a sofrer críticas diante da inadequação dos gastos públicos com a previdência, causados pelo aumento do desemprego e pela recessão econômica mundial, que culminou na crise do petróleo de 1973.

A partir da década de 1980, a elevação do déficit público e a consequente diminuição da capacidade de investimento levaram a uma profunda reestruturação do papel do Estado, no que se refere às suas atribuições em termos de benefícios sociais. É o caso dos Estados Unidos e do Reino Unido, que optaram, na década de 1980, pelo Estado neoliberal. Houve uma redução nas atribuições do Estado, com privatizações de atividades produtivas, acompanhada de cortes de gastos públicos em setores como saúde, educação, seguridade social (seguro desemprego, por exemplo).

Na década de 1990, boa parte da União Europeia tinha realizado reformas em seu sistema de seguridade social, em razão da busca de maior competitividade e da redução do déficit público elevado.  Apesar das críticas, esse modelo permanece na Dinamarca, na Noruega e na Suécia.

Fonte: 
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Lazaro Anselmo; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://www.infoescola.com/sociedade/estado-de-bem-estar-social/
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/estado-do-bem-estar-social-historia-e-crise-do-welfare-state.htm
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/estado-bem-estar-social.htm
https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/estado-de-bem-estar-social
https://www.todoestudo.com.br/sociologia/estado-de-bem-estar-social
http://educacao.globo.com/sociologia/assunto/organizacao-social/estado-do-bem-estar-social.html

Neoliberalismo

Chamamos de neoliberalismo a ideologia que serve de suporte para a expansão da atual globalização capitalista.

É uma doutrina econômica que se desenvolveu desde o final dos anos 1930 e foi colocada em prática nos Estados Unidos, sob a presidência de Ronald Reagan (1981-1988), e no Reino Unido, sob o governo da primeira-ministra Margaret Thatcher (1979-1990). Especialmente na década de 1990, as políticas neoliberais se disseminaram através de organismos controlados por esses países, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, e atingiram os países em desenvolvimento.

O neoliberalismo busca aplicar os princípios do liberalismo clássico ao capitalismo atual. Visando disciplinar a economia de mercado, aceitam uma intervenção mínima do Estado para assegurar a estabilidade monetária e a livre concorrência. Também defendem a abertura econômica/financeira e a privatização das estatais.

A teoria neoliberal nasceu como uma reação ao Estado intervencionista e ao Estado do Bem-Estar Social (Welfare State). Para os neoliberais, o objetivo do capitalismo estava ameaçado pelas reivindicações trabalhistas (sindicatos) e pelos gastos sociais. Cortar os gastos e manter uma taxa de desemprego que diminuísse o poder dos sindicatos foram  algumas soluções apontadas para resolver o problema.

Entre as medidas propostas pelo neoliberalismo destacavam-se as recomendações direcionadas aos países pobres, incentivando redução de impostos, abertura econômica para importações, entrada livre de capital estrangeiro, privatizações e desregulamentação da economia. Todas essas medidas reduziam as barreiras ao fluxo de mercadorias e capitais, favorecendo os países desenvolvidos.

O neoliberalismo beneficiou principalmente os países desenvolvido e suas corporações transnacionais. Entretanto, alguns países emergentes, como a China, a Índia, os Tigres Asiáticos, o México e o Brasil, também receberam investimentos produtivos e aumentaram sua participação no comércio mundial.

A ampliação dos fluxos de capitais, principalmente o financeiro, e a falta de controle estatal sobre o mercado acabou levando o capitalismo a uma grave crise econômica  em 2008/2009.

Ideias inspiradas no liberalismo clássico dos séculos XVIII e XIX

* Maior liberdade de comércio entre as nações (fim de barreiras alfandegárias).

* Redução do aparato do Estado e da sua intervenção na atividade econômica (política orientada para as privatizações de empresas estatais).

* Redução da autonomia e da soberania política e econômica dos países periféricos em favor dos países capitalistas centrais, das suas instituições políticas (Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN)) e econômicas (FMI, BIRD, OMC), das grandes corporações multinacionais/transnacionais e do capital financeiro internacional.

