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19 de novembro de 2020

Racismo

Teoria que sustenta a superioridade de certas "raças" em relação a outras, preconizando ou não a segregação racial ou até mesmo a extinção de determinadas minorias.

O racismo mata, extermina, produz o ódio entre grupos e indivíduos.

O racismo, portanto, é o conceito pretensamente universal de classificação dos seres humanos, pois foi elaborado a partir de um centro europeu. Construído com bases em pseudofilosofias e pseudociências, o racismo nega a capacidade de razão do outro fora da Europa. Esse movimento teórico tem característica etnocêntrica, em que o outro é estigmatizado e racializado nas ciências sociais - influenciando e gerando consequências para a compreensão do senso comum, até a metade do século XX.

No pós-guerra, ganham força os conceitos de "etnia" ou "etnicidade", para definir um conjunto de indivíduos ou grupos identificados pela língua, mitos, religiosidade e instituições comuns. Posteriormente, inventa-se o termo "fator étnico", denominando aqueles grupos de imigrantes que se encontram à margem das sociedades ou que são reservas econômicas de trabalhadores fora da cadeia de produção dominante. Em tempos de globalização, o termo etnicidade vem denominando também as manifestações regionalistas como as de tibetanos, croatas, catalães etc.

As formas sutis de racismo se manifestam através de piadas, brincadeiras, olhares, frases de duplo sentido, etc. A forma aberta se expressou na história do regime de apartheid da África do Sul até inícios dos anos 1990; em alguns estados do sul dos Estados Unidos, como o Mississipi e o Alabama, cujas constituições segregavam negros; na repressão a árabes palestinos pelos judeus israelenses e no extermínio de judeus na Alemanha nazista.

No Brasil, presenciamos diversas formas de racismo, preconceito e discriminação, majoritariamente contra os negros. elas se expressam nos índices estatísticos de escolaridade de jovens negros, que se apresentam inferiores aos brancos; no nível de renda, em que negros e negras recebem os menores salários na mesma profissão em relação aos brancos; nos bairros pobres onde moram, que são menos assistidos pelo Estado, ao contrário, por exemplo, de bairros luxuosos, onde moram predominantemente brancos.

Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

Discriminação

As diferentes formas de preconceito podem levar a várias práticas de discriminação (socioeconômica, religiosa, cultural, étnica, etária, relacionadas à orientação sexual, ao gênero, à nacionalidade etc.). Discriminação é a negação da igualdade de tratamento transformada em ação concreta. Ocorre por agentes diversos - indivíduos, grupos e instituições - e pode ser, na maioria das vezes, observável e mensurável. Embora se caracterizem como fenômenos sociais distintos, a discriminação e o preconceito estão inter-relacionados no convívio social.

Discriminação é a atitude ou o tratamento diferenciado em relação a outra pessoa e que acaba por prejudicá-la. Discriminar é estabelecer algum tipo de distinção que generalizada contra determinado grupo ou indivíduo no convívio social, pode levá-los a marginalização ou à exclusão, isto é, à estigmatização e ao isolamento social.

É a conduta de transgredir os direitos de uma pessoa, baseando-se em raciocínio sem conhecimento adequado sobre a matéria, tornando-a injusta e infundada.

A discriminação promove, baseada em certos preconceitos, a separação de grupos ou pessoas. Pode ocorrer em diversos contextos, porém o contexto mais comum é o social, através da discriminação social, cultural, étnica, política, religiosa, sexual ou etária, que podem, levar à exclusão social e muitos outros .

A discriminação pode ser direta e visível, passível de reprovação imediata, mas também pode ocorrer de maneira indireta e sutil, de difícil percepção. É o caso dos anúncios para recrutamento de funcionários em empresas que solicitam o currículo do candidato acompanhado de fotografia. Assim, a empresa pode selecionar candidatos por sua aparência, abrindo espaço para discriminação étnica, social etc. Já a discriminação direta pode ser comprovada quando verificamos que para uma mesma função os salários variam de acordo com o sexo e a cor ou "raça".

A discriminação racial corresponde ao ato de apartar, separar, segregar pessoas consideradas racialmente diferentes, partindo do princípio de que há raças "superiores" e "inferiores" - o que ficou definitivamente comprovado pela ciência que não existem. Nós, seres humanos, fazemos parte de uma única espécie - o Homo sapiens.