Fonte:
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 2 ed. São Paulo: Scipione. 2017.
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

Exclusão social

Imagem: Reprodução

A exclusão social se caracteriza pela exclusão ou afastamento de grupos do sistema socioeconômico predominante. A ideia de exclusão social é geralmente usada em referência a uma forma específica de desigualdade.

As pessoas ou grupos acabam sendo separados do convívio com o restante da sociedade geralmente por questões financeiras. O grupo excluído é também chamado de minoria social e não tem acesso a bens e serviços básicos e direitos essenciais ao seu desenvolvimento pleno que possam garantir condições de vida digna, defendida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Esse problema social foi impulsionado pela estrutura do sistema econômico e político capitalista.

Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos.

A exclusão social pode acontecer pelas condições financeiras, religião, cultura, sexualidade, escolhas de vida, dentre outros.

Fonte(Web):
https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/exclusao-social
https://www.preparaenem.com/sociologia/exclusao-social.htm
https://www.todamateria.com.br/exclusao-social/

10 de outubro de 2020

A acumulação de capital

Imagem: Reprodução

O capitalismo se tornou o modo de produção dominante a partir da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra. Entretanto, para o capitalismo vigorar fazia-se necessário uma fase anterior de "acumulação de capital".

Para entender melhor como surgiu o capitalismo, seu principal estudioso, Karl Marx, se debruçou em pesquisas para entender o que aconteceu na Inglaterra pré-capitalista. Marx chamou esse processo de acumulação primitiva de capital. Como as relações de produção pré-capitalistas na Inglaterra eram agrícolas, a única forma de transformar essas relações em capitalistas era através da apropriação da terra pela burguesia, com a total expulsão dos camponeses que lá viviam. E foi isso o que aconteceu: os camponeses foram expropriados, separados da sua terra, e não lhes restou nada mais que não fosse a venda da sua força de trabalho. Se antes os camponeses eram proprietários, agora eram trabalhadores assalariados. E foram esses trabalhadores que serviram de mão de obra para as indústrias que surgiam. O capitalismo invade também o campo, onde os ex-proprietários foram empregados depois como assalariados. Segundo Marx, esse foi o segredo da acumulação primitiva de capital: transformar radicalmente (revolucionar), à força, as relações de produção até então existentes no campo.

Considerando como elemento principal do processo de acumulação primitiva de capital, com todas as mudanças radicais e violentas que ela proporcionou, podemos dizer que o capital prosseguiu em seu processo de acumulação com a multiplicação de centros comerciais existentes nas cidades (burgos), mas também através da expansão do "capital mercantil", com a apropriação da riqueza existente em outras terras do planeta, através das grandes navegações e "descobrimentos". Assim, o processo de acumulação de capital foi se desenvolvendo através do financiamento de corsários e piratas, do tráfico de escravos (principalmente africanos), com o empréstimo de dinheiro a juros por intermédio da organização de instituições bancárias, com o pagamento de salários miseráveis aos artesãos empregados nas manufaturas e vencendo guerras, comerciando e impondo tratados a países fracos.

Depois da indústria, o comércio passou a ser a atividade mais importante da burguesia inglesa. Os comerciantes ingleses e seus navios estavam por toda a parte do mundo. Quanto maior a atividade comercial, maior era a concorrência. Cada mercador inglês queria abater seus concorrentes e, para vencer os competidores, era preciso oferecer produtos mais baratos. Como baixar cada vez mais os custos da produção?

A resposta estava no uso de máquinas. Desse modo, foi a pressão do mercado que levou a burguesia inglesa a aprimorar suas máquinas e a instalar mais indústrias.

Mas a burguesia necessitava de operários para instalar suas indústrias e fazê-las operar. Para encontrá-los era necessário ir ao campo, onde estava a mão de obra.

O aparecimento do capitalismo estimulou os fazendeiros a investir capital na produção agrária. Para desenvolver as áreas de cultivo, ocuparam terras onde habitavam os camponeses e forçaram as famílias a ficar em pequenos territórios cercados. Eram milhares de camponeses e os terrenos eram tão pequenos que os camponeses quase não tinham como continuar a viver ali. A saída foi buscar trabalho e moradia em outro lugar. Assim, as cercas expulsaram as pessoas do campo. Restou ir para as cidades. Para não morrer de fome, eles aceitavam trabalhar por horas e horas nas fábricas, recebendo salários miseráveis.

O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, já que os sapatos e os tecidos eram confeccionados mais rapidamente e de uma maneira mais barata numa fábrica do que nas oficinas dos artesãos, sapateiros ou tecelões. Por isso, os artesãos também tiveram de buscar emprego de operários nas fábricas. Havia, então, uma multidão de homens e mulheres que não conseguiam mais viver por conta própria. Agora era trabalhar para um patrão em troca de um salário. Formou-se, assim, uma nova classe social chamada proletariado.

Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

31 de julho de 2020

Surgimento da Sociologia

Imagem de OpenClipart-Vectors por Pixabay
A sociedade contemporânea tem sido capaz de produzir explicações distintas sobre si mesma, graças ao papel exercido pelo conhecimento científico. Se pensar sobre a vida social é uma das características das sociedades humanas, com a Sociologia esse pensar adquire rigor e perspectivas singulares, que se expressam na construção de diferentes métodos de análise sobre o mundo.

A busca por uma interpretação científica da realidade social

O estabelecimento da ciência como principal meio de explicar o mundo influenciou o modo como a realidade passou a ser interpretada a partir do século XIX. As transformações sociais, políticas e econômicas que culminaram com as revoluções Industrial e Francesa trouxeram para seus contemporâneos novos dilemas a serem enfrentados.

Revolução Industrial alterou profundamente as relações sociais e econômicas vigentes na época. Em lugar da tradicional economia agrária, criou-se uma realidade cada vez mais urbanizada, com o aumento da população nas cidades e o rápido desenvolvimento do comércio e da industrialização. Surgiu também a mão de obra barata e abundante, formada principalmente pelos camponeses que haviam sido expulsos das antigas propriedades comunais, convertidas agora em propriedades privadas. Essa mão de obra foi submetida a condições de trabalho insalubres e jornadas exaustivas. O trabalho nas fábricas era realizado sem nenhum tipo de proteção contra doenças ou acidentes, sem salário fixo nem garantia de emprego configurando um quadro social de exploração e desigualdade.

A Revolução Francesa transformou radicalmente tanto o saber sobre a política quanto a sua prática. A classe burguesa ascendente, impedida pela aristocracia de governar durante o Antigo Regime, impôs uma nova maneira de ver o mundo, fundamentada na razão e na observação da realidade. Com base nessa nova compreensão, foram construídos princípios éticos de ação, que se transformaram na bandeira revolucionária: liberdade, igualdade e fraternidade.
Entretanto, a sociedade surgida sob o novo regime, liberal e de economia capitalista, não alcançou seus objetivos e ficou distante do ideal que havia sido forte o suficiente para ajudar a derrotar a antiga aristocracia.

A histórica desigualdade entre nobres e plebeus assumiu nova forma: a desigualdade entre proprietários (donos de terras e fábricas) e não proprietários (trabalhadores rurais e operários). O fim da servidão estabeleceu uma liberdade apenas formal, que desapareceu diante da necessidade de sobrevivência dos trabalhadores, aos quais era pago um pequeno salário em troca de jornadas de trabalho de até 16 horas de trabalho diárias. A exploração dos senhores sobre os servos, que deveria ser eliminada pela fraternidade, ressurgiu então na forma do lucro, que enriquecia poucos à custa do trabalho de muitos.

Foi nesse contexto histórico que surgiu a Sociologia. No momento em que os problemas da sociedade passaram a ser percebidos e que ela se tornou objeto de estudo científico. Augusto Comte foi o primeiro a definir a Sociologia como a ciência que busca a compreensão dos fundamentos das relações sociais. Naquele contexto, ela foi pensada como técnica para encontrar soluções para os problemas da sociedade industrial europeia, principalmente o da desigualdade, que tantos riscos causava à ordem social capitalista e burguesa.