Fonte:
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Discriminação

18 de novembro de 2020

Preconceito

Conceito ou opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; julgamento ou opinião formada sem levar em conta os fatos que o contestem. Trata-se de um pré-julgamento, isto é, já previamente julgado.

É um julgamento ou ideia superficial, sem exame crítico e sem imparcialidade. Sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância. O preconceito pode ocorrer para com uma pessoa ou um grupo de pessoas de determinado gênero, crenças, valores, classe social, idade, deficiência, religião, identidade de gênero, raça/etnia, língua, nacionalidade, ocupação, educação, entre outras.

Preconceitos são atitudes negativas e desfavoráveis contra uma pessoa, um grupo, um povo ou uma cultura diferente daqueles que os manifestam. fundamentadas em estereótipos negativos - generalizações superficiais e depreciadora do outro -, tais atitudes servem de base para julgamentos prévios.

A legislação considera crime qualquer forma de preconceito. Contudo, persistem na sociedade brasileira preconceitos relacionados a diferentes aspectos sociais, quase imperceptíveis por serem socialmente naturalizados - isto é, aceitos como naturais, comuns e permanentes - e por estarem profundamente enraizados no cotidiano das práticas culturais.

O preconceito se expressa na sociedade, mas não necessariamente segrega ou discrimina.

Fonte:
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://languages.oup.com/google-dictionary-pt/
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/o-que-e-sociologia/o-que-e-preconceito.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito

17 de novembro de 2020

Desigualdades na etnia: racismo e preconceito

Imagem: Reprodução

Existe uma grande diversidade étnica, religiosa e cultural entre os povos da Terra. No entanto, a intolerância propicia inúmeras situações de violência e a opressão de certos grupos sobre outros. 

Essa intolerância muitas vezes está fundamentada no racismo, na crença ou na presunção de certos indivíduos de se considerarem superiores aos representantes de outras etnias.

O racismo pode se manifestar de várias formas: pelo preconceito, uma ideia ou opinião preconcebida, um sentimento desfavorável; pela discriminação ou pelo tratamento diferenciado; pela segregação expressa na separação física; pelo molestamento, por meio de ataques físicos ou verbais; pelo genocídio, que implica dizimação de grupos étnicos.

O preconceito étnico também se manifesta com base na cor da pele, pela discriminação de "não brancos". Os negros foram o grupo mais atingido por esse sentimento.

Entre os países onde as manifestações do preconceito contra negros foram mais radicais e violentas, podemos citar principalmente os Estados Unidos e a África do Sul. Mas no Brasil esse tipo de racismo também foi significativo e deixou suas marcas.

O intenso fluxo de migrações internacionais ocorrido na década de 1990 agravou outro tipo de intolerância: a xenofobia, ou seja, aversão a outras culturas ou etnias. Essa intolerância e hostilidade a grupos de imigrantes estrangeiros pode, muitas vezes, chegar à agressão física. Os latinos são notadamente discriminados nos Estados Unidos e na União Europeia, onde também são discriminados imigrantes africanos, turcos, do Leste europeu e Leste da Ásia. A partir de 2015, passaram a fazer parte desse grupo os refugiados de países em guerra no Oriente Médio, principalmente sírios. Outra forma de discriminação, que muitas vezes está associada ao racismo e à xenofobia, é a homofobia ou aversão a homossexuais.

Racismo, xenofobia ou homofobia, seja qual for o nome que a intolerância, o ódio e o preconceito recebam, são inadmissíveis em qualquer época, principalmente na sociedade do século XXI. 

Desigualdades e diferenças sociais, econômicas, de gênero, de etnia, de orientação sexual e de religiões, tão presentes na sociedade global, nos levam ao conceito de tolerância, essencial para que o mundo se torne um lugar melhor.

Todos os anos, a intolerância causa conflitos e tragédias que tiram milhares de vidas em vários países. Por isso é importante que o respeito à diversidade seja exercitado em todos os lugares, desde as pequenas comunidades, para atingir o mundo como um todo.

Em 1995, a Organização das Nações Unidas para Educação e Cultura (Unesco) redigiu a Declaração de Princípios sobre a Tolerância para despertar e valorizar esse sentimento nas sociedades.

Vale lembrar que as diferenças são fundamentais para o pluralismo e o enriquecimento do patrimônio cultural dos povos.

Fonte: ALMEIDA, Lúcia Marina; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Fronteiras da globalização: o espaço geográfico globalizado. São Paulo: Ática, 2017.


Atividades

1. Pesquise em sites jornalísticos, notícias ou reportagens que representem situações relacionadas a um dos tipos de preconceitos abordado no texto. Faça um resumo da reportagem apresentando a manchete da notícia e o fato ocorrido que caracterizou tal situação preconceituosa. Coloque a fonte de consulta (site pesquisado).


12 de novembro de 2020

ONU Mulheres

A Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, também conhecida como ONU Mulheres é uma entidade das Nações Unidas destina-se a promover a empoderamento de mulher e igualdade de gênero. 
  • Chefe: Phumzile Mlambo-Ngcuka.
  • Fundador: Assembleia Geral das Nações Unidas.
  • Fundação: julho de 2010.
  • Subsidiária: UN Women Iceland.
  • Organização matriz: Organização das Nações Unidas.
A ONU Mulheres foi criada para unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres. Segue o legado de duas décadas do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM) em defesa dos direitos humanos das mulheres, especialmente pelo apoio a articulações e movimento de mulheres e feministas, entre elas mulheres negras, indígenas, jovens, trabalhadoras domésticas e trabalhadoras rurais. São seis áreas prioritárias de atuação:
  • liderança e participação política das mulheres;
  • empoderamento econômico;
  • fim da violência contra mulheres e meninas;
  • paz e segurança e emergências humanitárias;
  • governança e planejamento;
  • normas globais e regionais.
A Entidade tem sede Nova York, nos Estados Unidos. Possui escritórios regionais e em países da África, Américas, Ásia e Europa. Nas Américas e Caribe, o escritório regional está situado no Panamá. No Brasil, o escritório opera em Brasília.
Luiza Carvalho é diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe.
Imagem: http://www.onumulheres.org.br/


Fonte: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/ONU_Mulheres
http://www.onumulheres.org.br/

Desigualdades entre gêneros

Imagem: Reprodução

A dinâmica social, política e econômica da atualidade é caracterizada por grandes desigualdades que preocupam a comunidade internacional. Diminuir as desigualdades entre gêneros é, entre outras formas de desigualdades, uma meta a ser alcançada.

A equivalência de gêneros na maioria dos países ainda é uma meta difícil de ser alcançada, embora já se verifiquem avanços na escolaridade e na autonomia financeira das mulheres, cuja participação no mercado de trabalho é cada vez mais expressiva.

A palavra-chave para explicar os objetivos de organizações que lutam pelo direito das mulheres é o empoderamento. Segundo a ONU Mulheres, isso significa que as pessoas - tanto mulheres como homens - podem assumir o controle da própria vida: trabalhar, receber salários dignos e exercer sua cidadania.

11 de novembro de 2020

Ciências humanas

Imagem: https://www.gratispng.com/
A área das Ciências Humanas é o conjunto de ciências colocam o ser humano como centro da pesquisa. Por investigar o homem e a sociedade, essas ciências abordam sobre diversos aspectos, sejam teóricos, práticos ou subjetivos, como linguagem, cultura e produção de conhecimento.

Nas Ciências Humanas é necessário observar, duvidar, escutar, ler, buscar compreender e se colocar no ponto de vista daquilo ou daquele que está sendo estudado. Também é preciso deixar de lado suas próprias ideias e preconceitos para poder ter uma visão mais ampla e imparcial de fatos e situações.

Na formação acadêmica, esses conhecimentos estão organizados em cursos, tais como: Sociologia, Filosofia, Antropologia, Ciência Política, História, Pedagogia, Literatura, Economia, Administração, Comunicação Social, Geografia, Direito, Psicologia, Relações Internacionais, entre outras.

No ensino médio, as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas englobam as disciplinas de Filosofia, Geografia, História e Sociologia.

A Filosofia reflete sobre a natureza humana de maneira racional nos campos da ética, política, estética, lógica, entre outros. 

A Geografia estuda a relação do homem com o meio e seus impactos. Abrange a pesquisa dos elementos naturais do ambiente e a dinâmica social, política, demográfica e cultural. 

A História é a ciência que investiga e registra as ações humanas ao longo do tempo, por meio da análise de documentos, fotos, registros orais e achados arqueológicos. 

A Sociologia é a ciência que analisa os fenômenos sociais e o comportamento humano na sociedade.

Fonte:
https://www.mundovestibular.com.br/cursos/ciencias-humanas
https://querobolsa.com.br/revista/saiba-o-que-e-ciencias-humanas-e-suas-tecnologias
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#medio/a-area-de-ciencias-humanas-e-sociais-aplicadas

Cidadania

Cidadania é definida nos dicionários como qualidade de cidadão. Mas o que significa a palavra cidadão? Cidadão é aquele que está no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado

Na Grécia Antiga, "cidadão" era o nome dado ao membro da "cidade". Os cidadãos gregos se responsabilizavam pela coletividade, tendo o poder de atribuir e distribuir os postos ligados a funções públicas, envolvendo, por exemplo, a justiça e a política.

O termo cidadania, hoje, está ligado ao Direito e é estabelecido na Constituição Federal. É possível definir cidadania como o "conjunto de direitos e deveres civis, sociais e políticos de um povo que habita um determinado território". 

O cidadão é aquele que possui e goza de determinados direitos. Ter direitos significa ter a capacidade e a autonomia para usufruir determinados benefícios legais garantidos pelo Estado aos seus habitantes. Como exemplo, podemos citar ser possuidor de documentos, tais como certidão de nascimento, carteira de identidade, título de eleitor, carteira de motorista, etc. Poder ter direitos a esses documentos são direitos civis de cada pessoa.

A ideia de direitos tem como contrapartida a de deveres, uma vez que os direitos dos indivíduos são condicionados ao cumprimento de seus deveres. O Estado, por sua vez, tem o dever de garantir os direitos humanos, protegendo-os contra violações.

Para que uma pessoa exerça a cidadania é necessário uma tomada de consciência e criação do senso de pertencimento. Com as pessoas se enxergando como agentes de transformação da sociedade, com a responsabilidade de se colocar como parte atuante em busca do bem coletivo. 

Mas a cidadania está distante de muitos brasileiros, pois a conquista dos direitos políticos, sociais e civis não consegue ocultar o drama de milhões de pessoas em situação de miséria, altos índices de desemprego, taxa significativa de analfabetos e semianalfabetos e de vítimas da violência.

Fonte:
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/cidadania
https://fia.com.br/blog/cidadania/
https://epocanegocios.globo.com/
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cidadania-ou-estadania.htm

10 de novembro de 2020

Karl Marx

 

Imagem: Reprodução

O pensador alemão Karl Marx (1818-1883) é um dos autores clássicos da Sociologia. Seu pensamento tanto foi inspiração de revoluções socialistas quanto alvo de crítica da filosofia liberal. Suas teorias sobre a sociedade capitalista permitem a construção de uma reflexão crítica sobre as relações de produção e suas consequências para a organização social. Segundo Marx, o motor da história é a luta de classes, que teve início com a propriedade privada dos meios de produção. Para ele são as condições materiais que definem problemas e soluções de uma sociedade.

Principais obras

* O manifesto do partido comunista: escrita por Karl Marx e Friedrich Engels, foi publicada em 1848. Produzido no contexto das revoltas daquele ano na Europa, esse manifesto é considerado um dos mais importantes e contundentes documentos políticos da sociedade contemporânea, tendo servido de base para a maioria das interpretações políticas e econômicas que se fazem dela.

* A ideologia alemã: um dos mais importantes trabalho, escrito e publicado entre 1845 e 1846, traz à tona uma primeira formulação precisa do conceito de materialismo histórico dialético, demonstrando que a tese dialética de Marx tomou um rumo totalmente diferente da dialética de seu professor, Hegel.

* Contribuição para uma Crítica da Economia Política:  nessa obra, Marx fala de algumas noções relacionadas ao valor, à moeda e à mercadoria.

* O Capital: a obra é tida como a mais densa e completa produção marxista, que consagrou  a sua teoria social sobre a divisão de classes sociais, a burguesia e a exploração do trabalho. Nessa obra, Marx faz uma espécie de genealogia do capitalismo e estuda as contradições geradas por esse sistema. 

Fonte: 
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/karl-marx.htm

Max Weber

 

Imagem: Reprodução

O sociólogo, historiador e economista alemão Max Weber (1864-1920) desenvolveu o método de análise conhecido como sociologia compreensiva. Sua metodologia utiliza-se do tipo ideal, um modelo conceitual acentuado e abstrato daquilo que se observa na realidade. Weber exerceu papel destacado na constituição de uma Sociologia com base histórica e pautada na análise qualitativa dos fenômenos sociais. ele afirma que, ao recordar o objeto de pesquisa, o cientista estabelece critérios para definir o que é mais relevante no universo temático ao qual se dedica. Tal escolha se dá com base em valores. Admitir que o cientista social estabelece um recorte é admitir que o objeto de estudo é lapidado pelo cientista que o observa. Assim, o objeto de estudo não é uma "coisa" independente do olhar do cientista, como proposto por Durkheim.

Obras - A ética protestante e o espírito do capitalismo (1905), Economia e sociedade (1910), A ciência como vocação (1917); após a sua morte, sua esposa Marianne Schnitger Weber foi responsável pela publicação póstuma do segundo volume de Economia e sociedade (1921), A metodologia das ciências sociais (1922) e História econômica geral (1923).

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/max-weber.htm

Émile Durkheim

 

Imagem: Reprodução

O francês Émile Durkeim (1858-1917) foi um dos precursores da Sociologia. Em suas obras, procurou discutir o objeto de estudo da Sociologia e seus métodos para explicar os fenômenos sociais, buscando também distingui-la de outras disciplinas, como a Biologia e a Psicologia. Suas obras mais importantes foram Da divisão do trabalho social (1893), As regras do método sociológico (1895) e O suicídio (1897). Essa última constitui uma pesquisa ampla, na qual Durkheim defende a eficácia de suas teses na produção de uma análise científica de um fenômeno social.

Obras:
* Elementos de Sociologia (1889);
* A Divisão do Trabalho Social (1893);
* As Regras do Método Sociológico (1895);
* O Suicídio (1897);
* As Formas Elementares da Vida Religiosa (1912);
Obras póstumas
Educação e Sociologia (1922)
Sociologia e Filosofia (1924)
A Educação Moral (1925)
O Socialismo (1928)

Fonte: SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/emile-durkheim.htm

Bem público

bem público constitui a própria razão do Estado. Compreende um conjunto de ações políticas e instituições específicas que podem contribuir para que os seres humanos atinjam certo padrão de qualidade de vida. Dessa forma, podemos entender os bens públicos como materiais (prédios públicos, como escolas e postos de saúde, mas também as praças, as ruas etc.) e imateriais (as leis, os direitos, os serviços públicos etc.).

Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

Poder Judiciário

 Ao Judiciário compete aplicar a lei e, teoricamente, segundo as normas legais estabelecidas pelo Direito, "fazer reinar a Justiça" no relacionamento dos indivíduos entre si e com o Estado, bem como as relações entre as instituições. Sua estrutura é composta por juízes e promotores. Na esfera nacional estes são nomeados pelo Executivo e aprovados pelo Legislativo. Nas esferas estaduais, a grande maioria entra por concursos  públicos. São eles que desempenham os papeis de garantidores da lei quando há conflitos de interesses entre pessoas, grupos e instituições. Para desempenhar corretamente sua função, o Judiciário não pode estar submetido a nenhum dos outros poderes. No Estado brasileiro, procura-se garantir ao juiz o máximo de estabilidade no cargo e plena liberdade para interpretar a lei e ditar suas sentenças, sem receio de represálias, arbitrariedades ou pressões. O órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro é o Supremo Tribunal Federal - STF. Suas deliberações, sobre diversos temas, significam sempre a "última decisão", não cabendo, praticamente, qualquer tipo de recurso do ponto de vista jurídico.

Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

Poder Executivo

 Ao Poder Executivo compete a direção do Estado, segundo as leis emanadas do Legislativo. Cabe-lhe, entre outras coisas, no caso do presidente da República, cuidar de qualquer assunto que tenha interesse nacional (em nível estadual, os governadores cuidam dos assuntos dos estados; e em nível municipal, os prefeitos se responsabilizam pelos assuntos do município); manter a ordem interna e a soberania externa; administrar todos os setores da vida pública; criar e extinguir órgãos ou cargos administrativos; nomear ou demitir funcionários; arrecadar e administrar os recursos econômicos necessários ao funcionamento da máquina governamental e à promoção do bem público, tais como educação, saúde, assistência social etc.

Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

Poder Legislativo

 É constituído por um conjunto de representantes do povo, eleito pelos cidadãos que têm direito ao voto. Ao nível federal, é formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, que constituem o Congresso Nacional. Os deputados federais são eleitos para seus mandatos políticos a cada quatro anos e os senadores, a cada oito anos. Nos estados são formadas as Assembleias Legislativas, com os deputados estaduais eleitos a cada quatro anos. Já nos municípios temos as Câmaras de vereadores, onde os representantes são eleitos também a quatro anos. As principais funções do Legislativo são: legislar, isto é, elaborar ou receber, discutir e aprimorar (ou rejeitar) os projetos de leis; fiscalizar o Executivo no desempenho de suas funções e, em alguns casos, julgar os chefes do Executivo, quando acusados de crime.

Fonte: OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

9 de novembro de 2020

Sociologia

 Ciência que tem papel importante na explicação e na interpretação dos fenômenos sociais, Sociologia estuda as relações que os indivíduos estabelecem entre eles próprios, gerando normas de comportamento, atitudes, formação de grupos e elaboração de ideias sobre os mesmos grupos. 

Nossa vida cotidiana é social, ou seja, não estamos sós no mundo. Estabelecemos relações com outros indivíduos e criamos regras de convivência. Algumas já existiam quando nascemos e, provavelmente, existirão depois de nosso falecimento. Concluímos, então, que o indivíduo é um produto social, isto é, o que as pessoas fazem é condicionado, muitas vezes, pela convivência com outros indivíduos e grupos de indivíduos.

Nesse sentido, a preocupação central da sociologia é com o ser humano e suas relações sociais, pois entende-se que os indivíduos não são isolados. Ao contrário, relacionam-se uns com os outros e formam grupos sociais, com regras de comportamento e atitudes diversas na família, na escola, no trabalho, no lazer e em outros espaços de convivência cotidiana.

A Sociologia, além de estudar as relações sociais e os comportamentos dos indivíduos e dos grupos sociais, questiona o porquê da existência de conflitos entre estes grupos, as razões de indivíduos e grupos quando tentam quebrar as regras de funcionamento das sociedades ou quando criam movimentos para questionar ou legitimar essas mesmas regras. Neste caso, é quando se formam os chamados movimentos sociais.

Fonte:
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016.

Sociedade

As primeiras organizações sociais são as familiares restritas (mãe, pai, filhos e filhas) ou alargadas (tios, tias, primos, primas, etc.). Entretanto, existem vários modos de organização social com os participantes desses grupos compartilhando um modo de vida fundamentado em linguagem, tradições, valores morais, normas, território e outros fatores que geram uma ideia de pertencimento a um determinado grupo. 

Com o surgimento do Estado, o estabelecimento da sociedade vai basear-se no espaço público e no conjunto de normas. Esses elementos determinarão as interações entre os indivíduos, construindo uma identidade cultural comum. Sendo assim, o conceito de sociedade está fundamentado em fatores territoriais, culturais, políticos e históricos que unem os seus indivíduos.

A palavra sociedade tem origem do latim "societas", que significa "associação amistosa com outros indivíduos que compartilham de uma mesma ideia, cultura, atividade, etc.".

Para a Sociologia, a sociedade é uma forma de organização das pessoas com base na cultura e nos sistemas institucionais de organização das comunidades, podendo ter diferenciações de acordo com o grau dessa organização.

Fonte:
SILVA, Enio Valdir da. Sociedade, política e cultura. Disponível em: https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/244/Sociedade,%20p%C3%B3litica%20e%20cultura.pdf?sequence=1
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/sociedade-1.htm
https://www.todamateria.com.br/conceito-de-sociedade/
https://conhecimentocientifico.r7.com/sociedade/

7 de novembro de 2020

Sociedades sedentárias

Imagem: Reprodução
"Na antropologia evolucionária, sedentarização é um termo aplicado à transição cultural da colonização nômade para a permanente. Na transição para o sedentarismo, as populações seminômades possuíam um acampamento fixo para a parte sedentária do ano. O sedentarismo se tornou possível com novas técnicas agrícolas e pecuárias. O desenvolvimento do sedentarismo aumentou a agregação populacional e levou à formação de vilas, cidades e outras formas de comunidades".

A transição do Paleolítico para o Neolítico poderia ter sido muito mais complexa do que uma simples mudança no padrão das ferramentas de pedra.

A agricultura foi um dos mais importantes avanços na história da humanidade, embora não se possa afirmar com precisão afirmar com precisão quando e onde os homens começaram a cultivar plantas.

"A transição da caça nômade para a agricultura sedentária foi uma das alterações comportamentais mais importantes desde o aparecimento dos seres humanos na África há cerca de 200.000 anos atrás. Essa transição levou a mudanças profundas nas sociedades, incluindo uma maior densidade de população, novas doenças, desigualdade social, vida urbana e, em última análise, o surgimento de civilizações antigas".

A domesticação dos animais foi outro significativo avanço da humanidade que chegou depois da agricultura, onde caprinos, bovinos, suínos e alguns tipos de aves foram sendo domesticadas assegurando um abastecimento de carne, leite e ovos.

A Revolução Neolítica também foi marcada pelo desenvolvimento de outros tipos de tecnologia, como a cerâmica e a tecelagem. O desenvolvimento da cerâmica foi a solução encontrada para suprir as necessidades de cozinhar e armazenas alimentos, atividades que foram se tornando comuns ao longo da vida sedentária. A cerâmica, que era produzida a partir do aquecimento da argila moldada, resistia ao calor do fogo e podia conter líquidos e outros objetos. Já o desenvolvimento da tecelagem acontece à medida que os seres humanos vão se estabelecendo em moradias fixas e ficando cada vez mais ligados às atividades agropastoris. O vestuário passa a ser feito com o algodão das plantações.

Conforme as atividades agropastoris se tornavam consolidadas, as sociedades neolíticas passaram a ficar cada vez mais tempo em um único território e as aldeias agrícolas e pastoris foram surgindo. A população se tornava maior, principalmente por causa da maior oferta de alimentos. A vida social foi se tornando mais complexa, com as pessoas se especializando em determinados ofícios, como plantar, fazer cerâmica, confeccionar roupas, etc. Quem plantava o milho poderia trocar por cerâmica ou roupas, por exemplo. Todas estas mudanças levaram ao desenvolvimento de aldeias e pequenas cidades, dando origem a um governo estabelecido em um determinado território.

Os primeiros núcleos populacionais que praticaram este tipo de atividade, provavelmente estavam localizados nas regiões que compreendem a Mesopotâmia, o Egito e a área habitada pelos Hebreus, que atualmente, corresponde ao Oriente Médio há cerca de 8000 a.C. A partir desses primeiros núcleos surgiram as primeiras civilizações.

Fonte:
https://www.webartigos.com/artigos/da-pre-historia-as-primeiras-sociedades/28483/
https://www.agrozapp.pt/artigos/Estudos/onde-e-como-se-originou-a-agricultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sedentarização

BNCC
- Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado. (EF05H101)
- Identificar, contextualizar e criticar as tipologias evolutivas (como populações nômades e sedentárias, entre outras) e as oposições dicotômicas (cidade/ campo, cultura/natureza, civilizados/bárbaros, razão/sensibilidade, material/virtual etc.), explicitando as ambiguidades e a complexidade dos conceitos e dos sujeitos envolvidos em diferentes circunstâncias e processos.(EM13CHS105)

Sociedades nômades

Imagem: Povos nômades - Tuaregues (Reprodução)
Durante o Paleolítico e parte do Neolítico, o nomadismo foi uma prática comum entre os primeiros grupos humanos. Com as mudanças climáticas e o desenvolvimento das primeiras técnicas agrícolas, o nomadismo cedeu espaço para o aparecimento de comunidades sedentárias originárias das primeiras civilizações da Antiguidade. É nesse momento de mudança que passamos a julgar as comunidades sedentárias como “mais evoluídas”.

A prática do nomadismo esteve presente nos grupos humanos, principalmente antes da Revolução Agrícola. Nesse processo de locomoção pelo espaço, essas comunidades utilizam-se dos recursos oferecidos pela natureza até esses se esgotarem. Com o fim desses recursos, esses grupos se deslocam até encontrarem outra região que ofereça as condições necessárias para a sobrevivência.

Eram sociedades onde não havia expressividade em relação às desigualdades sociais, pois elas não acumulavam coisas, mas obtinham apenas aquilo que consideravam necessitar para sua sobrevivência.

Há 10 mil anos iniciou-se a atividade agrícola, que se espalhou pelo mundo. A agricultura possibilitou a vida sedentária, o aumento populacional e o cultivo de alimentos que sustentavam um grupo durante todo o ano. A necessidade de cultivo fez com que se tornasse necessário o domínio dos rios e a construção de obras públicas, o que ocasionou em uma Revolução Urbana.

As sociedades nômades ainda existem em algumas partes do mundo, mas encontram-se praticamente em processo de extinção, pois as sociedades têm se tornado cada vez mais sedentárias, ou seja, acomodadas em um local fixo.

"A vantagem ambiental das práticas nômades é que com o deslocamento, os agrupamentos humanos nômades fornecem ao meio ambiente um tempo de regeneração, no qual a natureza se reequilibra. Isso não ocorre nas sociedades sedentárias, pois não há um deslocamento, mas sim uma exploração intensificada e constante dos recursos do meio ambiente".

Fonte:
https://www.infoescola.com/historia/nomadismo/
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/6144/nomade-ou-sedentario
https://www.estudopratico.com.br/nomadismo-o-que-e-historia-e-consequencias/

BNCC
- Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado. (EF05H101)
- Identificar, contextualizar e criticar as tipologias evolutivas (como populações nômades e sedentárias, entre outras) e as oposições dicotômicas (cidade/ campo, cultura/natureza, civilizados/bárbaros, razão/sensibilidade, material/virtual etc.), explicitando as ambiguidades e a complexidade dos conceitos e dos sujeitos envolvidos em diferentes circunstâncias e processos.(EM13CHS105)

29 de outubro de 2020

Operários no início da Revolução Industrial

Imagem: Reprodução
O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, já que os sapatos e os tecidos eram confeccionados mais rapidamente e de uma maneira mais barata numa fábrica do que nas oficinas dos artesãos, sapateiros ou tecelões. Por isso, os artesãos tiveram que buscar emprego de operários nas fábricas que surgiam na Inglaterra. Havia uma multidão de homens e mulheres que não conseguiam mais viver por conta própria. Era trabalhar nas fábricas ou morrer de fome. 

No século XIX, a Revolução Industrial alcançou outros países da Europa, como França, Alemanha, Itália e Rússia. Nos Estados Unidos, as primeiras indústrias foram instaladas no final do século XVIII, mas o seu desenvolvimento se deu na segunda metade do século XIX.

Assim, o capitalismo inicia-se de forma triunfante, trazendo grandes transformações para a humanidade. As grandes potências mundiais da época eram todas capitalistas. Fábricas, terras, matérias-primas, comércio, bancos, máquinas, tudo pertencia aos capitalistas que manipulavam o capital com um objetivo: obter lucro, ganhar dinheiro.

A Revolução Industrial trouxe seu símbolo máximo: a máquina a vapor. Era o sinal dos novos tempos: barcos a vapor, trens a vapor, ferros de passar roupa a vapor, etc. Começou, então, a produção em massa, e o desejo do lucro tornou-se um ideal a ser seguido.

"A atitude do educador diante do mundo deve ser sempre investigativa, questionadora e reflexiva, pois os conhecimentos com os quais ele lida em seu exercício profissional estão em permanente mutação."
Lana de Souza Cavalcanti - Geógrafa