Fonte: SILVA, Afrânio. Sociologia em movimento.São Paulo: Moderna, 2016.

Atividades de reflexão do conteúdo

➧Leia o texto com atenção, sublinhando as palavras que não compreendeu e buscando o seu significado na internet.

➧Assista ao vídeo


➧A partir do texto e do vídeo, elabore um mapa mental.

26 de julho de 2020

Direitos Humanos em quadrinhos


Imagem: UPA UNICAMP
Direitos humanos são direitos que todas as pessoas têm. Sem importar o sexo, a raça, a etnia, o idioma, a religião ou qualquer outra condição. Esses direitos são para todos humanos que vivem na Terra. 

O artigo segundo da Declaração afirma que somos todos iguais na comunidade humana, “sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição”. 

Imagem: UPA UNICAMP
Os governos devem utilizar os direitos humanos como guia para cuidar da sociedade, já que a declaração estabelece as obrigações dos governantes frente a todos os humanos, a fim de proteger seus direitos e suas vidas.

Como garantir que os direitos humanos sejam cumpridos?

Quando se fala em direitos humanos, deve haver a participação de todos e não apenas dos governantes. É preciso que haja o empenho de todos nós para que esses direitos sejam cumpridos.
"Quando você ver alguém sendo desrespeitado, você pode intervir, pois faz parte dos direitos desta pessoa ser tratada com respeito e sem preconceitos. Enfim, em todas as situações do dia a dia você pode fazer valer os direitos humanos, não só na vida dos outros, mas na sua também." (Eu Sem Fronteira)
Imagem: UPA UNICAMP
Fonte: 
https://www.eusemfronteiras.com.br/o-que-voce-faz-para-garantir-o-cumprimento-dos-direitos-humanos/
http://www.upa.unicamp.br/direitos-humanos-armandinho-na-upa

18 de julho de 2020

Cidadania e sociologia

A definição do conceito de cidadania tal qual conhecemos hoje, está ligada ao direito e é estabelecida pela Constituição Federal. Podemos definir cidadania como o conjunto de direitos e deveres civis, sociais e políticos de um povo que habita um determinado território.

Entende-se a  cidadania como prática dos direitos e deveres de um indivíduo em um Estado, independente de sua condição social, etnia ou religião. Entre os principais direitos, podemos citar o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. E um dos principais deveres do cidadão: escolher, através do voto, os governantes do país (presidente da República, deputados federais e estaduais; senadores, prefeitos, governadores de estados e vereadores).

A cidadania já era tema de destaque entre os filósofos das repúblicas da Grécia e Roma antigas, mas desapareceu durante o período feudal, sendo reavivado com o renascer da republica no Renascimento.

O conceito de cidadania tem um significado mais amplo no qual cidadania é mais do que reivindicar direitos e cumprir deveres, é um modelo de vida democrática enraizado na reflexão sobre a vida social e a solidariedade. Assim ser cidadão é ser membro pleno e igual da sociedade, com o direito de participar no processo político.

 “Boas pessoas não precisam de leis para obrigá-las a agir responsavelmente, enquanto as pessoas ruins encontrarão  um modo de contornar as leis.” (Platão)

Cidadania: garantia ou sonho?
Imagem: Reprodução
A cidadania como meio para alcançar a felicidade humana
“Não dê esmola. Dê cidadania”
Imagem: Reprodução

Cidadania e quarentena

Imagem: Reprodução

Mafalda: uma visão crítica
Imagem: Reprodução

Atividade de reflexão do conteúdo

Analise e escreva as suas reflexões sobre a charge ou quadrinho que ilustram o texto:

- Cidadania: garantia ou sonho?

- A cidadania como meio de alcançar a felicidade humana

- Cidadania e quarentena

- Mafalda: uma visão crítica

Fonte:
https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/cidadania
http://grupodefilosofiat33.blogspot.com/
https://descomplica.com.br/artigo/aprenda-com-as-tirinhas-da-mafalda-sobre-politica-e-cidadania/453/
https://blogdoaftm.com.br/charge-quarentena-3/

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa